Crédito para MPMEs representa 61% da carteira das instituições subnacionais do Sistema Nacional de Fomento

Sistema que une instituições financeiras públicas e de desenvolvimento, além de cooperativas de crédito, tem atuação decisiva para mitigar os efeitos da pandemia no setor

As Instituições Financeiras de Desenvolvimento (IFDs) exercem papel fundamental para socorrer as micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) dos prejuízos causados pelos efeitos da pandemia. Segundo levantamento realizado pela Associação Brasileira de Desenvolvimento (ABDE), entidade composta por 31 instituições financeiras de desenvolvimento que compõem o Sistema Nacional de Fomento (SNF), 61% da carteira de crédito das instituições subnacionais do SNF em dezembro de 2020 estava comprometida com o segmento de MPMEs.

Apesar da retração da economia, os dados mostram um crescimento de 41% da carteira de crédito do SNF com micro, pequenas e médias empresas no ano passado em comparação com 2019, saltando de R$ 149 bilhões para R﹩ 210 bilhões. Ou seja, um incremento de R$ 61 bilhões no período. Praticamente um terço, ou 28% do crédito às MPMEs no ano passado, tiveram como origem as instituições financeiras de desenvolvimento.

“As MPMEs são as maiores empregadoras do país. Trabalhamos no suporte a essas empresas, não só no crédito, mas nos fundos garantidores. Estamos sintonizados com os temas globais e atuando na última milha para dar suporte aos micro e pequenos empreendedores de todo o Brasil”, afirmou o presidente da ABDE, Sergio Gusmão Suchodolski.

Papel do SNF na retomada da economia

As micro, pequenas e médias empresas representam 99,5% dos negócios no Brasil e são responsáveis por mais da metade dos empregos do país, tendo, portanto, papel fundamental na recuperação da economia pós-pandemia. Os números confirmam que as instituições de fomento serão essenciais para essa retomada: o SNF representa 73% dos financiamentos de longo-prazo (superiores a 3 anos) para as empresas do sistema financeiro nacional.

Os fundos garantidores, alternativa para os pequenos e médios empresários que não possuem garantias reais suficientes para serem utilizadas nas operações de crédito, também tiveram destaque no ano passado. Os programas garantidores públicos administrados por instituições do SNF financiaram um total de R$ 129,6 bilhões em novas operações de crédito no sistema financeiro, evitando o “empoçamento” de recursos.

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