GitHub revela as linguagens de programação mais usadas no Brasil e no mundo

O uso de Javascript, SaaS e Blade aumentou em todo o Brasil, de acordo com a pesquisa anual de desenvolvedores do GitHub

Com o mundo moderno dependendo cada vez mais das plataformas digitais, os profissionais de programação estão vendo crescer sua demanda e, com ela, as particularidades de cada projeto. Embora o mercado sul-americano tenha contribuído com apenas 6% do número total de programadores em todo o mundo, em comparação com a América do Norte e Ásia que, juntas, tiveram 60% dos desenvolvedores de software contribuindo com código, esta região foi a que mais cresceu em comparação com o ano anterior. O Brasil, em particular, é uma das comunidades de desenvolvedores de software que mais cresce no mundo, com um crescimento anual de 40% no total de usuários. 

relatório anual Octoverse de 2021 do GitHub classificou as linguagens de programação mais utilizadas pela comunidade de desenvolvedores no Brasil e no mundo. No Brasil, as linguagens que mais crescem ano a ano, classificadas em ordem, foram: Javascript, Sass CSS, Blade, Linguagem de configuração HashiCorp, Elixir, Typescript, Kotlin, Go, Lua e Python. A popularidade de Javascript e Sass CSS no Brasil foi semelhante ao crescimento de ambas as linguagens globalmente, enquanto o aumento do uso da Blade e da linguagem de configuração Hashicorp foi mais específico para o Brasil.

Veja por que algumas linguagens foram mais populares e o que essas tendências significam para o futuro do mercado nacional:

#1 – Javascript

JavaScript é uma linguagem de programação universal, multiplataforma e segue sendo a linguagem mais popular no mundo inteiro nos últimos sete anos. A universalidade do JavaScript a torna especialmente procurada para aplicativos de machine learning e inteligência artificial. Ela também permite um tempo de desenvolvimento rápido, fornecendo um loop interativo para facilitar a depuração em uma estrutura de desenvolvimento sólida. 

#2 – Sass CSS 

Uma linguagem de extensão do CSS, a Syntactically Awesome Style Sheets (SASS), em tradução livre “folhas de estilo com uma sintaxe incrível”, tem ganhado popularidade desde a sua criação em 2006. A SASS visa tornar o processo de desenvolvimento mais simples e mais eficiente, mantendo a mesma lógica do CSS (seletores, regras etc), mas de uma maneira mais organizada, intuitiva e com trechos de código facilmente reutilizáveis.

#3 – Blade

A terceira linguagem mais popular no Brasil é a Blade, conhecida por aumentar a produtividade, a velocidade de codificação e a facilidade de leitura do código. É uma linguagem que enfatiza o algoritmo, por isso tem um conjunto de sintaxe bem pequeno, mas poderoso. Por ser simples, rápida e dinâmica, permite desenvolver aplicações complexas rapidamente.   

#4 – HashiCorp Configuration Language (HCL)

A HashiCorp Configuration Language (HCL) é de configuração exclusiva, projetada para ser usada com ferramentas HashiCorp. Hoje, a HCL se expandiu e já é classificada como um kit de ferramentas para a criação de linguagens de programação estruturadas. Embora pretenda ser útil para finalidades gerais, e na criação de linguagens que sejam amigáveis tanto para pessoas quanto para máquinas, para uso com ferramentas de linha de comando, é voltada principalmente para ferramentas de desenvolvimento, servidores, etc.

#5 – Elixir

A Elixir surgiu em 2014 e é uma linguagem de programação brasileira que tem sido adotada por cada vez mais desenvolvedores ao redor do mundo. É uma linguagem de código aberto que é executada na Máquina Virtual Erlang (Erlang VM), cujo principal objetivo é oferecer uma programação produtiva para aplicações distribuídas seguras e de fácil manutenção, potencializando os recursos da máquina virtual sobre a qual está fundada sem custos de performance. 

Observando essas tendências e as mudanças ao longo dos anos, uma coisa é certa: o mercado da programação está cada vez mais resiliente e atento para as ferramentas que vão permitir que a experiências do desenvolvedor se torne mais simples e rápida. 

Comparação dos rankings entre as cinco principais linguagens de programação mais utilizadas no mundo e no Brasil:

Global Brasil

  1. Javascript 1. Javascript
  2. Python 2. Sass CSS
  3. Java 3. Blade
  4. Typescript 4. HCL
  5. C# 5. Elixir
Compartilhar

Dados parciais indicam retomada do comércio paranaense em 2021

Varejo acumula elevação de quase 10% até outubro segundo pesquisa da Fecomércio PR

Dados parciais da Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) mostram que 2021 será o ano de retomada do varejo paranaense. No acumulado até outubro, o comércio paranaense obteve crescimento de 9,89%, com alta em praticamente todos os setores. Os ramos com vendas mais intensas foram óticas, cine-foto-som (20,73%), calçados (20,16%), materiais de construção (19,68%), vestuário e tecidos (16,57%) e autopeças (16,12%). Somente as livrarias e papelarias ainda não conseguiram retomar o fluxo positivo de vendas e acumulam redução de 2,46%.

