Opção pela economia criativa

Fonte: www.ricmais.com.br

A cada ano, a criatividade e o capital intelectual movimentam US$ 3 trilhões em negócios e já são responsáveis por 10% da economia mundial. Para ampliar sua participação neste filão, Curitiba aposta na economia criativa, que inclui cultura, economia, tecnologia e sustentabilidade em seu leque de atividades.
“Nossa tarefa é fazer com que a cidade chegue ao modelo de Economia Criativa”, diz a presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento, Gina Paladino. A ideia é distribuir pela cidade os benefícios que até recentemente eram destinados a conglomerados. O nicho econômico planejado tem como essência a valorização da cultura, elemento presente nas 13 áreas previstas de atuação: arquitetura, publicidade, design, artes, antiguidades, artesanato, moda, cinema e vídeo, televisão, editoração e publicações, artes cênicas e performáticas, rádio e softwares de lazer e música.
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Gartner:42% dos líderes de TI planejam investir em Big Data em um ano

De acordo com o Gartner, líder mundial em pesquisa e aconselhamento sobre tecnologia, o ano de 2013 será marcado pela adoção em larga escala das tecnologias de Big Data, após um período de experiências e sucessos das organizações pioneiras na implantação. Uma pesquisa global com líderes de TI mostrou que 42% dos participantes planejam investir nestas tecnologias dentro de um ano. Na Conferência Gartner Infraestrutura de TI, Operações e Data Center, que acontece nos dias 9 e 10 de abril, será apresentada uma sessão sobre Big Data e sua influência nos Data Centers, além dos requisitos para que os gerentes de TI analisem como poderão gerenciar dados no futuro.

“Agora, as organizações têm mais conhecimento do que é o Big Data e como ele pode transformar o negócio de novas formas. As questões chave mudaram para ‘quais são as estratégias e as habilidades necessárias’ e ‘como podemos medir e ter certeza do retorno do investimento?’. Muitas empresas ainda estão nos estágios iniciais e poucas têm pensado em uma abordagem empresarial ou, ainda, percebido o profundo impacto que Big Data terá em suas infraestruturas, organizações e indústrias”, afirma Donald Feinberg, vice-presidente e analista do Gartner, que vai conduzir a palestra “Redução do Big Data no Data Center – Que Barulho é Esse?”, durante o evento.

As empresas estão realizando suas ações de Big Data em uma paisagem tecnológica em rápida mudança, com forças que produzem e demandam novos tipos de dados e de processamento da informação. Eles se voltam ao Big Data por duas razões: necessidade e convicção. As organizações estão conscientes de que essas iniciativas são críticas, pois identificaram oportunidades de negócio óbvias e potenciais, que não podem ser atingidas com as fontes de dados, tecnologias e práticas tradicionais.

“Isto faz com que os líderes de TI e negócio se interessem em estar à frente dos concorrentes, no que se refere ao lançamento das iniciativas de Big Data. Não há com o que se preocupar: ideias e oportunidades, neste momento, são ilimitadas e algumas das maiores vêm da adoção e adaptação de ideias de outras indústrias”, diz Donald. Desta forma, será desafiador deixar de lado o hype ao avaliar tecnologias, abordagens e alternativas de projeto de Big Data.

Apesar destes desafios, o Gartner prevê que, em 2015, 20% das 1000 maiores empresas terão estabelecido um foco estratégico em infraestrutura de informação, equivalente à de gerenciamento de aplicações.

Na expectativa de oportunidades de Big Data, organizações de todos os setores estão coletando e armazenando, provisoriamente, uma quantidade crescente de dados operacionais, públicos, comerciais e sociais. No entanto, na maioria dos setores – especialmente no governo, indústria e educação – combinar estas fontes com “dados obscuros” existentes e subutilizados, como e-mails, multimídia e outros conteúdos corporativos, representa a oportunidade mais imediata de transformar empresas.

O Gartner afirma que, por meio da integração e análise de variadas fontes de dados, não apenas individualmente, as empresas conseguem atingir os mais extraordinários insights de negócios, otimização de processos e tomadas de decisão. Embora a maior parte do hype do Big Data seja sobre como lidar com o tamanho e a velocidade dos dados disponíveis, a pesquisa mostra que os ganhos serão obtidos por aqueles que percebem o sentido de ampliar a gama de fontes de dados.

Os executivos de TI e negócios regularmente dizem que a informação é um dos maiores ativos de suas empresas. E elas têm gerenciado e implantado a informação de maneira mais efetiva, mas, certamente, não com a mesma disciplina afiada da gestão que é aplicada a seus ativos materiais, financeiros ou outros intangíveis. A aplicação de modelos de avaliação à informação formal permitirá à TI e aos líderes de gestão de informação e negócios tomarem decisões mais distintas sobre a gestão da informação, enriquecimento, segurança, riscos, compras, coleta, uso, troca e venda.

As inscrições para a Conferência do Gartner podem ser feitas pelo e-mail latin.america@gartner.com, pelo site www.gartner.com/br/datacenter ou pelos telefones (11) 3074-9724 / 3073-0625. Até o dia 5 de abril, é possível obter desconto de R$ 350,00.

