Número de CPFs inadimplentes diminuem em Abril no Paraná, mas CNPJs com restrição aumentam em Curitiba

A Associação Comercial do Paraná (ACP), por meio do seu Setor de Inteligência de Mercado em parceria com a Equifax, divulgou os dados do mês de abril sobre inadimplência no estado do Paraná e na capital, Curitiba. Essa situação refere-se a atrasos no pagamento de contas, empréstimos, financiamentos ou outros compromissos financeiros, o que pode resultar em restrições de crédito, dificultar a obtenção de novos financiamentos e afetar negativamente a economia.

O levantamento da ACP tem como objetivo revelar o impacto financeiro na população e no setor empresarial, trazendo informações detalhadas sobre as dívidas registradas em nome de consumidores e empresas. Além da inadimplência, os dados também abordam o número de abertura de empresas de 01 de abril até 30 de abril de 2025.

“Queremos levar à população dados que demonstrem a realidade do cenário econômico. Estamos em um momento delicado em que é necessário tomar cuidado a fim de evitar problemas como restrições de crédito, seja para Pessoa Física ou Jurídica”, detalha o Presidente da ACP, Antonio Gilberto Deggerone.

Inadimplência pessoa física

Considerando os dados atualizados no mês de abril, a inadimplência de pessoas físicas diminuiu em relação ao mês anterior. Atualmente, o estado do Paraná possui 3.028.079 CPFs com restrições financeiras. Já a capital registrou 560.843 CPFs nessa condição.

No ranking estadual, Curitiba lidera com o maior número de CPFs inadimplentes, seguido por Londrina (157.192), Maringá (160.369), Ponta Grossa (113.737) e Cascavel (93.740).

Inadimplência pessoa jurídica

Em relação ao setor empresarial, o estado do Paraná registrou 255.885 CNPJs em situação irregular e 1.574.453 sem restrições. Enquanto isso, a cidade de Curitiba aumentou em relação ao mês de março, totalizando 69.115 empresas inadimplentes.

No ranking das cidades paranaenses com mais empresas inadimplentes, com exceção de Curitiba, Londrina desponta com 14.841, seguida por Maringá (13.872), Ponta Grossa (8.993) e Cascavel (8.712).

Na avaliação do Vice-Presidente Comercial da ACP, Paulo Mourão, os dados demonstram o importante papel das empresas no atual cenário. “Enquanto os dados apontam um cenário desafiador para o estado do Paraná e sua capital no que se refere à inadimplência de pessoas jurídicas, o número significativo de novas empresas abertas indica resiliência do empresariado local e movimentação da economia”, afirma.

Durante o mês de abril foram 18.785 novas empresas abertas no Paraná, distribuídas entre MEI (Microempreendedor Individual), microempresas, pequenas empresas e médias empresas. Entre as cinco primeiras cidades que mais tiveram novos negócios estão: Curitiba (4.645), Londrina (1.097), Maringá (988), Cascavel (708) e Ponta Grossa (624).

Compartilhar

Financiamento de veículos cai 9,3% no Paraná em abril

Em abril, o Paraná foi responsável pelo financiamento de 42,3 mil veículos, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. O número representa queda de 9,3% em relação ao mesmo período de 2024, e de 2,7% no comparativo com março deste ano.

No segmento de automóveis leves, obteve uma redução de 9,1% frente ao mesmo período do ano passado e alta de 2,4% em comparação ao mês anterior. Na categoria de motos, foi registrado aumento de 9% na comparação com abril de 2024, e de 20,9% em relação a março de 2025. O número de financiamento de veículos pesados no Estado foi 0,9% menor em abril, em base anual, e prejudicado em 6,1% frente a março.

A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do País, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo o território nacional.

Compartilhar

Senac PR realiza Festival Gastronômico com produtos paranaenses durante a Semana S

De 10 a 18 de maio ocorre em todo o país o maior evento integrado do Sistema Comércio brasileiro, que levará cidadania e entretenimento aos cidadãos, além de palestras para incentivar o desenvolvimento e a inovação do comércio e dos serviços no país. A Semana S do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, idealizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), será realizada pela Fecomércio PR, Sindicatos Empresariais, Sesc PR e Senac PR, em 33 cidades paranaenses.

Como parte da programação, entre os dias 12 e 16 de maio, o Senac PR realiza o Festival Gastronômico com produtos paranaenses nos seus quatro Restaurantes-Escola: Curitiba, Caiobá, Foz do Iguaçu e Maringá; e também nos Cafés-escola: em Curitiba (Jardim Botânico, Belvedere, Paço da Liberdade), Londrina (Cadeião), Campo Largo (City Center Outlet), Ponta Grossa (Estação Saudade) e Caiobá (Hotel Sesc).

A ideia do Festival é promover a gastronomia regional e valorizar os produtos com registro de Indicação Geográfica (IG). O cardápio dos restaurantes irá apresentar diversos pratos com insumos paranaenses, como, por exemplo, o rolinho primavera de cracóvia de Prudentópolis com molho agridoce de ponkan de Cerro Azul; o pão no bafo de Palmeira; ou o profiteroles de café de Mandaguari com sorvete de erva mate de São Mateus do Sul.

Nos dias 12, 13 e 16 o atendimento dos restaurantes será como sugestão do dia, com entrada, prato principal e sobremesa, pelo valor de R$45,00 por pessoa. Já na quarta-feira (14), o atendimento será no modelo buffet temático, com saladas, pratos quentes e sobremesa à vontade, com custo de R$52,00. Na quinta-feira (15), seguindo a tradição do Restaurante e valorizando a culinária paranaense, será servido o Barreado, a R$49,00 o buffet com sobremesa.

Já os Cafés-escola irão servir Cheesecake com calda de goiabada de Carlópolis; Mocha com doce de leite de Castro; e Mate batido de São Mateus do Sul.

Acesse https://cncsemanasbrasil.facedoor.events/pr e confira a programação completa da Semana S no Paraná e em todo o Brasil, além de detalhes sobre inscrições gratuitas.

Compartilhar

Plataforma que conecta indústria a varejo de vizinhança lança tecnologia própria no Paraná

Thaise Hagge, CTO do Compra Agora

O Compra Agora, plataforma pioneira B2B focada no varejista brasileiro, está avançando com a implementação de uma tecnologia própria denominada “Programa Conecta”, criado para atender de forma mais personalizada às demandas do varejo, distribuidores, indústrias, consultores e equipes operacionais. A novidade já está disponível no Paraná.

