Microsoft e IFC realizam workshop sobre o ecossistema de Venture Capital na América Latina e no Brasil

A Microsoft e a International Finance Corporation (IFC), membro do Grupo Banco Mundial, realizam, no dia 26 de maio, o quarto workshop da série de eventos on-line desenvolvida para fomentar o empreendedorismo feminino no setor de tecnologia do Brasil. O objetivo das sessões é transmitir conteúdos relevantes para o aperfeiçoamento do modelo de gestão de negócios e a ampliação das oportunidades de captação futura das startups. Os encontros começaram em março e seguirão até outubro de 2021.

O Workshop #4 “The state of VC ecosystem in Latam and Brazil” terá como objetivo analisar as tendências de mercado e os setores que têm apresentado oportunidades para investidores na América Latina e, em particular, no Brasil. O evento on-line também trará uma visão geral sobre os atuais entraves para o financiamento, além de discutir expectativas para o futuro.

O público terá a oportunidade de assistir às palestras de Alexandre Darzé, mestre em Finanças e Mercado de Capitais pela COPPEAD/UFRJ e profissional especializado no mercado financeiro e de capital de risco, e Stevon S. Darling, Oficial de Investimentos da IFC, com foco em investimentos de Venture Capital na América Latina.

O workshop, gratuito e em inglês, acontecerá no dia 26 de maio, às 16h (horário de Brasília), e contará com legendas em inglês, português e espanhol. Interessados devem se cadastrar no site oficial do evento.

Acompanhe o cronograma completo de workshops pela plataforma de eventos do Microsoft Reactor.

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Arrendamentos portuários devem gerar mais R$ 1 bilhão de investimentos no Porto de Paranaguá

Porto também terá a primeira concessão de manutenção do canal aquaviário,com outros R$ 5 bi de investimentos


A assinatura do contrato de arrendamento do terminal portuário PAR12, com investimento privado previsto de R$ 22,2 milhões, nesta terça-feira (18), representa apenas uma pequena fração do que está por vir pela frente em relação à contratação de investimentos no Porto de Paranaguá (PR).

Até o fim de 2022, outros cinco projetos de arrendamentos devem assegurar mais de R$ 1 bilhão em melhorias e capacitação no porto paranaense. Além disso, mais R$ 5 bilhões são esperados com a concessão do canal de acesso aquaviário do complexo, que está em fase inicial de estudos do projeto.

“O Porto de Paranaguá tem sempre se destacado, com a segunda maior movimentação do Brasil, excelentes resultados e movimentações recordes”, destacou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas. “Mais uma vez apresenta uma ousadia por ser o primeiro porto a ter uma com a concessão de manutenção de canal. Algo inédito e nada melhor do que fazer isso em Paranaguá.”

VEÍCULOS – No PAR12, que passa a ser administrado pela empresa Ascensus Gestão e Participações, são esperados R$ 22,2 milhões para a movimentação e armazenagem de autoveículos (veículos, comerciais leves, caminhões, tratores e ônibus) no terminal. São mais de 74 mil metros quadrados de área e capacidade estática para quatro mil veículos – e armazenagem anual de 120 mil veículos – para atender as montadoras instaladas no país.

“Esse evento marca algo extremamente simbólico para o Ministério da Infraestrutura, à medida em que caminhamos para uma reassunção de autonomia local de gestão pelos portos do Brasil, tendo em vista ser o primeiro contrato celebrado por autoridade portuária com competência delegada pelo Governo Federal”, completou o secretário Nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni, que classificou a assinatura como um “dia histórico para o setor portuário brasileiro”.

O próximo arrendamento previsto para o porto é o do terminal PAR32, já em análise no TCU, destinado à movimentação de carga geral, com um aporte de pelo menos R$ 28,5 milhões. Outra área, a PAR50, voltada a granéis líquidos (combustível), pode render investimentos de quase R$ 340 milhões. O PAR15 (em estudos), utilizado para movimentação e armazenagem de granéis vegetais, outros R$ 590 milhões.

Juntos, os três terminais têm a capacidade de gerar mais de 14 mil vagas de emprego ao longo dos contratos. Além disso, também estão em fase de estudos os arrendamentos dos terminais PAR09 e PAR14, ambos de granéis vegetais.

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Capacetes que salvam vidas: empresa paranaense já produziu mais de 21 mil unidades

Enquanto alguns países começam a retomar a normalidade em suas vidas, devido à imunidade de rebanho pós-vacina, o Brasil se prepara para uma possível nova onda de agravamento de casos da Covid-19. Infelizmente, o País enfrenta grande dificuldade para vacinar a população e ainda problemas técnicos como o número de ventiladores mecânicos, essenciais para tratar os casos mais severos da doença.

Com os casos aumentando e tendo como agravante da pandemia a falta de respiradores e oxigênio para a população, que empresas passaram a buscar alternativas e “soluções de emergência” para ajudar nessa batalha. Segundo o Ministério da Saúde, há 65.411 ventiladores mecânicos no Brasil, sendo que 46.663 estão no Sistema Único de Saúde (SUS). Do total, 3.639 encontram-se em manutenção ou ainda não foram instalados.

E assim, uma técnica “simples”, baseada em terapias da década de 80 e 90 dos Estados Unidos, foi aprimorada e os novos modelos de “capacete de astronauta” para ventilação não invasiva surgiram na linha de frente, ganhando força no mercado nacional de combate ao coronavírus. 

Trata-se de um recurso de respiração artificial não invasivo, que pode reduzir de forma considerável a necessidade de encaminhamento para UTI e intubação de indivíduos acometidos pela Covid-19. Isso porque o equipamento cumpre o objetivo de oferecer todo o suporte ventilatório necessário, além de, também, ser eficiente em outras doenças que acometem o pulmão e comprometem a oxigenação, como edema pulmonar e pneumonias. O 7Lives – Helmet, interface de ventilação mecânica não invasiva (VNI) está devidamente regulamentado e registrado na ANVISA. Um equipamento que pode ser usado associado a um ventilador mecânico, como também somente com fluxômetros + válvulas de PEEP.

Medicalway Equipamentos Médicos, empresa paranaense com mais de 20 anos de mercado, se uniu com outras empresas renomadas da área médica, e assim criaram o 7Lives – Helmet – uma solução alternativa, rápida, eficiente e com um custo acessível que suprisse a falta de ventiladores e leitos de UTI. Desde o início da pandemia já foram mais de 1.500 horas trabalhadas dedicadas a produção com mais de 21 mil unidades produzidas, que estão salvando vidas pelo Brasil todo. “Em uma pandemia de doença respiratória, é imprescindível alternativas urgentes para dar suporte para a linha de frente e assim criar um produto de rápida reprodução e mais barato. Um Helmet hoje representa menos de 2% do custo de um ventilador de UTI”, explica Antonio Mello, Diretor Geral da Medicalway. Em março de 2021, a empresa registrou um aumento de 632% em vendas com relação ao mês de fevereiro deste ano. Foi quando aumentou a capacidade de produção para atender aos diversos pedidos pendentes.

Os capacetes, são diferentes das máscaras e funcionam como “bolhas” que envolvem a cabeça do usuário, sendo fixado ao pescoço por meio de uma base que impede a passagem do ar. Com a inserção de oxigênio e ar comprimido, o equipamento proporciona uma pressão positiva para auxiliar o indivíduo que apresenta problemas de oxigenação. “As máscaras pegam a face como um todo e muitas vezes fazem feridas no rosto do paciente devido ao uso prolongado – escaras, úlceras. Já o capacete tem melhor conforto, melhor vedação e prolonga o tempo de uso. Outra vantagem é a visão de 360 graus e a não contaminação da equipe de trabalho”, explica Mello.

