Cinco razões para acreditar nos Marketplaces

Por Luiz Pereira *

Quem possui uma loja virtual ou pensa em abrir uma no Brasil certamente já ouviu a expressão “marketplace”. Estes sites nada mais são do que centros de compras virtuais, em que vários lojistas expõem seus produtos para os consumidores (semelhante ao shopping center no varejo físico). O modelo de negócio está em alta no e-commerce brasileiro justamente pelos inúmeros benefícios proporcionados aos consumidores e empresários.

Porém, diferentemente dos modismos que surgem no comércio eletrônico, este conceito deve permanecer por anos como uma boa opção para alavancar as vendas. Confira cinco motivos para acreditar nos marketplaces:

1 – As vendas no e-commerce começam no Marketplace

Pesquisa da Pymnts.com para a Amazon em 2015 já mostrava essa tendência global: 64% dos consumidores admitiram que iniciam a busca por novos produtos nos centros de compras virtuais por conta da diversidade de itens e revendedores.

A possibilidade de tirar dúvidas, economizar e comprar em um único site faz o consumidor adotar mais este modelo de compra. Logo, esse número deve aumentar ainda mais nos próximos anos.

2 – A relação custo x benefício é mais vantajosa para todos

Se o consumidor consegue fazer tudo no Marketplace, os lojistas podem aumentar as receitas e diminuir os custos de operação e de marketing. Isso porque a maioria dessas empresas oferece um pacote serviços para o empresário poder rapidamente passar a vender os seus produtos no Marketplace. Assim, ele ganha fôlego para se dedicar a outros pontos importantes do seu negócio.

3 – Parceiras ajudam na evolução da loja virtual

O Marketplace “empresta” sua credibilidade para as marcas inseridas em seu site, o que faz o varejista trabalhar com uma vitrine virtual para exibir os produtos e garantir o tráfego. Entretanto, essa parceria vai além das vendas e do marketing, envolvendo até mesmo o suporte tecnológico no momento da integração entre as ferramentas com a infraestrutura de TI.

4 – Novos públicos podem conhecer a sua marca

O número de consumidores que acessa um marketplace é infinitamente maior e mais diversificado do que aqueles que entram diretamente em uma loja virtual. Se o empresário realizar um bom trabalho na definição do portfólio que será disponibilizado no Markeplace e contar com preços atraentes, ele certamente atingirá um público diferente daquele que normalmente vinha comprado diretamente na sua loja aumentando significamente o volume de vendas.

5 – É possível ter mais um ponto de venda para expor os produtos

Por fim, aqueles que já possuem um e-commerce podem optar por montar uma loja dentro do Marketplace, ampliando os canais de venda na web e aproveitando os benefícios listados acima. A lógica é simples: com mais sites expondo seus produtos, mais pessoas irão visualizá-los e mais fácil será vendê-los.

Mas nem tudo são flores. Num próximo texto iremos abordar os cuidados que um lojista deve ter e eventuais riscos ao apostar nos Marketplaces. O equilíbrio é a chave!

* Luiz Pereira é COO da Precifica, primeira empresa do Brasil especializada em precificação inteligente

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2016 começa fraco para o comércio do Paraná

O ano começou desanimado para o varejo paranaense. Pesquisa da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) mostra redução de 16,27% nas vendas em janeiro na comparação com o mesmo mês do ano passado.

Os únicos setores que tiveram alta no faturamento foram o de vestuário e tecidos (3,24%) e materiais de construção (1,76%). As quedas mais expressivas ocorreram no ramo de móveis, decorações e utilidades domésticas (-30,81%), concessionárias de veículos (-29,92%), lojas de departamentos (-28,64%), autopeças (-26,98%) e combustíveis (-20,58%).

Após um 2015 pouco favorável, com baixa acumulada de 8,79%, e o Natal mais fraco dos últimos sete anos, com vendas 12,58% inferiores, os empresários do comércio continuam sentindo os efeitos da queda na intenção de compra dos consumidores, da inflação e da elevação dos juros, que parecem ser os únicos a aumentar, juntamente com os tributos governamentais.