Já são quase 40 mil varejistas que migraram para o novo sistema no estado, cujas vendas mensais feitas dentro da plataforma representam cerca de 5% do total negociado em todo o país. Em média, são mais de 7 mil pedidos feitos por mês pelos varejistas paranaenses, que podem solicitar a concessão de crédito ao Compra Agora – apenas em abril, foram quase R$ 340 milhões disponibilizados aos comerciantes do Paraná.

Com um investimento inicial de cerca de R$ 50 milhões, o “Programa Conecta” representa um salto tecnológico em termos de modernidade e robustez. A mudança fortalece a gestão das operações internas, impactando a eficiência transacional, a contratação de serviços e a interface com stakeholders. Além disso, proporciona uma melhor usabilidade, melhorias no site e uma reorganização das atividades em todas as áreas da empresa para torná-la ainda mais eficiente.

O app do Compra Agora foi reestruturado e desenvolvido pela Accenture para proporcionar eficiência e praticidade para o varejista no dia a dia. Com uma interface atualizada para iOS e Android, oferece flexibilidade na colocação de pedidos, mais estabilidade e performance aprimorada. Além disso, proporciona uma experiência de compra mais ágil, com filtros inteligentes para localizar produtos, listagem de cupons disponíveis no carrinho, e sincronização entre dispositivos. Recomendações personalizadas, com ferramentas de pesquisa com base em IA, e uma vitrine renovada oferecem mais opções e maior controle sobre o estoque, pedidos e crédito com uma plataforma robusta e integrada.

“A implantação de um sistema proprietário de vanguarda coloca o Compra Agora em uma posição privilegiada no mercado, oferecendo uma experiência aprimorada tanto em nosso site quanto nos aplicativos móveis para iOS e Android. Além disso, essa tecnologia nos capacita a agilizar a incorporação de novos parceiros, garantindo qualidade e desempenho técnico a um custo mais baixo em comparação com as soluções disponíveis atualmente”, explica Thaise Hagge, CTO do Compra Agora.

A plataforma modular permite conectar facilmente ferramentas, realizar testes de novas funcionalidades e explorar inovações de forma independente. Serão conectados mais de 30 indústrias, 120 distribuidores e 290 operações, beneficiando mais de 530 mil lojistas e transacionando milhares de pedidos diariamente.

As indústrias parceiras do Compra Agora ganham com a otimização de seu portfólio em uma nova vitrine, que melhora a navegação e a exibição de produtos, impulsionando as vendas e diversificando o mix de produtos. Segundo Thaise, elas têm ainda mais liberdade para criar e gerenciar promoções, com uma lista de cupons renovada e maior flexibilidade para inserir produtos e caixarias. O controle de orçamento promocional também foi aprimorado, permitindo uma gestão mais rápida e eficiente das campanhas, em conjunto com a equipe do marketplace.

Outra novidade é o portal do distribuidor, criado para oferecer uma visão completa da operação, como estabelecimentos atendidos e status de pedidos. Com uma usabilidade renovada, o site e app proporcionam maior agilidade no processo de vendas, facilitando a busca por produtos e a aplicação de promoções. “Garantimos uma conferência mais rápida dos descontos aplicados, com uma vitrine inteligente para cupons e promoções”, complementa a diretora-geral do Compra Agora.

O Programa Conecta tem como premissa o desenvolvimento com base em três pilares fundamentais: a busca pela eficiência financeira, promoção da digitalização em todas as áreas do negócio e o oferecimento de novas oportunidades de valor. “O programa representa um marco em nossa jornada para impulsionar a transformação digital no mercado B2B. Com essa iniciativa, estamos comprometidos em capacitar todos os nossos parceiros a prosperarem em um ambiente cada vez mais competitivo, proporcionando soluções tecnológicas de ponta que contribuirão para o crescimento sustentável dos negócios”, afirma Thaise.

O desenvolvimento tecnológico está sendo realizado em colaboração com a Accenture, empresa líder global de serviços profissionais que leva transformação digital a seus clientes, com forte expertise em crescimento por meio de plataformas de e-commerce. “Entendemos que este programa de profunda transformação digital vai remodelar a indústria de bens de consumo de uma maneira muito relevante e positiva, uma vez que se trata de um projeto que traz alta eficiência operacional para todos os stakeholders da cadeia. Estamos orgulhosos com a nossa colaboração”, disse Matías Levín, diretor da Accenture no Brasil, responsável pelas indústrias de Consumidores (bens de consumo, varejo e viagens).

Compartilhar

Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal: Curitiba e Maringá no Top 5 do ranking nacional de desenvolvimento socioeconômico

O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) revela que o estado do Paraná possui 71 municípios entre os 500 maiores IFDMs do país. Destes, 21 cidades compõem o ranking das 100 melhores no território nacional. A capital Curitiba e o município de Maringá, além de liderarem o ranking estadual, se situam no Top 5 do Brasil, em 3° e 4° lugares, respectivamente.

Pato Branco e os dois líderes do ranking estadual são as únicas cidades consolidadas no Top 10 paranaense desde o início da nova série histórica do IFDM em 2013. Elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) com base em dados oficiais referentes ao ano de 2023, esta edição do IFDM analisou 5.550 municípios brasileiros, que respondem por 99,96% da população.

“É inadmissível que ainda hoje, apesar da melhoria nos últimos anos, a gente tenha um Brasil tão desigual. Através do IFDM conseguimos chamar a atenção para a situação crítica de muitas cidades, que nem sequer tem quantidade razoável de médicos para atender a população, em que a diversidade econômica é tão baixa que sete em cada dez empregos formais são na administração pública. Nossos cálculos indicam que as cidades críticas têm, em média, mais de duas décadas de atraso em relação as mais desenvolvidas do país. É como se parte dos brasileiros ainda estivesse vivendo no século passado”, ressalta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

Criado em 2008 e atualizado neste ano com nova metodologia, o estudo é composto pelos indicadores de Emprego & Renda, Saúde e Educação e varia de 0 a 1 ponto, sendo que quanto mais próximo de 1 maior o desenvolvimento socioeconômico. Por meio dessa pontuação, é possível avaliar o município de forma geral e específica em cada um dos indicadores.

Tanto a avaliação geral quanto as análises dos indicadores são classificadas em quatro conceitos: entre 0 e 0,4 – desenvolvimento crítico; entre 0,4 e 0,6 – desenvolvimento baixo; entre 0,6 e 0,8 – desenvolvimento moderado; e entre 0,8 e 1 – desenvolvimento alto. O estudo permite, ainda, avaliação absoluta por município e ano e comparações entre cidades e anos anteriores.

