O Judiciário brasileiro tem acompanhado de maneira efetiva a transformação proporcionada pela Inteligência Artificial (IA), proporcionando benefícios aos cidadãos com a redução do tempo de espera por decisões. Um exemplo disso vem acontecendo no Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR), que, em parceria com a Lanlink e Microsoft, adotou a ferramenta Copilot. Em apenas 50 dias, o uso da IA alcançou 76% de uso produtivo. Com os Agentes de IA criados exclusivamente para o TJ-PR para geração de pareceres, relatórios e decisões sobre processos a redução de tempo de trabalho foi entre 67% e 80%.
Em apenas 50 dias, 14.702 ações foram executadas no Copilot. A maior parte delas, interações com o chat de negócios (com 11.130 ações para gerar conteúdo: 76% do uso), seguida pelo assistente de reuniões do Teams e auxílio no Word.
“Para adotar a Inteligência Artificial, é preciso inicialmente que a empresa ou órgão a ser beneficiado tenha conhecimento sobre seu nivelamento interno. Após isso, se faz necessário ter bons profissionais de TI e contar com o apoio de parceiros na implementação. Isso aconteceu de maneira muito eficaz com o TJPR. A implementação da inteligência artificial vem trazendo benefícios ao órgão, com aumento expressivo de produtividade. O resultado foi possível graças não apenas pelo trabalho em conjunto conosco e Microsoft, mas, acima de tudo, pelo empenho dos servidores para incorporar a IA na sua rotina”, explica Jailson Batista, Diretor de Digital Workforce da Lanlink.
As soluções
A Lanlink e o Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) já tinham sido parceiros no desenvolvimento de uma solução de ITSM. A empresa foi convidada a participar de uma concorrência para a implementação de solução de Inteligência Artificial no órgão e foi vencedora do certame. Em seguida, iniciou-se um processo de diagnóstico no órgão a fim de entender o conhecimento interno acerca do Office 365.
Inicialmente, percebeu-se a necessidade de um treinamento para ampliar o conhecimento acerca do Office 365, bem como introduzir a utilização do Copilot Web e conscientizar os usuários a respeito da segurança do uso da Inteligência Artificial. Em paralelo a isso, a Lanlink diagnosticou os processos nos quais haveria maior possibilidade de benefícios ao tribunal, chegando ao relatório de agravos e decisão de agravos.
No primeiro caso, foram criados assistentes de IA que ajudam nas duas fases de análise dos processos, auxiliando em tarefas como pesquisa de jurisprudência, verificação de provas e acórdãos. A análise inicial teve redução de tempo de 80%, enquanto a pesquisa de jurisprudência e similares gerou uma economia de 67% no tempo.
Por sua vez, para a decisão de agravo houve o desenvolvimento de dois assistentes de Inteligência Artificial, que são utilizados para analisar acórdãos, verificar processos similares, filtrar a jurisprudência por estado, bem como gerar uma sugestão de decisão para o funcionário. A partir disso, o servidor coloca sua experiência em prática para definir se prossegue ou não com o embasamento sugerido. Esse processo teve uma redução média de 65 para 21 minutos.
“A adoção massiva dos servidores demonstra não apenas a eficácia do processo, mas o quanto o empenho do corpo de funcionários é importante para que a IA maximize a sua importância. Nesse sentido, foi fundamental o treinamento para se introduzir uma cultura organizacional que utiliza de fato a inteligência artificial generativa na rotina. Isso facilitou a obtenção de resultados relevantes em tão pouco tempo”, complementa Jailson Batista.
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