Segundo diretor geral da Medicalway, a empresa atualmente produz aproximadamente 1.500 unidades por dia, com capacidade de aumento de produção para assim suprir a demanda de emergência no país. O 7Lives – Helmet já faz parte de vários hospitais pelo Brasil públicos e privados e ainda está em negociação com muitos Estados, clínicas e hospitais em território nacional.

Infelizmente o Paraná está entre os Estados que já sinalizou uma possível nova onda, com os casos positivos em alta desde a última semana.  “Em quinze meses de pandemia tivemos várias ondas. Tudo indica que estamos indo para uma quarta. Nossa expectativa com a bandeira é de baixar os casos. Temos uma transmissão de 1.06, um aumento de procura nas unidades básicas, aumento de exames positivados”, alertou a secretária de saúde de Curitiba, Márcia Huçulak em entrevista recente. E mesmo sabendo desta alta de casos, não é possível prever, com exatidão, a quantiedade de aparelhos que o país necessitará nas próximas semanas e por isso mesmo que a força tarefa de empresas e empresários é tão importante nessas situações mais graves.

O produto na prática:

A técnica utiliza dois recursos para elevar o nível de proteção do pulmão. Sendo a primeira, cateter nasal de alto fluxo, que tem a função de aplicar frequentemente ar umidificado a 100% por meio das narinas, com o intuito de lavar a região atingida do pulmão, além de eliminar as moléculas de gás carbônico na expiração, o que minimiza a sensação de falta de ar e reduz o trabalho feito pelos músculos responsáveis pela inspiração.

Já na segunda técnica, o capacete é acoplado a um ventilador mecânico, provocando uma pressão ininterrupta das vias aéreas superiores, o que faz com que o indivíduo consiga ter uma melhor respiração.

Quando o equipamento é conectado a uma válvula de pressão expiratória final positiva (PEEP), ocorre uma maior pressão no pulmão, bem como ao oxigênio, chegando à pressurização da via aérea do paciente, assim como ocorre na ventilação não invasiva. Contudo, nesse formato, a utilização do ventilador mecânico é evitada, levando à diminuição de inflamações nas vias aéreas, provocadas pelo esforço respiratório ao longo desse período da doença. Entre as principais características do produto estão:

  • a estrutura permite a constituição de um ambiente com pressão positiva e enriquecida com oxigênio;
  • a maior parte do material é composta de PVC atóxico e a membrana de vedação do pescoço feita com látex ou silicone, contribuindo para a adequação a qualquer paciente;
  • possui alças de polipropileno com fechos adaptáveis e neoprene, para fixar o produto na cabeça, além de dar segurança, fácil limpeza e conforto aos pacientes;
  • interface que tem auxílio de duas válvulas para conexões dos ciclos de fluxo inspiratório e/ou expiratório.

·         As equipes da saúde e pacientes ficam protegidos dos riscos de contaminação pelo ar.

·         Pode ser utilizado em qualquer ambiente intra-hospitalar.

·         Além disso, o 7Lives Helmet disponibiliza, como opcionais, o Kit de Válvula PEEP, o que possibilita o suporte ventilatório ao paciente ligado diretamente à rede de gases do hospital, sem a necessidade de um ventilador mecânico.

Além disso, perto da boca do usuário há uma válvula de alimentação que viabiliza tanto a ingestão de líquidos quanto de alimentação, por meio da passagem de sondas.

7Lives – Helmet já é utilizado em diversos hospitais pelo Brasil inteiro, como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Amazonas.

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Com descentralização da indústria brasileira, Paraná ganha destaque no setor e é um dos cinco Estados com melhor desempenho em 10 anos

São Paulo e Rio de Janeiro perderam participação na produção nacional, enquanto Rio Grande do Sul, Paraná, Bahia, Pernambuco e Mato Grosso do Sul aumentaram sua importância

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que, em uma década, ocorreu uma importante desconcentração da indústria brasileira, com redução da participação da região Sudeste no PIB industrial e um aumento na participação das demais regiões geográficas, Sul, Centro-Oeste, Nordeste e Norte. Nesse movimento, São Paulo perdeu 5,5 pontos percentuais de participação na produção manufatureira do Brasil, a maior queda entre os 26 estados e o Distrito Federal. O Rio Janeiro obteve o segundo pior desempenho, com recuo de 1,1 ponto percentual. A pesquisa compara os biênios 2007-2008 e 2017-2018.

De acordo com o economista-chefe da CNI, Renato da Fonseca, São Paulo continua sendo o principal parque industrial do País, mas a indústria brasileira tem migrado do Sudeste, que perdeu 7,5 pontos percentuais na indústria de transformação, principalmente para as regiões Sul e Nordeste, que aumentaram 3,2 pontos e 2,9 pontos respectivamente. São Paulo responde por 38,15% do valor adicionado da Indústria de transformação, o segundo colocado, Minas Gerais, tem 10,09%.

“Essa diversificação regional é um movimento positivo, porque observamos o desenvolvimento econômico de outros estados. A indústria usualmente paga os melhores salários e fermenta indústrias menores dentro da mesma cadeia produtiva e alavanca os outros setores, como o de serviços”, avalia o presidente da CNI Robson Braga de Andrade 

Pará foi o estado que mais ganhou espaço na produção industrial nacional total, em razão do crescimento de sua indústria extrativa, sobretudo da extrativa mineral. Aumentou 1,5 ponto percentual. Junto com o Pará, Rio Grande do Sul, Paraná, Pernambuco e Mato Grosso do Sul, formam o grupo dos cinco estados de melhor desempenho. Além deles, a Bahia se destaca por ter sido o estado que mais ganhou importância na produção da indústria de transformação no período. Sua participação também aumentou em 1,5 pontos. 

Mesmo com o movimento de descentralização da indústria total – Extrativa, Transformação, Construção e serviços Industriais de Utilidade Pública – cerca de 80% da indústria brasileira estão concentradas no Sul e Sudeste do Brasil. 

“O que o Brasil precisa é fortalecer o setor industrial, para que ele seja cada vez mais dinâmico e competitivo, ajudando a superar a mais grave crise sanitária, econômica e social que já vivenciamos. Não existe país forte sem indústria forte”, diz Robson Braga de Andrade.

São Paulo perdeu participação na produção nacional de 20 dos 24 setores
São Paulo perdeu participação na produção nacional de 20 dos 24 setores que compõem a Indústria de Transformação entre 2007-2008 e 2017-2018. As maiores perdas se deram nos setores de Celulose e papel, Produtos de metal, Vestuário e acessórios e Máquinas e materiais elétricos. 


A participação do estado de São Paulo na produção nacional de celulose e papel caiu de 50,3%, no biênio 2007-08, para 32,2%, em 2017-2018. Ainda assim, São Paulo continua sendo o maior produtor, seguido por Paraná, que responde por 14,1% da produção nacional. A perda de São Paulo se deve sobretudo ao crescimento de Mato Grosso do Sul, que saiu do 14º lugar no ranking, com 0,23% da produção nacional, para a 3ª posição, com 11% da produção nacional.

Na década analisada, o estado de Santa Catarina ultrapassou São Paulo no setor de Vestuário e acessórios, se tornando o maior estado produtor do Brasil. Santa Catarina passou a ter 26,8% da produção nacional, superando a produção de São Paulo, que corresponde a 22,5%.