A Firjan analisou o desenvolvimento socioeconômico dos 399 municípios do estado. A distribuição entre as faixas de desenvolvimento do IFDM revela um quadro bastante favorável: 9,3% dos municípios paranaenses atingiram alto desenvolvimento, o dobro da proporção nacional (4,6%), e 85,5% registraram desenvolvimento moderado. Apenas 5,3% das cidades apresentaram baixo desenvolvimento e nenhuma registrou desenvolvimento crítico.

Só atrás de São Paulo e Santa Catarina

A análise mostra que, de 2013 a 2023, o IFDM médio dos municípios paranaenses passou de 0,5717, em 2013, para 0,7055 em 2023, um avanço de 23,4%. O estado possui o terceiro maior IFDM dentre os 26 estados brasileiros, ficando atrás somente de São Paulo e Santa Catarina, e está consideravelmente acima da média nacional de 0,6067. O principal fator para a evolução foi Educação, que registrou alta de 37,2%; seguido por Saúde (+27,9%); e, em menor escala, Emprego & Renda (+8,9%). De acordo com a Firjan, esse movimento foi disseminado pelo estado: 395 dos 399 municípios evoluíram frente a 2013.

Curitiba, Maringá, Toledo, Marechal Cândido Rondon e Francisco Beltrão compõem o Top 5 paranaense. Já Mato Rico, Cerro Azul, Doutor Ulysses, São Jerônimo da Serra e Guaraqueçaba fecham a tabela debaixo. Ainda assim, nenhuma cidade paranaense está entre os 500 piores municípios do Brasil.

Entre as 10 piores colocações no estado, o município de Antonina (393º lugar) é o mais marcante por ter perdido 104 posições no ranking entre 2013 e 2023. A principal influência para a redução foi o indicador de Emprego & Renda, ao registrar queda de 17,5% frente a 2013. Como consequência, a cidade perdeu o grau de desenvolvimento moderado nessa vertente que havia obtido em 2013 e voltou a registrar grau baixo.


57 milhões de brasileiros vivem em cidades com desenvolvimento socioeconômico baixo ou crítico

O IFDM aponta que 47,3% das cidades brasileiras (2.625) ainda têm desenvolvimento socioeconômico baixo (2.376) ou crítico (249). São 57 milhões de pessoas vivendo nessa situação. Os municípios com desenvolvimento moderado são 48,1% (2.669) e aqueles com alto nível são apenas 4,6% (256). Os três mais bem avaliados pelo estudo são Águas de São Pedro (SP), São Caetano do Sul (SP) e Curitiba (PR).

A análise também mostra que 99% dos municípios analisados registraram avanço no índice geral entre 2013 e 2023. Com isso, a pontuação média brasileira no estudo é de 0,6067 ponto, referente a desenvolvimento moderado. As três vertentes do índice contribuíram para esse avanço, ainda que em ritmos distintos.

O IFDM Educação teve o maior crescimento (+52,1%), passando de 0,4166 ponto em 2013 — quando era a variável com pior pontuação — para 0,6335 em 2023, tornando-se o componente de melhor desempenho. O IFDM Saúde registrou o segundo maior avanço (+29,8%), aumentando de 0,4626 ponto para 0,6002. Já o IFDM Emprego & Renda foi o que menos evoluiu (+12,1%), mesmo com a forte recuperação pós-pandemia. Essa trajetória de desenvolvimento disseminado resultou em redução de 87,4% no número de municípios com desenvolvimento crítico, que passou de 1.978 em 2013 para 249 em 2023.

O gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart, coloca que todas as regiões ainda têm cidades em situação crítica, mas que Norte e Nordeste ainda são as mais prejudicadas. Ele destaca que o estudo oferece análise detalhada para que o cenário possa ser modificado nos próximos anos. “Estamos fornecendo um quadro representativo para a formulação de políticas públicas mais eficazes e equitativas”, pontua Goulart.

Déficit na formação de professores é problema apontado pelo IFDM Educação

A Educação se destaca como a área do estudo com maior número de municípios em patamares mais elevados de desenvolvimento. No país, 56,1% das cidades (3.113) registram desenvolvimento moderado, enquanto 7,2% (401) têm alto desenvolvimento. Ainda assim, desafios persistem, pois 32,5% (1.806) permanecem na faixa de baixo desenvolvimento e 4,1% (230) apresentam cenário crítico.

O IFDM Educação foi desenvolvido para avaliar tanto a oferta quanto a qualidade da educação básica em escolas públicas e privadas, desde a Educação Infantil até o Ensino Médio. Percentual de crianças de até três anos matriculadas em creches, adequação da formação dos professores que lecionam no Ensino Fundamental e no Ensino Médio, oferta de educação em tempo integral, taxas de abandono escolar e de distorção idade-série, além do desempenho dos alunos no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) no Ensino Fundamental são as variáveis consideradas no indicador.

Com isso, o estudo ressalta que nos municípios com desenvolvimento crítico 57% das turmas do Ensino Fundamental não são ministradas por professores com formação adequada. Ainda que em menor proporção, municípios com alto desenvolvimento (23%) também têm esse problema. A distorção idade-série é outro ponto destacado. Estão acima da idade recomendada 40% dos alunos do Ensino Médio nos municípios críticos.

Esse número é quase cinco vezes o observado nas cidades mais desenvolvidas (8,3%). Na Educação Infantil, a análise da Firjan aponta que apenas 19% das crianças de até três anos estão matriculadas em creches nos municípios com pior desempenho, quase um terço do percentual registrado nos municípios de alto desenvolvimento (53%), onde a média supera a meta vigente do Plano Nacional de Educação (PNE).

Falta de médicos é um dos principais pontos críticos na área da saúde

A maioria dos municípios brasileiros apresenta desempenho moderado no IFDM Saúde. Do total analisado, 53,2% (2.961) registram pontuações entre 0,6 e 0,8 no indicador. Por outro lado, 39,1% das cidades (2.179) permanecem em situação de baixo desenvolvimento. Nos extremos, 5,8% (323) registram desempenho crítico e apenas 1,9% (107) tem alto desenvolvimento.

O IFDM Saúde avalia cobertura vacinal, percentual de gestantes que realizam consultas pré-natais, incidência de gravidez na adolescência, número de internações por condições sensíveis à atenção básica e por problemas relacionados ao saneamento inadequado, taxa de óbitos infantis evitáveis e quantidade de médicos disponíveis para cada mil habitantes.

