10 Tendências para o Varejo em 2016

As perspectivas para 2016 não são das melhores em quase todos os setores da economia. Inflação e taxa de desemprego em alta afetam diretamente o setor varejista. De acordo com a coordenadora do Laboratório de Varejo da Universidade Positivo (UP), Fabíola Paes, o setor precisa pensar em novas estratégias para poder atrair e engajar o público. “O principal efeito da crise é no comportamento do consumidor, que fica mais seletivo. Por isso, é preciso minimizar os efeitos da crise econômica e ajudar o cliente a comprar o melhor e da melhor forma”, explica.

As principais tendências para o varejo em 2016 foram apresentadas na Pós NRF, evento promovido pela Posigraf, na última semana, em Curitiba (PR). O encontro trouxe um resumo do que foi exposto na última NRF Retail’s Big Show 2016, maior evento mundial do varejo, realizado em Nova Iorque. Confira as principais tendências para este ano:

1. Globalização

Cada vez mais o varejo é internacional. Em 2013, 15 das 250 maiores varejistas do mundo estavam presentes no Brasil. Já em 2016, o número deve subir para 33. Ou seja, em dois anos, a presença de marcas internacionais no território nacional subiu – e esse é o maior sinal da globalização. Mesmo que o mercado de um país para outro seja diferente, as marcas precisam se adaptar à cultura local para aumentar a presença global.

2. Experiência

A geração Y, também conhecida como millennials, é a geração da experiência. Os jovens nascidos na década de 80 valorizam mais a experiência e felicidade do que a posse de “coisas”. Uma pesquisa da JC Penney mostra que 100% deles usam a internet para buscar informações antes da compra, mas que 75% consideram a loja física a principal experiência com a marca. Por isso, é necessário que o posicionamento esteja focado no estilo de vida e não mais nas categorias tradicionais.

3. Eficiência e Produtividade

A produtividade do brasileiro está bem abaixo da média mundial. Para se ter uma ideia, são necessários quatro trabalhadores para conseguir a mesma produtividade de um norte-americano. Os processos e estratégias do varejo não são das mais eficazes. “O que não se mede, não se gerencia” – a famosa frase de William Edwards Deming define bem o que é necessário fazer: planejar e medir a eficiência do quadro de trabalho no Brasil.

4. Internet das Coisas

Relógios, geladeiras, carros e óculos inteligentes. Acessórios até então simples, mas com o objetivo de se conectar a internet. A “Internet das Coisas” está cada vez mais presente no dia a dia e surge para complementar o mundo físico e integrar com o digital. Entretanto, para muitos casos, ainda é preciso inovar, para tornar o produto mais “usável”.

5. Zero Atrito

Cada vez mais simplificar o relacionamento e zerar o atrito existente entre marca e cliente é necessário para que o consumidor tenha a melhor experiência com a marca. Hoje em dia, a internet é a maior aliada pois, por meio do digital, é possível dar informações em tempo real para o público. Muitas vezes, o cliente espera o vendedor voltar com uma informação ou produto – e é justamente durante esse pequeno período em que ele analisa se a compra é realmente necessária. Esse é um dos maiores atritos, por isso, é preciso pensar em estratégias e até mesmo no uso da tecnologia para diminuir esse impacto.

6. Colaboração

Em um ano desafiador para todos os setores da economia brasileira, o varejo precisa do engajamento dos colaboradores e de todos os envolvidos no processo para somar forças e se manter forte.

7. Omnichannel

O mundo digital está cada vez mais presente no dia a dia, transformando e impactando a forma de se relacionar. Segundo pesquisa feita pelo Google, no Brasil, 86% das pessoas fazem pesquisas de compras pelo smartphone. Ou seja, o digital cria oportunidades, mas também traz grandes desafios para o varejo. O novo conceito omnichannel, advindo do multicanal, provoca o setor a pensar estratégias para gerar vantagem competitiva, alta performance e inovação nos negócios.

8. Repensar Loja Física

As lojas precisam se reinventar para se adaptar ao estilo de vida, principalmente dos millennials, que buscam experiências de compras – e não apenas um produto. É preciso alinhar o mundo físico com o digital para estimular o desejo do consumidor.

9. Big Data

Com tantas mudanças, é preciso, mais do que nunca, obter dados para gerar informação relevante para a empresa. Além disso, é essencial saber o propósito, para ser efetivo nas ações.

10. Propósito e Cultura

Para sobreviver, a empresa precisa ter uma razão de existir, para motivar e engajar o público, que está cada vez mais preocupado com alguma “causa”. É preciso pensar fora da caixa, mas com a cabeça do cliente.

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Hackathon Curitiba 2015: inscrições terminam nesta sexta

Os interessados em participar do Hackathon Curitiba, que acontece nos dias 27, 28 e 29 de novembro, na Universidade Positivo, podem fazer a inscrição até sexta-feira (20), pelo site http://hackathon.curitiba.pr.gov.br. Organizado pela Prefeitura de Curitiba, Sebrae-PR e Universidade Positivo, a segunda edição do Hackathon é voltada para o empreendedorismo cívico, ou seja, para o desenvolvimento de soluções tecnológicas que aliem o espírito empreendedor dos participantes aos conceitos de uma cidade mais humana e inteligente.

