Empresários brasileiros e japoneses reforçam pedido por acordo comercial entre os dois países

O Brasil precisa aprimorar seu ambiente de negócios para atrair ainda mais investimentos de empresas do Japão, ao mesmo tempo em que os governos de ambos os países precisam avançar nas discussões de um acordo bilateral que facilite o fluxo de comércio entre as duas nações. Essas foram algumas das principais conclusões da 20ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, encerrada no início da tarde desta terça-feira (29), no Campus da Indústria do Sistema Fiep, em Curitiba. No encontro, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentou um estudo que identificou 270 produtos brasileiros com elevado potencial de exportação para o Japão, que devem ser priorizados numa eventual negociação de acordo de parceria econômica com o país asiático.

Realizado em parceria entre CNI e a entidade empresarial japonesa Keidanren, com o apoio da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), a reunião anual do comitê teve a participação de 440 empresários e lideranças industriais, sendo 131 japoneses. Na solenidade de encerramento, o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, ressaltou a importância dos debates promovidos pelo encontro. “Essa parceria que nós temos com a Keidanren é fundamental para discutirmos a possibilidade do aumento do comércio e do investimento mútuo dos dois países, o que contribui para o crescimento de nossas empresas. Nós, empresários brasileiros, vamos trabalhar cada vez mais para incentivar os negócios das empresas japonesas no Brasil e das empresas brasileiras no Japão”, declarou, acrescentando que a 21ª reunião do comitê deve ocorrer em julho de 2018, em Tóquio, no Japão.

O presidente da Fiep, Edson Campagnolo, destacou que os debates promovidos durante a reunião serviram deixar ainda mais claro que o setor produtivo brasileiro tem muito a ganhar com uma maior aproximação com o Japão. “Os dois países têm muito a contribuir entre si e um acordo comercial precisa ser assinado para melhorar esse fluxo”, cobrou, acrescentando que investimentos japoneses podem ajudar o Brasil a se desenvolver em áreas como infraestrutura, energias renováveis e tecnologia, entre outras. “O momento que nosso país atravessa, com uma crise econômica causada por questões políticas, talvez ainda traga algumas dúvidas. Mas acredito que os problemas atuais são uma grande oportunidade para reescrever a história do Brasil, para tornar o país um porto seguro para investimentos”, acrescentou.

Já Masami Iijima, presidente da seção japonesa do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, afirmou que, apesar da retração econômica, o Brasil vem adotando estratégias para melhorar seu ambiente de negócios. “Graças a uma série de esforços, como a reforma das leis trabalhistas e políticas adotadas pelo governo, esperamos que haja grande progresso”, disse. Ele também destacou que as entidades empresariais de Brasil e Japão devem se manter ativas na cobrança pela assinatura de um acordo bilateral. “Precisamos da colaboração das entidades empresariais dos dois países para que façamos gestões junto aos governos. Queremos um aprofundamento ainda maior das relações Brasil-Japão”, completou.

Interesses ofensivos

Durante a 20ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, em Curitiba, a CNI apresentou o estudo “Negociações comerciais com o Japão: interesses ofensivos do Brasil”. O levantamento aponta 270 produtos nacionais que tem grande potencial de conquistar mercado no Japão. A intenção é que os dados sirvam de apoio ao governo brasileiro ao longo das discussões sobre um acordo bilateral.

O estudo apresenta uma relação de produtos que devem ser prioridade dos representantes do Brasil nas negociações preferenciais com o Japão. Em 41% deles, o Japão aplica algum tipo de tarifa. Entre os produtos estão os agropecuários e alimentícios, têxteis e couros, metalurgia, químicos e máquinas e equipamentos. “Para alguns produtos exportados para o Japão, as tarifas estão em torno de 10%, mas há casos em que chegam a ser três vezes maiores do que a tarifa média japonesa, que é de 4,4%”, explica o diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi. “Além delas, há barreiras não tarifárias, como medidas sanitárias e fitossanitárias, que têm reduzido bastante a nossa competitividade”, acrescenta.

A CNI considera preocupante as barreiras tarifárias impostas para mais de 300 produtos. O suco de laranja chega a pagar 25% de impostos de importação, o couro brasileiro pode ser taxado em até 30% e o álcool etílico a 10%. Para Abijaodi, esses percentuais dificultam a conquista e a manutenção de mercado pelos produtos brasileiros. Mesmo em setores em que é altamente competitivo, o Brasil tem perdido mercado para países com os quais o Japão tem acordos comerciais, como a Tailândia por exemplo. Enquanto a carne de frango da Tailândia tem tarifa zero, o mesmo produto exportado pelo Brasil paga de 8,5% a 11,9% ao entrar no mercado japonês. “As negociações de um acordo de parceria econômica entre Mercosul e Japão são fundamentais para que o Brasil possa expandir a participação no mercado japonês. E os nossos negociadores devem levar em conta as concessões dadas pelo governo japonês a seus outros parceiros comerciais”, afirma o diretor da CNI.

