Recursos de bioinformática e inteligência artificial auxiliam em decisões em programa de melhoramento genético de cultivares de algodão, soja e milho

Adotar metodologias são importantes para coletar, filtrar e cruzar dados e imagens, o que nos auxilia na tomada de decisão do melhoramento genético de plantas

Cada vez mais, a tecnologia está presente nos diversos setores da economia. No agronegócio, não é diferente. Programas de melhoramento genético já contam com recursos capazes de agilizar os processos, padronizar resultados e auxiliar os pesquisadores nas análises genéticas de plantas.

De acordo com Daniel Longhi Fernandes Pedro (Pesquisador Associado), TMG – Tropical Melhoramento & Genética – empresa brasileira de soluções genéticas para algodão, soja e milho, que busca trazer inovação ao campo, “a bioinformática é um facilitador no tratamento de dados genômicos e nas identificações de potenciais alvos de edição genética, de seleção de materiais e no descobrimento de assinaturas genéticas, por exemplo. Além disso, por meio do uso de equipamentos e softwares sofisticados associados à inteligência artificial, os dados que geramos, armazenamos, filtramos e cruzamos são insumos para estimar os comportamentos fenotípicos dos materiais de forma completamente virtual. É possível, ainda, resgatarmos por meio desses dados, amostras com as características de interesse que passam por modelos de predição e os melhores indivíduos são direcionados para hibridações e testes à campo”.

A companhia tem investido ao longo dos anos no desenvolvimento de tecnologias capazes de otimizar a coleta, o armazenamento e o tratamento desses dados nas diversas fases do seu Programa de Melhoramento Genético, que visa endereçar eficiência na obtenção de materiais com produtividade elevada e arquitetura moderna. “Quando nós temos à disposição um vasto banco de dados, com números, gráficos, informações detalhadas e imagens, é possível fazer comparativos e identificar similaridades e diferenças entre indivíduos com muito mais facilidade. Os pesquisadores conseguem, então, analisar com maior profundidade os resultados dos testes que estiverem fazendo e comparar com informações armazenadas previamente. Isso reduz a chance de equívocos e proporciona segurança nos resultados”, explica.

Para auxiliar na coleta, rastreabilidade e análise de dados, a TMG conta com ferramentas como drones, robôs, etiquetas “inteligentes” (RFID) e plataformas com IA (inteligência artificial) que possibilitam o cruzamento de informações (BI) para a tomada de decisões. “Essas são algumas das tecnologias que utilizamos atualmente para manter um Big Data cada vez mais robusto sobre as mais diversas características fenotípicas e genéticas das plantas, além de outros dados, com o intuito de contribuir com o desenvolvimento de cultivares produtivas e que atendam as demandas do campo”, reforça Pedro, que destaca ainda que a TMG é uma empresa multiplataforma e conta com um banco de germoplasma premium. “Por meio da biotecnologia, exploramos a todo momento o potencial desse banco”, completa.

Evento X-Meeting

Em junho deste ano, a TMG participou do X-Meeting, o principal encontro na área de Bioinformática e Biologia Computacional que ocorre anualmente no Brasil. Durante o encontro, que reuniu especialistas da área, a empresa pôde compartilhar com o setor sua expertise. “Foi uma oportunidade estratégica não apenas para compartilhar nossos avanços, mas para entender ainda com maior profundidade quais são as principais tendências tecnológicas, principalmente porque o agronegócio é um dos principais pilares da nossa economia e é necessário estarmos sempre antenados sobre como podemos contribuir para que o produtor tenha os resultados que espera em sua lavoura”, completa.

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 80% das empresas mundiais planejam diminuir o número de ferramentas de segurança cibernética que utilizam

Crescente necessidade de simplificação de ferramentas impulsiona novas soluções em nuvem e até 2026, as empresas esperam reduzir de uma média de 10 para três ou menos ferramentas

De acordo com o recente relatório ISG Provider Lens, o Brasil é considerado um local estratégico para o uso da tecnologia de nuvem e além disso, uma pesquisa iMonitor IT destaca um crescimento de 22,9% no mercado de TI e 11% das empresas do segmento registraram um crescimento acima de 50% ao longo do ano. Esse cenário positivo reflete a crescente demanda por soluções em nuvem e demonstra o potencial do setor no país.

Por outro lado a segurança é um desafio crescente devido às vulnerabilidades e erros de configuração que os hackers procuram explorar ao longo do ciclo de vida dos aplicativos. Para enfrentar esse problema, o setor adotou Plataformas de Proteção de Aplicativos Nativos da Nuvem (CNAPPs) para unificar diversas medidas de segurança e proteger os softwares desde o desenvolvimento até a implantação na nuvem.

De acordo com o Gartner, até 2026, 80% das empresas esperam simplificar suas ferramentas de segurança para aplicativos nativos de nuvem. Especificamente, eles reduzirão o número de ferramentas usadas para esse fim de uma média de 10 em 2022 para três ou menos. 

Para Marcos Nehme, Lider para a América Latina e Caribe, Prisma Cloud na Palo Alto Networks, essa consolidação de ferramentas de segurança pode trazer vários benefícios potenciais, como gerenciamento simplificado, integração aprimorada, redução de complexidade e potencialmente custos mais baixos. “De acordo com a pesquisa Cloud-Native Security da Palo Alto Networks, a frequência de implantação de aplicativos na nuvem aumentou 67% nos últimos doze meses, então unificar as ferramentas também pode indicar essa maturação do mercado de segurança nativa de nuvem, à medida que as organizações encontram soluções mais confiáveis e abrangentes que atendam às suas necessidades”.