A análise mostra que as cidades críticas têm, em média, apenas um médico para dois mil habitantes. Nas cidades com alto desenvolvimento são sete para cada grupo de dois mil habitantes. O estudo aponta, ainda, que são 74 internações por saneamento inadequado a cada dez mil habitantes nos municípios críticos. Nas cidades mais desenvolvidas são quatro.

Outro ponto ressaltado pelo estudo é a gravidez na adolescência. Nas cidades com situação crítica, 41% das gestações são de adolescentes, percentual mais de três vezes superior ao das cidades de alto desenvolvimento (12%). Já as internações por causas sensíveis à atenção básica representam um terço (33,2%) do total nos municípios críticos, mais que o dobro da proporção observada nas cidades mais desenvolvidas (13,7%).

Baixa diversidade econômica: nos municípios críticos, quase sete em cada dez empregos formais são na administração pública

A distribuição dos municípios brasileiros por nível de desenvolvimento do IFDM Emprego & Renda em 2023 revela cenário contrastante. Enquanto 20,3% das cidades têm alto nível de desenvolvimento nessa dimensão — a maior proporção entre as três vertentes do IFDM —, ainda há desafios significativos: um em cada quatro (25,2%) municípios apresenta um mercado de trabalho em condição crítica.

O IFDM Emprego & Renda avalia a capacidade de geração de empregos e de distribuição de renda nos municípios, levando em conta absorção da mão de obra local, diversidade econômica (indicadora de resiliência do mercado), taxa de desligamentos voluntários (reflete a mobilidade e a confiança do trabalhador), PIB per capita (medida de riqueza produzida por habitante), participação dos salários no PIB (indicadora de distribuição de renda) e taxa de pobreza (evidencia a parcela da população em situação de vulnerabilidade socioeconômica).

Nas cidades com desenvolvimento crítico no IFDM Emprego & Renda, 9,3% da população adulta possui emprego formal. Nos municípios de alto desenvolvimento nesse indicador, esse percentual é de 39,4%. O estudo também aponta que a baixa diversidade econômica nos municípios críticos é ilustrada pela alta dependência nos empregos públicos: nessas cidades, quase sete em cada dez vínculos formais (67,9%) de emprego estão na administração pública, frente a apenas 10,6% nos municípios com alta performance.

Compartilhar

ANYMARKET integra TikTok Shop ao seu portfólio e amplia alcance no varejo digital multicanal

Plataforma que lidera o mercado tem mais de 100 marketplaces integrados e se posiciona como ponte entre sellers e a nova lógica do e-commerce baseada em conteúdo e influência digital

O ANYMARKET, hub de integração com marketplaces voltado a sellers de diversos portes, anunciou a inclusão do TikTok Shop em seu ecossistema. A novidade reforça o movimento do varejo digital em direção à convergência entre conteúdo, entretenimento e vendas — uma tendência crescente, especialmente em mercados como o Brasil, que já é o terceiro maior público global da plataforma, com mais de 111 milhões de usuários. 

O TikTok Shop vem ganhando força em diferentes países, transformando a lógica do comércio eletrônico tradicional. O que antes era engajamento, hoje é canal de vendas; o que era entretenimento, agora se consolida como estratégia de conversão. A integração com o ANYMARKET permite que sellers brasileiros acompanhem essa mudança com estrutura tecnológica voltada à centralização de canais, sincronização em tempo real de estoque e preços, e conexão com ERPs, plataformas de e-commerce, sistemas logísticos e demais soluções operacionais. 

“Com a chegada do TikTok Shop ao ecossistema ANYMARKET, levamos os sellers para os canais onde o consumidor de fato está. A plataforma está preparada para dar suporte a esse novo cenário, que exige integração, agilidade e capacidade de adaptação. Mais do que um novo canal, trata-se de um modelo de vendas baseado na criação de conteúdo e influência, saindo do marketing transacional e indo para o relacional — e quem entender isso antes sai na frente”, afirma Victor Eduardo Cobo, CEO do ANYMARKET.  

De acordo com o executivo “o mercado sempre entendeu a importância do tráfego de pessoas nas plataformas, mas o TikTok Shop conta também com a retenção do seu público, ou seja, não é apenas mais uma vitrine convencional e sim ter o comprador imerso, o tempo todo, nas próprias possibilidades de compras e vendas”. 

O movimento segue uma tendência observada também entre marketplaces tradicionais. Shopee investe em transmissões ao vivo, o Mercado Livre amplia o uso de vídeos e reviews, enquanto o Magalu aposta em programas com creators. Ao mesmo tempo, microempreendedores e criadores de conteúdo já fazem do TikTok seu principal canal de vendas. O especialista em Growth & Performance do ANYTOOLS (primeiro ecossistema para quem vende em marketplaces), Jasper Perru, avalia que “a nova fronteira do e-commerce passa necessariamente pela capacidade de entreter e engajar antes de converter, ou seja, a verdade é que quem entretém, vende”, salienta. 

O ANYMARKET se destaca pela estabilidade e segurança na gestão multicanal. A plataforma já conecta mais de 3 mil lojas e 50 milhões de SKUs, com índice de 98% de satisfação no primeiro atendimento e mais de 5 mil atividades implantadas com onboarding considerado de excelência. 

A integração com a TikTok Shop amplia o leque de possibilidades para sellers que desejam explorar formatos inovadores de venda, sem abrir mão da organização e eficiência operacional. Segundo analistas do setor, quem conseguir unir conteúdo relevante, presença digital e uma operação integrada terá vantagem competitiva no varejo digital nos próximos anos. 

Compartilhar

Empresa curitibana desenvolve tecnologia inédita no mercado de TI

Com a digitalização dos últimos anos é cada vez maior o volume de aplicativos e softwares que a sociedade acessa diariamente. Porém, para que esses programas funcionem de forma adequada, inúmeros testes (test case) são realizados desde a criação do aplicativo até o lançamento. Para isso, os profissionais de Tecnologia da Informação precisam acessar cada função dentro do aplicativo e simular as variadas possibilidades de ação dos usuários, a fim de identificar erros e criar as soluções necessárias. Desta forma, os aplicativos chegam ao mercado somente quando estão funcionando corretamente, evitando prejuízos aos desenvolvedores e seus clientes.

“É uma área muito grande dentro da TI e que demanda muitas horas dos profissionais especializados. Agora, com o apoio da Inteligência Artificial (IA), em poucas horas o desenvolvedor consegue levantar todas as falhas do sistema, o que de forma manual poderia levar dias”, explica o CEO do TestBooster.ai, Juliano Haus, que atua há mais de 20 anos no ramo de tecnologia.