Após dois meses de queda, em outubro o comércio paranaense cresceu 0,45% na comparação com setembro. Já em relação a outubro de 2020, o mês de 2021 teve vendas 7,21% menores. Tais reduções nas vendas estão relacionadas ao contexto econômico brasileiro, com aumento contínuo da inflação, o que tem elevado os preços ao consumidor. Diante dos custos adicionais em itens de primeira necessidade, tais como alimentos, gás de cozinha, energia elétrica e combustível, muitas famílias estão tendo que conter gastos não essenciais. Apesar do contexto macroeconômico pouco favorável, os dados parciais de 2021 indicam a retomada do varejo paranaense, especialmente considerando o impulso trazido pelas vendas de fim de ano.

Análise regional

Londrina é a região do estado com maior acumulado de vendas em 2021. O comércio londrinense soma elevação de 21,58% de janeiro a outubro. Os setores locais com melhores resultados foram materiais de construção (36,33%), óticas, cine-foto-som (32,25%), calçados (28,11%) e concessionárias de veículos (22,34%). Os únicos setores com queda nas vendas foram livrarias e papelarias (-23,58%) e supermercados (-1,10%).

Outra região com bom desempenho no acumulado até outubro foi Maringá, com crescimento de 8,41%, puxado pelas concessionárias de veículos (36,92%), combustíveis (29,01%) e materiais de construção (11,73%).

Curitiba e Região Metropolitana também tiveram resultados promissores, com aumento de 8,21% no volume de vendas no período de janeiro a outubro, com destaque para as lojas de vestuário e tecidos (27,77%) e móveis, decorações e utilidades domésticas (17,01%).

A região Sudoeste obteve elevação de 7,11% de janeiro a outubro, com destaque para combustíveis (19,83%) e materiais de construção (18,15%).

Na região Oeste o varejo acumula crescimento de 4,89%, estimulado pelas óticas, cine-foto-som (18,84%), autopeças (16,76%) e combustíveis (16,53%).

O comércio de Ponta Grossa apresentou alta de 4,69%, sobretudo nos ramos de concessionárias de veículos (31,52%) e autopeças (26,94%).

Compartilhar

AHK-PR promove webinar sobre o início da cobrança do diferencial de alíquota do ICMS

Evento promovido pelo GIETRI abordará aspectos práticos e jurídicos das negociações

A Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná) promove, no dia 18 de janeiro (terça-feira), das 9h às 10h15, o webinar “LC 190/22 – Início da Cobrança do Diferencial de Alíquotas do ICMS”. Organizado pelo Grupo de Intercâmbio de Experiências em Assuntos Tributários (GIETRI), o evento tem o objetivo de tratar os aspectos jurídicos e práticos que envolvem o início de cobrança do Diferencial de Alíquotas do ICMS nas operações ou prestações que destinem mercadorias, bens e serviços ao consumidor final domiciliado ou estabelecido em outro Estado, diante da publicação da Lei Complementar nº 190/22.

Ministrado pelos palestrantes Dr. Álvaro Rotunno, advogado atuante na área de contencioso tributário e sócio do Escritório Gaia, Silva, Gaede & Associados, e Dr. Alexandre Barcik, advogado da área de consultoria tributária e empresarial, também sócio do Escritório Gaia, Silva, Gaede & Associados, o webinar terá a mediação do coordenador do GIETRI, Rafael Montovani. 

Entre os temas abordados, estarão: a Modulação de Efeitos pelo STF no RE 1.287.019 (Tema 1093), a edição da Lei Complementar n° 190/2022 e do Convênio CONFAZ n° 236/2021, a observância da Anterioridade Anual e Nonagesimal, os aspectos práticos da exigência do DIFAL e os pontos relevantes a serem considerados na Discussão Judicial para a exigência do DIFAL a partir de 2023.

Webinar “LC 190/22 – Início da Cobrança do Diferencial de Alíquotas do ICMS”

Data: 18 de dezembro (terça-feira)

Horário:  9h às 10h15

Local: Webinar Gratuito (Via Zoom)

Compartilhar

Buysoft apresenta projetos de canais de parcerias com o apoio do ISS Tecnológico de Maringá

A Buysoft, uma das maiores empresas de Transformação Digital do Brasil, além de autoridade em software original e soluções de segurança digital, apresenta neste ano um projeto de canais com o objetivo de promover parcerias. O projeto é apoiado pelo ISS Tecnológico, programa da Prefeitura de Maringá que apoia investimentos em pesquisa e em desenvolvimento tecnológico, bem como a geração de empregos.

No caso da Buysoft, o ISS Tecnológico visa apoiar o desenvolvimento de um projeto relacionado à tecnologia da informação. Dessa forma, a Buysoft desenvolveu e apresentou um projeto de canais chamado CPP – Comercial Partner Program, e também o SPP – Service Partner Program.

Programas de parceria são estratégicos pois facilitam que outras empresas interessadas em trabalhar com a Buysoft possam oferecer suas soluções e serem comissionadas por isso. Assim, outras empresas maringaenses terão a oportunidade de crescerem junto à Buysoft, contando com total apoio da Prefeitura de Maringá.

Como funciona o ISS Tecnológico?