Proteção abrangente na nuvem

Ainda de acordo com o Gartner, proteger o pipeline de entrega de software é tão importante quanto proteger o software em si. Pensando nisso, Palo Alto Networks, líder mundial em cibersegurança, apresentou um novo avanço na area de proteção de nuvem: o módulo CI/CD Security (Continuous Integration/Continuous Deployment), que consite numa solução integrada e garante segurança em todo o processo de desenvolvimento, implantação e manutenção de aplicativos. O recurso é parte integrante da plataforma CNAPP do Prisma Cloud, oferecendo uma abordagem contínua e automatizada para a segurança no pipeline de entrega de software.

A plataforma proporciona uma série de recursos essenciais para a segurança do código, incluindo varredura de segredos, análise de composição de software e infraestrutura, permitindo que as organizações otimizem a segurança em todas as etapas do desenvolvimento de software. A integração dessas funcionalidades oferece uma supervisão abrangente e holística, algo que seria difícil de alcançar com soluções isoladas.

A Integração Contínua (CI) é um processo em que os desenvolvedores trabalham em partes separadas do aplicativo e depois combinam o código para formar o aplicativo completo, verificando automaticamente se o código está funcionando corretamente. A Implantação Contínua (CD) é o momento em que o aplicativo é enviado para servidores ou dispositivos, tornando-o disponível para os usuários, com automação para garantir uma implantação rápida e livre de problemas. Ao implementar o módulo CI/CD Security, as organizações ganham confiança na eliminação de ameaças e vulnerabilidades antes que os aplicativos cheguem aos ambientes de produção.

Nir Rothenberg, diretor de segurança da informação da Rapyd, fintech israelense comentou que, desde que começaram a usar o módulo CI/CD Security do Prisma Cloud, têm conseguido ver todas as ferramentas de terceiros que usam para criar e implantar aplicativos na nuvem. “A ferramenta nos deu a confiança que buscavamos no mercado de que estamos eliminando ameaças e vulnerabilidades no código antes de chegar aos ambientes de produção”, completou Rothenberg.

De acordo com Nehme, as soluções de ultima geração da Palo Alto Networks garantem a proteção confiável e eficaz de funcionários, dispositivos, aplicativos e dados. “Com a plataforma (Prisma Cloud e seu módulo CI/CD), as organizações recebem uma abrangente solução em nuvem que auxilia a enfrentar os desafios da transformação digital, permitindo um nível mais elevado de segurança e confiabilidade em todo o ciclo de vida do desenvolvimento de software”, completa. 

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Mais de 3,8 mil vagas de estágio estão abertas no Paraná

Cerca de 29,7 mil estagiários já atuam no estado; de acordo com o CIEE/PR,71% desses contratos foram firmados somente no primeiro semestre deste ano

Estão abertas mais de 3,8 mil vagas de estágio em todo o Paraná pelo Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR). As áreas com mais oportunidades para os estudantes são Administração (nível superior e técnico), Pedagogia, Direito, Ciências Contábeis, Engenharia Civil, Marketing e Informática. Das vagas ofertadas, 1,9 mil são para Curitiba e região metropolitana.

Mais de 29,7 mil estagiários estão contratados em todo o estado, sendo que 71% (21,1 mil) desses contratos foram firmados no primeiro semestre deste ano. “Durante o estágio, os estudantes podem aplicar a teoria e os conceitos aprendidos em sala de aula na prática, desenvolvendo habilidades que são importantes em suas trajetórias profissionais. Para muitos, esse é o primeiro contato com o mundo do trabalho e a cultura das organizações, possibilitando o reforço do senso de responsabilidade com suas carreiras”, destaca a supervisora do Centro de Serviços Compartilhados do CIEE/PR, Ilsis Cristine da Silva.

O programa de estágio oferecido pelo CIEE/PR é voltado para jovens com mais de 16 anos e matriculados em instituições de ensino. O cadastro é feito no site do CIEE/PR, que direciona as oportunidades de acordo com o perfil dos candidatos. Os interessados ainda podem obter informações nas unidades do CIEE/PR em todo o estado.

A entidade reforça a importância de os estudantes manterem seus cadastros atualizados no portal para que a equipe possa entrar em contato e, assim, permitir que os candidatos agendem entrevistas para as vagas de seu interesse. 

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Guarapuava recebe seu primeiro hotel ibis no bairro Cidade dos Lagos

A rede de hotéis Accor inaugura a sua primeira unidade na região centro-oeste do Paraná, com o lançamento de uma nova propriedade da marca ibis no bairro planejado Cidade dos Lagos, em Guarapuava (PR). O novo e moderno hotel é ideal para quem viaja a trabalho ou lazer.

São 120 apartamentos e o hotel conta ainda com estacionamento gratuito, sala de eventos, lobby bar 24 horas e um restaurante, aberto todos os dias, e disponível para hospedes, moradores e visitantes, que passam pela cidade e precisam de alimentação.

O ibis Guarapuava está localizado na margem esquerda da primeira rotatória do Cidade dos Lagos. Fica a poucos metros do Shopping e do maior Centro de Eventos da região, além de ter fácil acesso ao Aeroporto de Guarapuava, centro comercial do município e principais pontos turísticos da cidade. “Estamos muito felizes de iniciar as operações deste hotel que chega para somar ao nosso portfólio, com um excelente custo benefício e experiência de nível internacional”, comenta Oliver Hick, COO da Accor no Brasil para as marcas Premium, Midscale & Economy.

Com três opções de acomodações, os quartos recebem casais, viajantes individuais, famílias e pessoas com deficiência, em ambientes acessíveis, confortáveis e climatizados, que possuem wi-fi, mesa de trabalho, TV a cabo, serviço de quarto 24 horas e vista panorâmica da área principal do Cidade dos Lagos. Além disso, os hóspedes poderão apreciar a beleza do pôr-do-sol da cidade, que é conhecido por impressionar com suas cores vibrantes.

