Equipe de robótica de Curitiba conquista vaga em campeonato mundial nos Estados Unidos

Foto: Luiz Costa/SMCS

A equipe de robótica Conectados, formada por estudantes da Escola Municipal Coronel Durival de Britto e Silva, no Cajuru, está entre as melhores de escolas públicas e privadas do País. Os estudantes conquistaram no último fim de semana (19 e 20 de março) o prêmio “Gracious Profissionalism”, durante a etapa nacional do Torneio de Robótica First Lego League (FLL), promovido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), em Brasília. A equipe também venceu o prêmio de melhor técnico, concedido à professora Anaí da Luz Rodrigues Santos pela condução dos competidores nos desafios e pesquisas. O “Gracious Profissionalism” reconhece a equipe que melhor incorpora a experiência do campeonato, participando de uma competição amigável.

O resultado classificou a equipe para a etapa mundial, que acontecerá nos dias 29 e 30 de abril, nos Estados Unidos. No período também acontecerão torneios na Austrália, Espanha e Filipinas. A equipe Cyber Rex, da Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag, no Cajuru, também disputou o torneio e venceu um desafio relâmpago lançado durante o campeonato sobre ações práticas e ideias inovadoras para combater o mosquito Aedes Aegypti. Com prêmio, a equipe ganhou um notebook. Os competidores chegaram de Brasília nesta segunda-feira (21) e foram recebidos com festa pelos familiares no Aeroporto Afonso Pena.

“Toda a rede municipal de ensino está orgulhosa dos estudantes e professores que divulgaram para o país a qualidade dos projetos de robótica desenvolvidos nas escolas e o talento, criatividade e determinação das nossas equipes”, disse a secretária municipal da Educação, Roberlayne Borges Roballo.

As duas escolas participaram do campeonato que reuniu as 77 melhores equipes de robótica do Brasil, formadas por 700 estudantes de escolas públicas e particulares. Apenas sete equipes foram de escolas públicas, duas delas de Curitiba.

A estudante Milena Teixeira, de 14 anos, diz que essa foi uma conquista muito especial para todos do grupo, pois é a primeira vez que o time consegue uma vaga para um torneio internacional. “É a realização de um sonho. Isso mostra o quanto o trabalho da equipe valeu a pena. Sinto-me honrada de representar a escola pública em uma competição tão desafiadora como o mundial de robótica”, disse.

Para a diretora da escola e também técnica da Conectados, Anaí da Luz Rodrigues Santos, o trabalho foi desafiador, mas superou as expectativas. “Nossas ações se concretizam no desempenho desses meninos e meninas que superam as expectativas dadas à participação das escolas públicas. Nossos alunos mostraram seu potencial da melhor forma e comprovam que investir na educação é de fato oferecer novos caminhos e condições favoráveis para o desenvolvimento pleno do cidadão”, disse.

Temporada

A etapa regional da competição teve como tema Trash Trek (caminhos do lixo), foi realizada em nove estados, com mais de 4 mil competidores de 500 escolas. Setenta e sete equipes formadas por estudantes de 9 a 16 anos garantiram vaga na fase nacional, em Brasília. Os times demostraram, na teoria, com projetos de pesquisa, e na prática, com robôs de LEGO, as propostas para lidar com o lixo. Os robôs desenvolvidos pelos estudantes cumpriram missões na mesa de competição como, por exemplo, levar determinado tipo de lixo para um aterro.

Além do projeto de pesquisa e do desafio do robô, os competidores foram avaliados em mais duas categorias: design de robô, em que os alunos planejam, projetam, constroem e programam os robôs, e “core values”, na qual o que conta é o trabalho em equipe, o respeito e a integração.

Projetos

A equipe Conectados pesquisou como descartar corretamente e reaproveitar a goma de mascar, evitando que a guloseima se transforme em um problema para meio ambiente. Assim foi criado o projeto “Ecochicle”. Uma campanha na escola incentivou o uso de lixeiras especiais, confeccionadas pelos próprios alunos com garrafas pet, para o descarte do chiclete. Também estudaram e divulgaram as possibilidades de reciclagem do produto, como mistura na argamassa na construção civil ou como cola para tacos de madeira, além de incentivá-la na própria escola, produzindo peças para jogos, chaves e ímãs de geladeira.