O ISS Tecnológico é um programa que institui benefícios fiscais para empresas prestadoras de serviço que recolhem ISS na cidade e precisam de recursos para a aquisição de equipamentos, tecnologias digitais, investimentos para pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

Diante de um cenário em que a pandemia trouxe as empresas para o universo digital, o ISS Tecnológico é uma ótima forma de fomento financeiro da Prefeitura para que essas empresas se consolidem ou ampliem suas atividades.

Regulamentado pela Lei Complementar n° 975/2013, o programa possui critérios para a seleção de projetos. Alguns dos critérios são: ordem de protocolo dos projetos; preferência às micro e pequenas empresas; geração de emprego; aumento na arrecadação do ISS; gastos com máquinas, equipamentos e infraestrutura, segundo a Secretaria de Inovação, Aceleração Econômica, Turismo e Comunicação (Siacom).

Podem participar do ISS Tecnológico as empresas que prestam serviços e tenham recolhido regularmente o Imposto sobre Serviços (ISS), pelo período mínimo de 12 meses consecutivos.

Valores distribuídos pelo ISS Tecnológico

Apenas em 2020, foram distribuídos cerca de R$ 630,4 mil em benefícios no programa. Para 2021, espera-se bater o recorde e incentivar ainda mais que Maringá se torne um grande polo tecnológico.

Para o projeto da Buysoft, o ISS Tecnológico concedeu um total de R$ 62.571,96 em benefícios, montante válido de 01 de janeiro de 2022 até 31 de dezembro de 2022.

Para Clemilson Correia, fundador e CEO da Buysoft, o projeto de canais apresentado graças ao apoio da Prefeitura viabiliza o crescimento do mercado tecnológico maringaense. “Vamos desenvolver esse portal, que terá como objetivo promover canais para as empresas que querem trabalhar com a gente. Essas empresas parceiras serão comissionadas por vendas de soluções da Buysoft. Com a oficialização do programa, teremos oportunidade de ver centenas de empresas crescerem junto conosco. É um projeto fantástico”, explica.

Compartilhar

Seca e altas temperaturas no Sul do Brasil reduzem estimativa da produção de soja para 134,2 milhões de toneladas

Com a expectativa de encontrar as principais regiões produtoras brasileiras em duas situações bem distintas, o Rally da Safra 2022, maior expedição técnica do agronegócio brasileiro, iniciou a avaliação das lavouras no domingo, 9 de janeiro. Em parte do país, formada pelo Mato Grosso, Rondônia, Norte do Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e o MAPITO-BA, a soja mantém excelentes condições, porém os produtores temem o risco de que o excesso de dias chuvosos e nublados prejudique o peso e a qualidade dos grãos.

Já na metade mais ao Sul do Brasil, a falta de chuva e as altas temperaturas desde o fim de novembro causaram perdas irreversíveis ao potencial produtivo das lavouras no Paraná, Sul do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os problemas foram suficientes para reduzir a estimativa de produção para 134,2 milhões de toneladas, 7% abaixo das projeções pré-plantio, que eram de 144,3 milhões de toneladas. A área plantada é estimada em 40,7 milhões de hectares – 5% maior que a safra passada. Um aspecto importante: é preciso que volte a chover nessa parte do país para que os problemas não continuem se agravando. A produção atualmente projetada é 2,95 milhões de toneladas inferior à da safra 20/21. “Os problemas climáticos impedem uma terceira safra recorde consecutiva, depois de 19/20 e de 20/21”, diz André Debastiani, coordenador do Rally da Safra. A produtividade média de soja do Brasil para a safra 21/22 é estimada em 55 sacas/hectare, a menor desde a safra 15/16 quando o Brasil registrou 49,3 sacas/hectare.

É um início de ano frustrante, diante do bom início da safra. A semeadura foi a mais acelerada da história, superando a de 18/19, puxada pela regularização antecipada das chuvas em importantes regiões produtoras.

Boa parte das perdas acumuladas se concentra nas lavouras de soja precoce (semeadas na segunda quinzena de setembro e na primeira de outubro), situadas nos estados afetados pela estiagem. Por isso, as maiores perdas estão no Oeste do Paraná, com redução da estimativa de produtividade média no estado para 45,0 sacas por hectare, 26% abaixo dos resultados da safra anterior.

Há perdas significativas também no Rio Grande do Sul, cuja produtividade agora é prevista em 48,0 sacas por hectare, queda de 17% sobre 20/21. A falta de chuva e as altas temperaturas prejudicaram boa parte da soja no período crítico de florescimento, aumentando o abortamento de flores e diminuindo o potencial da safra. 

O Mato Grosso do Sul é um caso à parte: a seca na região Sul baixou a estimativa do estado para 48,5 sacas por hectare, 17% inferior à safra anterior, embora as lavouras do Norte estejam em excelentes condições, com possibilidade até de superar o recorde. “Um aspecto importante a considerar é que, em todas as regiões mais afetadas pela estiagem, é preciso que a chuva regularize o quanto antes para evitar que os prejuízos aumentem”, afirma Debastiani.

As primeiras regiões problemáticas que o Rally da Safra 2022 irá avaliar serão o Oeste/Norte do Paraná, percorridos de 16 a 22 de janeiro, num trajeto que passará por Maringá, Cascavel, Toledo, Palotina, Goioerê e Campo Mourão. Será uma oportunidade para avaliar de perto os estragos causados pela estiagem e regionalizar as perdas entre as distintas regiões do estado.