A marca econômica ibis é referência em hotelaria, seja na qualidade de atendimento ou por sua estrutura moderna com design contemporâneo, e chega à Guarapuava em um momento de ascensão da cidade.

Para o gerente comercial, Roberto da Motta, o município precisa de um hotel como o ibis para atender as expectativas desse novo momento. “A nossa experiência global e padronização será com certeza de grande valor aos hóspedes que buscam quartos modernos, confortáveis, econômicos e com boa localização em Guarapuava”.

O gerente geral, Carlos Dell’Aglio, complementa que o hotel contribui com a economia municipal, através do fluxo de hóspedes e da geração de empregos aos guarapuavanos. “Mesmo antes de inaugurar já são cerca de 30 empregos diretos e mais de 40 indiretos, pois além da equipe que trabalhará no hotel teremos alguns serviços terceirizados como lavanderia e entregas que também vão fomentar a economia de Guarapuava”.

Estrategicamente localizada no centro-oeste do estado do Paraná, Guarapuava oferece conexões para hospedar clientes em eventos, shows, congressos, festividades, casamentos, formaturas, turismo, entre outros. Além disso, é uma cidade dormitório para público viajante e representantes comerciais.

“A nossa expectativa de público tanto para o hotel quanto para o restaurante é boa, estamos bem confiantes, mas contamos é claro com toda a divulgação dos guarapuavanos para que o ibis de Guarapuava seja um grande sucesso e se consolide na região”, enfatiza o gerente comercial.

As reservas e hospedagens já estão disponíveis presencialmente no balcão, por telefone ou online no site ALL.com.

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Romanha prevê crescimento de 15% em 2023

Indústria de alimentos paranaense foca em sell out, desenvolver região Centro-Oeste e ampliar negócios nas regiões Sudeste e Norte para aumentar seu faturamento

A Romanha Alimentos pretende crescer 15% em faturamento para 2023, focando na construção do sell out nas principais contas da indústria alimentícia sediada no Paraná.

A companhia, que cresceu 32% em 2022, tem ainda como objetivo estratégico ampliar sua rede de distribuidores no interior do Paraná e Santa Catarina, desenvolver a região Centro-Oeste e ampliar os negócios da marca em estados das regiões Sudeste e Norte do país.

Segundo Leonardo Arruda, diretor comercial da Romanha, parte da estratégia envolve explorar as ferramentas promocionais tradicionais e desenvolver os canais digitais.

Além disso, novos produtos serão lançados pela marca como parte da estratégia de atrair cada vez mais consumidores. “Queremos utilizar o CRM dos parceiros para conquistar novos consumidores, que serão impactados pelas ações desenvolvidas pelo nosso time de trade marketing. Nosso objetivo é tornar a Romanha ainda mais conhecida pelo público”, afirma.

Para o CEO da Romanha, César Kulpa, o crescimento ocorre em um momento de aprimoramento da empresa em todos os setores, abrindo novas perspectivas positivas para o futuro. “Estamos atualizando o posicionamento da marca, aperfeiçoando nossa gestão e olhando para novos mercados. Foi por isso, inclusive, que fizemos a aquisição da Sundhead Foods, possibilitando um leque de novas oportunidades de negócios”, destaca.

A Sundhed Foods, é uma empresa especializada em alimentos de base vegetal. Foi olhando para o cenário de redução do consumo de proteína animal e procura por alimentos plant-based, que a empresa investiu em uma linha com produtos sem glúten e com ingredientes de origem vegetal, expandindo seu nicho de mercado.

“Queremos que todos sintam o amor presente em nossos alimentos. Foi buscando a inclusão alimentar e também o alinhamento com o novo consumidor, que a Romanha fez este investimento e agora oferece pratos cheios de sabor para todos os tipos de dietas”, finaliza o CEO da marca.

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Brasil é uma potência agroambiental e precisa participar de maneira estratégica da transição energética global

Foto: Gerardo Lazzari

O Brasil é uma potência agroambiental e precisa participar de maneira estratégica da transição energética global. Essa foi uma das conclusões do painel Geopolítica e Governança do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, uma realização da Associação Brasileira do Agronegócio – ABAG, em parceria com a B3 – a bolsa do Brasil, que foi realizado nesta segunda-feira, dia 7 de agosto, e que contou com a participação de mais de 840 participantes no Sheraton WTC Hotel e mais de 4000 internautas que acompanharam a transmissão virtual.

“A transição para a economia verde não tem mais volta, mas, como qualquer mudança nessa magnitude vai haver retrocessos no meio do caminho. Não podemos deixar que isso nos iluda, são apenas freios de arrumação. Transitar para a economia verde é algo complexo, trabalhoso, com algumas medidas são mais drásticas e outras menos”, afirmou Roberto Azevedo (ex-diretor-geral da Organização Mundial do Comércio – OMC).

Em sua avaliação, as políticas ambientais redistribuem um custo na economia e necessariamente encarecem o parque produtivo e, para equalizar a situação com o mercado interno, pode haver um encarecimento do produto importado. Comentou também que não existe investimento no âmbito empresarial de países desenvolvidos que não se leve em conta as emissões de carbono. “Elas próprias se impuseram disciplinas e compromissos no quesito ambiental”, disse Azevedo.

Outro ponto importante trazido pelo Azevedo foi a importância de se ter uma visão integrada sobre essa transição para a economia verde, a fim de o país participar e ajudar na definição do marco regulatório global. “Precisa se entender quais os rumos que o mundo está seguindo para potencializar essa contribuição”, ponderou. 