Um dos diferenciais é o uso de Inteligência Artificial, que acelera a execução dos testes de softwares, tornando a ação mais assertiva. Isso porque a própria IA acessa a tela e mapeia todas as variáveis possíveis, realizando as ações de forma automática.

“Até então, as soluções disponíveis no mercado faziam os testes de forma automática, porém era necessário que o profissional fizesse uma programação prévia dos pontos que gostaria de testar. Com o TestBooster.ai não há necessidade de programação neste processo”, ressalta Juliano Haus. “Sua interface intuitiva permite ainda que qualquer pessoa que conheça bem as regras de negócio de seus sistemas possa criar e realizar os testes, sem depender de um profissional especializado”, complementa.

Com a autonomia da IA, a tecnologia permite que vários testes sejam realizados de forma simultânea e em períodos noturnos, por exemplo, trazendo mais celeridade ao processo e aumentando a produtividade da equipe. Na NextAge, empresa de desenvolvimento de softwares que atua há 17 anos no mercado, o TestBooster.ai acelerou em 40% as atividades nesta fase de execução.

Lançado há 2 meses, o TestBooster.ai já conta com vários clientes em todo o Brasil, principalmente nas áreas financeira, cooperativas e SaaS. A solução pode ser acessada via assinatura, de acordo com a demanda do cliente. “Acreditamos que este é um importante passo para que no futuro tenhamos um sistema capaz de se autorregular, identificando as falhas e promovendo as correções de forma autônoma”, destaca Juliano Haus.

Compartilhar

Copom eleva a taxa Selic para 14,75% a.a.

O ambiente externo mostra-se adverso e particularmente incerto em função da conjuntura e da política econômica nos Estados Unidos, principalmente acerca de sua política comercial e de seus efeitos. A política comercial alimenta incertezas sobre a economia global, notadamente acerca da m​agnitude da desaceleração econômica e sobre o efeito heterogêneo no cenário inflacionário entre os países, com repercussões relevantes sobre a condução da política monetária. Além disso, o comportamento e a volatilidade de diferentes classes de ativos também têm sido afetados, com fortes reflexos nas condições financeiras globais. Tal cenário segue exigindo cautela por parte de países emergentes em ambiente de maior tensão geopolítica.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores de atividade econômica e do mercado de trabalho ainda tem apresentado dinamismo, mas observa-se uma incipiente moderação no crescimento. Nas divulgações mais recentes, a inflação cheia e as medidas subjacentes mantiveram-se acima da meta para a inflação.

As expectativas de inflação para 2025 e 2026 apuradas pela pesquisa Focus permanecem em valores acima da meta, situando-se em 5,5% e 4,5%, respectivamente. A projeção de inflação do Copom para o ano de 2026, atual horizonte relevante de política monetária, situa-se em 3,6% no cenário de referência (Tabela 1).

Os riscos para a inflação, tanto de alta quanto de baixa, estão mais elevados do que o usual. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma desancoragem das expectativas de inflação por período mais prolongado; (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais positivo; e (iii) uma conjunção de políticas econômicas externa e interna que tenham impacto inflacionário maior que o esperado, por exemplo, por meio de uma taxa de câmbio persistentemente mais depreciada. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma eventual desaceleração da atividade econômica doméstica mais acentuada do que a projetada, tendo impactos sobre o cenário de inflação; (ii) uma desaceleração global mais pronunciada decorrente do choque de comércio e de um cenário de maior incerteza; e (iii) uma redução nos preços das commodities com efeitos desinflacionários.

A conjuntura externa, em particular os desenvolvimentos da política comercial norte-americana, e a conjuntura doméstica, em particular a política fiscal, têm impactado os preços de ativos e as expectativas dos agentes. O Comitê segue acompanhando com atenção como os desenvolvimentos da política fiscal impactam a política monetária e os ativos financeiros. O cenário segue sendo marcado por expectativas desancoradas, projeções de inflação elevadas, resiliência na atividade econômica e pressões no mercado de trabalho. Tal cenário prescreve uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado para assegurar a convergência da inflação à meta.

O Copom decidiu elevar a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 14,75% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

Para a próxima reunião, o cenário de elevada incerteza, aliado ao estágio avançado do ciclo de ajuste e seus impactos acumulados ainda por serem observados, demanda cautela adicional na atuação da política monetária e flexibilidade para incorporar os dados que impactem a dinâmica de inflação.

O Comitê se manterá vigilante e a calibragem do aperto monetário apropriado seguirá guiada pelo objetivo de trazer a inflação à meta no horizonte relevante e dependerá da evolução da dinâmica da inflação, em especial dos componentes mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária, das projeções de inflação, das expectativas de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Votaram por essa decisão os seguintes membros do Comitê: Gabriel Muricca Galípolo (presidente), Ailton de Aquino Santos, Diogo Abry Guillen, Gilneu Francisco Astolfi Vivan, Izabela Moreira Correa, Nilton José Schneider David, Paulo Picchetti, Renato Dias de Brito Gomes e Rodrigo Alves Teixeira.

Tabela 1

Projeções de inflação no cenário de referência

Variação do IPCA acumulada em quatro trimestres (%)

Índice de preços20252026
IPCA4,83,6
IPCA livres5,33,4
IPCA administrados3,54,0

No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de R$5,70/US$, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2025 e de 2026. O valor para o câmbio foi obtido pelo procedimento usual. 

Fonte: Banco Central

Compartilhar

Vivo abre 140 vagas para área de relacionamento com o cliente em Curitiba e Região Metropolitana

No dia 13 de maio, companhia fará feira de recrutamento online. Reforçando o compromisso com a diversidade e a inclusão, 15% das oportunidades ofertadas serão para pessoas com deficiência

A Vivo está com 140 vagas abertas para a área de relacionamento com o cliente e, reafirmando o compromisso da companhia com a diversidade e a inclusão, 15% delas são destinadas a pessoas com deficiência. As oportunidades são para atuação em Curitiba e Região Metropolitana. No dia 13 de maio, a companhia promoverá uma feira, em formato virtual, para apresentar a empresa e benefícios. Os interessados precisam se inscrever até o dia 12 de maio pelo link .