Expectativa de boa safra no MT

Nesta primeira semana de Rally, os técnicos estão percorrendo o Médio-Norte e o Oeste do Mato Grosso – onde a expectativa ainda é de uma boa safra. A projeção de produtividade para o estado é de 60,0 sacas por hectare, 4% acima de 20/21, mas os efeitos da baixa luminosidade, do excesso de umidade sobre o peso e a qualidade dos grãos e durante a colheita podem limitar o bom resultado. “É algo que as equipes do Rally estão buscando avaliar no campo, seja na coleta de amostras, seja no levantamento de dados sobre as primeiras áreas colhidas”, diz Debastiani.

São boas também as condições das lavouras de soja em Minas Gerais (com produtividade esperada de 63,0 sacos por hectare, 1% acima de 20/21), Goiás (62,6 sc/hectare, 2% de aumento), MAPITO (55,7 sc/hectare, 1% de aumento) e na BA, que, apesar de apresentar uma redução de 5% em relação a safra recorde passada, tem a produtividade estimada em 63,5 sc/hectare. A confirmação desses resultados dependerá do clima até a colheita que, em algumas regiões, começa a ser atrapalhada pelo excesso de chuva.

A etapa de avaliação de soja do Rally da Safra 2022 contará com 17 equipes. Ao longo do roteiro está prevista a realização de um evento regional para produtores em Luís Eduardo Magalhães/BA, em 10 de março.  A última equipe desta etapa encerra os trabalhos em 27 de março, após percorrer o Oeste de Santa Catarina e o Rio Grande do Sul.

Milho segunda safra

A etapa de avaliação do milho segunda safra começará em 15 de maio, com seis equipes – as duas primeiras percorrem o Oeste e o Médio-Norte do Mato Grosso. Outras duas avaliarão lavouras no Sudeste e Leste do Mato Grosso, Norte do Mato Grosso do Sul e a região Sudoeste de Goiás. As últimas equipes visitarão áreas no Sul do Mato Grosso do Sul e Oeste do Paraná.

A perspectiva atual é que, devido em boa parte ao plantio acelerado da safra de verão, a segunda safra seja implantada num calendário excelente. A produção prevista é de 94,8 milhões de toneladas, um crescimento de 56% sobre a safra anterior, marcada por uma significativa quebra de safra devido aos problemas climáticos. A área plantada é projetada em 15,7 milhões de hectares, com crescimento de 7% sobre a safra anterior.

Entre abril e maio, quatro equipes do Rally serão dedicadas a visitas a produtores e eventos regionais, inicialmente agendados para ocorrerem em Não-Me-Toque/RS (12/04), Cascavel/PR (19/04) e Rio Verde/GO (03/05).

Mais de 80 mil quilômetros deverão ser percorridos em 11 estados durante a 19ª edição do Rally da Safra. A expectativa é coletar 1600 amostras em campo. Organizada pela Agroconsult, a expedição técnica tem o patrocínio do Banco Santander, FMC, OCP Fertilizantes e Serasa Experian e apoio nacional da Hidrovias do Brasil e Unidas Agro.

O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo http://bit.ly/RallyRedesSociais 

Compartilhar

Pequenos e médios negócios do Paraná aumentaram em 71% o faturamento com o e-commerce em 2021

O e-commerce brasileiro fechou o ano de 2021 com resultados positivos, mesmo com a retomada do comércio físico e o cenário econômico mais desafiador, repetindo o movimento iniciado no ano passado. Em 2021, as pequenas e médias empresas do Paraná faturaram mais de R$110,1 milhões com as vendas online, valor 71% maior que o registrado no mesmo período do ano passado (R$64,4 milhões). Em todo o Brasil, as PMEs faturaram R$2,3 bilhões com o e-commerce, o que representa um crescimento de 77% em comparação com 2020. Os dados são do estudo NuvemCommerce, análise especializada anual do e-commerce brasileiro realizada pela Nuvemshop, plataforma de e-commerce líder na América Latina com mais de 90 mil lojas virtuais na região, em sua maioria de pequenos e médios empreendedores.


O estudo está em sua 7ª edição e, desta vez, traz o desempenho das PMEs no e-commerce durante 2021, segundo ano do isolamento social e ano marcado pelos novos hábitos de consumo transformados desde 2020. No último ano, ainda mais brasileiros compraram no digital: 5 milhões de consumidores compraram produtos pela internet pela primeira vez. Além do balanço de 2021, o levantamento também indica as principais tendências de vendas e consumo para este ano.


“O ano passado apresentou desafios para toda a economia, especialmente para os pequenos e médios negócios. O comércio enfrentou um período de incertezas sobre a maneira de operação e, por isso, a combinação dos meios físico e virtual esteve relevante como nunca. Se, de um lado, houve desafios no cenário econômico, com alta da inflação e dificuldade de crescimento do país; de outro, pequenas e médias empresas conseguiram expandir seus negócios no digital. Em 2021, ter uma loja online deixou de ser uma alternativa e passou a ser uma condição fundamental para as PMEs. Saímos de 2020, um ano marcado pela intensa transformação digital, e chegamos em 2021, época de consolidar a presença no mundo online”, explica Alejandro Vázquez, CCO e cofundador da Nuvemshop.

