Como a indústria vê os sindicatos patronais

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou, de setembro a outubro do ano passado, a Pesquisa com Indústrias sobre Sindicatos 2017, que traz um panorama do associativismo no Brasil, com informações de todo o país e divididas por estado. O objetivo é identificar como as indústrias vêem os sindicatos patronais atualmente.

Para o presidente do Sincabima – Sindicato das Indústrias de Cacau e Balas, Massas Alimenticias, Biscoitos de Doces e Conservas Alimenticias do Paraná, Rommel Barion, o levantamento é importante para mostrar como as indústrias percebem a importância do movimento associativo. “Hoje, os sindicatos patronais são fundamentais para manter a estrutura representativa do setor produtivo, para presevar a aproximação com as classes política, econômica e trabalhadora”, diz.

Dentre as indústrias que participaram da pesquisa, 42,9% são associadas a sindicados patronais. Destas, 66,7% estão associadas há um período entre cinco e oito anos aos sindicatos; 33,3% estão há mais de oito anos. O estudo também aponta que 66,7% das indústrias se associaram por convite das próprias entidades. Quanto ao relacionamento com os sindicatos, 100% das empresas dizem estar satisfeitas.

Quanto aos benefícios da associação, destacam-se: a defesa dos interesses do setor perante o poder público e a sociedade (66,7%); o recebimento de informações relevantes sobre o setor (33,3%); o acesso diferenciado a serviços oferecidos pelo sindicato patronal (33,3%) e a maior facilidade para contato com autoridades e órgãos públicos (33,3%).

Atuação

Em relação ao nível de atuação, 66,7% das empresas consideram os sindicatos atuantes, enquanto 33,3% acreditam que são pouco atuantes. Como solução, 100% dos que responderam à pesquisa apontaram que os sindicatos devem propor mais medidas para atender as necessidades do setor, bem como ampliar a atuação junto aos órgãos públicos, melhorar a capacidade para mobilizar as indústrias, serem mais ativos no relacionamento com outras organizações de representação, entre outras ações.

Para a gestora de Recursos Humanos da indústria alimentícia Pennacchi, Joana Pennacchi, é importante que as empresas tenham uma entidade que as represente. “O setor produtivo precisa cada vez mais que os sindicatos sejam atuantes e realmente defendam os interesses da categoria, para que cuidem de maneira sensata de questões políticas, fiscais e tributárias, que acabam por determinar o segmento”, diz.

Pennacchi diz ainda que os empresários, individualmente, não conseguem acompanhar todos as questões e não conseguem ter representatividade sozinhos. “Por isso é necessário que o sindicato tenha força representativa e recursos para cumprir sua função junto aos poderes, que busque meios para que as empresas tenham maiores condições de contribuir em prol do fortalecimento da economia, da geração de mais empregos e tributos, para cumprir seu papel social”, conclui.

Serviços

Sobre a atuação dos sindicatos no processo de negociação coletiva, os sindicatos foram considerados atuantes por 66,6% dos entrevistados no Paraná. Quanto aos serviços prestados pelos sindicatos, 100% afirmaram ter conhecimento a respeito e 66,7% disseram utilizar tais serviços, como capacitação e treinamentos, eventos setoriais e convênio com planos de saúde e odontológico (33,3% cada).

“Temos atuado na defesa de interesses da classe, principalmente, mas também em diversas frentes como assessoria jurídica para questões legais, trabalhistas e legislativas; licenciamentos e adequação à logística reversa; apoio à gestão e desenvolvimento, cursos, visitas empresariais e participações em feiras nacionais e internacionais; convenções e acordos coletivos; comissão de conciliação prévia; grupos setoriais, entre outros”, destaca Barion.

A pesquisa faz parte do Programa de Desenvolvimento Associativo da CNI, voltado a aprimorar a atuação dos sindicatos e fortalecer seu vínculo com as indústrias, as federações estaduais e a confederação.

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Empresários brasileiros e japoneses reforçam pedido por acordo comercial entre os dois países

O Brasil precisa aprimorar seu ambiente de negócios para atrair ainda mais investimentos de empresas do Japão, ao mesmo tempo em que os governos de ambos os países precisam avançar nas discussões de um acordo bilateral que facilite o fluxo de comércio entre as duas nações. Essas foram algumas das principais conclusões da 20ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, encerrada no início da tarde desta terça-feira (29), no Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba. No encontro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou um estudo que identificou 270 produtos brasileiros com elevado potencial de exportação para o Japão, que devem ser priorizados numa eventual negociação de acordo de parceria econômica com o país asiático.