De acordo com a Fecomércio PR, normalmente o mês de janeiro é pouco movimentado para o varejo, tanto que na comparação com dezembro o decréscimo foi de 19,21%, voltando ao nível de vendas verificado em novembro.

A principal questão está na redução de 16,27% frente a janeiro de 2015, o que indica que o comércio começou o ano com o pé esquerdo e não há qualquer indício de que a situação possa melhorar, especialmente diante do agravamento da crise política e econômica nacional.

O reflexo dessa estagnação do varejo será sentido também pela indústria, considerando que as compras para formação de estoques dos lojistas caíram 30,46% em janeiro. As lojas de calçados (-50,59%), postos de combustíveis (-46,02%), lojas de departamentos (-42,46%) e as de móveis, decorações e utilidades domésticas (-42,09%) foram as que mais reduziram a aquisição de produtos para a comercialização, o que demonstra a baixa perspectiva destes segmentos para o semestre.

O número de funcionários do varejo caiu 6,75% em janeiro ante o mesmo de 2015. Além das demissões, a folha de pagamento encurtou 7,66%.

Análise regional

A safra de soja e milho alavancou o comércio na região Oeste, que foi a única a apresentar faturamento positivo em janeiro, com elevação de 1,26% na comparação com o mesmo mês de 2015. Além da agricultura, as promoções elevaram a receita do comércio de roupas e tecidos (29,89%), materiais de construção (27,22%), óticas, cine-foto-som (16,83%) e calçados (14,16%).

As demais regiões tiveram queda nas vendas: Londrina (-20,32%), Curitiba e Região Metropolitana (-20,23%), Litoral (-16,75%), Sudoeste (-10,48%), Maringá (-9,79%) e Ponta Grossa (-7,78%).

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10 Tendências para o Varejo em 2016

As perspectivas para 2016 não são das melhores em quase todos os setores da economia. Inflação e taxa de desemprego em alta afetam diretamente o setor varejista. De acordo com a coordenadora do Laboratório de Varejo da Universidade Positivo (UP), Fabíola Paes, o setor precisa pensar em novas estratégias para poder atrair e engajar o público. “O principal efeito da crise é no comportamento do consumidor, que fica mais seletivo. Por isso, é preciso minimizar os efeitos da crise econômica e ajudar o cliente a comprar o melhor e da melhor forma”, explica.

As principais tendências para o varejo em 2016 foram apresentadas na Pós NRF, evento promovido pela Posigraf, na última semana, em Curitiba (PR). O encontro trouxe um resumo do que foi exposto na última NRF Retail’s Big Show 2016, maior evento mundial do varejo, realizado em Nova Iorque. Confira as principais tendências para este ano:

1. Globalização

Cada vez mais o varejo é internacional. Em 2013, 15 das 250 maiores varejistas do mundo estavam presentes no Brasil. Já em 2016, o número deve subir para 33. Ou seja, em dois anos, a presença de marcas internacionais no território nacional subiu – e esse é o maior sinal da globalização. Mesmo que o mercado de um país para outro seja diferente, as marcas precisam se adaptar à cultura local para aumentar a presença global.

2. Experiência

A geração Y, também conhecida como millennials, é a geração da experiência. Os jovens nascidos na década de 80 valorizam mais a experiência e felicidade do que a posse de “coisas”. Uma pesquisa da JC Penney mostra que 100% deles usam a internet para buscar informações antes da compra, mas que 75% consideram a loja física a principal experiência com a marca. Por isso, é necessário que o posicionamento esteja focado no estilo de vida e não mais nas categorias tradicionais.

3. Eficiência e Produtividade

A produtividade do brasileiro está bem abaixo da média mundial. Para se ter uma ideia, são necessários quatro trabalhadores para conseguir a mesma produtividade de um norte-americano. Os processos e estratégias do varejo não são das mais eficazes. “O que não se mede, não se gerencia” – a famosa frase de William Edwards Deming define bem o que é necessário fazer: planejar e medir a eficiência do quadro de trabalho no Brasil.