São Paulo continua sendo o principal produtor de veículos automotores e manteve-se responsável por 52% da produção nacional do setor. Paraná subiu do 3º para o 2º lugar (com 13,8% da produção nacional), ultrapassando o estado de Minas Gerais (com 9,7%). 
Apesar das perdas na indústria de transformação, São Paulo ganhou importância na indústria extrativa. Passou de 1% para 7,7% de participação nesse segmento entre 2007-2008 e 2017-2018. 

Estados produtores de petróleo tiveram as maiores perdas da produção industrial na década

O estudo da CNI mostra que parte considerável dos estados que mais perderam participação no PIB da Indústria têm indústrias intensivas na produção do petróleo: Rio de Janeiro, Espírito Santo, Sergipe e Rio Grande do Norte. Chama atenção, no entanto, a perda de participação da indústria extrativa do Rio de Janeiro para a produção nacional desse segmento da indústria. Ela caiu de 61,8% para 37,3%, em razão da queda no valor adicionado no setor de Extração de petróleo e gás natural, que responde por quase um quarto (24,1%) do PIB industrial fluminense no biênio 2017-2018. Além disso, o estado perdeu importância para a produção brasileira de 16 dos 24 setores da Indústria de Transformação, as maiores perdas sendo dos setores de Impressão e reprodução, Farmoquímicos e farmacêuticos e Manutenção e reparação. 

O estado do Rio de Janeiro perdeu a segunda posição no ranking dos maiores parques industriais entre as Unidades da Federação brasileiras para Minas Gerais, em razão do desempenho da indústria extrativa e da indústria de transformação. A participação do Rio de Janeiro no PIB industrial caiu de 14,5% para 10,1%.

Conheça os principais movimentos regionais

– Santa Catarina ultrapassou São Paulo no setor de Vestuário e acessórios, se tornando o maior estado produtor do Brasil
– Bahia foi o que mais ganhou importância na produção da Indústria de Transformação brasileira entre os biênios 2007-2008 e 2017-2018. Teve esse ganho associado principalmente à conquista de uma maior parcela da produção brasileira de Máquinas e materiais elétricos, Borracha e material plástico, Bebidas e Produtos de minerais não metálicos, como cimento, tijolos e vidro. 

– Pernambuco foi o segundo estado que mais ganhou importância na produção industrial. Aumentou em 1,3 ponto percentual a sua participação, por ter conquistado uma parcela maior da produção brasileira de Veículos automotores, Outros equipamentos de transporte, Derivados do petróleo e biocombustíveis e Produtos de metal. 

– Paraná, com o terceiro maior ganho de participação na produção industrial brasileira na última década, se destaca com uma fatia adicional importante da produção nacional dos setores de Impressão e reprodução, Produtos de Madeira, Veículos automotores e Celulose e papel. 
– Rio Grande do Sul, quarto estado com melhor desempenho nacional do indicador de participação na indústria brasileira na última década, tem esse ganho associado principalmente aos setores de Máquinas e equipamentos, Derivados do petróleo e biocombustíveis, Celulose e papel e Produtos de metal. 

– São Paulo continua sendo o principal produtor de Veículos automotores e manteve-se responsável por 52% da produção nacional do setor. O estado do Paraná subiu do 3º para o 2º lugar (com 13,8% da produção nacional), ultrapassando o estado de Minas Gerais (com 9,7%).

– Mato Grosso do Sul se tornou um dos mais importantes para a produção do setor de Celulose e papel na última década. O estado avançou da 14ª para a 3ª colocação no ranking nacional de maiores estados produtores do setor de Celulose e papel.- Pará foi o estado que mais ganhou espaço na produção industrial nacional (+1,5 ponto percentual), em razão do aumento do valor adicionado de sua indústria extrativa. Entre os biênios 2007-2008 e 2017-2018, o valor (nominal) da produção da Indústria Extrativa do Pará registrou alta, em reais, de mais de 300%. Esse aumento é resultado de alta dos preços (172%), acompanhada de crescimento do volume produzido (76%).
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O desafio do crescimento

Por João Carlos Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

Precisamos sensibilizar os nossos dirigentes para  que adotem políticas públicas que favoreçam o crescimento do País e a eliminação do desemprego,  por uma questão social e uma questão econômica, de fortalecimento do mercado interno.

Comumente referida no plural,  políticas públicas, é a soma das atividades dos governos, que agem diretamente ou através de delegação, e que influenciam a vida dos cidadãos. De uma forma ainda mais abrangente, pode-se considerar as Políticas Públicas como “o que o governo escolhe fazer ou não fazer” e que no caso,  podem mudar a vida do País. O desafio do crescimento passa pelo desafio do investimento. Precisamos portanto, de políticas públicas que favoreçam o crescimento do País.

Não há outra saída. O setor de máquinas, por sua vez, vive um momento de crescimento, ainda que possamos considerar que esse crescimento se dá em base de números muito baixos, ainda assim, o setor cresce.

Enquanto em 2020 sofremos um processo de readequação, com a pandemia acelerando o processo de transformação no padrão de produção (novas tecnologias, inovação, regulação, modelo de negócio…) e alterando o funcionamento da sociedade, com  isolamento social, fechamento de fronteira e  consumo eletrônico, nossas pesquisas indicaram em janeiro bons índices de crescimento , fazendo com que começássemos 2021 com as esperanças renovadas, especialmente pela possibilidade mais presente da vacinação.

As vendas da indústria brasileira de máquinas e equipamentos totalizaram no mês de janeiro R$ 12,5 bilhões, resultado 38,5% superior ao registrado no mesmo mês de 2020, e o melhor para um mês de janeiro desde 2015, quando o setor havia faturado R$ 13,2 bilhões.

Da receita total de R$ 12,5 bilhões, R$ 9,6 bilhões foram de vendas para o mercado interno brasileiro, resultado 50,8% superior a janeiro de 2020. Dentre os segmentos que sinalizaram aumento nas vendas, destaque para máquinas agrícolas com avanço nas empresas de todos os portes. Outro segmento que tem colaborado para a alta das vendas internas é máquinas para infraestrutura, incentivado, em grande medida, pelo andamento do Programa de Parcerias de Investimento (PPP).

De outro lado, o cenário internacional também está oferecendo boas alternativas, especialmente pelo pacote fiscal anunciado pelos EUA, que certamente terá impactos positivos para o nosso setor, na medida em que 10% do nosso setor é representado pela economia americana.

Os impactos desse pacote certamente serão sentidos em toda a economia mundial, o que certamente gera expectativas otimistas , principalmente quando levamos em consideração a moderação que temos observado no cenário geopolítico.

Soma-se a essa perspectiva otimista, a recuperação consistente da China  e uma menor aversão ao risco. O que traz um certo alento ao setor, uma vez que em 2020, o cenário nacional na chegada da pandemia trouxe um aumento de desemprego e do endividamento. Em 2021, no entanto, vivemos uma realidade de preocupações com a recuperação sustentada, levando em conta o timing da vacinação e as dificuldades fiscais, que se constituem em uma grande problema para o País . Primeiro porque não existe a PEC da Calamidade e o governo está limitado a 44 bilhões de reais, menos de 5% do que foi gasto do ano passado que foi autorizado pela PEC 86, então vai haver dificuldade porque vai haver uma quantidade de recursos muito menor do que foi no ano passado.