Para Fabiola Paes, coordenadora do Laboratório de Varejo da Universidade Positivo, o ganho será tanto dos participantes como do município. “O objetivo do evento é resolver problemas reais da cidade, por meio de inovação colaborativa. Com isso, os participantes têm a chance de implementar projetos para um público de 1,8 milhão de pessoas e Curitiba ganha com a solução de questões e melhorias para seus cidadão”, analisa.

Os participantes vão trabalhar – em grupos de três a cinco pessoas, – durante mais de 30 horas, em temas propostos pelas diversas secretarias e órgãos da Prefeitura e por grupos que promovem o ativismo social em Curitiba. A relação dos temas, chamada de wishlist, será divulgada aos participantes na manhã do dia 28, no início da maratona de programação.

A abertura oficial do evento acontece no dia 27, às 19 horas, com o prefeito Gustavo Fruet, seguida de painéis sobre smart cities, branding city, o case da “Prefs” em mídias sociais, oportunidades em inovação e empreendedorismo cívico. Além disso, haverá um debate sobre democracia participativa, mediado pelo jornalista Rhodrigo Deda, e o lançamento de dois aplicativos que usam bases de dados da Prefeitura de Curitiba. “O Hackathon atende aos princípios do programa Curitiba Cidade Inteligente, que busca transformar realidades na cidade usando intensivamente as tecnologias da informação e comunicação”, afirma o secretário da Informação e Tecnologia, Paulo Miranda.

Um dos grandes diferenciais deste Hackathon está na disponibilização, pela Prefeitura, das bases de dados do Município. A iniciativa faz parte da Política de Dados Abertos, adotada oficialmente pela administração municipal em outubro de 2014 – quando foi publicado o decreto que estabelece parâmetros para que dados de órgãos públicos municipais sejam colocados à disposição da sociedade de maneira cada vez mais acessível. “Ter uma meta real e questões pontuais é algo que, com certeza, motivará os participantes do Hackathon. Esse é o grande diferencial do evento que tem um foco cívico”, complementa Fabiola Paes.

A lista das equipes selecionadas será divulgada até 23 de novembro, no site do evento (http://hackathon.curitiba.pr.gov.br). Além da orientação referente ao processo de inscrições, o site também reúne informações sobre as etapas, o cronograma e as regras do evento.

Pontuação “extra”

Para estimular a multidisciplinaridade, as equipes compostas por universitários ou profissionais de mais de uma área do conhecimento receberão pontuação adicional. Além disso, durante o Hackathon serão propostos desafios que também poderão render pontos “extras” aos competidores.

De acordo com Ana Paula Guzela Bertolin, assessora de projetos na Secretaria de Informação e Tecnologia (SIT), o evento é voltado para startups, porém universitários e profissionais graduados também podem se inscrever. “Inclusive pessoas que não tenham uma equipe formada poderão fazer parte e serão integradas aos grupos, que deverão ter de três a cinco pessoas”, explica.

Os juízes da competição serão indicados pelos organizadores e patrocinadores do evento. Ana Paula explica que a metodologia do Hackathon será baseada no conceito de “gamificação”, ou seja, irá se valer de técnicas comuns ao design de jogos para favorecer o engajamento cooperativo e competitivo por meio de incentivos como pontuação, bônus ou premiações.

A pontuação das equipes ocorrerá de acordo com critérios de qualidade técnica e viabilidade, além do atendimento às necessidades apresentadas na wishlist. As soluções vencedoras devem ser aquelas que obtiverem o maior número de pontos ao fim do evento.

Entre as premiações para os vencedores estão uma vaga no Epifania, programa de aceleração de startups do Sebrae-PR e a apresentação dos três melhores casos no IV Fórum Internacional iCities, além de outros prêmios a serem divulgados.

Primeira edição

A primeira edição do Hackathon Curitiba reuniu cerca de 130 competidores que realizaram, no conjunto, mais de 3 mil horas de programação, o que fez com que o evento se tornasse o maior do gênero no Sul do Brasil e um dos três mais importantes do país.

O estudante de Administração de Empresas e participante da última edição do Hackathon Curitiba, Reginaldo Pacheco, destacou o poder de relacionamento de eventos como esse: “vimos seis projetos maravilhosos que emergiram da rede. Tenho certeza que, com o potencial de cada um e com as conexões sendo criadas e ficando cada vez mais fortes, esse movimento de startups vai impactar o mundo, muito além do cenário econômico. Todo esse movimento é capaz de promover uma mudança na estrutura como a gente acaba se relacionando, gerando um impacto social muito grande”.

A coordenadora regional de Startups do Sebrae/PR, Marielle Rieping, salienta que faz parte da estratégia da entidade fomentar a criação e desenvolvimento de empresas inovadoras e de alto potencial. “Já participamos da organização e realização da edição anterior, que despontou grandes iniciativas. A parceria se solidifica, pois, além da realização, vamos contribuir com as oficinas de Canvas e Businnes para os competidores, além da premiação com mentoria e capacitação do Sebrae/PR, para dar continuidade ao desenvolvimento e criação dos projetos vencedores, contribuindo para o fortalecimento de ecossistema de startups em Curitiba, que está em plena expansão.”

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