Já a equipe Cyber Rex, da Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag, criou o EcoCyber Scanner, um aplicativo para celular para orientar a população a descartar o lixo corretamente a partir da sua categoria. O aplicativo indica ao consumidor, na hora da compra, qual produto agride menos o meio ambiente e onde a embalagem deverá ser descartada. Outra funcionalidade é alertar quais produtos são adequados para diabéticos.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

Compartilhar

Estudantes da rede municipal participam de campeonato nacional de robótica

Estudantes municipais participam de campeonato nacional de robótica. -Na imagem, Equipe de robótica Papa Power da Escola Papa João XXIII.Foto: Jaelson Lucas/SMCS

O desafio de pensar em como será a educação no futuro fez estudantes de escolas municipais de Curitiba desenvolverem pesquisas e projetos de robótica que ajudem a tornar o processo de aprendizagem mais criativo e inovador. O resultado de meses de trabalho será apresentado e defendido durante a etapa nacional do Festival de Robótica First Lego League (FLL), que acontecerá de 13 a 15 de março, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

A competição reunirá quase 700 estudantes que integram as 80 melhores equipes do País, todas formadas por estudantes com idades entre 9 e 16 anos de escolas públicas e particulares. Vão representar Curitiba 18 estudantes das escolas municipais Papa João XXIII, no Portão, e Prefeito Omar Sabbag, no Cajuru.

O projeto de robótica é desenvolvido em escolas municipais em atividades de contraturno e faz parte das estratégias para enriquecer e melhorar a aprendizagem dos estudantes. A participação no torneio FLL representa uma grande motivação para as crianças, que têm a oportunidade de trocar experiências com equipes de várias cidades do país. As últimas semanas têm sido de muito treino e dedicação para as equipes das duas escolas.

Quem vencer a etapa do Torneio Nacional de Robótica poderá participar do World Festival, evento mundial de FLL que ocorrerá em Saint Louis, nos Estados Unidos, com as melhores equipes de robótica do mundo. Mais do que participar de um campeonato, as equipes estão dispostas a divulgar todo o trabalho desenvolvido na preparação e programação dos robôs e jogos desenvolvidos em projetos de robótica a partir do desafio do torneio. As atividades exigiram longas pesquisas, visitas a instituições de ensino e muita prática na montagem e programação de robôs.

Autismo

A equipe Cyber Rex, da Escola Municipal Omar Sabbag, composta por oito estudantes, dedicou-se ao desenvolvimento de estratégias para ajudar no aprendizado de crianças autistas. Conhecer as características e necessidades das crianças com transtornos no desenvolvimento neurológico motivaram os estudantes a desenvolver um robô que estimula o contato físico, uma das dificuldades dos autistas.

Batizado de Teabot, o robô tem formato de um boneco com o corpo de tecido almofadado, esqueleto formado de peças Lego e com um tablete acoplado na barriga. Sensores no corpo do boneco são acionados a partir do toque do corpo da criança fazendo com que o robô movimente os braços, para corresponder ao abraço. No tablete acoplado na barriga do robô, as crianças têm acesso a aplicativos educacionais que estimulam a percepção, a habilidade, a atenção, a memória e o raciocínio.

O Teabot foi testado e fez sucesso entre os estudantes. Foi apresentado para um grupo de 30 crianças e adolescentes da Associação Beneficente Renascer, no Prado Velho. A instituição atende crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais, relacionadas a transtorno global do desenvolvimento (condutas típicas, autismo e síndromes).

A estudante da Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag, Yasmin Oliveira Gonçalves, de 13 anos, sabe da importância das pesquisas e informações sobre o assunto. “A cada novo ano, um novo desafio nos ajuda e aprimora nosso conhecimento no dia a dia”, disse.

Para a professora Armindaliz Conceição, coordenadora da equipe Cyber Rex, o robô é uma importante ferramenta para ajudar no convívio social de estudantes com autismo. “Os estudos intensivos, inclusive no período de férias, nos trouxeram aprimoramento no trabalho e agora sabemos que temos condições para competir com os melhores trabalhos de todo o país”, disse a professora.

Novo na equipe, Felipe Rodrigues da Veiga, de 13 anos, encara a participação na competição como um grande encontro educativo de crianças e adolescentes como ele, que se dedicam a estudar robôs que podem ajudar pessoas. “Não vejo a hora de poder conhecer outros trabalhos”, disse Felipe.