4. Internet das Coisas

Relógios, geladeiras, carros e óculos inteligentes. Acessórios até então simples, mas com o objetivo de se conectar a internet. A “Internet das Coisas” está cada vez mais presente no dia a dia e surge para complementar o mundo físico e integrar com o digital. Entretanto, para muitos casos, ainda é preciso inovar, para tornar o produto mais “usável”.

5. Zero Atrito

Cada vez mais simplificar o relacionamento e zerar o atrito existente entre marca e cliente é necessário para que o consumidor tenha a melhor experiência com a marca. Hoje em dia, a internet é a maior aliada pois, por meio do digital, é possível dar informações em tempo real para o público. Muitas vezes, o cliente espera o vendedor voltar com uma informação ou produto – e é justamente durante esse pequeno período em que ele analisa se a compra é realmente necessária. Esse é um dos maiores atritos, por isso, é preciso pensar em estratégias e até mesmo no uso da tecnologia para diminuir esse impacto.

6. Colaboração

Em um ano desafiador para todos os setores da economia brasileira, o varejo precisa do engajamento dos colaboradores e de todos os envolvidos no processo para somar forças e se manter forte.

7. Omnichannel

O mundo digital está cada vez mais presente no dia a dia, transformando e impactando a forma de se relacionar. Segundo pesquisa feita pelo Google, no Brasil, 86% das pessoas fazem pesquisas de compras pelo smartphone. Ou seja, o digital cria oportunidades, mas também traz grandes desafios para o varejo. O novo conceito omnichannel, advindo do multicanal, provoca o setor a pensar estratégias para gerar vantagem competitiva, alta performance e inovação nos negócios.

8. Repensar Loja Física

As lojas precisam se reinventar para se adaptar ao estilo de vida, principalmente dos millennials, que buscam experiências de compras – e não apenas um produto. É preciso alinhar o mundo físico com o digital para estimular o desejo do consumidor.

9. Big Data

Com tantas mudanças, é preciso, mais do que nunca, obter dados para gerar informação relevante para a empresa. Além disso, é essencial saber o propósito, para ser efetivo nas ações.

10. Propósito e Cultura

Para sobreviver, a empresa precisa ter uma razão de existir, para motivar e engajar o público, que está cada vez mais preocupado com alguma “causa”. É preciso pensar fora da caixa, mas com a cabeça do cliente.

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Varejo do Paraná fecha 2015 com queda de 8,79%

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O varejo paranaense fechou com queda de 8,79% em 2015. Nem mesmo a alta de 19,36% nas vendas de dezembro na comparação com novembro conseguiu alavancar o desempenho do comércio. Isso porque esse foi o pior Natal dos últimos sete anos, com faturamento 12,58% menor do que em dezembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Conjuntural elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR).

Os únicos setores que obtiveram resultado positivo no ano passado foram os supermercados e as livrarias e papelarias, com aumento de 6,82% e 4,86%, respectivamente. Os demais ramos amargaram perdas. As quedas mais expressivas foram registradas pelas concessionárias de veículos (-26,58%), autopeças (-17,31%) e lojas de departamentos (-13,38%).

O quadro funcional sofreu redução em 2015, felizmente não na mesma proporção da queda no faturamento, e foi 2,54% menor do que em 2014. Os dados relativos à folha de pagamento mostram que praticamente não houve alteração nos salários dos trabalhadores do comércio, que tiveram leve baixa de 0,37% no acumulado do ano. Como reflexo, os lojistas contiveram as compras para formação de estoques em 11,32%.

Natal

Tradicionalmente, as vendas de dezembro são superiores às de novembro, o que ocorreu mesmo com a crise, gerando alta de 19,55%. Os setores que mais se beneficiaram com esta época do ano foram o de calçados (108,71%), vestuário e tecidos (72,02%), lojas de departamentos (49,47%) e as livrarias e papelarias (45,47%). Os bons resultados ocorreram porque além das vendas de Natal, muitos lojistas aproveitaram para fazer promoções, que alavancaram ainda mais as vendas. Para dar conta do movimento extra, as empresas optaram

por estimular e aproveitar ao máximo seu próprio quadro funcional, o que resultou em contenção de 8,12% na contratação de temporários na comparação com dezembro de 2014.