Realizado em parceria entre CNI e a entidade empresarial japonesa Keidanren, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a reunião anual do comitê teve a participação de 440 empresários e lideranças industriais, sendo 131 japoneses. Na solenidade de encerramento, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressaltou a importância dos debates promovidos pelo encontro. “Essa parceria que nós temos com a Keidanren é fundamental para discutirmos a possibilidade do aumento do comércio e do investimento mútuo dos dois países, o que contribui para o crescimento de nossas empresas. Nós, empresários brasileiros, vamos trabalhar cada vez mais para incentivar os negócios das empresas japonesas no Brasil e das empresas brasileiras no Japão”, declarou, acrescentando que a 21ª reunião do comitê deve ocorrer em julho de 2018, em Tóquio, no Japão.

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, destacou que os debates promovidos durante a reunião serviram deixar ainda mais claro que o setor produtivo brasileiro tem muito a ganhar com uma maior aproximação com o Japão. “Os dois países têm muito a contribuir entre si e um acordo comercial precisa ser assinado para melhorar esse fluxo”, cobrou, acrescentando que investimentos japoneses podem ajudar o Brasil a se desenvolver em áreas como infraestrutura, energias renováveis e tecnologia, entre outras. “O momento que nosso país atravessa, com uma crise econômica causada por questões políticas, talvez ainda traga algumas dúvidas. Mas acredito que os problemas atuais são uma grande oportunidade para reescrever a história do Brasil, para tornar o país um porto seguro para investimentos”, acrescentou.

Já Masami Iijima, presidente da seção japonesa do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, afirmou que, apesar da retração econômica, o Brasil vem adotando estratégias para melhorar seu ambiente de negócios. “Graças a uma série de esforços, como a reforma das leis trabalhistas e políticas adotadas pelo governo, esperamos que haja grande progresso”, disse. Ele também destacou que as entidades empresariais de Brasil e Japão devem se manter ativas na cobrança pela assinatura de um acordo bilateral. “Precisamos da colaboração das entidades empresariais dos dois países para que façamos gestões junto aos governos. Queremos um aprofundamento ainda maior das relações Brasil-Japão”, completou.

Interesses ofensivos

Durante a 20ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, em Curitiba, a CNI apresentou o estudo “Negociações comerciais com o Japão: interesses ofensivos do Brasil”. O levantamento aponta 270 produtos nacionais que tem grande potencial de conquistar mercado no Japão. A intenção é que os dados sirvam de apoio ao governo brasileiro ao longo das discussões sobre um acordo bilateral.

O estudo apresenta uma relação de produtos que devem ser prioridade dos representantes do Brasil nas negociações preferenciais com o Japão. Em 41% deles, o Japão aplica algum tipo de tarifa. Entre os produtos estão os agropecuários e alimentícios, têxteis e couros, metalurgia, químicos e máquinas e equipamentos. “Para alguns produtos exportados para o Japão, as tarifas estão em torno de 10%, mas há casos em que chegam a ser três vezes maiores do que a tarifa média japonesa, que é de 4,4%”, explica o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. “Além delas, há barreiras não tarifárias, como medidas sanitárias e fitossanitárias, que têm reduzido bastante a nossa competitividade”, acrescenta.

A CNI considera preocupante as barreiras tarifárias impostas para mais de 300 produtos. O suco de laranja chega a pagar 25% de impostos de importação, o couro brasileiro pode ser taxado em até 30% e o álcool etílico a 10%. Para Abijaodi, esses percentuais dificultam a conquista e a manutenção de mercado pelos produtos brasileiros. Mesmo em setores em que é altamente competitivo, o Brasil tem perdido mercado para países com os quais o Japão tem acordos comerciais, como a Tailândia por exemplo. Enquanto a carne de frango da Tailândia tem tarifa zero, o mesmo produto exportado pelo Brasil paga de 8,5% a 11,9% ao entrar no mercado japonês. “As negociações de um acordo de parceria econômica entre Mercosul e Japão são fundamentais para que o Brasil possa expandir a participação no mercado japonês. E os nossos negociadores devem levar em conta as concessões dadas pelo governo japonês a seus outros parceiros comerciais”, afirma o diretor da CNI.