Etapas

A primeira fase do Festival de Robótica First Lego League (FLL) aconteceu no mês de novembro de 2014, com a participação de outras duas escolas da rede: Durival de Britto e Silva e Albert Schweitzer. além uma equipe de estudantes do projeto de Altas habilidades/superdotação da Coordenadoria de Atendimento às Necessidades Especiais (Cane).

A etapa teve a participação de 34 equipes da região Sul, e as escolas Omar Sabbag e Papa João XXIII foram classificadas para a etapa nacional.

Educação de Jovens e Adultos

A equipe Papa Power da escola municipal Papa João XXIII também se dedica aos últimos preparos e treinamentos antes da viagem para a etapa nacional.

Neste ano, o Papa Power faz pesquisas com jogos para a Educação de Jovens e Adultos e usou programas e ferramentas como Excel e softwares livres para desenvolver jogos com atividades para estudantes da EJA.

Os estudantes levantaram as principais dificuldades de aprendizagem na fase adulta e os auxiliaram com o uso de tecnologias. As atividades foram aplicadas com estudantes das redes municipal e estadual.

“Foi muito gratificante para o grupo, que descobriu um caminho para ajudar jovens e adultos a melhorar nos estudos”, disse Manancita Nantar, coordenadora da equipe Papa Power.

Além dos jogos para a EJA, os estudantes também criaram programações de robôs para ajudar na aprendizagem. “Foi muito curioso mostrar que somos crianças e assim mesmo temos o que ensinar para os adultos”, disse Raul Rodrigues, de 11 anos.

Lucas de Souza, 14, já participou das competições de robótica em anos anteriores. Esta será sua última edição enquanto aluno municipal, razão pela qual o garoto tem se dedicado muito. “Temos colegas adultos e eles estão absorvendo conhecimento assim como a gente. É uma troca muito motivadora”, disse Lucas.

Futuro

A temporada 2014/2015, denominada FLL World Class, desafia os competidores a desenvolver propostas para a aprendizagem no futuro e fazer com que a busca pelo conhecimento seja mais instigante e criativa. Cada equipe escolheu um tema e apresentou uma solução inovadora para aperfeiçoar o aprendizado. São ideias que podem sair do papel e virar realidade, por exemplo, dentro da própria escola.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

Compartilhar

Robô criado por alunos de escola municipal ajuda crianças com autismo

Foto: Everson Bressan/SMCS

Quem passou na manhã da quinta-feira (22) pelo calçadão da Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba, pode receber um abraço do Teabot, um robô criado por alunos da Escola Municipal Omar Sabbag e premiado em primeiro lugar no First Lego League (FLL), o maior torneio de robótica para jovens com idade entre 9 e 15 anos.

A equipe Cyber Rex, composta por nove alunos da escola, apresentou para a população o robô criado para ajudar crianças com autismo. Algumas têm dificuldades com relação à sensação tátil e podem se sentir sufocadas com um abraço, explica a professora Lis Cavalcanti, coordenadora do projeto de Robótica da Escola Omar Sabbag. “Visitamos escolas e entidades que auxiliam autistas e entendemos a importância da tecnologia e do abraço na vida dos autistas. Unimos as duas coisas e o Teabot virou um sucesso”, conta Lis.

O Teabot será apresentado em outros campeonatos. “Agora vamos para o campeonato nacional de robótica, que vai reunir 80 equipes, no mês de março, em Brasília”, explicou a aluna Kauana Custódio Martins.

O robô premiado tem o esqueleto de Lego e possui o dispositivo NXT com dois servomotores e um sensor que é ativado ao toque do corpo, fazendo com que ele feche os braços e corresponda ao abraço. Um tablet com aplicativos educacionais vem acoplado ao corpo para que a criança trabalhe de forma lúdica com habilidade, percepção, atenção, memória e raciocínio.

A cada ano o torneio apresenta um tema diferente, relacionado com as ciências e a comunidade internacional. Em 2014, o desafio foi “De que forma podemos melhorar a aprendizagem”, o que levou os alunos a se inspirar na tecnologia, utilizando contextos do mundo real. “Em uma das instituições que visitamos, antes de construir o robô, verificamos que uma das crianças autista não se sentia confortável com o toque. Quando foi abraçado pelo robô, sua reação positiva foi imediata. Essa foi a chave para o projeto”, explicou Kauana.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

Compartilhar