Dessa forma, o momento que vivemos exige que as políticas públicas sejam políticas estimulativas com a possibilidade de mudança da política monetária. E é exatamente nesse momento que estamos vivendo que destacamos a importância dos investimentos e da reorganização da economia a partir de uma indústria moderna e desenvolvida para criar novos empregos e alavancar serviços sofisticados. Para isso, precisamos de investimentos no Brasil. O nosso baixo patamar da taxa de investimento compromete a produtividade, limita a competitividade e retarda o crescimento econômico.

Os investimentos possuem a capacidade de reorganizar a economia brasileira, lembrando que somente através de investimentos o Brasil vai criar novos empregos. E o investimento no Brasil está travado como nunca na história do País.

Se analisarmos  os últimos 30 anos, a média dos investimentos no Brasil foi de 18% do PIB, o que  é muito pouco, se considerarmos a média mundial de países pobres e emergentes que é de 24% do PIB. E de acordo com vários economistas, para que o Brasil tenha um crescimento sustentável acima de 3% ao ano do PIB precisa ter uma taxa de investimentos acima de 24% do PIB. Esse é o nosso grande desafio, uma vez que  a média dos últimos 30 anos foi de 18% do PIB., enquanto que após 2015 até 2020 a nossa taxa de investimentos está na ordem de 15% do PIB, o que é inimaginável num país como o Brasil.

Essa taxa é tão baixa que ela não repõe a depreciação dos ativos do Brasil. Isso é uma demonstração inequívoca de que o Brasil está sendo sucateado, porque não está conseguindo repor os ativos existentes. Então esse é o grande desafio do Brasil, já que todos sabemos que sem investimentos o Brasil não vai voltar a crescer e a ter produtividade.

A falta de investimentos, além de  comprometer a nossa produtividade, vai limitar a nossa competitividade e vai retardar o nosso crescimento econômico, então  consideramos esse o grande desafio para a criação de políticas públicas, além da necessidade de  investimentos públicos também. Na infraestrutura mundial, a média dos investimentos públicos 4,5% é feito pelos estados. No Brasil não é diferente. Se analisarmos  a nossa média história, na infraestrutura brasileira sempre foi aplicado em torno de 4,5% do nosso PIB.

No entanto, isso caiu para  1,5% do PIB, porque os estados, municípios e a união não têm espaço fiscal para fazer investimentos. Então esse é um grande desafio: como investir em infraestrutura?

Acreditamos que com a aprovação de projetos que tragam maior segurança jurídica, previsibilidade regulatória e aprovação de marcos regulatórios isso talvez seja possível, ou seja, talvez o desafio do crescimento a partir de políticas públicas que favoreçam o investimento possa se tornar uma realidade.

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Tecnologia, confiança e talento: as chaves do século digital

Por Joaquim Campos, Líder de Technology da IBM América Latina

Ajustar-se rapidamente às necessidades provocadas pela pandemia foi o grande desafio das empresas em 2020. O nível de prontidão e a maturidade tecnológica foram cruciais para manter seus colaboradores trabalhando de forma remota e seus clientes bem atendidos durante meses de restrições e distanciamento social. Sem dúvida, saiu na frente quem já estava preparado para a disrupção que estava por vir, mesmo sem saber que ela viria.

No CEO Study 2021 do IBM Institute for Business Value (IBV), os CEOs da América Latina revelaram que Infraestrutura de tecnologia (44%), gestão de força de trabalho “em qualquer lugar” (38%), e riscos cibernéticos e regulamentação (37%) são os principais elementos que podem representar os maiores desafios para suas organizações nos próximos 2-3 anos. Hoje, um ano depois do começo da pandemia, três frentes surgem como necessidades para todas as empresas emergirem mais fortes no século digital: tecnologia, confiança e talento.

1) Tecnologia para escalar negócios e personalizar relacionamentos. Ao longo do último ano, assistimos a uma aceleração da transformação digital. O aumento generalizado de interações e negócios remotos provocou uma hiper digitalização nas empresas que se viram diante da necessidade de acelerar o uso da tecnologia nos processos de negócios, para poderem gerenciar suas operações com agilidade e fornecer novas experiências aos clientes. Dessa forma, a tecnologia tem sido a protagonista, acompanhando a jornada de transformação das organizações, e agora estamos entrando em uma era em que a computação pode – e deve – acontecer em qualquer lugar, de data centers a nuvens públicas, até os limites da rede (edge). Isso é o que permite que as empresas tenham flexibilidade e possam escalar rapidamente de acordo com suas necessidades de negócio. Este é um mundo possibilitado pela nuvem híbrida. Empresas de todos os tamanhos e setores, como Stone e Arezzo&Co, já contam com experiências bem sucedidas ao colocar em prática essa tendência para ganhar produtividade e oferecer melhores experiências aos clientes.

Além disso, 21% das empresas usam IA na América Latina e 43% dos profissionais de TI da região informam que sua empresa intensificou o uso durante a pandemia de Covid-19*. A inteligência artificial está ajudando as empresas a transformar serviços e criar novas experiências para clientes, cidadãos e colaboradores que, após da pandemia mudaram a forma de consumo para serem mais digitais.

2) Confiança e privacidade em um mundo hiperdigitalizado. À medida que intensificamos o uso da IA, os olhares se voltam para a confiança dos dados gerados. Segundo a nova pesquisa de mercado anunciada no Think 2021, mais de nove em cada dez profissionais de TI no Brasil (94%) relatam que é importante para seus negócios ser capaz de explicar como a IA chegou a uma determinada decisão. Além da confiança, as empresas devem ter certeza de que seus e conhecimento são seus e não serão usados ​​ou acessados​​sem autorização.

Além disso, de acordo com o relatório de segurança da IBM publicado em fevereiro de 2021, os ataques cibernéticos evoluíram em 2020 à medida que os atores da ameaça buscavam se beneficiar dos desafios socioeconômicos, comerciais e políticos sem precedentes causados​​pela pandemia COVID-19. Conforme a digitalização e as interações remotas aumentam, as empresas precisam de maior segurança para proteger seus negócios contra ameaças e gerenciar riscos e conformidade.

3) Talento e o desafio de uma força de trabalho em qualquer lugar. A explosão de dados e o uso cada vez maior de IA e tecnologias de automação pelas empresas já estavam transformando o mercado de trabalho mesmo antes da pandemia, exigindo que as empresas se adaptassem por meio da reciclagem da força de trabalho e da capacitação de novos talentos. O novo modelo massivo de ensino à distância e trabalho gerado pela pandemia acelerou esse processo.

62% dos CEOs latino-americanos** indicaram que a capacitação da força de trabalho remota se tornou um fator muito ou extremamente importante desde 2020. Nesse sentido, empresas como Burger King Brasil já demonstram bons resultados com o uso da inteligência artificial para melhorar a comunicação e atendimento aos 16 mil funcionários em 800 restaurantes, principalmente durante a pandemia.

As mudanças e incertezas provocadas pelo ano atípico que tivemos reforçaram a importância da aplicação de tecnologias exponenciais para criar e permear relacionamentos com funcionários, clientes, parceiros e produzir processos mais eficientes, eficazes e flexíveis em um ambiente confiável e seguro em qualquer lugar. Sabemos que não existe uma combinação mágica para se preparar para uma disrupção, mas o investir em tecnologia, confiança e talento será a chave de entrada para as empresas no século digital.

*Global IA Adoption Index 2021:
http://filecache.mediaroom.com/mr5mr_ibmnews/190846/IBM’s%20Global%20AI%20Adoption%20Index%202021_Executive-Summary.pdf

**CEO Study 2021:
http://www.ibm.com/thought-leadership/institute-business-value/c-suite-study/ceo

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TecnoSpeed abre 40 novas vagas de trabalho

A TecnoSpeed, conhecida como “A Casa do Desenvolvedor de Software”, está com 40 novas vagas de trabalho abertas para atuação em cargos de liderança, tecnologia, desenvolvimento e marketing, com salários chegando a R$ 8.000.