Moderado também por Waack, o painel contou com as análises de Paulo Hartung (presidente-executivo da Indústria Brasileira de Árvores – IBA), que disse haver ameaças e oportunidades para o agro brasileiro. “A maior ameaça ao Brasil é questionar uma realidade que estamos vivendo no mundo. A emergência climática é um desafio que antecede a pandemia. Se olharmos a realidade, vamos montar um plano de voo que vai nos permitir não só enfrentar os desafios, mas há um mundo de oportunidades para o Brasil”.

Segundo Hartung, o Brasil tem uma matriz energética diferenciada em relação ao mundo, com sol e ventos constantes e experiência notável com biomassa em processo de evolução. “Há desafios sim, mas há uma série de oportunidades como terra passível de ser convertida para a produção de alimentos sem derrubar floresta nativa”.  A seu ver, há um arranjo novo no mundo que, junto com transição energética e emergência climática, traz desafios para o Brasil. “Precisamos ter um ativismo compatível com o tamanho das potencialidades do país, fazendo com que o mundo nos conheça pelo que somos”.

Para Francisco Turra (ex-ministro da Agricultura e presidente do Conselho Consultivo da Associação Brasileira de Proteína Animal – ABPA), o agro é a força no tabuleiro de xadrez no âmbito da geopolítica. “O mundo deveria olhar para o Brasil, um santuário na seara da produção alimentar. O Brasil vende mal e os atores envolvidos, entre eles o Congresso, precisam participar mais para fomentar os acordos bilaterais com o envolvimento de entidades e poderes e não tarefas individuais. Quando há falha, falhamos todos”, explicou Turra.

Segundo ele, “temos tudo para oferecer melhores imagens de produção de alimento, produção limpa de energia, de combustíveis como o biodiesel. O Brasil precisa mostrar condições incomparáveis, com responsabilidade ambiental e tenho certeza que, mudando narrativas, nos envolvendo mais, discutindo e vendendo mais vamos chegar a algum lugar com acordos multilaterais a condições mais justas”.

Governança e Perspectivas

A governança existe para dar confiabilidade e inovação e está intimamente conectada com a agenda de transparência. Para Grazielle Parenti (head de Business & Sustainability no Brasil e LATAM da Syngenta), focar em governança é dar transparência e visibilidade para construir credibilidade, mostrando o protagonismo do agro e como o setor é estratégico e sustentável. “Os critérios ambientais e sociais deverão ser os padrões do mercado e precisamos falar sobre agricultura tropical para aproximar a conversa do campo com a cidade”, ponderou, durante o painel Governança e Perspectivas do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio.

Nesse sentido, Ricardo Nishimura (presidente do Conselho de Administração da Jacto) destacou a importância da governança para harmonizar e equacionar questões fundamentais para o agro, a fim de criar um propósito de longo prazo e conseguir avançar. “Precisamos trazer esse alinhamento interno para estabelecer métricas e visualizar o que queremos. Inovação, produtividade, sustentabilidade e a rentabilidade do produtor são variáveis que caminham juntas, mas é preciso integrar agendas e falar sobre o Brasil como potência na produção de alimentos e o cuidado que o país tem com o meio ambiente”.

Paulo Sousa (presidente da Cargill) avaliou a urgência de uma visão voltada para investimentos constantes, um marco regulatório claro e previsibilidade em relação ao aprimoramento da infraestrutura. “Temos uma safra recorde, mas isso traz algumas preocupações como a falta de armazenagem e logística que nos mostram necessidades do setor “, reforçou. A seu ver, apesar da importância do setor para alimentar o mundo, o país precisa resolver o tema do desmatamento ilegal, que ferem a imagem do agro nacional em termos ambientais, que podem impor barreiras comerciais. “Temos o Código Florestal há 11 anos, mas ainda falamos em erradicar o desmatamento ilegal em 2030”.

Nishimura acrescentou ainda que é preciso combater ilegalidades, certamente, mas também é necessário avançar em governança de alto nível, como setor e governo. “Somos uma agricultura de milhares de pequenas e médias propriedades, por isso, elevar as boas práticas é fundamental, já que pressão vai aumentar”.

Para Parenti, essa narrativa pode ser alterada também com fatos, que comprovam a produtividade do agro brasileiro, com emissões de baixo carbono e aplicação de práticas regenerativas.  Em sua avaliação, o que tem sido feito com o Cadastro Ambiental Rural (CAR) em São Paulo deveria ser feito em todo o país, pois os cadastros avaliados dão transparência e segurança jurídica.

No encerramento do 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, presidente da ABAG, trouxe um balanço do evento, que retratou na parte da manhã a questão da competitividade, com um debate amplo sobre inovação em mercados e nas cadeias produtivas e, na parte da tarde, focou em governança como ponto fundamental para manter o posicionamento do setor no âmbito global. “O Brasil tem um desenvolvimento da ciência tropical, diferentemente de outros países que adaptaram a ciência temperada e não possuem a mesma competitividade.  Precisamos liderar a regulamentação do mercado de carbono, além da produção de alimentos e energia. Por isso, é importante desenhar uma visão com foco nesse objetivo”.

Homenagens ABAG

O Prêmio Ney Bittencourt de Araújo – Personalidade do Agronegócio foi entregue à José Luiz Tejon Megido, jornalista especialista em agronegócio, que recebeu a condecoração de Roberto Rodrigues, presidente da Academia Brasileira de Ciências Agronômicas (ABCA). “A nossa responsabilidade ao receber esse prêmio cresce quando percebemos que as realidades do agro brasileiro são muito maiores que a sua percepção. Se você não conquista corações, não chega ao cérebro. Pode haver as melhores razões científicas e fundamentadas, mas se não tocar o coração das pessoas, não há mensagem transmitida”, afirmou.