Produtos industrias que fazem parte dos interesses ofensivos brasileiros, como químicos, couro e calçados, minerais não metálicos e metalurgia, foram negociados pelo Japão dentro do Parceria Transpacífico (TPP) com prazos mais longos de desgravação. Na visão da CNI, o importante é que o Japão aceitou negociar e não excluiu do acordo. No TPP, o governo japonês também aceitou eliminar, de forma imediata, tarifas de produtos industriais que já são baixas. No caso do comércio de serviços, de investimentos e de compras governamentais, a lógica brasileira seria a mesma: buscar equalizar as condições de acesso ao mercado japonês, em termos comparáveis com os oferecidos pelo Japão a seus parceiros na TPP.

Barreiras não-tarifárias

As barreiras não-tarifárias têm peso relevante no acesso ao mercado japonês, principalmente as medidas sanitárias e fitossanitárias e as barreiras técnicas. A seção brasileira do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão, cuja secretaria-executiva é da CNI, vai solicitar a revisão da especificação japonesa sobre a “polarização do açúcar”. A regra atual praticamente impede a exportação de açúcar brasileiro para o Japão, que compra mais de um milhão de toneladas por ano, mas exige que o açúcar possua até 97,99% de polarização para não pagar imposto. A mercadoria brasileira, de qualidade superior, tem 99% e paga US$ 215 para cada tonelada vendida. “O Brasil, mesmo sendo o maior exportador do mundo de açúcar, não consegue acessar o mercado japonês”, explica Carlos Abijaodi.

A CNI defende que um eventual acordo entre Mercosul e Japão inclua, além de tarifas, os novos temas do comércio internacional: regras de origem, facilitação de comércio, defesa comercial (antidumping, medidas compensatórias e salvaguardas), investimentos, serviços, compras governamentais, propriedade intelectual recursos naturais e energia, movimento de pessoas, ambiente de negócios, e solução de controvérsias.

Fonte: Agência Fiep

Compartilhar

Empresários da Alemanha e do Brasil discutem investimentos e oportunidades de negócios no Paraná

Empresários alemães e paranaenses apresentarão suas empresas, produtos e serviços, no próximo dia 9 de novembro, em Curitiba. A ação acontecerá durante a Rodada de Negócios promovida pela Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná) com o objetivo de realizar novos negócios entre as empresas participantes.

O momento é propício, uma vez que o Brasil retoma a confiança e reforça a sua necessidade de atrair investimentos internacionais. As companhias alemãs vêm identificar novas parcerias, por meio de contatos individuais com empresários brasileiros.“A realização desta Rodada de Negócios mostra que o interesse pelo Brasil está despertando novamente. Sabemos bracelets da importância deste tipo de encontro para o desenvolvimento da indústria e do comécio no nosso estado”, diz o Diretor da AHK Paraná, Andreas Hoffrichter.

Historicamente, o investimento alemão no Estado é significativo. Estão instaladas aqui empresas como a Robert Bosh, Volkswagen, Bardusch, Audi, Brose, thyssenkrupp Brasil Division cartier love bracelet Steering, entre outras.

O executivo Roberto Koch, que participou da Rodada de Negócios de 2011, é testemunha da efetividade deste tipo de iniciativa. Ele conta que, durante o encontro, estreitou o relacionamento com uma empresa alemã – a Heinrichs Drehteile GmbH& Co.KG. Foi aí que a vinda da empresa para o Paraná se tornou viável. “Após dois meses do primeiro contato, fechamos uma parceria para representação. Essa parceria possibilitou o fechamento de dois grandes clientes no Brasil, o que estimulou a companhia a abrir visit this website
sua filial em Curitiba. Diante da oportunidade, encerrei as atividades na minha empresa de representações para trabalhar com exclusividade para a Heinrichs no Brasil, onde estou até hoje como diretor geral”, afirma.

As empresas interessadas em participar do evento encontram o perfil das empresas alemãs e a cooperação que cada uma deseja efetivar no Brasil no site da AHK Paraná. O horário dos encontros são pré-agendados e haverá a disponibilidade de intérpretes durante todo o evento.

Rodada de Negócios com empresários alemães

Data: Quarta-feira, 9 de novembro de 2016
Local: Hotel Ramada Rayon / Rua Visconde de Nácar, 1424 (Centro) – Curitiba
Mais informações e agendamento de horário: (41) 3323-5958 ou ahkparana@ahkbrasil.com

Perfil das empresas alemãs participantes:

Premosys GmbH – Tecnologia de medição ótica para linhas de produção. Aplicação para: fabricantes de peças e acessórios para a indústria automotiva, indústria alimentícia e indústria de celulose/papel – fabricantes de plásticos.

HAAS Holzzerkleinerungs – und Fördertechnik GmbH – Fabricante de equipamento completo para reciclagem de madeira, picadores/trituradores de madeira, equipamento para resíduos de serrarias.
Clemens GmbH & Co KG – Fabricante e comerciante de máquinas e equipamentos para produção de vinho e colheita de frutas. (Tanques de aço inoxidável, plantas completas para vitivinicultura, projetos especiais para indústria).

