Abstartups está em busca de novos associados para o comitê Agfoodtech

Com o intuito de fortalecer ainda mais o crescimento do ecossistema de inovação agfood, a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), entidade sem fins lucrativos que promove o ecossistema brasileiro de startups, está buscando novos associados para o Comitê Agfoodtech, que reúne os principais players do mercado.


No ano do seu lançamento, o comitê abriu debates sobre Carne Cultivada, Crédito Agrícola e Sustentabilidade na Cadeia de Valor dentro da Conferência Anual de Startups e Empreendedorismo (CASE), maior encontro de Startups e Empreendedorismo da América Latina; conquistou uma cadeira representando as AgFoodTechs na Câmara AgroDigital do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e uma parceria com o programa IMMERSION PROGRAM, iniciativa da APEX Brasil e THRIVE | SVG Ventures, maior aceleradora e fundo de Venture Capital global agfood.

“Nos últimos anos, temos notado que a união entre o agronegócio e a tecnologia pode ser a chave para a revolução do setor. Por isso, acreditamos mais do que nunca que a união de startups do ramo será capaz de fortalecer o mercado”, comenta Luiz Othero, diretor executivo da Abstartups.

Neste ano, por meio de diversas atividades, o comitê buscará impulsionar as startups do setor, dar maior visibilidade e posicionamento em rankings internacionais; conectar e abrir mercados; além de proporcionar acesso a rede de parceiros investidores, corporações do setor, conexão com diversos eventos estratégicos da cadeia agroalimentar, entre outras ações.

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Lançado Edital do Parque Tecnológico Itaipu para startups e empresas de tecnologia

Foto: Kiko Sierich/PTI

Empresas nacionais e internacionais poderão testar e validar suas tecnologias em um ambiente real de experimentação em Foz do Iguaçu, no Programa Vila A Inteligente. O edital, que dá início ao processo de seleção das empresas – o Smart Vitrine -, foi lançado nesta quarta-feira (07).

A Vila A é o primeiro bairro do País que permite a testagem em um ambiente real de tecnologias de cidades inteligentes, que têm a finalidade de promover melhorias na rotina dos moradores e visitantes. Isso foi possível devido a um decreto publicado em junho de 2020, que instituiu no bairro um Sandbox, ou ambiente de experimentação.

O edital para a seleção das empresas é dividido em quatro ciclos e ficará aberto durante dois anos. A cada semestre, seis empresas serão escolhidas para início dos testes e criação de tecnologias que resolvam demandas reais da população. As primeiras propostas serão recebidas até o dia 1º de agosto e as vencedoras serão anunciadas no dia 24 de agosto.

Entre os eixos que poderão ser explorados estão o meio ambiente, segurança pública, economia, finanças, urbanismo, saúde, educação, esporte, habitação, entre outros setores. As propostas devem ser realizadas por meio do formulário on-line, disponível em: webforms.pti.org.br/node/767. Para conferir o edital, acesse: www.hubiguassu.com/smart-vitrine.

A iniciativa é realizada por meio de uma parceria entre Prefeitura Municipal de Foz do Iguaçu, Itaipu Binacional, Parque Tecnológico Itaipu – Brasil (PTI-BR), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e Companhia Paranaense de Energia (Copel), além da participação de instituições de ensino, entidades e associações.

Tecnologias em benefício das pessoas

O prefeito Chico Brasileiro participou da cerimônia de lançamento do edital Smart Vitrine e destacou o entusiasmo de fazer parte de um projeto importante e catalisador.

“Iremos construir ambientes melhores e mudar a vida das pessoas. Estamos participando ativamente em campanhas de cooperação com todos os parceiros, como Itaipu, PTI, ABDI e Inmetro. Já enxergamos resultados agora, ainda no início do projeto, e por isso acreditamos que o que vem por aí será ainda melhor”, ressaltou.

“Na Vila A já percebemos melhorias na sinalização, na segurança pública, trânsito e inclusão, como a sonorização dos semáforos para dar segurança aos deficientes visuais. É um ambiente onde as tecnologias atuam em favor das pessoas”, continuou Chico Brasileiro.