O pesquisador da Embrapa Miguel Ivan Lacerda de Oliveira recebeu o Prêmio Norman Borlaug – Sustentabilidade. “Quando ocupamos um cargo público, muitas vezes sacrificamos a nossa vida pessoal. Por trás desse sacrifício está a crença de que vamos fazer a diferença, que estamos construindo para o mundo algo melhor. É uma escolha sobre se doar, quase um ato de fé. A pequena diferença que faço é em conjunto com pessoas que acreditaram em mim e apoiaram”, afirmou. A homenagem foi entregue por Evandro Gussi, presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar – UNICA.

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Palestra em Joinville aborda práticas ESG e oportunidades de negócio entre Brasil e Alemanha

Evento gratuito é promovido pela AHK-PR e acontece em 15 de agosto, no auditório do Ágora Tech Park. Inscrições são pela internet

Você sabia que empresas que sabem implementar os princípios ESG têm resultados financeiros melhores? Um estudo da Humanizadas apontou que organizações que contam com tais práticas têm retorno financeiro 615% superior ao Ibovespa. Entender os conceitos de Environmental, Social and Governance (meio ambiente, social e governança) e saber aplicá-los, contudo, ainda gera muitas dúvidas.

Para esclarecer o assunto e dar orientações sobre práticas ESG, a Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha do Paraná (AHK-PR) promove uma palestra gratuita sobre o tema no dia 15 de agosto, em Joinville.

Além de abordar os significados e impactos, o evento também vai falar sobre áreas de conexão e políticas públicas da Alemanha que proporcionam oportunidades de negócios para empresários brasileiros com o país europeu.

O evento ocorre no auditório do Ágora Tech Park, no Perini Business Park, a partir das 16h. As inscrições devem ser feitas pela internet, no link https://forms.gle/rXnA8Y2SuXkcJAwX8.

“Será um momento muito enriquecedor e de troca entre empresas de Santa Catarina e também do Paraná. Os assuntos são muito atuais, de grande relevância, e impactam na vida dos empresários”, frisa Augusto Michells, gerente regional da AHK-PR e um dos palestrantes.

Os participantes também vão acompanhar as falas de Cris Baluta, CEO da Roadimex, head da Impacto+ e conselheira da Câmara, e da diretora técnica da Roadimex e também head da Impacto+, Rubia Moisa.

Assuntos são prioridade na AHK Paraná

Integrante da rede global de câmaras alemãs espalhadas pelo mundo, a AHK-PR trabalha com a promoção de intercâmbio de investimentos, comércios e serviços. Com cerca de 200 associados que convivem em um ambiente de conexões, networking, desenvolvimento profissional e cursos, a Câmara também oferece aos seus associados grupos de discussão sobre as possibilidades comerciais entre Brasil e Alemanha, assim como atua na organização de missões empresariais.

Palestra — Desmistificando o ESG e Desvendando as Políticas Públicas Alemãs e suas Conexões com o Brasil

Data: 15.08.2023

Horário: às 16h

Local: Auditório do Ágora Tech Park, no Perini Business Park, em Joinville (SC)

Mais informações e inscrições: https://forms.gle/rXnA8Y2SuXkcJAwX8

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Revendedoras do Paraná já podem realizar transferência eletrônica de veículos usados

A transferência de propriedade de veículos usados no estado do Paraná acaba de ficar mais simples, rápida e segura graças à implementação do Sistema Renave Usados. Desenvolvido pelo Serpro para a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o sistema será oficialmente adotado pelo Detran-PR nesta quarta, 2 de agosto, permitindo que revendedoras e concessionárias realizem a transferência de veículos de maneira completamente digital.

O funcionamento do Renave é simples: ao realizar a compra ou venda de um veículo, o estabelecimento faz a comunicação online da transação e verifica os dados nos sistemas nacionais e estaduais para verificar possíveis impedimentos, débitos ou restrições ao bem. A transferência é concluída com a emissão da nota fiscal eletrônica (NF-e) e a transferência de propriedade do veículo.

O grande diferencial do sistema é a completa digitalização do processo, o que garante rapidez e redução de custos. As transações são diretamente registradas nas bases de dados do Detran-PR e da Receita Federal do Brasil. Quando ocorre a transferência de propriedade de um veículo, o sistema valida automaticamente a nota fiscal eletrônica (NF-e) e encaminha a solicitação de transferência aos órgãos competentes.

Ganha o cliente, que vai poder de sair da loja com o veículo em seu nome, sem a necessidade de reconhecimento de firma ou uso de procurações por parte dos proprietários; e ganham as empresas, que incorporam segurança aos seus processos de aquisição de veículos usados. O sistema disponibiliza ainda outras funcionalidades para a gestão das revendedoras, como controle e livro eletrônico de estoque, de transferências e de movimentações de veículos entre lojistas.

“A implantação do sistema Renave Usados no Paraná traz mudanças na forma de comercialização de veículos usados. Com mais segurança e transparência entre comprador e vendedor, o termo de confirmação de transferência de propriedade materializa e traz segurança jurídica aos envolvidos. Ademais, assegura o gerenciamento de dados para uma maior organização nacional de registro de veículos em estoque, trazendo maior assertividade à gestão de estatísticas sobre veículos comercializados por meio do Renave”, comenta o diretor-presidente do Detran-PR, Adriano Furtado.

Adesão ao sistema

Vale ressaltar que a adesão ao Renave Usados é voltada apenas para as pessoas jurídicas que atuam no comércio de veículos. O sistema não é de uso obrigatório e sua contratação é voluntária. O Paraná é o nono estado a adotar esse sistema, seguindo o exemplo de Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Pernambuco, Sergipe e São Paulo.

