Pesquisa da FreteBras revela que 59% dos caminhoneiros apoiam as paralisações do transporte rodoviário de cargas

Uma pesquisa realizada ontem, 21 de outubro, pela FreteBras, maior plataforma online de transporte de cargas da América do Sul, com 2.023 caminhoneiros da sua base de cadastrados, aponta que 59% dos entrevistados apoiam as paralisações do transporte rodoviário de cargas, marcada para novembro. Em pesquisa similar realizada em setembro, com 1.600 respondentes, a porcentagem de profissionais que demonstrava apoio ao movimento era ligeiramente maior, chegando a 63%.

Ao serem questionados sobre o interesse em aderir às paralisações, 54% dos respondentes se mostraram a favor. Na pesquisa realizada em setembro, apenas 45% responderam que iriam parar os seus trabalhos.

O estudo identificou a possibilidade de adesão dos caminhoneiros nas diferentes regiões do Brasil. No Nordeste, 61% dos respondentes afirmam que vão parar as atividades. No Norte, 56% são também a favor e no Sudeste, este número é de 55%. Já no Centro-oeste, a maioria (55%) afirma o contrário, que não vão participar das paralisações. Na região Sul, as opiniões estão divididas: 51% afirmam que não vão aderir e 49% dizem que participarão.

Onde a greve encontra mais resistência

Entre os estados onde foi registrado o menor interesse em participar da greve, o Mato Grosso do Sul se destaca, já que 65% dos respondentes afirmam que não apoiam o movimento.

Em Goiás, são 54% os que afirmaram ser contra a paralisação, enquanto no Mato Grosso, este número é de 53%. Já no Paraná, no Distrito Federal e em Santa Catarina, 52% dos caminhoneiros dizem não ser favoráveis à greve.

No Rio de Janeiro, as opiniões estão divididas: 51% afirmam que não vão aderir ao movimento e 49% dizem que vão parar as atividades.

“Nós sabemos o quanto a alta do diesel impacta o trabalho dos caminhoneiros e estamos comprometidos a ajudar os motoristas a melhorar o faturamento. Por isso, lançamos a nossa calculadora de custos, que ajuda eles a analisarem as despesas antes de negociar o frete e brigar por preços melhores. Com esse conhecimento em mãos, esperamos que os caminhoneiros consigam minimizar o impacto dos aumentos sucessivos no valor do diesel”, afirma Bruno Hacad, Diretor de Operações da FreteBras.

Maioria da aderência à greve é destaque, principalmente, no Nordeste

Dos estados do Nordeste onde foi registrada maioria de respondentes com intenção de aderir à greve, se destacam o Ceará, já que 65% dos caminhoneiros foram favoráveis ao movimento e Pernambuco, com 61% de apoiadores. No estado baiano, 60% dos caminhoneiros afirmam que vão deixar de trabalhar em novembro e na Paraíba, este número cai para 53%.

Em São Paulo, 57% afirmam que vão aderir à greve. No Espírito Santo e Rio Grande do Sul, 55% dos caminhoneiros dizem ser a favor da paralisação. Em Minas Gerais, os apoiadoras são também maioria, com 54%.

No Pará, 63% dos respondentes da pesquisa disseram que pretendem parar de realizar suas atividades durante a greve de 1º de novembro.

Metodologia

O estudo foi realizado de forma anônima, no dia 21 de outubro de 2021, por meio de um questionário online com 2.023 respondentes. Eles ficaram divididos entre: 48% do Sudeste, 27% do Sul, 14% do Nordeste, 9% do Centro-Oeste e 2% do Norte. O estudo não representa a opinião da FreteBras sobre as movimentações.

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