Para se candidatar a uma das vagas, é necessário ter o ensino médio completo e conhecimentos em informática e pacote office. Ter experiência anterior em relacionamento com o cliente e com vendas será um diferencial. Além disso, a Vivo procura por candidatos com atributos como capacidade de comunicação, boa escrita e interpretação de texto, facilidade de compreensão, resiliência, empatia, com foco no cliente e na solução de suas solicitações. Estar conectado com o propósito da empresa, de digitalizar para aproximar, com pensamento digital e inovador, também são características importantes. Os selecionados passarão por um programa de formação, com trilha de aprendizagem focada em produtos e serviços da Vivo.

O salário é compatível com o que é oferecido no mercado e os selecionados contarão com o VIBE, o programa de benefícios flexíveis da companhia, que possui uma extensa lista de vantagens adaptáveis às necessidades de cada um, como vale alimentação, refeição e transporte; plano de saúde e odontológico, seguro de vida e benefício academia. Além disso, a empresa oferece outros diferenciais como programa de idiomas; day off de aniversário, além de pacote de dados e desconto especial em linha fixa, banda larga, TV por assinatura e apps. A Vivo é uma das três Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, segundo o Great Place to Work 2024.

Compartilhar

Cargill investe R$ 1,7 bilhão no Brasil e reafirma seu compromisso com o País

A Cargill, uma das maiores empresas do mundo fornecedoras de alimentos, apresenta os resultados do ano calendário de 2024 com uma receita operacional líquida de R$ 109,2 bilhões e investimentos que somam R$ 1,7 bilhão.
 

Ao longo dos últimos cinco anos, a companhia alcançou a marca de R$ 8,1 bilhões em recursos financeiros empregados em sua operação no País, que conta com 29 fábricas, 75 armazéns, sete terminais portuários, dois centros de inovação, um centro de serviços compartilhados, cinco centros de distribuição, 14 escritórios comerciais e quatro escritórios corporativos.
 

O volume total originado, processado e comercializado pela Cargill em 2024 atingiu a marca de 45 milhões de toneladas, o que reforça a importância do Brasil como um dos principais produtores de alimentos do mundo e um país estratégico para a empresa, cuja atuação é marcada por conectar aqueles que cultivam e produzem alimentos com quem comercializa e consome em todo o mundo.
 

Segundo Paulo Sousa, presidente da Cargill no Brasil, o ano de 2024 foi especialmente desafiador, não apenas para a Cargill, mas para o mercado de commodities como um todo. “Estamos no mercado global há 160 anos e, especificamente no Brasil, há seis décadas. É essa ampla expertise em conhecer, analisar e encontrar soluções inovadoras para os períodos mais difíceis é que fazem da Cargill uma das empresas com capacidade de conectar quem produz e quem consome alimentos. Apesar dos desafios, sabemos que o Brasil tem um papel vital para a alimentação global e, justamente por isso, a Cargill segue investindo em nossa expansão e na melhoria da nossa operação no País, reafirmando mais uma vez o compromisso com a produção e o transporte de alimentos cada vez mais sustentável”.
 

A companhia registrou prejuízo contábil líquido no período, de R$ 1,7 bilhão versus um lucro de R$ 2,5 bilhões no ano anterior. É importante destacar que o prejuízo contábil não altera a estratégia da empresa de seguir crescendo no país. “Nos orgulhamos de investir, de forma consistente, mais de R$ 8 bilhões nos últimos cinco anos e seguiremos direcionando recursos para expandir nossa operação no Brasil. Os fatores que mais impactam o resultado contábil líquido no último ano estão o câmbio e a oscilação nos preços das commodities, além dos custos do transporte, em especial o frete ferroviário”, explica o executivo.
 

Destaques do ano de 2024
 

O processo de integração das três plantas de biodiesel e quatro armazéns adquiridos da Granol no ano anterior avançou nos quesitos de segurança, pessoas, gestão e produção e registrou os primeiros carregamentos de farelo de soja e biodiesel como Cargill, além de glicerina bidestilada e lecitina. Além disso, o novo terminal de Porto Velho, que terminou o ano em fase de testes, vai contribuir para a melhoria da logística de grãos no Arco Norte, alinhado ao crescimento do agronegócio no Brasil.
 

Foi lançado o programa ReSolu para promover a construção de sistemas de produção mais resilientes e eficientes, pautados na melhoria da saúde do solo. Por meio do programa, a Cargill dá acesso a práticas agrícolas que possam acelerar e dar escala à agricultura regenerativa no Brasil, com assistência técnica especializada, portfólio de insumos, soluções financeiras e mensuração de carbono.
 

O volume de soja verificada do Programa 3S registrou 17% de aumento na safra 2022/2023 em relação ao período anterior. Quando somadas, as áreas agrícolas ultrapassam 737 mil hectares distribuídos em oito estados brasileiros: Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará e Paraná.
 

No segmento de nutrição animal, a Cargill iniciou a operação na fábrica de Pato Branco (PR), por meio da recente aquisição da planta industrial da Anhambi Produção Animal. Esse movimento permitiu a redução da distância entre a fábrica e as granjas de suínos, trazendo um importante impacto de sustentabilidade. Para fortalecer a presença da companhia em regiões estratégicas e fomentar a produção sustentável, foram firmadas parcerias com a Bom Negócio, em Patrocínio (MG), para a produção de suplemento mineral no estado mineiro, e com a Coamo, em Campo Mourão (PR), com foco em ração para os portfólios de aves e suínos.
 

O programa de transformação do setor cacaueiro, o Cargill Cocoa Promise, destinado aos agricultores e suas comunidades para promover melhores rendimentos enquanto cultivam o cacau, celebrou, em 2024, uma década de fomento a uma cadeia de cacau transparente e sustentável. A Cargill expandiu ainda suas parcerias na produção do cacau, desta vez com a Algar Farming. O projeto envolve a restauração de uma área de três mil hectares na Fazenda Pacajá, no Pará, anteriormente destinada à pastagem.
 

O Programa ReaLiza, lançado em 2010 e voltado à reciclagem de óleo usado, consolidou-se como uma das maiores iniciativas de logística reversa do Brasil. Presente em 23 estados e 278 cidades, o programa expandiu sua atuação por meio de uma parceria estratégica com a rede Carrefour, abrangendo todas as redes de supermercados e hipermercados das marcas Carrefour e Sam’s Club. Com cerca de 9,9 mil pontos de coleta espalhados pelo país, o ReaLiza já recolheu quase 14 milhões de litros de óleo usado desde a sua criação.
 

Crescendo com as comunidades
 

Em 2024, a Cargill seguiu investindo em projetos socioambientais no Brasil comprometida com a geração de impacto positivo nas comunidades em que atua. Para potencializar a atuação da empresa nos territórios, a empresa contou com a colaboração de 18 parceiros implementadores, em 28 iniciativas, alcançando mais de 42 mil pessoas em diversas comunidades.
 