Para finalizar o encontro de lançamento, General Francisco Ferreira, Diretor Geral de Itaipu Binacional, compartilhou que a “Vila A Inteligente é um verdadeiro laboratório, do qual se espera inúmeros benefícios para o desenvolvimento econômico de Foz do Iguaçu, e de toda a região de influência da Itaipu Binacional. O Smart Vitrine, certamente, vai impulsionar, apoiar e incentivar o empreendedorismo e inovação, tão necessários para o êxito no competitivo ambiente atual”, afirmou.

Hub Iguassu

As tecnologias do Vila A Inteligente representam o primeiro passo na criação do Hub Iguassu, que vai contemplar toda a cidade. A criação de uma cidade inteligente, onde a tecnologia auxilia na ampliação da qualidade de vida da população com novos modelos de negócios.

O diretor superintendente do Parque Tecnológico Itaipu (PTI-BR), general Eduardo Garrido, comentou sobre a vantagem de Foz do Iguaçu por conta da visibilidade que possui entre os municípios brasileiros.

“Estamos nessa estrada para potencializar Foz com o Hub Iguassu. O objetivo é transformá-la em uma referência nacional ao citar cidades inteligentes e diversificar sua economia. Começamos hoje uma nova etapa deste desafio e precisamos de soluções que se enquadrem no que os moradores precisam”, avaliou.

Todas as tecnologias testadas e validadas receberão o selo de validação do Inmetro. Segundo o presidente do instituto, coronel Marcos Heleno Guerson, é realizado um trabalho minucioso de análise para o sucesso do projeto. “Nós entendemos que quem adiciona a qualidade são as empresas, as organizações. O Instituto fornece a infraestrutura necessária para que essa qualidade seja adicionada, com produtos e serviços excelentes”. É desta forma que o Inmetro atuará neste projeto que é um grande ponto para o desenvolvimento econômico do nosso país. A afirmação é do coronel Heleno.

“Esse é o próximo passo da evolução do mundo. Todos os setores de negócios serão, cedo ou tarde, afetados pela expansão da conectividade. Temos desenvolvido essa cooperação durante muito tempo e estamos colocando cada vez mais os projetos em prática. Todos serão beneficiados”, disse Igor Calvet, presidente da ABDI.

Incentivo à inovação

Em 2017, o prefeito Chico Brasileiro regulamentou a “Lei de Inovação”, que criou um ambiente favorável e desburocratizado para atrair negócios para a cidade, além de conceder benefícios fiscais para a instalação desses empreendimentos.

Por meio da Lei Complementar nº 283/2017, o município reduz alíquotas do ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza) de 5% para 2% a empresas credenciadas. Também está prevista na legislação a isenção de 50% das taxas municipais relativas ao Alvará de Construção e Licença de Localização e Funcionamento.

Para complementar a lei e possibilitar um incentivo ainda maior para a instalação de novas empresas em Foz do Iguaçu, foi publicado também o decreto nº 28.244/2020, que permite a seleção de empresas com o foco em Smart Cities.

Mais informações sobre o edital devem ser solucionadas pelo e-mail: vila.a.inteligente@pti.org.br.

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Startup de Sucesso do Cliente CustomerX recebe aporte de R$ 1,5 milhão de grupos de investidores

A startup CustomerX, software para gestão de Customer Success (CS) que entrega soluções para que empresas Software as a Service (SaaS) aumentem sua receita por meio do gerenciamento da relação com o cliente, acaba de receber um aporte de R$ 1,5 milhão de cinco grupos de investidores: G2 Capital, que liderou a rodada de investimentos, BR Angels, DOMO Invest, Bossanova Investimentos e EquityRio.

O investimento será aplicado na expansão da CustomerX no mercado brasileiro, principalmente nas áreas de marketing e vendas, no desenvolvimento de novas funcionalidades e em novas contratações. O objetivo da startup, que já conta com clientes como Abstartups (Associação Brasileira de Startups), Neemo (Linx), Exact Sales, PetLove, Siagri, Tray (Locaweb), TecnoSpeed, Track, dentre outros, é se tornar a principal ferramenta de Customer Success do país e, assim, preparar o terreno para uma expansão global em 2022.