“Temos a intenção de aumentar o número de adesões estaduais a essa ferramenta que tanto simplifica o processo de transferência veicular. É uma das prioridades dentro da agenda digital e regulatória da Secretaria Nacional de Trânsito”, destaca o secretário nacional de Transportes, Adrualdo Catão.

O estabelecimento comercial automotivo do Paraná que optar por aderir ao Renave Usados não precisa fazer cadastramento no Detran-PR, basta realizar o cadastro no Sistema Credencia, que autoriza automaticamente as empresas com o CNAE primário exigido para utilização dos serviços digitais da Senatran. Depois desse cadastramento, explica Lucélia Matsumoto, gerente de Digitalização de Serviços de Trânsito do Serpro, a empresa terá seus sistemas integrados, via API Serpro, às bases do Detran estadual e da Receita Federal.

Para se ter uma ideia do quanto a digitalização de processos pode economizar tempo e gastos, o estado do Paraná realizou, no ano passado, 787 mil transações de transferência de propriedade de veículos nas suas 563 concessionárias e revendedoras registradas. Todas essas operações poderão ser feitas agora com mais agilidade e segurança.

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Ecossistemas do Paraná se classificam para fase de validação do Prêmio Nacional de Inovação

Foto: Murilo Moser.

Sete ecossistemas de inovação do Paraná estão classificados para a fase de validação do Prêmio Nacional de Inovação (PNI) na categoria de ecossistemas de inovação, a maior premiação relacionada ao tema no País. Na oitava edição, promovida pelo Sebrae e pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Paraná se destacou em relação aos demais estados com 27 inscrições.

Os sete ecossistemas paranaenses selecionados são de regiões variadas do Estado, evidenciando a diversidade e o ambiente favorável em todos os territórios. Na categoria de Ecossistemas de Pequeno Porte, avançaram para a fase de validação os ecossistemas Vale do Sol, Campo Mourão e Pinhais. Na categoria de Ecossistema de Médio Porte, representam o Paraná os ecossistemas de Maringá e do Sudoeste. Na categoria de Grande Porte, competem Curitiba e Iguassu Valley.

O Prêmio Nacional de Inovação contabilizou um total de 111 inscrições. Para Michael Douglas Camilo, coordenador de Inovação do Sebrae/PR, o expressivo número de ecossistemas participantes é resultado direto de várias iniciativas focadas no incentivo à inovação em nível local.

“A finalidade do Prêmio é fomentar e celebrar esforços de inovação bem-sucedidos, focando principalmente em ecossistemas, como arranjos de atores e governanças que promovem a inovação na respectiva região. Ele também serve como uma ferramenta de autoavaliação para esses ecossistemas, permitindo que eles identifiquem o seu nível de maturidade e estabeleçam um plano de desenvolvimento para melhorias futuras”, disse Michael Douglas.

Ele afirmou que o apoio aos ecossistemas em todo o Paraná está alinhado com as metas estabelecidas pelo Sebrae/PR para o desenvolvimento de novos negócios e para posicionar o Estado como um importante polo de inovação no País.

“No processo de validação do Prêmio, uma banca de avaliação realiza uma entrevista por videochamada para confirmar o autodiagnóstico dos ecossistemas de inovação. Atualmente, estamos nesse estágio com sete ecossistemas do Paraná, que estão participando da entrevista para refinar e verificar suas informações, resultando na pontuação final da entrevista”, explicou.

Histórico 
No ano de 2022, o Sistema Regional de Inovação Iguassu Valley, localizado na região Oeste, teve posição de destaque no PNI, conquistando a primeira colocação na categoria Ecossistemas Consolidados. Além disso, o Sistema Regional de Inovação do Norte Pioneiro do Paraná triunfou como vencedor na categoria de Ecossistemas em estágio inicial.

Fonte: Sebrae/PR

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Empregotech 40+ abre inscrições para novos módulos de formação em TI em Curitiba

A partir de setembro, os participantes da primeira turma do Programa Empregotech 40+, iniciada em maio, começam a segunda fase de sua formação: os que já concluíram as aulas online da primeira etapa podem se inscrever para se aprofundarem no aprendizado de ferramentas de Tecnologia de Informação (TI).

As inscrições já estão abertas neste link, para os segundo módulo dos cursos de aplicações Java e Angular e de Microsoft Power Apps. Os cursos são gratuitos, on-line e em tempo real, com certificação.

“Um cidade inteligente e inovadora tem os pés no presente com os olhos no futuro. Com o Empregotech 40+, Curitiba investe na capacitação para o mercado de trabalho do futuro para aqueles que já contribuíram com suas competências profissionais em outras áreas e querem se manter conectados com as novas demandas do mercado de trabalho”, diz o presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, Dario Paixão.

Também podem se inscrever pessoas com conhecimentos prévios de TI que cumpram os pré-requisitos de cada curso (CLIQUE AQUI e confira quais são os pré-requisitos). 

As novas turmas dos cursos Introdução ao Microsoft Power Apps 2 e Desenvolvimento de aplicações em Java e Angular 2 estão previstas para começar na primeira quinzena de setembro. Cada um dos cursos tem carga horária e horários das aulas distintos.

O Empregotech 40+ é o programa de capacitação profissional da Prefeitura de Curitiba e do Vale do Pinhão, por meio da Agência Curitiba e em parceria com a Minsait/Indra, voltado para as pessoas com 40 anos ou mais que pensam em mudar de carreira,retornar ao mercado de trabalho ou, simplesmente, adquirir novos conhecimentos em TI.