São desejados profissionais com boa comunicação, conhecimento do segmento, rapidez no aprendizado, organização, proatividade, colaboração, confiança, conhecimentos específicos para cada função e que estejam em busca de grandes desafios na carreira.

O pacote de benefícios flexíveis inclui ambiente descontraído e inovador, atuação em modelo 100% Home Office, plano de carreira estruturado e objetivo, investimento em desenvolvimento profissional com cursos e certificações, vale alimentação e refeição, plano de saúde e odontológico, cartão multibenefícios e horário flexível com jornada reduzida de 40 horas semanais. 

A empresa foi fundada em 2006 na cidade de Maringá, que vem se fortalecendo cada vez mais no cenário nacional como um polo tecnológico consolidado. Feita por programadores para programadores, a empresa se destaca ao priorizar a gestão de pessoas e por contar com uma equipe exclusiva para gerenciar os planos de carreira dos colaboradores.

As vagas abertas incluem:

  • Analista de BI
  • Analista de Marketing Digital
  • Customer Success
  • Desenvolvedor Delphi
  • Desenvolvedor Front-End
  • Desenvolvimento NodeJS
  • Gerente de Negócios Fintech
  • Product Owner
  • Scrum Master
  • Suporte Técnico – Desenvolvedor de Software
  • Técnico de Vendas
  • Líder Técnico

A receita da TecnoSpeed para um ambiente de trabalho incrível

De acordo com Erike Almeida, Diretor Executivo, os quatro pilares da empresa para um ambiente de trabalho incrível são confiança, proatividade, colaboração e conhecimento. “A partir do momento em que os funcionários confiam na empresa, nós também temos que confiar neles, o que garante autonomia para que eles tomem decisões. Essa rapidez torna a nossa empresa mais ágil”, aponta o executivo.

A aquisição de conhecimento também é um dos pontos-forte da empresa: na média, os funcionários dedicam 26 horas anuais ao treinamento e desenvolvimento, contra a média nacional de 15 horas. A empresa também capacita jovens por meio do programa Aspira, voltado a alunos de escolas públicas. O programa recentemente formou 25 alunos.

Os números impressionam, já que dos 167 funcionários, 15% estão concentrados como gestores de pessoas e o time de RH conta com três psicólogos e duas funcionárias exclusivas para gerenciar os planos de carreira dos colaboradores. 98% dos funcionários afirmam conhecer o CEO Erike Almeida, 94% dizem confiar totalmente nele e 72% classificam sua gestão como excelente.

“Quando começamos a estabelecer políticas estruturadas nas pessoas, os resultados financeiros começaram a melhorar”, afirma Erike Almeida, 42, CEO da TecnoSpeed. “Temos uma política consolidada de desenvolvimento, treinamento e capacitação, além de pagarmos acima da média do mercado”.

“A parte boa de ter uma empresa pequena é conseguir manter o diálogo próximo e ativo. Todos os meses eu abro os números da empresa para os funcionários. Falo quanto foi a receita, o lucro, porque estamos perdendo clientes, onde estamos ganhando. É importante eles conhecerem esses números para entenderem a saúde da empresa”, garante o executivo.

Reconhecimento da indústria

O ano de 2020 foi repleto de reconhecimentos que atestam a excelência do ambiente de trabalho dentro da empresa, que venceu o Prêmio Lugares Incríveis para Trabalhar nas categorias “CEO Mais Incrível” e “Lugar Mais Incrível Para Trabalhar” entre as empresas de pequeno porte.

O Prêmio Lugares Incríveis para Trabalhar é uma iniciativa da Fundação Instituto de Administração (FIA) e do UOL. A premiação é baseada na pesquisa FIA Employee Experience, respondida por 150 mil funcionários de mais de 300 empresas brasileiras, entre agosto e setembro de 2020.

Já no ranking do GPTW (Great Place to Work), a TecnoSpeed conquistou a 33ª posição entre as melhores empresas para se trabalhar na América Latina e é a única de TI do Paraná a figurar nesta lista. Ainda pelo GPTW foi classificada como a 9ª melhor média empresa para se trabalhar no Brasil, a 11ª melhor empresa de TI para se trabalhar e a 5ª melhor empresa para se trabalhar no Paraná. 

Para mais informações sobre as vagas de trabalho, visite https://trabalheconosco.tecnospeed.com.br/

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Seminário internacional de inovação industrial está com inscrições abertas

Promovido pelo Senai no Paraná, o S3IE é gratuito e será realizado na modalidade online, com palestras de pesquisadores e especialistas nacionais e internacionais

Com o objetivo de fomentar ainda mais a disseminação da cultura da inovação no setor industrial, o Senai no Paraná promove o 3º Seminário Internacional de Inovação Industrial em Eletroquímica (S3IE), no dia 17 de junho, por meio do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ). Neste ano, o evento gratuito será realizado na modalidade online, com programação ao vivo, incluindo palestras de pesquisadores e especialistas renomados nas temáticas do evento. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo site do S3IE. O seminário é voltado a todos os profissionais que atuam na área da Eletroquímica, como empresários e trabalhadores da área de gestão da inovação, inclusive estudantes de nível superior e pós-graduação, que podem submeter seus trabalhos para apresentação no seminário. 

“O seminário será um ambiente de encontro entre a pesquisa aplicada e as demandas da indústria nacional. Para isso, contaremos com a participação de palestrantes renomados, tanto nacionalmente quanto internacionalmente, além de contar com depoimentos dos principais responsáveis pela inovação na indústria brasileira. Desta forma, teremos três ambientes virtuais, nos quais as fronteiras do conhecimento e suas aplicações serão debatidas em fóruns de discussão que envolvem os três eixos de atuação do ISI-EQ”, afirma Paulo Marangoni, gerente do Instituto Senai de Inovação em Eletroquímica (ISI-EQ). 

As três temáticas abordadas na programação serão: Smart Materials (desenvolvimento de materiais com melhor desempenho e com funcionalidades diferenciadas frente às demandas da indústria, como revestimentos inteligentes e tecnologias antivirais no combate à pandemia), Smart Bio Sensors (desenvolvimento de plataformas multisensoriais, monitoramento portátil, redução de custos de análises, monitoramento de processos, entre outros) e Smart Energy (desenvolvimento de soluções inovadoras e sustentáveis para geração e armazenamento de energia, aumento da vida útil, baterias com nanotecnologia embarcada e outros). 

3º Seminário Internacional de Inovação Industrial em Eletroquímica (S3IE)

Data: 17 de junho 

Horário: das 9h às 17h30

Evento realizado na modalidade online, com transmissão ao vivo 

Inscrições gratuitas, pelo site https://www.senaipr.org.br/s3ie/

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Eletromobilidade: uma tendência que veio para ficar

Assunto é um dos destaques da Intermodal, plataforma de negócios do setor

Pensando em contribuir para um planeta mais sustentável e com menos emissão de poluentes na atmosfera, as principais montadoras do mundo – tanto de automóveis quanto de veículos comerciais leves, caminhões e ônibus – investem em modelos elétricos como alternativas para os clientes, sejam eles empresas ou consumidores finais. A cada dia, torna-se cada vez mais comum vermos novos modelos e iniciativas neste sentido serem anunciados ao mercado.