Análise regional

O desempenho do comércio no acumulado do ano foi negativo em todas as regiões pesquisadas pela Fecomércio PR. Maringá teve a menor queda, com -1,02%. Na sequência ficou Ponta Grossa (-5,4%), região Oeste (-6,5%), Sudoeste (-9,07%), Londrina (-10,06%), Curitiba e Região Metropolitana (-10,45).

A região Oeste teve um Natal com baixa de 4,19% em comparação com dezembro de 2014. Nas demais regiões, as vendas de dezembro foram de -17% em Londrina; -14,59% em Curitiba e Região Metropolitana; -12,52% no Sudoeste; -8,4% em Ponta Grossa e -3,81% em Maringá.

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Vendas do varejo caem em todas as regiões do Paraná

As vendas do varejo apresentaram queda de -17,78% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2014 segundo a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR). Essa baixa fez os empresários reduzirem as compras de estoques em -21,35% e tivessem que readequar o quadro funcional, que teve queda de -6,72%.
Na comparação com outubro houve diminuição de -2,27% nas vendas do comércio. E no acumulado de janeiro a novembro a retração chegou a -8,23%.

Apesar do cenário de queda generalizada no faturamento em todas as regiões do Estado, Maringá apresentou o resultado menos desfavorável em novembro, com redução de -3,5% ante o mesmo mês de 2014. O mercado imobiliário da região puxou as vendas dos setores de materiais de construção, que teve alta de 18,95%, e de móveis, decorações e utilidades domésticas, com elevação de 13,33% no movimento. Em Maringá, também tiveram bom resultado os ramos de vestuário e tecidos (13,79%) e autopeças (5,75%).
As demais regiões registraram baixas superiores a dois dígitos na maioria dos setores: Londrina (-23,86%), Sudoeste (-20,64%), Curitiba e Região Metropolitana (-18,63%), Ponta Grossa (-10,82%) e região Oeste (-14,3%).

Na análise setorial, poucos setores tiveram aumento das vendas. Na soma estadual, apenas os supermercados ficaram no positivo, com alta de 1,6%. Vestuário e tecidos também manteve alta em algumas regiões como Oeste, Maringá, Ponta Grossa e Sudoeste.

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Veja o desempenho das vendas por setor em http://www.fecomerciopr.com.br/sala-de-imprensa/noticia/vendas-do-varejo-caem-em-todas-as-regioes-do-parana/

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Crise afetou em cheio intenção de consumo dos paranaenses em 2015

A instabilidade econômica e política afetou em cheio a propensão dos paranaenses em consumir. A média anual da Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços de Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços de Turismo do Paraná (Fecomércio PR), fechou 2015 em 106,25 pontos. No entanto, em 2014, essa média era de 137,07.

Nem mesmo o Natal foi capaz de animar os consumidores. A intenção de consumo das famílias ficou em 92,4 pontos em dezembro, a mais baixa em seis anos de pesquisa. Em 2014, o indicador era de 133,2 pontos, o que representa uma queda de 30% em doze meses.

Emprego

A situação no emprego atual foi definida como mais segura para 35,6% das famílias no mês de dezembro. No mesmo período de 2014, esse percentual abrangia 50,5% dos entrevistados. Com relação à perspectiva profissional, 38,7% esperam uma melhora, seja uma promoção ou aumento salarial nos próximos seis meses. No mesmo mês do ano anterior esse índice era 45,1%. Os que se declararam menos seguros com relação ao emprego somam 18,4%. Em 2014, a insegurança no trabalho era relatada por apenas 10,8%.