Os cursos fazem parte do programa Digital Innovation Hub, da Minsait/Indra. 

Incentivo

A coordenadora do programa, gerenciado pela Agência Curitiba, Daniela Vitorio Del Puente, explica que a oferta de novos cursos é proporcionar uma capacitação qualificada para que os participantes estejam prontos para se candidatarem a vagas na área de TI.

“Desde o primeiro módulo, são cursos voltados às demandas do mercado. Queremos que os currículos dos nossos alunos se destaquem aos olhos de quem emprega. Esses novos cursos também servem de incentivo àqueles que ainda não concluíram a primeira certificação para retomar os estudos”, diz a coordenadora.

Durante os cursos, os participantes contam com capacitação guiada, treinamento em classes virtuais e presenciais, e avaliações.

Da lousa aos bits e bytes

Entre os participantes do Empregotech 40+ que vão seguir para o segundo está o licenciado em Matemática Elves Kleber Schweppe, 43 anos.

Ele se inscreveu para a primeira turma do programa porque estava em busca de formações gratuitas que destacassem seu currículo para sair da fila do desemprego; diz ter se encontrado na nova área, concluiu o primeiro curso e vai entusiasmado para o próximo módulo.

“O digital está em constante crescimento e cada vez mais será necessária a formação profissionais especializados. Estou animado para me aprofundar ainda mais. Além do interesse que descobri em TI, o curso é uma parceria do Vale do Pinhão com uma grande empresa, a Minsait/Indra, gente que sabe do que está falando”, fala o matemático. 

A dedicação de Schweppe tem como meta transitar para uma nova profissão, trocando a lousa pelos bits, bytes e linguagens da programação em uma área que permite o trabalho remoto, compatível com as demandas de cuidados com a família, em Pinhais.

Tempo recorde

O Empregotech 40+ “nasceu” há apenas cinco meses, com a parceria firmada entre a Prefeitura de Curitiba e o Vale do Pinhão, por meio da Agência Curitiba de Desenvolvimento e Inovação, com a Minsait/Indra durante o Smart City Expo Curitiba 2023, em março.

A Minsait é a empresa da Indra líder em transformação digital e Tecnologia da Informação. A Indra é uma das principais empresas globais de tecnologia e consultoria.

Daquele momento até o início das aulas, em 8/5, foram menos de três meses, tempo recorde na área pública, para ofertar mais um projeto que promove a empregabilidade aos curitibanos. LINK

Na primeira etapa do Empregotech 40+, em menos de 30 dias de inscrições, 600 pessoas se candidataram às vagas; 160 foram selecionadas.

Além do Empregotech 40+, a Prefeitura de Curitiba oferta também com o 1º Emprgotech, com cursos on-line para o desenvolvimento de softwares para jovens de 16 a 26 anos, na parceria do Vale do Pinhão, por meio da Agência Curitiba, com a Fundação de Ação Social (FAS) e a empresa Digital Innovation One, que oferta a plataforma em que os cursos são realizados.

Confira os novos cursos ofertados pelo Empregotech 40+, com início em setembro

Introdução ao Microsoft Power Apps 2 (online, em tempo real)

Inscrições abertas* neste link

Início: 16 de setembro

Período das aulas: 16/9 a 14/10 (aos sábados, das 8h às 12h)

Carga horária: 20h/aula

Pré-requisito: Ter concluído o curso Introdução ao Microsoft Power Apps 1 ou: noção de Aplicativos de tela do Power Apps, Apliativos baseados em modelo e ao Dataverse, personalização de aplicativo de tela no Power Apps, Criação de tabelas no Dataverse, Gerenciamento de aplicativos no Power Apps e configuração de forms, charts, dashoards in model-driven apps.

*Os interessados deverão responder um formulário de avaliação no momento da inscrição.

Desenvolvimento de aplicações em Java e Angular 2 (online, em tempor real)

Inscrições abertas,* neste link

Início: 11 de setembro

Período das aulas: 11/9/23 a 6/10/23 (segunda a sexta-feira, das 18h às 20h)

Carga Horária: 40h/aula

Pré-requisitos: Desenvolvimento de aplicações com Java e Angular 1 ou noções de GIT, MSQYL, Java, SpringBoot e Angular

*Os interessados deverão responder um formulário de avaliação no momento da inscrição.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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Setor de máquinas e equipamentos agrícolas deve crescer 22% até 2026 no Brasil

O setor nacional de máquinas e equipamentos agrícolas deve crescer 22% e registrar mais operações de fusões e aquisições (M&A) nos próximos três anos, segundo projeção realizada pela Redirection International, consultoria especializada em fusões e aquisições e desenvolvimento corporativo. O estudo, feito a partir de modelos econômicos e estatísticos desenvolvidos pela equipe econômica da empresa e com base em dados oficiais, aponta que as vendas do setor devem passar de 71 mil unidades em 2023 para 86,4 mil em 2026.

“O cenário da indústria agrícola para 2023 apresenta tendências positivas, com expectativa de recordes históricos na colheita de grãos, principalmente no Paraná e nas regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil. Além disso, há previsão de aumento no valor da produção e nos índices de confiança do agronegócio, o que vai impactar positivamente o mercado de máquinas e equipamentos nos próximos anos”, explica o economista Adam Patterson, sócio da Redirection International e um dos responsáveis pelo estudo.

O levantamento destaca que o crescimento da população e da demanda por alimentos, o aumento da rentabilidade e da inovação no campo, a escassez de mão-de-obra e a expansão da agricultura de precisão e da mecanização são os principais fatores que devem impulsionar o setor nos próximos anos. “O mercado de equipamentos agrícolas, tanto de fabricação quanto de locação, apresenta perspectivas bastante positivas no Brasil. Com o início do ciclo de redução na taxa de juros e previsão para mais reduções ainda neste ano, os investimentos em ativos fixos devem ser intensificados e, com isso, o mercado projeta um crescimento mais robusto, em torno de 10%, a partir do segundo semestre deste ano”, ressalta Adam Patterson.

