A região Sul do Brasil registrou 281 fusões e aquisições no ano de 2023, uma alta de 38% na comparação com 2022, quando foram registradas 203 transações. O número das operações na região corresponde a 18,7% do total de transações realizadas no Brasil no ano de 2023. A alta da região contrasta com os dados nacionais, os quais apresentaram queda de transações na comparação de um ano para outro.
Os dados constam na tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira. Segundo o conteúdo, em 2023, foram realizadas as quantidades a seguir de operações nas seguintes Unidades Federativas: Paraná (69), Rio Grande do Sul (83) e Santa Catarina (129).
“A pesquisa evidenciou que o Sul teve um aumento expressivo no total de fusões e aquisições em 2023, sendo a maior parte no estado de Santa Catarina, que representa mais de 45% das transações da região. Os demais estados também continuam sendo relevantes nesse aspecto. Interessante observar que todos os estados da região apresentaram alta”, afirma João Panceri, sócio de Mercados Regionais da KPMG no Brasil.
Sul | 2022 | 2023 |
Paraná | 58 | 69 |
Rio Grande do Sul | 72 | 83 |
Santa Catarina | 73 | 129 |
Total Sul | 203 | 281 |
Total Brasil | 1.728 | 1.505 |
Segundo a pesquisa da KPMG, o Brasil registrou 1.505 fusões e aquisições de empresas em 2023, uma queda de 13% na comparação com 2022, quando foram realizadas 1.728 operações desse tipo. Apesar de 2023 ter registrado menos operações que 2022, e menos também que 2021 (1.963 transações), os números atuais são superiores a períodos anteriores: 1.117 em 2020, 1.231 em 2019, 967 em 2018, 830 em 2017, e 740 em 2016.
“Os dados evidenciam que, apesar da retomada de muitas fusões e aquisições, o ano passado foi, conforme previsto, menos aquecido que o anterior. As razões estão no aumento global de taxas de juros, que afetou a liquidez e a redução do número de transações global, e, também, em função de instabilidades geopolíticas globais. Ainda assim, devemos recuperar o número de transações em breve com a melhoria de indicadores econômicos nacionais”, afirma Marco André, sócio-líder de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.