Chemservice GmbH – Consultoria na área da indústria química (regulamentação para produtos químicos). Avaliação de riscos e representação de fabricantes de produtos químicos com origem fora da união europeia.

Chemineral Deutschland GmbH – Distribuidora de matérias-primas e produtos químicos para a aplicação industrial: adubos, matérias-primas para cosméticos, minerais para a indústria de construção.

Berger-Seidle GmbH – Desenvolvimento, fabricação, distribuição e consultoria na área de vernizes, produtos e sistemas com baixo índice de emissões e poluentes/contaminantes. Produtos para pisos de madeira: vernizes, colas, produtos de conservação (ceras), entre outros.

Berger-Lacke GmbH – Desenvolvimento, fabricação, distribuição e consultoria na área de vernizes, produtos e sistemas com baixo índice de emissões e poluentes/contaminantes. Produtos para área industrial: vernizes industriais para aplicação em produtos, equipamentos fundidos como bombas, válvulas, entre outros.

Compartilhar

Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha debate sobre perspectivas para retomada da economia do Brasil

Para a Alemanha, o Brasil é um parceiro estratégico para negócios. Mas a crise econômica e o quadro de incerteza na politica inibem novos investimentos. Em Curitiba, a nova diretoria da Câmara Brasil-Alemanha tratou desses e outros assuntos em um encontro com jornalistas. Saiba mais na reportagem do programa de tv Valor Agregado.

Fonte: Valor Agregado

Compartilhar

Carnaval não impacta na produtividade do brasileiro, revela pesquisa

Uma pesquisa realizada pelo Runrun.it, software brasileiro de gestão de tarefas, tempo e desempenho, contraria a maioria das expectativas em relação ao período do carnaval, tido como um dos vilões para as empresas quando o assunto é produtividade. De acordo com os dados, não há perdas significativas no período, pois as pessoas tendem a adiantar tarefas e também compensar depois.

O Índice Runrun.it de Produtividade (IRRP) obtido em 2014 revela que a média de tarefas entregues por usuário por dia na semana anterior ao carnaval foi de 1,048. Durante o feriado, caiu para a 0,560, ou seja, 47% menor, e voltou a subir na semana após o carnaval, com 1 tarefa concluída por dia. A média nas três semanas ficou em 0,87 tarefa entregue/dia, maior que a média anual de 0,796.

Para o CEO do Runrun.it, Antonio Carlos Soares, o que parecia óbvio, agora é mito. “Os dados comprovam que o feriado prolongado não promove queda na produtividade. Os profissionais ajustam as entregas, adiantando trabalho e também compensando depois”, enfatiza.

O Runrun.it (http://runrun.it) é uma ferramenta de gestão de equipes que auxilia gestores e profissionais de diversos segmentos a coordenarem atividades da empresa, através de um ambiente online e integrado, estimando prazos de conclusão e entrega de tarefas. Atualmente é utilizado em 107 países e por mais de 100 mil empresas.

Compartilhar

Cisco nomeia novo Diretor de Engenharia no Brasil

A Cisco nomeou Renier Souza como seu novo diretor de Engenharia no Brasil. O executivo vai liderar o time de especialistas da empresa, responsável por desenvolver projetos e soluções inovadoras que contribuam para os negócios dos clientes e parceiros Cisco. O executivo assume o cargo antes ocupado por Marcelo Ehalt, atual diretor de Canais.

Renier tem mais de 20 anos de experiência no mercado de TI. Começou sua carreira na Cisco em 2007 como engenheiro de sistemas e desde 2008 era Gerente de Engenharia no segmento de Grandes Empresas, comandando o time de finanças, energia, varejo e manufatura. Anteriormente, Renier atuou em empresas como Redback Networks, Extreme Networks e 3Com.

O executivo é graduado em Tecnologia da Informação pela PUC – RS e pós-graduado em Gestão Executiva pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo.

Compartilhar

CIO: Brasil sobe três posições no raking de consumo de TIC

Em 18 meses, o Brasil saltou da 7ª posição para o 4º lugar na movimentação de produtos e serviços de TI e telecom (TIC) no mundo, somando 169 bilhões de dólares, segundo a IDC. O mercado global somou 3,6 trilhões de dólares.

“Nas primeiras colocações no consumo de TI e Telecom estão Estados Unidos, China e Japão”, afirmou Anderson Figueiredo, analista da IDC, em palestra no Floripa TICs Fórum evento patrocinado pela Dígitro em Florianópolis. “Somamos 5% do mercado mundial de TI e telecom”, acrescentou o analista.

No cálculo geral sobre o mercado brasileiro, TI movimentou 60 bilhões de dólares e telecomunicações 109 bilhões de dólares. O mercado norte americano movimentou 949 bilhões de dólares; China 334 bilhões de dólares; e Japão 315 bilhões dólares. “O Brasil representa 50% do mercado latino americano”, concluiu Figueiredo.

Fonte: www.cio.uol.com.br

Compartilhar