Compartilhar

Ezequiel Rubin chega para internacionalizar o time de Olist no México

O Olist, solução completa para lojistas que desejam vender na internet, dá mais um passo para firmar sua internacionalização e anuncia a contratação do Ezequiel Rubin como Country Manager de Olist, no México. A startup está estruturando um time completo e robusto para dar andamento às operações na Cidade do México, local em que o Olist está instalado fora do Brasil. 

Ezequiel Rubin é argentino, graduado em Engenharia Industrial pelo ITBA (Instituto Tecnológico de Buenos Aires) e durante boa parte de sua carreira atuou na área de tecnologia e turismo. O especialista teve a oportunidade de liderar importantes equipes em países como Argentina, Colômbia e México. Na Despegar (Decolar), teve a oportunidade de ser Country Manager da Colômbia e do México.
 

Atualmente, a empresa conta com mais de 20 profissionais qualificados atuando localmente, e o foco do time de recrutamento está em encontrar especialistas para adaptar o modelo de vendas inovador que é sucesso no Brasil ao mercado mexicano. 

Compartilhar

Inscrições para curso gratuito de programação do EBANX vão até amanhã

Quem ainda não se inscreveu para o Códigos do Amanhã, curso gratuito de programação lançado pelo EBANX, terá ainda mais alguns dias: a fintech prorrogou o prazo das inscrições até esta quarta-feira, 12 de janeiro. O programa conta com a metodologia da Resilia Educação e será realizado nos formatos online e presencial, com início em fevereiro. As inscrições devem ser feitas pelo site.
 

Totalmente custeado pelo EBANX, o Códigos do Amanhã tem 50 vagas, é dirigido a pessoas em situação de vulnerabilidade social, e almeja capacitar novos desenvolvedores na modalidade Web Full Stack, que dialoga com todas as tecnologias de front-end (a aparência de um site ou aplicativo), de back-end (toda a parte interna de funcionamento) e de banco de dados.
 

Além de aprender fundamentos básicos de tecnologia, com conteúdos sobre redes, programação, banco de dados, arquitetura, segurança e qualidade, os participantes contarão com o acompanhamento de um time multidisciplinar de profissionais da fintech e terão a oportunidade de desenvolver diferentes habilidades comportamentais, como liderança, trabalho em equipe, comunicação assertiva, empatia e resiliência, com vistas a se prepararem para a sua entrada no mercado de trabalho.
 

Para aqueles que não possuem computador, não há com o que se preocupar: serão oferecidos todos os equipamentos e a estrutura necessária para os selecionados do programa, além de uma bolsa-auxílio de R$1 mil, vale alimentação e vale transporte, entre outros benefícios já previstos. O regulamento completo e o cronograma do processo seletivo estão disponíveis no site do projeto, junto com o formulário para inscrições.
 

O projeto é voltado a moradores de Curitiba e Região Metropolitana. Podem participar candidatos que tenham concluído o Ensino Médio e comprovem renda mensal de até R$800.
 

O regulamento completo e o cronograma do processo seletivo estão disponíveis no site do projeto, junto com o formulário para inscrições.

Compartilhar

Uso do pagamento por aproximação no Paraná supera a média do Brasil, aponta estudo da Visa

O pagamento por aproximação tem apresentado crescimento expressivo nos últimos anos, tanto com cartões como em celulares habilitados. Segundo dados levantados em setembro pelo ‘Mapa dos Pagamentos por Aproximação do Brasil’, gerado pela Visa Consulting & Analytics (VCA), consultoria da Visa, a modalidade já corresponde a 20% do total de transações presenciais realizadas com credenciais Visa no país.

O Paraná foi o sexto estado com a maior penetração desta modalidade de pagamento (24%), ficando atrás de Distrito Federal (37%), Amapá (33%), Santa Catarina (27%), Roraima (25%) e empatando com Mato Grosso (24%). Ainda de acordo com o estudo, além dos estados citados, Rio Grande do Norte (23%), Rio Grande do Sul (22%) e São Paulo (22%) também ficaram acima da média do Brasil.

No período analisado, as transações por aproximação com credenciais Visa feitas no estado do Paraná registraram um ticket médio de R$ 62, ficando na média nacional de gastos via pagamento por aproximação.
 

O grande impulsionador da adesão dos consumidores vem sendo o trabalho intenso da indústria junto aos bancos e credenciadores para emissão de credenciais e maior aceitação da tecnologia NFC, que oferece comodidade, agilidade e segurança.

“Conforme novos casos e oportunidades de uso de pagamentos por aproximação vão surgindo, novos projetos nascem, sejam no comércio tradicional ou voltados para mobilidade urbana, entre outras possibilidades. Na nossa área de análise de dados, combinamos a nossa expertise em consultoria de pagamentos, nossa inteligência em estratégias econômicas e a ampla variedade de dados que transacionam na nossa rede para identificar insights e recomendações práticas que contribuem para a tomada de decisões comerciais melhores”, explica Oscar Pettezzoni, diretor executivo da VCA.


Compartilhar

LGPD: empresas de agronegócios estão preparadas para a lei que já está em vigor?