Fundada em 2017 na cidade paranaense de Toledo e amparada pela metodologia do Customer Success, ou Sucesso do Cliente, o software de gerenciamento da CustomerX ajuda empresas SaaS a identificarem como seus clientes estão se relacionando com os serviços prestados. O sistema possibilita a tomada de decisões mais proativas e orientadas por dados, o que contribui para a fidelização do consumidor e redução na perda de receita causada por eventuais cancelamentos.

“Essa metodologia de Customer Success é relativamente nova, mas já vem conquistando seu espaço. Hoje em dia, toda startup ou unicórnio conta com uma área de Sucesso do Cliente para garantir que seu público tenha a satisfação esperada ao adquirir um produto ou serviço. Na economia de recorrência, o Customer Success já se mostra indispensável, pois ajuda negócios de todos os setores a focar nos clientes de maneira estratégica. Nosso principal target são as pequenas e médias empresas de SaaS, mercado que cresce mais de 20% ao ano. No entanto, também queremos expandir para outras áreas mais tradicionais, como financeira e de serviços”, sinaliza Leonardo Superti, CEO da CustomerX.

Segundo dados levantados pela Accenture, 66% dos consumidores optam por comprar de outras empresas devido ao mau atendimento, sendo que 82% dos clientes sentem que o fornecedor poderia ter feito algo para evitar essa troca.

“O Xaas (tudo como serviço), modelo de negócio importante em ferramentas digitais em que a taxa de recorrência no faturamento passa pela satisfação e experiência do cliente, aliado ao engajamento dos usuários, tornam a ferramenta CustomerX um parceiro indispensável para todas as empresas que precisam melhorar algum desses indicadores, que atualmente são tão decisivos no sucesso das empresas e da nova economia”, diz Ricardo Carvalho, da G2 Capital.

“Embora um dos principais objetivos de todo negócio seja garantir que seus clientes alcancem o resultado desejado com as soluções oferecidas, é comum que as empresas não saibam como está o engajamento dos consumidores, tenham dificuldades em identificar oportunidades de cross-sell e up-sell, ou mesmo não consigam agrupar as informações sobre seus clientes, que acabam ficando distribuídas por diversos softwares e planilhas. Por isso, aderir a uma plataforma de gerenciamento como a CustomerX é uma estratégia efetiva para as empresas que precisam entender o comportamento e a experiência de seus consumidores em relação aos seus serviços prestados e fidelizá-los”, pontua Orlando Cintra, fundador e CEO do BR Angels, grupo de investimento anjo formado por mais de 100 empreendedores e CEOs de importantes empresas em diferentes mercados.

“Mesmo com a tecnologia disponível, pequenas e médias empresas ainda enfrentam uma série de desafios em obter sucesso com o cliente. Dificuldades em identificar quais clientes devem priorizar, dificuldades em identificar oportunidades de up e cross-sell, perda de tempo coletando dados e alimentando planilhas, entre outras dores. Ao investir na CustomerX, acreditamos numa tecnologia exclusiva que permite a integração com a maioria das plataformas disponíveis no mercado. Hoje, a área de Customer Success é fundamental para qualquer empresa, e a solução da startup vem para tornar o sucesso uma realidade”, afirma Franco Pontillo, sócio da DOMO Invest e gestor do Fundo Anjo.

De acordo com os investidores da Bossanova e da EquityRio, a CustomerX tem a oportunidade de ocupar uma posição relevante no mercado, uma vez que, impulsionado pela transformação digital, o segmento de Sucesso do Cliente apresenta amplo potencial de crescimento no Brasil. A startup está com vagas abertas e, ainda em 2021, sua equipe de colaboradores deve chegar a 35 pessoas, mais que o dobro em relação ao início do ano.

“Nós temos um time incrível que reflete o que somos. Nosso desafio é continuar recrutando colaboradores que agreguem valor para que a CustomerX siga superando metas e expectativas. Em 2020, ano de uma das piores crises da história, crescemos mais de 250% e queremos crescer ainda mais. Nascemos com recursos inéditos quando fomos lançados ao mercado, no final de 2018, mas agora vamos entregar soluções incomparáveis de gerenciamento de Sucesso do Cliente”, finaliza Leonardo Superti.

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Programa de inovação aberta Digital Agro Connection está com inscrições abertas para startups

Iniciativa é promovida pela Frísia Cooperativa Agroindustrial, que pretende buscar soluções inovadoras para sua produção por meio da conexão com startups que atuem na cadeia do agronegócio.