Situação de Renda

Apesar de tudo, a situação da renda foi considerada melhor por 64,6% dos consumidores em comparação ao mesmo período de 2014. Para as famílias com renda de até dez salários mínimos, o percentual foi 64,1%. Nas classes de maior renda, 67,3% disseram que a situação financeira era mais favorável. Por outro lado, 13,4% afirmaram que os rendimentos pioraram, mas em dezembro de 2014 essa opinião era partilhada por apenas 6% dos paranaenses.

Acesso a crédito

Em dezembro, o acesso ao crédito estava mais restrito na opinião dos consumidores. Apenas 29,9% das famílias afirmaram que estava mais fácil conseguir um financiamento ou empréstimo, bem diferente do mesmo período do ano anterior, quando esse percentual era de 58,1%.

Consumo atual

A maioria das famílias, 60,6%, disse estar comprando menos, enquanto outros 19,9% estariam comprando mais e 19,4% não mudaram seus padrões de consumo. Porém, em dezembro de 2014 os que estavam consumindo mais representavam 43,8% da população.

Momento para Consumo de Bens duráveis

Para 56,6% das famílias este ainda é um bom momento para a aquisição de bens duráveis, como eletrodomésticos, televisores e som. No entanto, em dezembro do ano anterior, esse percentual era de 71,3%.

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Fecomércio PR divulga intenção de compras para o Dia dos Pais

Sondagem realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) mostra que 61% dos paranaenses pretendem presentear no Dia dos Pais, enquanto 39% devem deixar a data passar em branco. A intenção de compra nesta data caiu 11 pontos em relação ao ano passado, o que corresponde a uma queda de 15,27%. Em 2014, 72% dos entrevistados pretendiam comprar um presente para os pais e em 2013 esse percentual era de 71%.

Entre os entrevistados, 60% devem investir entre R$50,00 e R$100,00, enquanto 27% pretendem comprar presentes na faixa de R$101,00 a R$150,00. Os que intencionam desembolsar entre R$151,00 e R$200,00 somam 9% e 4% devem gastar acima de R$200,00. O ticket médio para o Dia dos Pais no Paraná será de R$104,50.

A crise econômica não afetará o valor do presente para 36% dos entrevistados. Porém, 27% planejam gastar menos do que no ano passado, 23% ainda não sabem e 14% querem presentear o pai com algo mais caro.

De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, as datas comemorativas são uma oportunidade para fomentar o comércio, ainda que em menor proporção do que em anos anteriores. “No atual cenário brasileiro, com juros em alta constante, inflação e desemprego em ascensão, associado à desconfiança política, o consumidor está contendo cada vez mais o consumo. Verificamos redução na intenção de compras ou no valor do ticket médio nas demais datas comemorativas que já passaram, como o Dia das Mães, Páscoa e Dia dos Namorados. O Dia dos Pais segue a tendência de redução dos gastos e por isso os empresários precisarão ser mais criativos na hora de vender e oferecer boas promoções aos clientes”, avalia.

Sapatos e roupas são a preferência dos filhos, com 68% das respostas. Também foram citados livros e outros materiais de livrarias (11%), aparelhos eletrônicos, como tablets e celulares (7%), dinheiro para que o presenteado escolha algo de sua preferência (7%), artigos de pesca (4%), além de viagens e cestas matinais (2%).

Quanto à forma de pagamento, 48% dos paranaenses preferem não se endividar e vão comprar à vista. No ano passado, os que optaram pelo pagamento à vista chegavam a 68%. O parcelamento no cartão de crédito será a opção de 30%, enquanto no último Dia dos Pais essa modalidade de pagamento foi escolhida por 13%. O cartão de crédito no modo rotativo, em que a compra será paga somente no vencimento, é mencionado por 19% dos consumidores neste ano ante 24% em 2014.

Metodologia
Foram ouvidos 300 consumidores de Curitiba e Região Metropolitana, entre os dias 10 e 24 de julho.

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Vendas do comércio em junho tiveram queda de 8%

O volume de vendas do comércio de Curitiba durante o mês de junho último apresentou, em média, a queda de 8% em relação a maio, com um índice de elevação de 300%. A queda significativa tem como causas principais o aumento de preços, os juros altos, a inadimplência e a diminuição do poder de compra das famílias.