Nos últimos anos os recursos tecnológicos têm sido um aliado essencial para o agronegócio, no entanto é preciso ficar atento às exigências que a nova Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) traz ao segmento. Em agosto de 2021, as sanções e multas da LGPD entraram em vigor e trouxeram a necessidade das empresas se adequarem às novas determinações sobre o tratamento de dados pessoais sob pena de multa de até 2% de seu faturamento. E com o agronegócio não foi diferente.


“As empresas deste segmento precisam urgentemente aplicar as normas que a lei exige. A tecnologia trouxe muitos avanços para o agronegócio, principalmente economia financeira nos processos, busca por investidores, governança mais eficiente e auxiliou em safras mais rentáveis. Contudo, também implicou em novos desafios e dúvidas no que se refere à transparência de como as informações confidenciais de funcionários, fornecedores e clientes são coletadas, armazenadas e tratadas. Principalmente para empresas e propriedades rurais que possuem a cultura da utilização de papéis para registrar informações importantes”, esclarece Sylvio Sobreira, CEO da SVX Corporate, consultoria em Governança, Proteção de Dados e Inovação.



Nova Legislação terá efeitos na agricultura de precisão


Nessa busca crescente do setor de agronegócios por soluções efetivas, muitas vezes as informações sigilosas de fornecedores, colaboradores e clientes acabam sendo guardadas informalmente, sem seguir o cumprimento legal.


Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a chamada agricultura de precisão nasceu com o objetivo de auxiliar no dinamismo e análise de dados, colaborando assim no entendimento das condições ideais para o cultivo das principais culturas agrícolas. Mas esse processo também acumula um enorme volume de informações pessoais, o que deixa as empresas mais suscetíveis aos vazamentos de dados e a possibilidade de ter toda sua operação interrompida.
 

O executivo explica que esse tipo de situação impacta diretamente o lado financeiro e na credibilidade da empresa. “Não à toa que a normativa exige que os dados sejam tratados com cautela do início ao fim. Para que isso aconteça, é necessário criar um planejamento para cada etapa de adequação. Fazer o trabalho de qualquer jeito acarretará ainda mais custos e prejuízos na operação, por isso, é preciso muita atenção antes de executar o serviço”, afirma Sylvio.

Compartilhar

Melhorar a educação e o alinhamento com os empregadores pode ajudar a reduzir a lacuna de skills

Por Flavia Roberta Freitas, Líder de Responsabilidade Social Corporativa na IBM América Latina

Muita coisa pode ter mudado desde que a pandemia começou, mas algumas tendências de longo prazo mantiveram-se iguais ou tornaram-se ainda mais urgentes. Por exemplo, o número de ofertas de empregos bem pagos e relacionados a STEM, áreas que abrangem Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (em inglês, é a sigla usada para Science, Technology, Engineering e Mathematics) continua a aumentar, mas não há pessoas suficientes com as habilidades necessárias para preencher essas posições. As possíveis consequências são graves: redução da competitividade, disparidades socioeconômicas persistentes, redução da inovação e o potencial não desenvolvido das pessoas.

Uma estratégia abrangente para enfrentar a lacuna de habilidades é aumentar o alinhamento entre os setores público, privado e sem fins lucrativos. Com mais coordenação, é possível cultivar melhor as novas fontes de talentos STEM, como mulheres, negros, comunidades periféricas e outras populações sub-representadas, para estar prontos para alcançar as oportunidades, desenvolver sua carreira e contribuir para os negócios.


Ajuda é necessária

De acordo com um relatório do IBM Institute for Business Value (IBV), de setembro de 2019, nos próximos três anos, pode ser necessária a recapacitação de 120 milhões de trabalhadores nas 12 maiores economias do mundo para se adaptarem a novos tipos de empregos criados ou modificados pela inteligência artificial (IA).

Parcialmente responsável pelo crescimento de posições disponíveis é o avanço e a proeminência da tecnologia nas indústrias, profissões e posições de trabalho. Esses avanços exigem novos planos de estudo para os futuros profissionais e envolvem a recapacitação para os atuais funcionários (e, finalmente, uma cultura de aprendizagem ao longo da vida). O relatório Future of Work 2020 do Fórum Econômico Mundial sobre tendências da força de trabalho em 26 economias descobriu que nos próximos anos podem surgir 97 milhões de novas funções que se adequam melhor às novas divisões de trabalho.

As pessoas estão inquietas e sabem que os empregos STEM oferecem melhores oportunidades. Outro estudo do IBV descobriu que 31% das pessoas no início de 2021 estavam considerando buscar novos empregos e planejando se cadastrar em programas de treinamento, em sua maioria online e alguns sem custo, como o IBM SkillsBuild. Isso foi confirmado pelo recorde de pessoas trocando de emprego ao longo de 2021. Em geral, os empregos STEM tendem a pagar substancialmente mais do que os empregos em outras áreas.

Alcançando novas fontes de talento

Claramente há uma oportunidade profissional ampla, mas pouco explorada, já que alguns grupos estão substancialmente sub-representados na nova economia. Por exemplo, a Organização das Nações Unidas (ONU) indica que as mulheres compõem apenas 3% dos estudantes em todo o mundo que fazem aulas sobre tecnologias da informação e comunicação, 5% matemática e cursos de estatística, e 8% cursos de engenharia, manufatura e construção. Essas circunstâncias sugerem que grandes ganhos podem ser alcançados fomentando áreas de STEM em talentos não desenvolvidos.