Por entender a importância de buscar soluções inovadoras para sua cadeia produtiva, a Frísia Cooperativa Industrial realiza a segunda edição do programa de inovação aberta Digital Agro Connection, com apoio do Senai no Paraná. Com essa iniciativa, a cooperativa pretende selecionar AgTechs e outras startups, para desenvolver projetos inovadores com soluções e novos negócios nas áreas de transformação digital e indústria 4.0. Neste ano, a Frísia conta novamente com apoio da Aceleradora Sistema Fiep, que está dando continuidade ao trabalho de consultoria desenvolvido desde o ano passado, para a promoção da primeira edição do programa. As inscrições para startups estão abertas até o dia 4 de junho. 

“Esperamos repetir os mesmos resultados obtidos no ano passado, quando o Senai deu início a esse trabalho junto à Frísia. Por meio da Aceleradora Sistema Fiep, estamos oferecendo todo o auxílio necessário para a captação de startups, além de suporte para que a cooperativa tenha amplas condições de se conectar com o ecossistema de inovação e atingir seu objetivo de melhor a produtividade por meio de soluções inovadoras”, comenta Mário Calzavara, consultor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação do Sistema Fiep.

No ano passado, foram selecionadas cinco Agtechs dentre um total de 70 startups inscritas. “Depois das inscrições, 12 startups pré-selecionadas participaram de um evento de pitch e aí escolhemos cinco, que, inclusive, continuam trabalhando com a Frísia até hoje, seja em processo de validação de Prova de Conceito (POC) ou assinando contratos de parceria. Esses resultados só foram possíveis com o apoio do Senai, que nos auxiliou com a metodologia de implantação do programa de inovação aberta, além de nos dar suporte com a captação de startups”, afirma Fábio Solano Baptista, analista de Estratégia e Inovação da Frísia. 

Para 2021, a expectativa da Frísia é poder se conectar a outras startups, que ofereçam plataformas e tecnologias que sejam úteis para os produtores rurais atendidos pela cooperativa. “Para a Frísia, é muito importante ter um programa de inovação aberta como esse, para que a cooperativa consiga se conectar pessoas e equipes que estão trabalhando com tecnologia de ponta, para que a gente consiga entregar para o produtor rural e para as indústrias uma produção mais sustentável. Desta forma, além de conseguirmos trazer uma nova visão, por meio de pessoas com outras culturas e outros conhecimentos, para dentro da cooperativa, também contribuímos com o ecossistema de inovação, para a validação dessas tecnologias, mostrando que elas são viáveis”, completa Fábio. 

O analista ainda explica que o Digital Agro Connection surgiu a partir da percepção da necessidade de se aproximar de projetos e empresas inovadoras. “A Digital Agro, passa a ser mais que um evento de inovação, para incorporar um programa com várias frentes de atuação inovadoras. Uma dessas frentes é o Digital Agro Connection, da qual estreita o relacionamento entre a cooperativa, os cooperados e o ecossistema de inovação como um todo”, completa. Ao todo, a Frísia conta com mais de 900  cooperados e está presente em 18  municípios do Paraná e  no Tocantins, contemplando um faturamento de R$ 3,7  bilhões em 2020. 

O regulamento completo do programa está disponível pelo site do Digital Agro Connection, no qual também podem ser feitas as inscrições. Para apoiar as indústrias paranaenses na conexão com startups e o ecossistema de inovação como um todo, o Sistema Fiep, por meio do Senai no Paraná, oferece ações de gestão de inovação, programas de aceleração e consultorias de produtividade, entre outros serviços.  

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Startup apresenta criação de funil de vendas em 4 etapas

Entender e visualizar a jornada de compra do cliente pode ser uma tarefa complexa para pequenos e médios empresários. Como forma de facilitar este processo, a G Digital, startup de desenvolvimento de softwares para marketing e vendas, acaba de lançar o G Speed. Recurso que permite que o empreendedor crie um funil de vendas completo em quatro etapas. 

O G Speed é uma ferramenta de criação de landing pages – página de conversão do visitante em leads e pode ser usada em sites. A partir da integração com a ferramenta, as empresas podem determinar quais informações gostariam de captar, como por exemplo, ativar uma automação por e-mail, de forma que essa interação crie um relacionamento e aumente as possibilidades do visitante se tornar um lead. 