A maioria dos 200 comerciantes (62%) ouvidos pelo Instituto Datacenso registrou movimento inferior em relação ao mesmo período de 2014, confirmando a retração econômica dos últimos meses. No entanto, quase a metade (42%) dos comerciantes espera a melhoria das vendas em julho, ou pelo menos a manutenção do índice do mês anterior.

A queda mais significativa em junho foi verificada no setor de comercialização de veículos automotivos e reparação, cosméticos e perfumaria, jóias/relógios e vestuário. Os segmentos que apresentaram movimento positivo (4%) foram os de móveis e eletros, artigos esportivos e farmácias

O consumidor que foi às compras em junho (77%) preferiu utilizar o cartão de crédito na modalidade a prazo (58%) e à vista (21%).

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Varejo paranaense tem leve melhora em maio, mas acumula perdas de 3,42%

A Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR) mostra que o varejo paranaense teve queda de -3,42% nas vendas no acumulado de janeiro a maio. Na comparação de maio com abril, houve pequena melhora, com alta de 3,17%. No entanto, em relação ao mesmo mês de 2014, verifica-se redução de -8,17%.

A pesquisa também revela que os empresários têm diminuído a formação de estoques. No acumulado do ano, as compras foram -3,52% inferiores às do mesmo período do ano passado e, são ainda menores (-11,69%) ante maio de 2014.

Com a queda nas vendas, o nível de emprego já começou a cair. No período de janeiro a maio, o comércio paranaense teve cortes de -1,88% no quadro funcional e na comparação com maio do ano passado, houve diminuição de -3,67%.

De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR, Darci Piana, a crise política e econômica tem afetado a percepção tanto dos empresários quanto dos consumidores. “De um lado, temos o declínio na intenção de compras das famílias, que retêm o consumo por causa da inflação e pelo receio de eventuais demissões. Por outro lado, os empresários veem o movimento de suas lojas cair e por isso acabam freando investimentos e reduzindo estoques”, analisa. Segundo o dirigente, endividamento das famílias e a inadimplência completam o cenário pouco favorável para o comércio.

Os piores indicadores no período são observados pelas concessionárias de veículos (-24,29%), autopeças (-14,03%), calçados (-11,43%) e vestuário e tecidos (-6,21%). Por outro lado, vêm mantendo crescimento as livrarias e papelarias (11,56%), supermercados (8,04%), combustíveis (5,84%), farmácias (5,79%) e lojas departamentos (4,81%). Na variação interanual, os números de maio deste ano são piores do que no mesmo mês de 2014. Tiveram crescimento apenas as livrarias e papelarias (10,06%), supermercados (9,27%) e combustíveis (4,42%).

Dados regionais
Os dados regionais são negativos em todas as regiões pesquisadas no acumulado do ano. A maior redução no faturamento foi apresentada por Ponta Grossa (-8,06%), seguida pelo Sudoeste (-5,81%), Londrina (-3,68%), Curitiba e Região Metropolitana (-3,28%), Oeste (-3,23%) e Maringá (-2,76%).

Frente ao mesmo mês de 2014, maio apresentou retração considerável em todas as regiões, sobretudo para Ponta Grossa (-12,83%), Sudoeste (-12,33%), Londrina (-10,8%), Oeste (-9,36%), Curitiba e Região Metropolitana (-7,11%) e Maringá (-4,65%).

Acesse os dados completos:

· Paraná

· Curitiba e Região Metropolitana

· Maringá

· Londrina

· Oeste

· Ponta Grossa

· Sudoeste

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Indústria do Paraná vende mais em maio, mas não consegue superar média negativa do ano

O mês de maio é, tradicionalmente, o mais representativo para as vendas industriais paranaenses. Neste ano, porém, o desempenho foi abaixo do mês de março, com crescimento de 3,4% contra 22,8% de março. No acumulado do ano, a retração chega a – 8,1%. É a terceira maior queda desde 1992 – quando o departamento Econômico da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) deu início à publicação mensal de indicadores conjunturais – atrás apenas de 2003 (-12,1%), e 1998 (-8,6%).

