KPMG: Triplica o número de fusões e aquisições na Região Sul no primeiro tri

Paraná registra o segundo lugar entre os estados brasileiros com mais transações

Os estados da Região Sul realizaram 82 transações de fusões e aquisições no primeiro trimestre deste ano, uma alta superior a 200% na comparação com o período anterior – quando foram registrados 27 negócios. Com isso, o número de operações concretizadas triplicou no período. Em todo 2020, foram 152 operações concretizadas por companhias do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os dados constam da pesquisa da KPMG realizada trimestralmente.

De acordo com o relatório, o Paraná respondeu por quase metade das negociações registradas de janeiro a março deste ano, encerrando o período com 38 operações. Na sequência, o Rio Grande do Sul aparece com 24 e Santa Catarina, com 20. Esse mesmo ranking foi observado na edição do ano passado, mas em menor proporção. Os dados do primeiro trimestre de 2020 indicam que houve fusões e aquisições em 13 empresas paranaenses, 9 gaúchas e 5 catarinenses.

“O destaque para a região no primeiro trimestre deste ano foi o estado do Paraná, com crescimento considerável no número de fusões e aquisições, ficando atrás somente de São Paulo (202) se considerarmos o desempenho nacional. Além disso, apesar do impacto significativo nos negócios devido à covid-19, observamos essa mesma perspectiva positiva no ritmo de transações envolvendo empresas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com tendência de consolidação ao longo de 2021”, analisa o sócio da KPMG responsável por mercados e clientes para a região Sul, João Panceri.

A pesquisa da KPMG, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira, também revelou que o primeiro trimestre deste ano registrou um recorde no número de fusões e aquisições dos últimos vinte anos. Foram fechados, neste período, 375 negócios, sendo que a maioria deles (244) foi realizada entre empresas brasileiras.

“Os brasileiros fazendo aquisições no Brasil tem sido o motor das transações este ano. Além disso, está acontecendo um movimento de retomada da presença de estrangeiros no país que tinha sido perdida no ano passado quando a pandemia teve início, o que gerou um contexto de crise e que todas as empresas estavam focadas na sobrevivência e no mercado principal de atuação. Com isso, alguns planos de internacionalização destas empresas foram colocados de lado até que se tivesse um cenário mais previsível. Com expectativa de vacina, as empresas se adaptaram a uma nova realidade e voltaram com os planos de negócios”, analisa o sócio da KPMG e coordenador da pesquisa, Luis Motta.

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