Para Rafael Wisch, CEO da G Digital, o diferencial está na simplicidade do uso e no tempo de duração do processo. “Criamos uma ferramenta acessível. Sabemos que para o empreendedor, o tempo é valioso. Em apenas cinco minutos, o G Speed proporciona um funil de vendas completo”.

A ferramenta pretende reduzir a curva de aprendizado, que muitas vezes leva à desistência em utilizar algum produto. Desse modo, o G Speed apresenta um processo fluido para o usuário, como em um passo-a-passo, diminuindo as chances de erros em todo o processo. “O empreendedor não precisa ter muito conhecimento. Quando ele inicia um processo de criar um funil no Speed, um outro funil automático é criado do outro lado”, explica o CEO.

Funil de vendas nas campanhas de marketing

Segundo a G Digital, pequenos e médios empreendedores buscam constantemente crescer, para isso, precisam de informações e estratégias que possam ajudar o seu negócio e contar com a ajuda de ferramentas no ambiente digital é essencial nesse processo. Para Wisch, a sobrecarga de informação pode acabar deixando o empresário confuso, não sabendo por onde começar ou qual estratégia utilizar em suas campanhas.

“O primeiro passo para começar uma campanha é o planejamento. De maneira resumida, um bom funil é composto de 4 passos: planejamento, funil, divulgação e otimização. O empreendedor estrutura, executa, testa, coleta indicadores e melhora. Essa é a estrutura básica de uma boa campanha de performance. O GSpeed pode otimizar esse processo e toda informação permanece integrada à plataforma. Desta maneira, o empreendedor pode ter acesso ao seu funil ”, finaliza Rafael.

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Inscrições para o Desafio AgroStartup 2021 terminam no próximo domingo, dia 28 de fevereiro

Agtechs de todo país têm até o próximo domingo, 28 de fevereiro, para se inscreverem na edição 2021 do Desafio AgroStartup , promovido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar Goiás) e Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Goiás (Sebrae/GO), em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Divisão Agrícola da Bayer no Brasil. Esta é a primeira vez em que a multinacional alemã participa do projeto, que já está em sua 5ª edição.

O Desafio AgroStartup 2021 selecionará, neste ano, 23 startups focadas nos desafios do agro. “Esta edição do Desafio foi pensada num contexto de facilitar a introdução de novas tecnologias nos produtores rurais e, consequentemente, no fortalecimento do agronegócio. O que queremos é encontrar e despertar boas iniciativas inovadoras para o campo e, com isso, solucionar as ‘dores’ que o setor possui”, diz o superintendente do Senar Goiás, Dirceu Borges.

Uma das novidades para o Desafio AgroStartup 2021 é o apoio da Bayer, reforçando o papel estratégico da empresa para o fomento de uma cultura de empreendedorismo e inovação no agro brasileiro. “A Bayer acredita e apoia ações que visam fomentar a digitalização do campo. Esse é um dos pilares da companhia e do setor, por isso, estaremos juntos com o Senar e o Sebrae neste projeto não só como apoiadores, mas auxiliando as startups em seu desenvolvimento e aplicação das soluções junto aos produtores.” reitera Marcelo Neves, diretor do negócio de soja e algodão da Bayer para o Brasil.

Como participar

As inscrições para o desafio devem ser realizadas pelo site https://www.campolab.com.br/desafioagrostartup. Nele, os interessados poderão ver todos os detalhes e regras do edital do Desafio. “Assim como nos anos anteriores, teremos fases de aprovação e análises, com grupos de trabalho em um apurado processo de escolha, entrevistas e debates. Tudo de maneira clara e participativa”, complementa o superintendente do Senar.

O resultado, com as 23 startups selecionadas, será divulgado também pelo site e o programa dividirá as startups em dois grupos: um que seguirá a trilha de pré-aceleração no Programa AceleraCampo, com mais de 48 horas de capacitação e mentorias, finalizando com um demoday para especialistas do Senar, Sebrae, produtores rurais e investidores. E o outro grupo, de startups mais maduras, em estágio mínimo de MVP, seguirá para a validação de seus produtos e serviços junto aos produtores rurais do Programa ConectaCampo, com a apresentação dos resultados obtidos também em um demoday. As três startups com melhores resultados junto aos produtores rurais do ConectaCampo participarão da última etapa do Desafio, que será uma missão técnica internacional, com roteiro de aprendizado e negócios.

