Renato Grinberg explica como gerir profissionais que buscam constantemente por mudanças

No mercado de trabalho atual é comum encontrarmos colaboradores constantemente insatisfeitos com sua atuação profissional. Em geral, isso se deve ao fato de não encontrarem um propósito claro no trabalho que exercem ou em relação a missão da empresa.

Por isso é cada vez mais importante que os colaboradores se identifiquem com o local de trabalho e sua área de atuação, inclusive, para criarem uma relação afetiva que os faça se sentirem bem onde estão. Mais do que um trabalho, a empresa precisa oferecer uma missão aos funcionários, como no caso clássico de como Steve Jobs convenceu o então CEO da Pepsi, John Sculley, a deixar a Pepsi para se tornar CEO da Apple. Jobs disse: ” Você quer continuar vendendo água com açúcar ou mudar o mundo?”

Segundo Renato Grinberg, especialista em gestão e liderança, as empresas devem procurar traduzir as estratégias que querem implementar em propósitos que sejam relevantes para cada profissional. “A empresa pode dar a cada indivíduo uma interpretação individual do que move cada um que faz parte da organização. Isso aproxima e pode colaborar para fazer o profissional criar empatia pela missão da instituição”, afirma.

Ainda de acordo com o especialista, para garantir um maior interesse e engajamento dos novos profissionais do mercado é importante ressaltar o senso de pertencer a um projeto maior do que eles e que possa promover algum impacto positivo no mundo. E assim, o desafio para os gestores está em definir uma forma de liderança que empodere esses colaboradores para que possam se autogerir, entendendo a importância de se desenvolverem para dar autonomia e dar autonomia para que possam desenvolverem.

“O que vai diferenciar os profissionais do futuro das máquinas com inteligência artificial é justamente o senso de propósito que transcende o indivíduo e conecta com algo maior. Isso também é o que diferencia hoje um profissional médio de um acima da média”, afirma Grinberg.

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