Material Eletrônico e de Comunicações (-26%), Veículos Automotores (-21,1%) e Móveis e Indústrias Diversas (-13,6) foram os setores com os piores desempenhos nos cinco primeiros meses de 2015, em comparação ao mesmo período de 2014.

De acordo com o coordenador do departamento Econômico da Fiep, Maurilio Schmitt, o desempenho da indústria do Paraná tem sido mantido por conta da boa safra – que tem promovido a recuperação das vendas de Alimentos e Bebidas, embora ainda negativas (-5,5%). As exportações industriais também vêm aumentando a cada mês – 13,7% em maio. “Estas exportações estão mais concentradas nos setores de Celulose e Papel (31,6%) e Madeira (33,2%), que dependem de insumos nacionais e que, pela variação cambial, voltaram a assumir vantagem competitiva no mercado internacional”, explicou Schmitt. Ainda de acordo com o economista, o câmbio tem incentivado indústrias de outros setores a exportarem. “Em maio contra abril, Vestuário aumentou as exportações em 282%; Borracha e Plástico 99,2%; Móveis e Indústrias Diversas 92,7% e Refino de Petróleo e Produção de Álcool 50,7%”, disse.

Os setores que tiveram os melhores desempenhos em vendas em relação ao mesmo período de 2014 foram Madeira (12,1%), Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos (11,2%), Vestuário (2,8%) e Têxteis (0,7%). Todos os outros 14 itens – dos 18 pesquisados pela Fiep – tiveram decréscimo nas vendas, no período.

No comparativo com abril, maio apresentou quedas expressivas na compra de insumos em alguns setores. Máquinas e Equipamentos (- 14,7%) e Veículos Automotores (-17,9%) são os exemplos de maior impacto – este último, influenciado pela queda de demanda, greve e por acordos denominados de lay-off, que significam a suspensão de contrato de trabalho entre dois e cinco meses. No total, a indústria comprou menos nestes cinco primeiros meses em comparação ao mesmo período de 2014 (-15%). O nível de emprego também teve redução (-4,5%) no período.

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Comércio curitibano continua em queda

O volume de vendas do comércio curitibano no mês de maio apresentou, em média, queda de 2% em relação ao movimento registrado em abril. O dado foi apurado pela sondagem conjuntural ACP/Datacenso, realizada entre os dias 1 e 3 do corrente com 200 comerciantes micro, pequenos, médios e grandes.

A queda considerada significativa foi puxada pelo aumento dos preços, altas taxas de juros, inadimplência e queda do poder aquisitivo das famílias. Apenas os setores de calçados e vestuário tiveram desempenho positivo em maio, com déficits de vendas nos demais como supermercados, artigos esportivos, joalherias/relojoarias/bijuterias, cosméticos/perfumaria e chocolates.

Para 67% dos comerciantes entrevistados pelo Instituto Datacenso, o vilão de maio foi a inflação, ao passo que a estagnação do mercado, a proximidade das vendas da Páscoa e a falta de dinheiro por parte dos consumidores foram citadas pelos demais empresários.

Na comparação das vendas de 2015 e 2014, quase a metade dos comerciantes teve desempenho inferior como reflexo direto da atual conjuntura econômica, com crescimento negativo de sete pontos percentuais entre um ano e outro.

A expectativa dos comerciantes para o mês de junho é que o resultado médio seja o mesmo apurado em maio (2%), com vendas superiores para 36%, iguais para 51% e inferiores para 12%. As vendas em maior volume são esperadas para os setores de chocolates (12%), supermercados (5%), artigos esportivos (2%) e vestuário (2%).

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Cafetec em Curitiba: palestra do Gartner trata de estratégia de vendas

René Ribas, do Gartner, fala a empresários de TI de Curitiba sobre estratégia de vendas. A palestra foi no Cafetec, promovido pelo Sebrae, para empresas que participam do Programa de Tecnologia da Informação do APL de Software de Curitiba. Acompanhe reportagem do programa de tv Valor Agregado.

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