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Paraná possui mais de 1,4 mil startups que geram 12 mil empregos

O Paraná possui atualmente 1.434 startups que geram mais de 12 mil empregos em 87 cidades, o que torna o estado um dos principais ecossistemas de inovação do Brasil. Os números do Mapeamento das Startups Paranenses 2020/2021, do Sebrae/PR, foram divulgados nessa terça-feira (09/02), em evento digital transmitido ao vivo.

Esse total representa um aumento de 39% (402 novas empresas) em relação ao último levantamento realizado em 2019. Mesmo com a pandemia, 374 novas startups foram criadas apenas em 2020, número que apresenta um crescimento contínuo desde 2015 e, sendo o maior desde 2014, quando a apuração foi iniciada. Além disso, 685 empresas (47,7%) ainda possuem menos de dois anos de operação.

“Esse crescimento expressivo demonstra o potencial do Paraná para atrair investimentos e gerar a ofertas de produtos e serviços diferenciados, mesmo em meio a uma crise. As startups são empresas que podem gerar alto impacto em todas as cadeias produtivas, o que contribui para a geração de novos empregos, renda e inovação”, destaca o diretor de Operações do Sebrae/PR, Júlio Cezar Agostini.

Nos últimos anos, o Paraná passou a ter dois unicórnios (empresas com valor de mercado de mais de US$ 1 bilhão): a plataforma de pagamentos Ebanx, em novembro de 2019, e a plataforma de venda de móveis e materiais de construção MadeiraMadeira, em janeiro de 2021. O Paraná está entre os quatro estados brasileiros com unicórnios no país, ao lado de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

A sétima edição do levantamento feito pelo Sebrae/PR anualmente para mapear o ecossistema de inovação paranaense, contou com a participação de representantes de 1.434 startups para o levantamento, entre os dias 5 e 27 de novembro de 2020. O estudo completo pode ser conferido neste link (https://www.sebraepr.com.br/startup-mapeamento/).

Confira um resumo sobre os perfis das startups paranaenses:

Setores

Especialmente por conta da preocupação com a saúde, foram criadas 35 novas startups de saúde e bem-estar em 2020. O setor, que conta com 121 empresas, é o segundo com mais startups no estado, perdendo apenas para aquelas relacionadas ao agronegócio, com 141. Ao todo, as startups estão divididas em 28 verticais e segmentos, além da categoria “outros”.

Localização

Em relação à localização, o estudo apontou que Curitiba é a cidade com mais startups, com 422; seguido de Londrina, com 180; Pato Branco, com 126; Maringá, com 105; e Cascavel, com 89. O estudo aponta ainda que cerca de dois terços do total de startups não estão na capital ou próximas a ela, com destaques para as regiões Norte e Sul do estado. Ao todo, 87 dos 399 municípios paranaenses registaram pelo menos uma startup.

Perfis e empregos gerados

O estudo traz ainda outras segmentações sobre os perfis daqueles que fundaram as startups paranaenses. Em relação à idade, 62,5% têm entre 26 e 40 anos e 77,3% são homens. Além disso, 74,3% delas contam com até 5 funcionários e 37,9% possuem sede própria, enquanto outros 35,7% exercem as atividades dentro de suas próprias casas.

Em relação aos postos de trabalho, as startups empregam 12.056 pessoas no Paraná, sendo que 2.918 delas estão trabalhando nas 10 empresas que mais geram empregos (8 em Curitiba e Região Metropolitana e 2 em Ponta Grossa e Maringá). Além disso, embora a Regional Leste (Curitiba e região e litoral) concentre 31% das startups do estado, em relação aos empregos gerados essa porcentagem sobe para 59,1% (7.189 trabalhadores).

Investimentos e faturamento

Entre as empresas entrevistadas, 298 (20,8%) disseram que já receberam algum tipo de investimento. Ao todo, 142 receberam um investimento-anjo, 92 participaram de programas de aceleração e 77 receberam capital-semente (séries A, B e C). Se forem considerados também os investimentos feitos pelos próprios fundadores, o número de respostas vai para 631 startups. Dessas, 400 receberam investimentos de até R$100 mil e 129 delas entre R$100 e R$500 mil.