Com uma maior oferta de opções, cresce também a procura por estes tipos de veículos. É o que atesta o novo relatório da Agência Internacional de Energia (IEA), que aponta que, somente no primeiro trimestre de 2021, houve um aumento de 140% nas vendas globais de veículos elétricos, alcançando 1,1 milhão de unidades comercializadas no período. Com o resultado, segundo a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), a soma total de modelos movidos a energia supera a marca de 10,6 milhões mundo afora.

No Brasil não é diferente e a demanda por veículos elétricos, aos poucos, torna-se uma tendência. De acordo com o 1º Anuário Brasileiro de Mobilidade Elétrica, atualmente, há uma frota de 40 mil modelos eletrificados em circulação no território nacional e a expectativa é que este número cresça ainda mais, visto que cada vez mais empresas investem neste sentido por aqui.

É o caso da BYD, uma das maiores fabricantes globais de baterias e de veículos elétricos. “Somos pioneiros em eletromobilidade no Brasil e no mundo. Por aqui, fomos a primeira empresa a produzir tanto ônibus movidos a energia quanto caminhões elétricos de coleta de lixo (começamos com um único veículo e hoje já temos 50 espalhados pelo Brasil). Também temos as vans elétricas da marca, outra inovação da companhia, que lançamos ao mercado em 2016 (em um projeto piloto junto à DHL durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro e que, atualmente, já são mais de 200 pelo país)”, diz o diretor de vendas da BYD Brasil, Henrique Antunes.

Ainda sobre a DHL, a operadora logística também é um exemplo de companhia que aposta nestes modelos de negócios mais sustentáveis. É o que diz o diretor de transportes da DHL Supply Chain Brasil, Ronny Almada. “Sim, essa é uma de nossas prioridades organizacionais, além de elemento estratégico para a preservação da sociedade e de nossos negócios. Em seu novo plano de sustentabilidade, o Deutsche Post DHL Group, do qual a DHL Supply Chain faz parte, anunciou um investimento global de 7 bilhões de euros até 2030, que inclui, entre outras metas, a eletrificação de até 60% da frota. No Brasil, a companhia também vem realizando aportes variados neste sentido, com foco em armazenagem e em transportes com características mais sustentáveis”.

Iniciativas que começam a mudar, inclusive, a realidade das cadeias logísticas e de distribuição do país, já que grandes companhias do mercado passam a olhar com mais atenção para este tipo de veículo e para os benefícios que ele oferece à toda a cadeia de suprimentos e de abastecimento. “Como a Via Varejo (dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio) que, recentemente, anunciou o investimento em nosso modelo de van elétrica para ampliar sua frota em São Paulo. O que é ótimo, já que, com grandes companhias investindo neste segmento, toda a cadeia que o compõe é beneficiada, visto que, quando uma empresa sai na frente e aposta em alguma inovação do mercado, as demais não vão querer ficar para trás. A partir disso, cria-se um ciclo e a tendência é que, cada vez mais, novos aportes cheguem ao setor”, acrescenta Antunes.

Sem dúvida, a principal vantagem dos veículos elétricos é a sustentabilidade e os menores impactos que causam ao meio ambiente, como uma menor emissão de gás carbônico na atmosfera. “Este é um dos primeiros pontos avaliados pelas companhias que buscam estes tipos de modelos em seus negócios, já que, quando se fala de caminhões elétricos, há zero emissão de poluentes. Há também a questão da redução de custos (os custos de um modelo movido a energia são bem menores dos que a combustão). E, por fim, há ainda o fator relacionado à imagem: as empresas, em geral, que investem em sustentabilidade são vistas com bons olhos”, pontua o executivo da BYD.

Já o diretor da DHL Supply Chain Brasil aponta outros benefícios. “Outra grande vantagem é a redução da poluição sonora, uma vez que os motores elétricos são muito silenciosos. O som que emitem é apenas do atrito do pneu com o asfalto. Para os condutores, o modelo oferece grande conforto interno, regulagem de volante, além de ser muito estável e desenvolver boas velocidades. Por fim, por ser elétrico, ele não tem restrições para trafegar na Zona de Máxima Restrição de Circulação – ZMRC de São Paulo”, complementa Almada.

Falando em distribuição, especificamente, Antunes ressalta os modelos elétricos da BYD, que são destaques no mercado logístico atualmente. “No que compete à eletromobilidade, apostamos muito em nossa linha de caminhões pequenos, que comportam até 7 toneladas, para entregas urbanas, e em nossa linha de caminhões médios (de 14 toneladas) para curtas distâncias. Em paralelo a isso, como comentei, temos as vans elétricas voltadas ao segmentos alimentício, de e-commerce e de varejo”, completa.

Intralogística – A eletromobilidade ganha cada vez mais destaque também no setor de intralogística, que compete na movimentação interna de produtos em armazéns, centros de distribuição e unidades fabris, com a utilização de equipamentos como empilhadeiras elétricas. Quem fala mais sobre isso é o gerente comercial da Jungheinrich Brasil, uma das líderes globais quando o assunto são soluções para este mercado, Raphael Souza.

“A eletromobilidade também vem crescendo muito no segmento nos últimos anos, visto que ainda é muito comum a utilização de equipamentos movidos a gás no país e o custo deste insumo no Brasil disparou, não sendo mais vantajoso mantê-lo. Em um comparativo rápido entre os dois modelos, com os custos atuais e utilizando como exemplo uma empilhadeira de 2,5 toneladas, a diferença é nítida: cada máquina a gás consome, em média, 6 mil reais por mês, enquanto uma elétrica gasta cerca de 600 reais”, salienta.

Outra vantagem, assim como nos veículos e caminhões elétricos mencionados acima, é a sustentabilidade dos equipamentos. “Uma empilhadeira elétrica praticamente não emite CO2 (ela não chega a ser zero carbono, porque possui uma matriz elétrica que emite um pequeno nível de gás, mas mínimo). Sendo assim, ao longo de toda a vida útil do equipamento, chegamos a ter cerca de 70% de redução nas emissões de gás carbônico no meio ambiente. Quem também se beneficia com isso é o operador da empilhadeira, que não precisa mais ficar inalando aquela substância nociva à saúde”, comenta.

No quesito produtividade, as empilhadeiras elétricas também não ficam atrás das tradicionais a combustão. Pelo contrário, elas atuam tão bem ou até melhor, reforça Souza. “Ainda existe um grande tabu no mercado de que máquinas elétricas não podem executar o mesmo trabalho que máquinas a combustão. Talvez pela falsa percepção de que o elétrico é mais frágil que um equipamento tradicional, o que não é verdade. Temos empilhadeiras elétricas atuando em áreas de mineração, por exemplo, que são conhecidas pelos terrenos adversos e desafiadores, nos quais se comportam muito bem, talvez até melhor do que máquinas a combustão”, finaliza o gerente comercial da Jungheinrich Brasil.

Intermodal – O tema é um dos destaques da Intermodal, plataforma de negócios completa voltada aos setores logístico, intralogístico, de transporte de cargas e comércio exterior, que reúne as principais informações, conteúdos, especialistas, oportunidades de negócios e players do mercado em um só lugar.