Produtos industrias que fazem parte dos interesses ofensivos brasileiros, como químicos, couro e calçados, minerais não metálicos e metalurgia, foram negociados pelo Japão dentro do Parceria Transpacífico (TPP) com prazos mais longos de desgravação. Na visão da CNI, o importante é que o Japão aceitou negociar e não excluiu do acordo. No TPP, o governo japonês também aceitou eliminar, de forma imediata, tarifas de produtos industriais que já são baixas. No caso do comércio de serviços, de investimentos e de compras governamentais, a lógica brasileira seria a mesma: buscar equalizar as condições de acesso ao mercado japonês, em termos comparáveis com os oferecidos pelo Japão a seus parceiros na TPP.

Barreiras não-tarifárias

As barreiras não-tarifárias têm peso relevante no acesso ao mercado japonês, principalmente as medidas sanitárias e fitossanitárias e as barreiras técnicas. A seção brasileira do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, cuja secretaria-executiva é da CNI, vai solicitar a revisão da especificação japonesa sobre a “polarização do açúcar”. A regra atual praticamente impede a exportação de açúcar brasileiro para o Japão, que compra mais de um milhão de toneladas por ano, mas exige que o açúcar possua até 97,99% de polarização para não pagar imposto. A mercadoria brasileira, de qualidade superior, tem 99% e paga US$ 215 para cada tonelada vendida. “O Brasil, mesmo sendo o maior exportador do mundo de açúcar, não consegue acessar o mercado japonês”, explica Carlos Abijaodi.

A CNI defende que um eventual acordo entre Mercosul e Japão inclua, além de tarifas, os novos temas do comércio internacional: regras de origem, facilitação de comércio, defesa comercial (antidumping, medidas compensatórias e salvaguardas), investimentos, serviços, compras governamentais, propriedade intelectual recursos naturais e energia, movimento de pessoas, ambiente de negócios, e solução de controvérsias.

Fonte: Agência Fiep

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Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial lança concurso de boas práticas em sustentabilidade

O Conselho Paranaense de Cidadania Empresarial (CPCE), instituição ligada à Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), lança, em comemoração aos seus dez anos de existência, o 1º Concurso de Boas Práticas: Educando na Sustentabilidade. A inciativa surgiu da equipe do projeto Educando na Sustentabilidade e tem como objetivo selecionar trabalhos que integrem as dimensões da sustentabilidade no âmbito econômico, ambiental, social e cultural.

Além disso, o Conselho busca premiar e reconhecer o que realmente faz a diferença nas universidades, nas indústrias, no comércio e nas organizações não governamentais verificando o que pode ser visto como modelo para outras empresas e instituições no Paraná.

Podem participar quaisquer organizações públicas ou privadas, de quaisquer setores da economia do estado do Paraná. A avaliação será realizada por comissão julgadora mediante critérios contidos em regulamento. As inscrições podem ser realizadas até 30 de junho de 2015.

A cerimônia de entrega do prêmio ao primeiro colocado (um notebook Lenovo ThinkPad T430) será realizada no dia 11 de agosto. O resumo do trabalho também será divulgado no site do CPCE. Acesse o regulamento!

Para mais informações, entre em contato com Sandra Bortot pelo telefone (41) 3271-7486 ou no e-mail sandra.bortot@sesipr.org.br.

Da Agência FIEP
Para a Agência CNI de Notícias

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Inscrições abertas para Prêmio Nacional de Inovação

Podem participar micro, pequenas, médias ou grandes empresas de todo o Brasil

Estão abertas as inscrições para a edição 2014/2015 do Prêmio Nacional de Inovação – uma iniciativa da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio da Senai e IEL. O objetivo do prêmio é mostrar que a inovação pode promover o crescimento econômico.

Empresas de micro, pequeno, médio e grande porte de todo o país podem concorrer aos 900 mil reais pré-aprovados no Edital Senai Sesi de Inovação.

Os projetos devem ser inscritos apenas pela internet, no site www.premiodeinovacao.com.br . O número de projetos cresceu nos últimos anos, sendo que em 2013 teve inscrição recorde. Foram 2022 trabalhos, em contrapartida aos 981 de 2012, e 427 em 2011.

As empresas podem concorrer nas categorias Gestão da Inovação, Inovação Tecnológica, Inovação em Modelo de Negócio e Agente Local de Inovação.

As inscrições encerram no dia 7 de dezembro e os vencedores serão anunciados durante uma cerimônia a ser realizada em maio de 2015, em São Paulo.