Em relação ao faturamento, 473 empresas (40,8% do total de respondentes) não possuem faturamento e 251 startups (21,6%) faturam até R$81 mil (teto do microempreendedor individual). Além disso, há 127 startups com faturamento até R$ 4,8 milhões e 35 negócios com faturamento superior a essa quantia. Por conta disso, são enquadradas como médias e grandes empresas.

Mais conteúdos

Além do detalhamento sobre os números gerais, o levantamento também aponta pequenos perfis e realiza análises sobre os ecossistemas de inovação de cada uma das seis regionais do estado: Leste, Norte, Sul, Oeste, Noroeste e Centro.

O material apresenta ainda startups destaques para ficar de olho: 16 empresas que foram vencedoras do StartupPR Conecta Awards, prêmio entregue durante o Conecta 2020, além de quatro finalistas do programa Capital Empreendedor, do Sebrae Nacional.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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Por que as startups brasileiras estão na rota de investidores internacionais?

Por Fabiany Lima

O Brasil é, sabidamente, um país com grande potencial para o desenvolvimento de novas empresas, principalmente quando falamos de iniciativas inovadoras. Prova disso é que nos últimos quatro anos o número de startups dobrou, passando de cinco mil negócios em 2017, para 13 mil atualmente, segundo a Associação Brasileira de Startups.

Com boas soluções em finanças, educação, agronegócio, mobilidade entre outros segmentos, esse ecossistema tem atraído olhares mundo afora, tanto que, em 2019 aproximadamente US$ 3.1 bilhões foram aportados em nossos negócios – volume 121% maior do que 2018, e 342% superior a 2017. Em 2020, mesmo em cenário de pandemia, o valor investido nas startups por aqui, até o momento, é superior a US$ 668 milhões, de acordo com pesquisas do Distrito.me.

Entendo que essa dinâmica se mantém por algumas razões. Os investidores estão sempre buscando oportunidades em mercados grandes e suficientemente desenvolvidos como o nosso para criar soluções disruptivas. A dimensão populacional e os problemas internos sociais e de infraestrutura faz com que nossos empreendedores tenham uma característica de trabalhar melhor na adversidade, se superar, e fazer muito com pouco. A criatividade e versatilidade dos brasileiros, portanto, é bem vista pelos investidores externos.

Há também a questão do dólar, que acima de R$ 5 há alguns meses – sem previsão de baixar -, acabou gerando uma diferença monetária muito grande para estrangeiros que desejam aportar por aqui, ao passo que um mesmo valor investido em uma startup nos EUA, por exemplo, pode ser direcionado e distribuído em cinco negócios no Brasil. Ou seja, apostando em empresas brasileiras é possível distribuir os ovos em mais cestas, aumentando a chance de, pelo menos uma delas crescer e se desenvolver.

Por fim, lembro que o mercado brasileiro vem amadurecendo e gerando muitas possibilidades, principalmente para aquisição. Isso porque os investidores enxergam que é muito mais conveniente comprar uma startup brasileira em estágios iniciais já adaptada aos costumes nacionais; do que lançar, no Brasil, soluções semelhantes vindas de outros países que trazem culturas totalmente diferentes e conquistar esse mercado do zero. Junto a isso, o custo de uma startup brasileira em início de operação costuma ser bem menor – em relação a talentos – do que as de outros países. Nesses pontos, o Brasil sai em vantagem.

Aos brasileiros que buscam oportunidade de investimentos de capital estrangeiro, indico entender esses pontos a favor do seu negócio e, a partir daí, profissionalizar a gestão e administração do negócio para se manter pronto para aportes; e intensificar a qualificação profissional a fim de ampliar aumentar as possibilidades de desenvolvimento de novas tecnologias disruptivas.

Quanto melhor for sua solução e a performance que ela apresenta, maior serão as possibilidades de acesso a capital para financiar seu crescimento exponencial. Uma startup com desempenhos sólidos dará melhores possibilidades de retornos para seus investidores, virando uma bola de neve positiva de investimentos e crescimento.

