Como indústrias no Paraná avançam para garantir as melhores práticas sustentáveis

Segundo dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) o Brasil recicla apenas 2,1% do total de resíduos coletados, percentual que se mantém há pelo menos 3 anos. Um dos motivos que dificulta esse avanço é o baixo índice de brasileiros com acesso à coleta seletiva: apenas 41,4% da população. Já de acordo com o Waste Atlas, a taxa de reciclagem no Brasil é de apenas 3%, sendo o alumínio o material mais reciclado (97, 9%) e embalagens cartonadas as com menores índices, (26,6%).


Na região Sul do País, essa realidade é um pouco melhor. Dados do Índice de Sustentabilidade da Limpeza Urbana (ISLU), elaborado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), revelam que 88,57% dos resíduos na região tem destinação correta, com 73% de cobertura do serviço e 78,45% em arrecadação específica, mas de todo esse material apenas uma parcela ainda pequena de 7,82% chega ao fim do processo de reciclagem.


Para auxiliar e melhorar o índice de reciclagem no Brasil, algumas empresas têm assumido compromissos com a sustentabilidade. Há anos, a Leão Alimentos e Bebidas, por exemplo, trabalha para alcançar o aterro zero, enviando 100% dos resíduos gerados no seu processo produtivo como (plásticos, papeis, papelões, orgânicos, entre outros)para reciclagem ou compostagem. O índice atual está em 98,94%.


Além das boas práticas de gestão de resíduos dentro das suas unidades produtivas a Leão, também segue investindo no aprimoramento das suas tecnologias e desta forma, fez uma troca de tecnologia em uma das suas linhas de produção, permitindo reduzir a utilização de aproximadamente 4 toneladas ano de plásticos em seus produtos. Hoje temos uma parte do portfólio que já está sendo produzido sem a presença do plástico celofane em volta das caixinhas.


“Partindo de um entendimento de corresponsabilidade, na Leão as diretrizes decorrentes do que hoje se convencionou chamar de ESG, são consideradas transversais à dinâmica do próprio negócio e devem estar intrínsecas em nossos valores”, afirma Fabiano Rangel, Head de Desenvolvimento Organizacional e Institucional da Leão Alimentos e Bebidas.


Para a Leão, o estímulo contínuo e de evolução no desenvolvimento de práticas sustentáveis no campo é essencial, visto que 100% da matéria prima utilizada é agrícola. Além disso, o processo industrial é de baixa intensidade energética. “Nos preocupamos com todos os recursos, e hoje a indústria é eficiente em termos de consumo de recursos hídricos, possibilitando um produto natural e dotado de sabores, aromas e funcionalidades na sua essência”, reforça Rangel.

A unidade fabril em Fazenda Rio Grande, no Paraná, foi a primeira no Brasil a receber a certificação LEED (Leadership in Energy and Environmental Design), por ser considerada na construção, em 2012, como uma “fábrica verde” – a primeira do Sistema Coca-Cola na América Latina. Esta modalidade de arquitetura permite iluminação natural, e/ou mais eficiente, sistemas de ventilação naturais, captação e aproveitamento de água das chuvas, entre outras boas práticas de redução de impactos ambientais de uma indústria.


A produção do Chá Matte também está alinhada com a colaboração local e com o meio ambiente. Ela começa com a plantação e colheita da erva-mate feitas pelos chamados ervateiros. Ao adquirir a matéria-prima diretamente deles, a Leão privilegia a agricultura familiar e o estímulo às pequenas indústrias no sul do País. Vale ressaltar que a erva tem baixo ou zero impacto ambiental o que contribui para o desenvolvimento região paranaense, onde as fábricas da Leão estão localizadas.


Quando plantada e manejada de forma adequada, ela pode seguir produtiva por mais de 40 anos e seu cultivo pode estar associado a estratégias de recuperação florestal, sequestro de carbono, revitalização e preservação de mananciais hídricos.


A Leão também se compromete com o uso responsável dos recursos hídricos. Em 2020, por exemplo, foi implementado um projeto de reuso de água, reduzindo em 100% o volume de lançamento de efluente, que hoje retorna para integralmente para a unidade como água de reuso para atendimento aos fluxos sanitários, irrigação de jardins e limpeza externa, reduzindo assim em 32% a demanda de água potável que antes era utilizada nestas situações.


“Assegurar o crescimento do negócio pautado em premissas que nos levem ao desenvolvimento sustentável, está nos valores da Leão. Afinal, nutrir esse olhar para com um futuro melhor é essencial. Quando as empresas mapeiam os seus impactos ambientais, agem sobre eles e comunicam com transparência, assumem compromissos de melhoria contínua e ainda, exercem um papel educativo junto as demais empresas e seus consumidores”, complementa Rangel.

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