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Sistema Fiep e CNI lançam pedra fundamental das novas instalações do Instituto Senai de Inovação do Paraná

Os presidentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, e do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, lançaram, em Curitiba, a pedra fundamental das novas instalações do Instituto Senai de Inovação (ISI). Inaugurado oficialmente em setembro, quando entraram em operação os primeiros laboratórios, o ISI do Paraná é voltado para a área de Eletroquímica e faz parte de uma rede de 25 institutos que serão instalados pelo Senai em todo o país para alavancar a competitividade da indústria brasileira. No total, serão investidos R$ 50 milhões para a construção e aquisição de equipamentos da nova sede.

O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, destacou a agilidade com que o Sistema Fiep implantou o ISI em Curitiba, o primeiro inaugurado no país. “Fico feliz em ver a forma competente e ágil com que o Paraná está conduzindo estes investimentos”, declarou. “Um dos obstáculos para a competitividade da indústria brasileira é a questão da tecnologia e inovação. Percebemos que esta era uma área na qual poderíamos agir sem a dependência do poder público”, afirmou Andrade, justificando o motivo que levou a CNI a lançar o projeto.

Ele destacou ainda que o Senai vem investindo fortemente na qualificação dos profissionais que vão atuar nos institutos. “Não basta apenas colocar recursos, construir prédios e comprar máquinas. Precisamos de pessoas, por isso buscamos no mercado profissionais da melhor qualidade para conduzir esses investimentos”, disse.

Integração

Robson Braga de Andrade ressaltou também que a intenção é que os 25 ISIs que serão implantados atuem em rede, atendendo indústrias de todo o país, independente da localização geográfica da empresa. Na região Sul, a busca por uma efetiva integração entre os ISIs já acontece. Tanto que a solenidade desta quarta-feira contou com a presença do presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte. Na terça-feira (4), também com participação dos presidentes da CNI e da Fiep, foi inaugurado em Joinville o primeiro ISI em território catarinense, que se dedicará a pesquisas na área de Sistemas de Manufaturas. A aproximação vai facilitar o acesso de indústrias do Paraná e Santa Catarina a esses institutos.

A integração pode ocorrer também com outros setores da sociedade. O secretário municipal de Meio Ambiente de Curitiba, Renato Lima, que na solenidade representou o prefeito em exercício da capital, Paulo Salamuni, afirmou que o ISI instalado na cidade pode contribuir para o desenvolvimento do município. “Curitiba tem o desafio de ser modelo de desenvolvimento sustentável. E não há como ser modelo de desenvolvimento sustentável sem aplicar da melhor maneira o conhecimento. Quem quer estar na ponta, tem que ser inovador, e aqui (no ISI) está por excelência o desafio da inovação. Vejo toda a possibilidade de cooperação e coordenação entre essas iniciativas”, declarou.

Também participaram do lançamento da pedra fundamental das novas instalações do ISI do Paraná empresários de vários setores da indústria paranaense e diretores da Fiep.

Sobre o ISI do Paraná

O ISI do Paraná foi o primeiro a ser inaugurado no Brasil, em setembro de 2013. Nos primeiros laboratórios, já em funcionamento no Campus da Indústria, em Curitiba, foram investidos R$ 15 milhões, principalmente para aquisição de equipamentos de última geração. A pedra fundamental lançada nesta quarta-feira é da nova sede, que deverá ser entregue até 2015. Com investimento previsto de R$ 50 milhões – cujas obras devem ser iniciadas nas próximas semanas –, o novo prédio terá 10 mil metros quadrados, sendo que 2 mil metros quadrados serão destinados aos laboratórios do Instituto.
Com foco em Eletroquímica, o ISI tem como objetivo desenvolver soluções que fortaleçam a competitividade e a produtividade, principalmente nos segmentos de energia, construção civil, petroquímico, mineral e metalmecânico. Para 2014, a intenção é que o instituto realize ao menos cinco projetos de alto impacto, além de outras pesquisas, sempre em parceria com indústrias. Após a inauguração da nova sede, esse número deve dobrar para ao menos dez projetos de alto impacto ao ano.
Inéditos no Brasil e na pesquisa aplicada à indústria, os primeiros equipamentos para o ISI do Paraná já foram adquiridos. Ao todo, serão 36 aparelhos, escolhidos com a consultoria do Instituto Fraunhofer IPK, da Alemanha, que atenderão às áreas de nanotecnologia, energia, petróleo e gás, baterias e acumuladores de energia, corrosão, biocorrosão, sensores, tintas industriais e novos materiais.

Fonte: Sistema Fiep

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