A Fundação Cargill, presente em 18 estados, mobilizou 1.930 voluntários que dedicaram mais de 10.000 horas a 101 comitês de voluntariado. Por meio de chamadas públicas e parcerias estratégicas, apoiou 36 projetos e premiou 14 equipes da Enactus Brasil no Prêmio Alimentação em Foco.

Compartilhar

DJI Agriculture traz dados inéditos sobre revolução agrícola com drones no Brasil

DJI Agriculture traz dados inéditos sobre revolução agrícola com drones no Brasil

Aproximadamente 400 mil drones agrícolas operados por 400 mil pilotos treinados tratam 300 tipos de culturas em 100 países

A DJI, líder mundial em drones civis e tecnologia de câmeras criativas, apresentou hoje seu quarto Relatório Anual de Perspectivas da Indústria de Drones Agrícolas durante a Agrishow 2025, em São Paulo. Os dados revelam uma indústria global em amadurecimento, estruturada em torno dos drones agrícolas e pronta para a próxima fase de crescimento. Cada vez mais, autoridades de aviação regionais estão implementando políticas mais favoráveis para acelerar a agricultura de precisão e tecnologias inteligentes de proteção de cultivos em todo o mundo. A padronização do treinamento de pilotos também impulsionou a entrada de jovens e mulheres nesse setor. Ao final de 2024, estimava-se que 400 mil drones agrícolas da DJI estavam em operação globalmente — um aumento de 90% em relação a 2020. A adoção da tecnologia de drones já resultou na economia de aproximadamente 222 milhões de toneladas de água e na redução de 30,87 toneladas de emissões de carbono.

“Os drones agrícolas se tornaram equipamentos essenciais nas fazendas ao redor do mundo. Graças a políticas baseadas em pesquisa e a um processo mais claro de capacitação de operadores, a adoção entre jovens e mulheres cresceu significativamente”, afirma Yuan Zhang, Diretor Global de Vendas da DJI Agriculture. “À medida que a indústria continua a amadurecer globalmente, a DJI Agriculture mantém firme sua missão de ajudar os agricultores a aumentar sua eficiência e produtividade de forma sustentável por meio de tecnologias inovadoras com drones”, diz o executivo.

Políticas baseadas em pesquisa aceleram a adoção

O uso de drones agrícolas continuou a se expandir ao longo de 2024. Alguns países estão passando de testes limitados para aplicações formais, enquanto outros ampliam o uso de drones de culturas únicas para múltiplas culturas. Isso é, em grande parte, resultado de regulamentações mais inteligentes por parte das autoridades locais de aviação. Por exemplo, a Argentina reduziu as restrições para o uso de drones em áreas agrícolas, enquanto a Espanha simplificou o processo de aprovação para drones agrícolas. Ao mesmo tempo, países como o Brasil padronizaram ainda mais o processo de formação de pilotos, facilitando a legalização do uso de drones pulverizadores.

DJI Agriculture aprimora recursos antiderramamento e design de drones pulverizadores

Conter a deriva de pesticidas continua sendo um desafio em todos os métodos de aplicação — drones, aviões tradicionais e equipamentos terrestres. No entanto, a DJI Agriculture otimizou o design de seus bicos de pulverização e a dinâmica do fluxo de ar dos drones, após extensos testes realizados entre 2021 e 2024 em parceria com instituições globais. A empresa também compartilhou boas práticas para minimizar a deriva, incluindo recomendações sobre velocidade do vento, altitude de voo e tamanhos das gotas com base em diferentes pesticidas e condições de campo.

Estudos de caso: pulverização, dispersão e manejo de pomares

O relatório da DJI inclui novos estudos de caso sobre aplicações de pulverização e dispersão em culturas como milho, café, canola, girassol, arroz, banana e vinhedos.

  • Café no Brasil com Drones: Usando os drones DJI Agras T40 e T50 para aplicar pesticidas, fungicidas e fertilizantes foliares, os cafeicultores reduziram os custos operacionais em 70% comparado à pulverização manual e em 50% em relação ao trator.
  • Boas Práticas na Dispersão de Arroz com Drones: Em parceria com produtores de arroz ao redor do mundo, a DJI documentou recomendações como ajuste da altitude de voo e velocidade do disco de dispersão de acordo com o espaçamento das rotas, uso de tratores para nivelar o terreno e garantir que as sementes pré-germinadas de arroz não ultrapassem 3 mm.
  • Transformação na Gestão de Vinhedos na Romênia: Com o drone DJI Agras T50, um viticultor idoso reduziu o uso de químicos pela metade — de 241,64 para 111,94 litros. O tempo de pulverização caiu de 3–4 dias para apenas 2,5 horas. Ele também conseguiu tratar com mais eficiência as áreas inclinadas do terreno, mesmo após chuvas, ao contrário do trator tradicional.

Compartilhar

Posse da nova Diretoria do IEP ressalta compromisso com o futuro da Engenharia paranaense

Na noite desta quarta-feira, foi empossada a nova Diretoria do Instituto de Engenharia do Paraná (IEP) para o mandato 2025-2027, além dos membros dos Conselhos Deliberativo e Fiscal. O evento, realizado na sede da entidade, foi marcado por discursos emocionantes, reconhecimento à gestão anterior e o compromisso renovado com o fortalecimento da Engenharia no estado e no país.

A solenidade teve início com a composição da mesa oficial, com o presidente do IEP, Eng. Civil José Carlos Dias Lopes da Conceição, o presidente eleito, Eng. Eletricista Nelson Luiz Gomez; o coordenador do Colégio de Presidentes do IEP, Eng. Cássio José Ribas Macedo; o superintendente da Secretaria Municipal de Urbanismo, Rodrigo Tadeu Baranczuk, representando o prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel; e o presidente da Câmara Municipal de Curitiba, vereador Tico Kuzma. Durante a cerimônia, também foram exibidos vídeos com mensagens dos presidentes da Mútua Nacional, Eng. Joel Krüger, e do Confea, Eng. Vinícius Marchese.

Ao se despedir da presidência, o Eng. José Carlos Dias Lopes da Conceição destacou a honra de liderar uma instituição centenária. “É uma satisfação imensa servir ao IEP, uma entidade cheia de história, tradição e que tanto representa para a Engenharia do nosso estado e país. Trabalhamos para promover mudanças culturais, fortalecer o senso de pertencimento dos associados, criar um ambiente mais acolhedor, inclusivo e participativo, ampliando os espaços de diálogo entre gerações de profissionais”, eventos que não apenas celebraram a técnica e o conhecimento, mas que também valorizaram o convívio, o companheirismo e a troca de experiências, declarou.