Com as boas perspectivas para o agro de um modo geral, a tendência é que as atividades de fusões e aquisições no setor também sejam impactadas. De acordo com o e levantamento da Redirection, globalmente o volume transacionado de M&A no setor aumentou em 2022 e os múltiplos de valorização das empresas estão em alta. No Brasil, essa tendência também é observada no setor que, somente nos três primeiros meses deste ano já movimentou R$ 1 bilhão em transações, valor maior do que o registrado em todo o ano passado. As transações no agro registradas até abril de 2023 representam 3,8% do total de operações de M&A no país, enquanto no mesmo período de 2021 representava apenas 1,5% e, em 2022, 1,9%.

Já no segmento específico de máquinas e equipamentos agrícolas, observa-se que cada vez mais as grandes empresas nacionais estão investindo em M&A nos últimos anos. Entre as transações destacadas no estudo estão a aquisição da Tietê Veículos pela Vamos em abril e a compra da Agrofito Case pelo grupo norueguês Nors em janeiro deste ano. “É um mercado bastante fragmentado, com mais de 3 mil empresas atuando no Brasil, sendo que menos de 10% delas apresentam faturamento acima de R$ 50 milhões e 86,5% se concentram em apenas cinco estados brasileiros. Além disso, há o desejo de players globais e nacionais de ampliar rapidamente a participação neste mercado, o que deve acelerar as atividades de M&A nos próximos anos”, destaca Adam Patterson.

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Copom reduz a taxa Selic para 13,25% a.a.

O ambiente externo mostra-se incerto, com alguma desinflação sendo observada na margem, mas em um ambiente marcado por núcleos de inflação ainda elevados e resiliência nos mercados de trabalho de diversos países. Os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas.

Em relação ao cenário doméstico, o conjunto dos indicadores mais recentes de atividade econômica segue consistente com um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres. Não obstante o arrefecimento dos índices de inflação cheia ao consumidor, antecipa-se uma elevação da inflação acumulada em doze meses ao longo do segundo semestre. As medidas mais recentes de inflação subjacente apresentaram queda, mas ainda se situam acima da meta para a inflação. As expectativas de inflação para 2023, 2024 e 2025 apuradas pela pesquisa Focus recuaram e encontram-se em torno de 4,8%, 3,9% e 3,5%, respectivamente.

As projeções de inflação do Copom em seu cenário de referência* situam-se em 4,9% em 2023, 3,4% em 2024 e 3,0% em 2025. As projeções para a inflação de preços administrados são de 9,4% em 2023, 4,6% em 2024 e 3,5% em 2025.

O Comitê ressalta que, em seus cenários para a inflação, permanecem fatores de risco em ambas as direções. Entre os riscos de alta para o cenário inflacionário e as expectativas de inflação, destacam-se (i) uma maior persistência das pressões inflacionárias globais; e (ii) uma maior resiliência na inflação de serviços do que a projetada em função de um hiato do produto mais apertado. Entre os riscos de baixa, ressaltam-se (i) uma desaceleração da atividade econômica global mais acentuada do que a projetada, em particular em função de condições adversas no sistema financeiro global; e (ii) os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado.  

O Comitê avalia que a melhora do quadro inflacionário, refletindo em parte os impactos defasados da política monetária, aliada à queda das expectativas de inflação para prazos mais longos, após decisão recente do Conselho Monetário Nacional sobre a meta para a inflação, permitiram acumular a confiança necessária para iniciar um ciclo gradual de flexibilização monetária.

Considerando os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 13,25% a.a., e entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau menor, o de 2025. Sem prejuízo de seu objetivo fundamental de assegurar a estabilidade de preços, essa decisão também implica suavização das flutuações do nível de atividade econômica e fomento do pleno emprego.

O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas.

O Copom avaliou a alternativa de reduzir a taxa básica de juros para 13,50%, mas considerou ser apropriado adotar ritmo de queda de 0,50 ponto percentual nesta reunião em função da melhora do quadro inflacionário, reforçando, no entanto, o firme objetivo de manter uma política monetária contracionista para a reancoragem das expectativas e a convergência da inflação para a meta no horizonte relevante. A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária. Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos.

Votaram por uma redução de 0,50 ponto percentual os seguintes membros do Comitê: Roberto de Oliveira Campos Neto (presidente), Ailton de Aquino Santos, Carolina de Assis Barros, Gabriel Muricca Galípolo e Otávio Ribeiro Damaso.  Votaram por uma redução de 0,25 ponto percentual os seguintes membros: Diogo Abry Guillen, Fernanda Magalhães Rumenos Guardado, Maurício Costa de Moura e Renato Dias de Brito Gomes. 

* No cenário de referência, a trajetória para a taxa de juros é extraída da pesquisa Focus e a taxa de câmbio parte de USD/BRL 4,75, evoluindo segundo a paridade do poder de compra (PPC). O preço do petróleo segue aproximadamente a curva futura pelos próximos seis meses e passa a aumentar 2% ao ano posteriormente. Além disso, adota-se a hipótese de bandeira tarifária “verde” em dezembro de 2023, de 2024 e de 2025. O valor para o câmbio é obtido pelo procedimento usual de arredondar a cotação média da taxa de câmbio USD/BRL observada nos cinco dias úteis encerrados no último dia da semana anterior à da reunião do Copom.

Fonte: Banco Central

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