Vale também estudar um outro idioma (inglês, preferencialmente) para ampliar as chances de captação e negociação fora do Brasil, mesmo para quem opera internamente. Os empreendedores que entenderem essas prerrogativas e buscarem desenvolver um relacionamento com fundos e anjos nacionais e estrangeiros, partem com algumas vantagens. Dinheiro há! A escolha vai depender do potencial do seu negócio.

Fabiany Lima, diretora geral da DiliMatch, uma consultoria estratégica para investidores brasileiros e estrangeiros que aportam em iniciativas nacionais

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Startups e a importância da governança corporativa

Por Robson Del Fiol e Eliete Martins

Desde que se tornou domínio público, a palavra startup é utilizada para descrever empresas de base tecnológica, que crescem de forma muito acelerada e normalmente precisam de aportes dos chamados Venture Capital Funds (Fundos de Capital de Risco). Há dúvidas, porém, sobre aspectos de governança dessas empresas e se os riscos são devidamente mitigados para evitar a destruição de valor e perdas por parte dos investidores.

A definição de startup mais acessível foi cunhada por Neil Blumenthal, empreendedor fundador da Warby Parker, uma marca de óculos que doa um par de óculos para cada vendido. Para ele, “startup é uma empresa tentando resolver um problema onde a solução não é óbvia e o sucesso não é garantido”. A descrição é quase perfeita, mas faltou citar propósito e clientes. Acrescentando novos elementos, diria que “startup é uma empresa cujo propósito é resolver um problema onde a solução não é óbvia e o sucesso não é garantido, mas que os clientes valorizarão em caso de sucesso”.

Eric Ries, um dos principais autores sobre startups, apresentou no livro “A Startup Enxuta” uma maneira inovadora de considerar o desenvolvimento de produtos que priorizem interação rápida e elevem a percepção do consumidor como fatores de sucesso de empresas da nova economia.

Ele se inspirou em seus próprios fracassos e em diversos casos que conheceu. Analisando profundamente os fatores de revés, a solução apresentada por ele foi a implementação da mentalidade enxuta baseada nos princípios da indústria automotiva japonesa que preconiza a busca pelo melhor produto com o mais alto nível de satisfação dos clientes. Assim, ele também sugere aproveitar o conhecimento e a criatividade dos funcionários, reduzir o tamanho das entregas para o MVP (Produto Mínimo Viável), utilizar o just in time, buscar o estoque zero e acelerar os ciclos de aprendizagem.

Nas startups, é impossível distanciar estratégia de operação por serem empresas iniciantes, com modelos de negócios disruptivos e altas taxas de crescimento. Elas estão testando e aprendendo diariamente e implementando novas versões de produtos semanalmente nos designs sprints.

E para garantir a longevidade e perenidade das startups, é preciso discutir o tema governança corporativa para o desenvolvimento a sustentabilidade dos negócios inovadores que estão transformando o mercado e a nossa realidade. A ideia é trabalhar em uma estrutura e práticas condizentes com o momento e tamanho da empresa, alinhado com as expectativas dos atuais e futuros acionistas e conectado com os princípios fundamentais da governança, transparência, equidade, prestação de contas e responsabilidade.

A governança merece destaque em todas as startups, pois traz elementos chave para a solução de conflitos entre fundadores, alinhamento entre agentes de governança, definição clara dos papeis e responsabilidades, definição de mecanismos para discussão de estratégias de curto, médio e longo prazo e redução de incertezas. Ela também é relevante para formalizar as regras quando há conflitos de interesses entre fundadores e investidores que podem surgir de discussões sobre desinvestimentos e estruturas de capital.

No Brasil existem boas referências de guias de melhores práticas de governança corporativa para startups, tais como o guia do IBGC para startup, a Governança & Nova Economia, entre outros, trazendo uma visão contemporânea do tema capaz de apoiar startups em seus diferentes estágios de desenvolvimento. Essas iniciativas são importantes para trazer a este mercado conceitos que visem gerar a segurança, transparência e controles mínimos para os novos modelos de negócio terem a oportunidade de crescer, elevando as chances de transformarem o mercado e a sociedade.

Robson Del Fiol é sócio-diretor Head of Emerging Giants da KPMG no Brasil.
Eliete Martins é sócia da prática de Governança Corporativa, ESG e Controles Internos da KPMG no Brasil.

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