Para ele, o IEP é feito de pessoas, de histórias, de trajetórias que se cruzam e se somam em prol de um objetivo comum: o fortalecimento e valorização das Engenharias, da Agronomia, das Geociências e da Arquitetura e o desenvolvimento da sociedade. Conceição enfatizou as conquistas da gestão, como a revitalização do patrimônio físico, eventos técnicos de alto nível, ações sociais e o fortalecimento institucional. “Cada vitória foi fruto de um esforço coletivo. Agradeço à diretoria, aos ex-presidentes, conselheiros, associados e colaboradores. A caminhada não termina aqui. Continuarei contribuindo com a mesma paixão e compromisso de sempre. Seguimos juntos por um IEP cada vez mais forte, moderno e humano”, concluiu, anunciando um vídeo que apresentou os principais feitos da gestão 2023-2025, destacando obras, eventos e iniciativas que marcaram positivamente o período.

Em seu primeiro discurso como presidente empossado, o Eng. Nelson Luiz Gomez iniciou agradecendo a Deus, à família e a todos que o apoiaram na trajetória até a presidência. “Assumo um grande desafio, com um oceano de ações a serem realizadas. Durante a campanha, atualizamos oito planos de gestão, de forma dinâmica e conectada com a realidade, que geraram 44 ações previstas para o próximo período”, afirmou.

Ele reforçou a importância da continuidade do trabalho da gestão anterior. “Essa diretoria nasce do conceito de continuidade. Precisamos trabalhar todos juntos pelo IEP. Completaremos 100 anos em 2026 com orgulho de sermos a maior associação de engenheiros do Brasil, essenciais à sociedade”, destacou.

Gomez também abordou a urgência de investir na formação de engenheiros. “Em 2015, o Brasil formava 130 mil engenheiros por ano. Em 2024, esse número caiu para 40 mil. Isso afeta diretamente o desenvolvimento do país. Precisamos melhorar a qualidade do ensino, que está 30% abaixo da média mundial em teste de matemática, leitura e interpretação de texto”.

O Presidente eleito destacou também a importância da solidariedade, anunciando que em todos os eventos promovidos pelo IEP será realizado um pedido de doações de alimentos e roupas para comunidades carentes. Ao final, convidou os presentes a participarem ativamente da construção do Planejamento Estratégico do Instituto, em reuniões agendadas para os dias 03 e 10 de Maio.

O vereador Tico Kuzma, presidente da Câmara Municipal de Curitiba, enalteceu a gestão do Eng. José Carlos Dias Lopes da Conceição. “Sua competência, humildade e simplicidade fortaleceram o relacionamento institucional do IEP. Esta é a casa da Engenharia, que trabalha em conjunto com a casa do Povo. Parabenizo Nelson pelo desafio que assume, certo de que manterá o alto nível de gestão demonstrado”, disse.

Representando o prefeito Eduardo Pimentel, o superintendente da Secretaria Municipal de Urbanismo, Rodrigo Tadeu Baranczuk, reforçou a parceria entre a prefeitura e o IEP. “A gestão que se encerra foi muito participativa. Desejamos sucesso à nova diretoria. É uma honra representar o prefeito, que tem grande apreço por esta instituição. Temos um novo Plano Diretor pela frente, e a participação da Engenharia será fundamental”, resumiu.

“Ao ouvirmos José Carlos, vemos que o futuro já começa amanhã, nas mãos de Nelson. São 100 anos bem forjados. Voltei ao passado nesta noite, lembrando que meu avô foi um dos fundadores do IEP. Há sempre algo a ser feito, afinal, somos engenheiros, e engenheiros são feitos para engenhar”, completou o coordenador do Colégio de Presidentes, Eng. Cássio José Ribas Macedo, antes de dar início à solenidade formal de posse.

Nova Diretoria para 2025-2027

Fotos: Enéas Gomes

A nova Diretoria do IEP tomou posse oficialmente com os seguintes membros:

Presidente: Nelson Luiz Gomez

Vice-Presidente: João Augusto Barão Michelotto

Diretora Administrativa: Ana Carmen de Oliveira

Diretor Financeiro: João Groque Junior

Diretor Técnico: Luiz Henrique Felipe Olavo

Posse dos Conselhos

Tomaram posse os membros do Conselho Deliberativo:

Eng. Irineu Gomes de Amorim Junior

Eng. Rui Medeiros

Eng. Julio Cesar Vercesi Russi

Eng. Alan Beletti

(Suplente ausente) Eng. Fernando Jansen Catanho

Do Conselho Fiscal, foram empossados:

Titular: Eng. João de Souza Junior

Suplente: Eng. Edson Pedro Ferlin

Estavam presentes na cerimônia diversas autoridades e representantes de instituições de grande relevância para a Engenharia paranaense e nacional, entre elas: o Secretário do Codesul-PR, Orlando Pessutti; o Presidente do Movimento Pró-Paraná, Eng. Marcos Domakoski; a Presidenta em exercício da SENGE-PR, Agatha Branco Santos Di Giuseppe; o Diretor-Geral da Mútua-PR, Eng. Édson Dalla Vecchia; representando o Presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (CREA-PR), Eng. Clodomir Ascari, o Diretor Eng. Helder Rafael Nocko; representando o Presidente do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (CONFEA), Eng. Vinicius Marchese, o Eng. Luiz Antonio Corrêa Lucchesi; representando o Presidente do Instituto Democracia e Liberdade (IDL), Edson José Ramon, o Vice-Presidente Airton Adelar Hack, , o Diretor de Fiscalização e Qualidade dos Serviços da AGEPAR – Agência Reguladora do Paraná, Eng. Sergio Luiz Cequinel, a presidente da Associação Paranaense dos Engenheiros Florestais (APEF), Eng. Lella Regina Curt Bettega e o presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias e Engenharia do Paraná (IBAPE/PR) Eng. Edson Luiz Haluch.

Também prestigiaram o evento ex-presidentes do IEP e membros do Colégio de Presidentes, que continuam a contribuir com a trajetória da entidade: Eng. Gilberto Piva, Eng. Jaime Sunye Neto, Eng. José Rodolfo de Lacerda e Eng. Horácio Hilgemberg Guimarães.

Compartilhar