Uma forma poderia ser captando o interesse mais cedo, particularmente no ensino médio. Estudos mostraram que as metas de carreira mudam drasticamente entre o 9º e 11º graus (aproximadamente de 14 a 17 anos) e é o momento mais crítico para ganhar o interesse de um jovem em áreas STEM. Os estudantes com competências STEM são mais propensos a seguir carreiras relacionadas a esses temas e ter mais sucesso na resolução de problemas durante situações desconhecidas.

Para apoiar as carreiras e o ensino técnico, há uma disponibilidade crescente de planos de estudo complementários gratuitos, como os oferecidos pelo IBM SkillsBuild for Students, que introduz os alunos adolescentes nas habilidades de trabalho e nas competências em tecnologia necessárias para as funções modernas, até mesmo para aqueles que não consideram uma jornada de educação formal.

Alinhar o ensino superior com o setor privado e atrair estudantes mais diversos

Os graduados do ensino médio que escolhem a faculdade como seu próximo destino precisam de exposição contínua a assuntos de STEM. Idealmente, suas aulas poderiam combinar várias disciplinas, ensinando habilidades específicas que se alinham com vagas de emprego reais. A IBM também está contribuindo com programas que apoiam os alunos nesta etapa, para que possam ter acesso a conteúdos e especialistas que aprimorem sua experiência.

Da mesma forma, o setor privado precisa se esforçar para ter um melhor alinhamento sobre o caminho contínuo que as pessoas em busca de emprego seguem. Isso significa garantir que seu treinamento foi desenvolvido para atender aos padrões do setor e que as habilidades correspondem aos requisitos de trabalho. As vagas de emprego devem ser escritas de forma que as pessoas que tenham obtido certificações e credenciais possam aplicar e ser selecionadas para entrevistas com base nos treinamentos que obtiveram.

O ensino superior também pode repensar como posicionar os estudos em STEM com grupos que talvez não tenham considerado essa disciplina de outra forma. Com um pouco de imaginação, podemos tornar esses cursos mais inclusivos para inspirar futuros profissionais de origens e identidades diversas.


Busca e preparação para as carreiras 2,0: aprendizagem hands-on e melhores opções de credenciais
Para os jovens profissionais ou aspirantes de emprego que estão considerando uma mudança em direção às áreas de STEM, precisamos fornecer não apenas os cursos online para adquirir novas habilidades, mas também recursos que aprimoram a experiência de busca por emprego. Deve haver coordenação entre diversas organizações para proporcionar oportunidades para aqueles que buscam obter credenciais, participar de feiras de trabalho, se beneficiar de mentores, realizar projetos que os ajudem a construir seu portfólio para empregos específicos, além de ganhar uma compreensão mais ampla das tendências de mercados locais. Programas sem custo como o IBM SkillsBuild for Job Seekers reúnem os setores privado e sem fins lucrativos, ajudando a fornecer essas capacidades para que as pessoas estejam prontas para os empregos.

Em seguida, à medida que os estudantes se tornam ativamente pessoas em busca de oportunidades, as empresas precisam ser mais flexíveis e de mente aberta quando se trata das credenciais consideradas apropriadas e adequadas para aplicações de emprego, particularmente para vagas de entrada ou habilidades médias. Por exemplo, cerca de 50% das ofertas de trabalho da IBM não requerem títulos universitários de quatro anos.

Quanto mais ampliarmos o alcance de iniciativas disponíveis e alavancarmos novas colaborações, poderemos construir um ecossistema mais forte que apoie um número maior de estudantes e oferecer experiências reais de emprego que beneficiem a todos.


Há muito a ganhar

Se somos bem-sucedidos na criação de iniciativas de STEM e preparação de carreiras mais inclusivas, multidisciplinares, criativas e acessíveis, então teremos uma melhor oportunidade de nos adaptamos às grandes mudanças trazidas pelo crescimento da tecnologia em praticamente todos as funções. Neste momento, há uma escassez significativa de talentos que resultaram em muitas posições não preenchidas. Mas, se fecharmos a lacuna de competências, o PIB global poderá aumentar em $ 11,5 trilhões de dólares até 2028, de acordo com o Fórum Económico Mundial.


Além do sucesso econômico, uma abordagem reimaginada para as habilidades de carreira e preparação provavelmente resultará em funcionários satisfeitos, motivados e talentosos de origens mais diversas que percebem todo o seu potencial, enquanto constroem um mundo melhor.

Compartilhar

Estágios da transformação digital e os cases de sucesso no Brasil e no mundo

Por Marcela Flores, Diretora Executiva da ANPEI – Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras

Para entender a transformação digital é necessário compreender que ela é composta por três diferentes estágios: a digitização, voltada à conversão da transformação analógica em formato digital, a digitalização — quando as empresas aplicam tecnologias digitais para otimizar processos de negócios existentes — e a transformação digital em si. No caso da digitização, ela permite codificar a informação de modo que os computadores possam armazenar, processar e transmitir determinada informação.
 