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THINK 2021: IBM anuncia novos benefícios para impulsionar o sucesso dos parceiros à medida que o ritmo do ecossistema se acelera

Por David La RoseGerente Geral de IBM Partner Ecosystem e Evaristus Mainsah, Gerente Geral de IBM Hybrid Cloud
e Edge Ecosystem

Na IBM, sabemos que quando nossos parceiros são bem-sucedidos, nossos clientes são bem-sucedidos e nós também. É por isso que, no ano passado, quando refinamos nossa estratégia corporativa em torno de duas forças principais que impulsionam a mudança nos negócios – a nuvem híbrida aberta e a IA – desenvolvemos nosso relacionamento com o ecossistema para permitir que nossos parceiros tenham mais oportunidades de entregar valor compartilhado aos clientes.

O ecossistema da IBM é fundamental para nossa estratégia de crescimento, e é por isso que estamos investindo US$ 1 bilhão para ajudar os parceiros e seus clientes a aproveitar a oportunidade de mercado de nuvem híbrida de US$ 1 trilhão. Estamos simplificando as interações, otimizando as estratégias de marketing e projetamos vias especializadas de Build, Service & Sell, com ofertas personalizadas que ajudam a acelerar a geração de valor. Hoje, também introduzimos novas competências, treinamento para aprender habilidades líderes de mercado e benefícios para garantir o sucesso dos parceiros em um mercado cada vez mais competitivo.

Expandindo a especialização dos parceiros com novas competências, benefícios e habilidades

O ecossistema é cada vez mais importante para entregar o valor que os clientes exigem. O programa IBM PartnerWorld continua a evoluir para conectar parceiros de todos os tipos e tamanhos com vendas, marketing e recursos técnicos de que precisam para cocriar, gerar mais lucro, entrar em novos mercados e acelerar a receita.

No IBM Think do ano passado, apresentamos novas vias de Build e Service, que incluíam Partner Packages com recursos para ajudar os parceiros a aprender, desenvolver, testar e criar uma prova de conceito para acelerar a implantação e escalar para o mercado. Desde então, mais de 4.000 parceiros se inscreveram para usá-los.

Como observa a empresa de analistas IDC, “A maior evolução do PartnerWorld em 2021 se baseia na recriação de 2020 e cria mais profundidade para que os parceiros se diferenciem na construção, serviço e venda de 3 vias.” E está possibilitando o sucesso dos parceiros, representado pelos vencedores de 2021 dos prêmios IBM Beacon Awards, Geographic Excellence Awards e Business Unit Excellence Awards. Para esse fim, as atualizações de hoje do programa incluem:

• O lançamento de uma nova estrutura de competências para permitir que os parceiros demonstrem conhecimento, validação técnica e sucesso de vendas em áreas especializadas, como infraestrutura de nuvem híbrida, automação e segurança. Com base nos dados de desempenho interno da IBM do primeiro trimestre de 2019 ao primeiro trimestre de 2021, os participantes do IBM PartnerWorld que ganham uma ou mais competências em média podem aumentar a receita relacionada às soluções IBM em até 25 vezes em comparação com parceiros que não alcançam uma competência. Por exemplo, o parceiro de ecossistema da IBM, Tata Consultancy Services (TCS), já ganhou competências que expandiram seu envolvimento com diferentes clientes para modernizar seus aplicativos em ambientes de nuvem híbrida.

• Novos benefícios, como centros de clientes para cocriação e incentivos para prova de conceito, para impulsionar a inovação conjunta, e workshops de aceleração de mensagens para ajudar as organizações parceiras a desenvolver planos personalizados de mensagens, centrados no comprador. Ao longo de um workshop de oito horas, os parceiros trabalham para desenvolver mensagens centrais que informam e alinham todos os materiais de vendas e marketing para ajudar a maximizar a geração de leads para seu mercado definido.

• Novas habilidades alinhadas com competências e cargos, juntamente com tecnologia, para trazer o treinamento da IBM para os próprios sistemas de gestão de aprendizagem dos parceiros, com o objetivo de construir credibilidade para os nossos parceiros no mercado. Como exemplo, o catálogo de aprendizado da IBM está incluído na plataforma de experiência de aprendizado da parceira de ecossistema Capgemini, juntamente com outros recursos para fornecer uma visão central e mais holística do treinamento.

Ativando nosso ecossistema para atender às necessidades do cliente

Hoje, no Think, onde agora envolvemos parceiros em todos os aspectos de nossa conferência principal, anunciamos o lançamento de uma série de inovações transformacionais de nuvem híbrida, automação e inteligência artificial do Watson. Elas incluem o IBM Automation Foundation dentro do IBM Cloud Paks for Automation, apoiado por um ecossistema de mais de 30 parceiros, como Confluent, HCL, Infosys, Intel, Sysdig, TCS, Tech Mahindra e Wipro, que poderão liberar o valor das soluções de automação da IBM para acelerar a produtividade dos clientes.

A automação é o exemplo mais recente de como a IBM depende de seu ecossistema para promover inovação e escala e do porquê os parceiros contam com a IBM para trazer continuamente a melhor tecnologia ao mercado. Recentemente, anunciamos a disponibilidade geral da IBM Cloud for Financial Services, com suporte do Red Hat OpenShift e outros serviços nativos da nuvem, e com apoio de um ecossistema crescente de mais de 90 parceiros. Juntamente com um desses parceiros, a EY, estamos anunciando hoje um Centro de Excelência que oferece novas soluções de nuvem híbrida aberta, com foco em conformidade regulatória, confiança digital e segurança, para ajudar as instituições de serviços financeiros a alavancar a nuvem em escala.

Impulsionando o sucesso dos parceiros em nuvem híbrida aberta e inteligência artificial com a expansão do Cloud Engagement Fund

Uma das muitas maneiras de apoiar nosso ecossistema é o Cloud Engagement Fund (CEF), um investimento da IBM em recursos técnicos significativos e créditos de nuvem para parceiros para ajudar a migrar as cargas de trabalho dos clientes para ambientes de nuvem híbrida. Hoje, estamos expandindo a disponibilidade de fundos para todos os tipos de parceiros, que desenvolvem, prestam serviços ou (re)vendem tecnologia IBM.

A colaboração da IBM com a Siemens Digital Industries Software ilustra uma das maneiras como o CEF está ajudando nossos parceiros a crescer. Por meio de nossa iniciativa conjunta, a Siemens aplicará a abordagem de nuvem híbrida aberta da IBM, construída no Red Hat OpenShift, para estender a flexibilidade de implantação do MindSphere®, a solução industrial de IoT como serviço da Siemens.

Com o potencial de nosso ecossistema de parceiros, combinado com um portfólio de tecnologia incomparável com Red Hat OpenShift em seu núcleo, a IBM nunca esteve melhor posicionada para colaborar na mudança transformacional que permitirá aos clientes modernizar, prever, automatizar e proteger sua infraestrutura e suas plataformas de tecnologia críticas. O que nossos parceiros nos pedem é simples: vamos criar o que vem a seguir, juntos .

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Klabin constrói primeira planta integrada de ácido sulfúrico do Brasil, usando gases recuperados do processo

A Klabin está construindo no Projeto Puma II, junto com a nova linha de produção de papéis para embalagens em Ortigueira (PR), a primeira planta de ácido sulfúrico integrada a uma fábrica de celulose e papel do Brasil, que tornará a unidade autossuficiente na produção do composto químico. Fornecida pela Andritz, a planta aproveitará os gases residuais do processo de cozimento da madeira para transformá-los em ácido sulfúrico, que será aproveitado na própria produção de celulose e papel da fábrica.

O ácido sulfúrico é um dos principais insumos de uma fábrica de celulose. “A implantação de uma planta como esta significa aproveitar com inteligência os subprodutos gerados ao longo da cadeia produtiva em produtos economicamente utilizáveis e ecologicamente sustentáveis, agregando valor à nossa produção”, explicou o gerente de projetos da área de Recuperação e Utilidades da Klabin, Walter Oliveira.