Já a digitalização é a forma como as tecnologias digitais são usadas para alterar processos de negócios existentes, permitindo uma coordenação entre métodos mais eficientes e criando um valor adicional para o cliente. Bons exemplos disso são os novos canais de comunicação online ou pelo celular, que permitem que o consumidor se conecte facilmente com as instituições, mudando a forma como tradicionalmente era realizada essa interação. Assim, a digitalização não é tão focada em redução de custo, como a digitização, mas inclui melhorias que podem aprimorar, consequentemente, a experiência do usuário.
 

A transformação digital é a fase mais profunda deste processo, na qual envolve uma mudança mais abrangente na instituição e que leva, inclusive, ao desenvolvimento de modelos de negócios. São diversas as implicações organizacionais ocasionadas pela transformação digital, especialmente porque o modelo de core business da empresa é modificado por meio do uso de tecnologias digitais. Isso traz vantagens competitivas, uma vez que há uma mudança na estrutura da instituição e sua forma de fazer negócios, além de permitir que a companhia entre em novos mercados, interaja com fornecedores, clientes e competidores em um formato totalmente novo.
 

As metas também refletem a maturidade da organização. Se a instituição ainda está em uma fase inicial de digitização, por exemplo, os objetivos podem estar atrelados à redução de custo, tornando as atividades já existentes mais efetivas. Agora, quando a companhia passa para a fase de digitalização, é possível trabalhar metas de aumento de receita, justamente porque há melhorias na experiência do cliente. Por fim, quando finalmente a empresa passa por um processo de transformação digital mais robusto, é possível implementar metas relacionadas ao novo modelo financeiro, já que houve uma reconfiguração dos ativos para desenvolver o novo modelo de negócio.
 

Plataformas digitais
 

Existem inúmeras estratégias para o crescimento digital, mas a mais proeminente envolve o uso de plataformas — tática comum também nas fases mais profundas da mudança digital. É importante dizer que uma característica única das empresas dentro deste perfil diz respeito aos números expressivos de crescimento. O Google, por exemplo, cresceu, em um período de 17 anos, a uma taxa de 50% ao ano, passando de um bilhão de buscas, em 1999, para dois trilhões, em 2016. Já o Facebook teve um crescimento de usuários em torno de 25% ao ano, no período de 2009 a 2017. Existem muitos fatores por trás desses números, mas os principais têm a ver com a escalabilidade das plataformas e os efeitos de fortalecimento de rede.
 

Com relação às estratégias em si, podemos falar da penetração e do desenvolvimento de mercado. Para se ter ideia, 30% dos usuários da Netflix, por exemplo, não assistem TV e, ainda assim, tornaram-se clientes do streaming, que funciona de maneira televisionada ou por meio de outros dispositivos (às vezes, isso abre portas para criar novos mercados como, por exemplo, o de smartwatches, criado pela Apple).
 

As plataformas digitais permitem, inclusive, que usuários externos co-criem valores de maneira ativa quando recebem autoridade para desenvolverem certas atividades. Desta forma, o sistema de avaliação existente também tem a ver com essa estratégia, como acontece nos websites de viagens do Tripadvisor e Booking. Por último, podemos olhar para a possibilidade de crescimento de grandes plataformas, buscando mercados ainda inexplorados de novos produtos, por meio da diversificação.
 

Temos muitos exemplos de cases reais de transformação digital no mundo, como o da Amazon, que se tornou a segunda maior varejista do mundo, atrás apenas do Walmart, sem possuir nenhuma loja física; o Airbnb, que é o maior provedor de hospedagem do mundo, sem ao menos possuir um “hotel”; a Uber, que é a maior companhia de táxi do mundo e não conta com nenhum “carro”; e, por fim, o Facebook, que é o provedor de mídia mais popular do mundo e não produz nenhum conteúdo.
 

No Brasil, temos o case da Natura&Co, que desenvolveu e integrou um conjunto de soluções digitais e móveis que faz o networking dos clientes com as consultoras, gerentes internos de vendas e com o sistema de gestão da rede. Por meio do aplicativo, essas empreendedoras são conectadas com gerentes de vendas internos da marca, o que auxilia em todo o processo de desenvolvimento e aprendizado delas, como a realização de treinamentos, negociação de boletos, entre outras atividades.
 

Além de parcerias com startups brasileiras para criação de um sistema de machine learning para otimização da análise dos dados, a companhia busca, ainda, aprimorar a eficácia de cada empreendedora, melhorando, assim, não apenas os resultados na empresa, mas, também, a vida dessas profissionais, uma vez que são gerados novos benefícios para essas parceiras.
 

Vale reforçar que o desenvolvimento de produtos da Natura passou de um time-to-market, com tempo de desenvolvimento de mais de seis meses, para entregas semanais, e possibilidades de mudar a direção de desenvolvimento de forma quase que instantânea com esse aprendizado e grandes dados disponíveis de forma imediata. Hoje, a companhia conta com mais de 1 milhão de e-commerces individuais ativos (por consultora), um excelente case brasileiro de empresa que mudou seu modelo de negócio como resultado da aplicação da transformação digital.
 

A transformação digital é uma realidade no presente e futuro no mundo todo. É uma das principais forças de inovação nos dias atuais, sendo necessário o olhar atento das empresas a este tema, além da preparação para absorver conceitos, aplicando-os em seus modelos de negócios e garantindo sua existência no novo mundo que se apresenta.

Compartilhar