O ácido sulfúrico é utilizado em várias partes do processo produtivo, como nas Máquinas de Secagem, na planta de Tall Oil e nas Linhas de Fibras, entre outras. Essa nova tecnologia, além de estar alinhada à sustentabilidade que a Klabin busca implantar em todas as fases do processo, com tecnologias ambientalmente responsáveis, também viabiliza a redução de custos com a própria produção do ácido sulfúrico e maior independência para a obtenção do insumo. “A Unidade Puma e o Projeto Puma II, desde o início de seus estudos, foram projetadas com tecnologias capazes de aumentar a autossuficiência das fábricas. Isso aprimora o cuidado com o meio ambiente, que é uma das premissas da Companhia, além de contribuir com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU (Organização das Nações Unidas)”, comenta João Braga, Gerente Geral do Projeto Puma II.

ENERGIA RENOVÁVEL E REDUÇÃO DE EMISSÕES – A autossuficiência em ácido sulfúrico é apenas um dos exemplos que faz da Klabin e do Projeto Puma II, modelo em sustentabilidade. A Planta de Gaseificação de Biomassa, por exemplo, será responsável por fornecer combustível renovável ao Forno de Cal 2, com a capacidade de carga térmica de 51 MW, substituindo o uso de óleo combustível de origem fóssil. O processo utilizará biomassa e, com isso, reduzirá a “pegada de carbono” da fábrica. Na nova unidade, também será instalado o Turbogerador 3 (TG-3), que tem a finalidade de transformar a energia térmica do vapor (produzido nas Caldeiras de Recuperação e Força, com base em biomassa) em energia elétrica. A energia gerada no conjunto de 3 turbinas da Unidade Puma será utilizada para atender a própria demanda, a da nova fábrica e ainda haverá excedente que será comercializado o suficiente para sustentar o consumo médio de 250 mil residências.

REDUÇÃO NO USO DE ÁGUA – Outro ponto de destaque é a economia de água, prática já implementada no Projeto Puma II. Desde o início das obras de expansão da Unidade Puma, fábrica de celulose em Ortigueira (PR), foram economizados 42.252 m³ de água tratada com a reutilização de água da chuva e do efluente tratado, destinados para a limpeza das ruas internas do canteiro de obras. Durante a operação da unidade fabril, o reaproveitamento da água da chuva continuará no Pátio de Contêineres, que terá um sistema de captação de água para reaproveitamento na limpeza dos equipamentos, e também será mantida a rotina de utilização da água das chuvas (armazenadas em duas lagoas pluviais) para a limpezas de ruas e de áreas externas.

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Novo estudo da Accenture aponta que empresas do setor industrial demoram a reagir ao aumento da demanda e vendas digitais

Apesar do aumento nas expectativas dos clientes industriais por uma experiência de compra digital, apenas 7% das empresas do setor planejam transformar suas áreas de vendas digitais nos próximos dois anos. É o que aponta o mais recente levantamento da Accenture (NYSE: ACN).

Entrevistas com 500 executivos de vendas e marketing de empresas do setor industrial do mundo todo serviram de base para o estudo “High-Voltage Digital Sales”. Uma das descobertas da Accenture é que até 2025 apenas 29% das vendas do setor industrial serão conduzidas por canais digitais. Atualmente, esse número está em 21%, mesmo com 96% dos entrevistados vendo a necessidade de transformar seus departamentos de vendas para oferecer uma experiência de compra digital melhor aos clientes.

“A pandemia fez muitas empresas acordarem para a necessidade da transformação digital, mas o setor industrial parece processar o recado mais lentamente”, explica Thomas Rinn, líder global do grupo Industrial na Accenture. “A maioria delas entende a necessidade de transformar a forma como vendem seus equipamentos, peças e serviços, mas somente uma pequena fração está pronta para fazer isso. O resultado é que a maioria das empresas do setor industrial ainda está muito longe de oferecer aos clientes uma experiência multicanal com foco nas vendas digitais, algo já comum em outros setores”.

Como parte da pesquisa, a Accenture categorizou os níveis de maturidade de vendas das empresas analisadas em cinco capacidades imprescindíveis para as vendas digitais, com base em como elas identificam seu desempenho: envolvimento digital de ponta a ponta com o cliente, recomendações proativas e personalizadas, percepções de cliente preditivas e baseadas em dados, processos de vendas padronizados e automatizados, além de operações colaborativas na linha de frente.

A partir dessas cinco capacidades, a Accenture dividiu as empresas em três grupos de acordo com o grau de maturidade nas vendas digitais. As companhias mais adiantadas no processo de criação de uma jornada digital para seus consumidores – somando 11% das empresas entrevistadas – foram classificadas como “Líderes”. Aquelas com o menor grau de maturidade em vendas digitais foram chamadas de “Retardatárias” e somam 48% das empresas analisadas. O restante é formado pelos chamados “Aspirantes”.

O estudo concluiu que, em comparação com os “Aspirantes” e “Retardatários”, os “Líderes” se destacam em duas das cinco capacidades analisadas:

• Colaboração na linha de frente: os Líderes destacam-se criando jornadas contínuas para seus clientes, que inclui todas as etapas do processo de compra, do marketing às vendas e pós-venda. Eles combinam dados e insights de clientes de cada uma dessas três áreas, o que cria experiências de vendas digitais altamente centradas no cliente. Além disso, 54% dos “Líderes” estão envolvidos em práticas de marketing avançadas, como inteligência competitiva e otimização de preços, para atuar como consultores estratégicos para vendas e pós-vendas.

• Recomendações customizadas: ao tornar a experiência online personalizada e relevante, as empresas “Líderes” se esforçam ainda mais para trazer uma experiência de compra digital para o mundo B2B. Essas empresas lançam mão de recomendações automatizadas e personalizadas baseadas em dados para que os clientes obtenham produtos adaptados às suas necessidades individuais e com base em seu histórico de compras. Além disso, essas empresas customizam a jornada digital do cliente usando lojas online personalizadas e totalmente integradas aos portais de compras do cliente.

O estudo também observa que 48% dos “Aspirantes” e 42% dos “Retardatários” – aqueles com menor maturidade em vendas digitais – afirmam que suas equipes de vendas ainda resistem à migração para o comércio digital.

“Ainda que muitos representantes de vendas acreditem que expandir as vendas digitais irá colocar seus empregos em risco, a verdade é que a promoção de produtos complexos como equipamentos industriais precisa do suporte de um especialista de vendas”, explica Rinn. “As vendas online são uma opção excelente para as empresas do setor industrial interessadas em atrair novos grupos de compradores e aprofundar relacionamentos existentes com seus clientes. Não há como voltar ao antigo status quo, já que as vendas digitais serão cada vez mais importantes, mesmo com o fim da pandemia “.

O estudo completo está disponível em http://www.accenture.com/industrialdigitalsales.

Sobre o estudo

Para o estudo “High-Voltage Digital Sales”, a Accenture realizou uma pesquisa online abrangente e representativa com 500 executivos ocupando cargos sênior de vendas, marketing e pós-vendas em empresas do setor industrial em 12 países da América do Norte, Europa e Ásia-Pacífico. As empresas analisadas atuam em quatro segmentos distintos – equipamentos industriais e elétricos, equipamentos pesados, fornecedores automotivos e bens de consumo duráveis. O levantamento foi feito entre os meses de outubro e novembro de 2020.

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