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IDC: Mercado de tablets no Brasil foi o que mais cresceu em 2012

De acordo com estudo realizado pela IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações, o tablet é o dispositivo que apresenta maiores taxas de crescimento no mercado brasileiro. Durante o ano de 2012 foram vendidos 3,1 milhões de unidades, ou seja, 171% mais do que em 2011, quando o País havia comercializado 1,1 milhão de equipamentos. Somente no quarto trimestre foi de 1,1 milhão.

Ainda segundo o estudo da IDC, do total de tablets vendidos, 77% têm o sistema operacional Android e quase 50% dos dispositivos custaram menos de R$ 500. “A entrada de equipamentos com esta faixa de preço foi o principal fator para o aumento significativo de vendas de tablets em 2012. Em 2010 e 2011, os valores ainda eram considerados altos e o leque de opções não era tão extenso. No ano passado, algumas empresas que até então fabricavam GPS passaram a produzir tablets e os preços ficaram mais convidativos. Além disso, a maioria dos fabricantes de computadores que atua no mercado brasileiro está incluindo o tablet em seus portfólios de produtos”, declara Pedro Hagge, analista de mercado da IDC Brasil.

Dos 3,1 milhões de tablets vendidos em 2012, 88% foram para usuários domésticos e 12% para o mercado corporativo. Na comparação com 2011, o segmento doméstico cresceu 159% e o corporativo 303%. “Desde que os tablets foram lançados, é um mercado que sempre aponta para números crescentes, ou seja, em nenhum trimestre houve queda. Com certeza é um dispositivo que colabora para a inclusão digital já que é boa alternativa para quem precisa consumir conteúdo e não produzir muita informação”, completa Hagge.

O analista da IDC Brasil conclui também que a chegada do tablet aumentou o tempo de vida de um computador, fazendo com que o consumidor demore mais tempo para renovar seus desktops ou notebooks. “Embora o usuário esteja comprando menos computadores, entendemos que os dispositivos têm funções bem distintas e que o tablet não é, de forma alguma, um substituto”, finaliza Hagge.

Quando comparado com o mercado de computadores no Brasil o que se vê é que foram vendidos, em 2012, um tablet para cada cinco computadores. Em 2011 era um tablet para cada 14 computadores. Nos Estados Unidos, vendeu-se, em 2012, praticamente um tablet para cada notebook. Já na China foi um tablet para cada oito computadores. No ranking mundial do mercado de tablets, o Brasil ocupa a décima posição. O país havia fechado 2011 na décima segunda posição.
Para o ano de 2013, a IDC espera que sejam vendidos 5,8 milhões de tablets, número que é 89,5% maior do que o apresentado no ano passado. O mês de janeiro de 2013, segundo o estudo mensal da IDC, apresentou vendas de 350 mil peças, apenas 15% mais baixo quando comparado com o mês de dezembro de 2012, considerado o mais representativo desde o início das vendas de tablets no Brasil.

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Como as empresas podem aderir ao Social Business

Por Sidney Sossai

Muitas organizações estão mergulhando no social business de cabeça sem antes mesmo levar em consideração questões crusciais para a implementação do conceito em suas empresas. Existe uma ideia errônea de que a transformação social de uma companhia é simplesmente levar as ferramentas das redes sociais para dentro da empresa e deixar que os funcionários a explorem.

As corporações já perceberam que a maneira mais rápida e simples de se conectarem a clientes, parceiros e funcionários hoje em dia é por meio do uso das ferramentas sociais.

Segundo um estudo recém-divulgado pela IBM denominado “The business of Social Business”, no qual a empresa entrevistou mais de 1.100 profissionais de negócios e tecnologia, cerca de 62% dos entrevistados planejam aumentar seus investimentos em Social Business ao longo dos próximos três anos, mas apenas 22% acreditam que os seus gerentes estão prontos para tornar essas tecnologias e investimentos parte de suas rotinas diárias.

Ainda existe uma grande lacuna de conhecimento acerca dos impactos que a tecnologia social pode trazer para os negócios. Além disso, quase 75% se sente despreparado para as mudanças culturais que a adoção das tecnologias requer.

Enquanto algumas empresas aceleram seus investimentos em Social Business, muitas ainda enfrentam dificuldades com sua implementação, devido a questões culturais e organizacionais, bem como com a integração dessas inovações no modo como conduzem seus negócios.

Além disso, as organizações estão aprendendo que simplesmente implementar essas tecnologias não é suficiente. Os negócios sociais são realmente transformadores e, assim como aconteceu com outras tecnologias transformadoras, como a internet ou os computadores pessoais, o social business forçará empresas a repensar seus modelos de negócios habituais, reconsiderar normas culturais e remodelar as abordagens básicas de gerenciamento para extrair o máximo valor da tecnologia.

É um campo muito rico de aprendizado para um grupo de empresas pioneiras que já têm feito investimentos em tecnologias sociais, seja no uso de hubs de colaboração, implantação de redes sociais privativas ou atividades sociais baseadas em analytics.

Entre as abordagens que esses líderes têm utilizado podemos destacar três frentes de ação: encorajar a experimentação de tecnologias sociais por seus funcionários e colaboradores; criar uma cultura de colaboração; e pensar de forma criativa sobre dados sociais, pois muitas empresas pesquisadas quantificam resultados, mas já sabem que medir a eficácia de abordagens sociais em termos de economia de custo não é suficiente.

Nesse processo de transformações as organizações de ponta que estão aderindo ao Social Business aproveitam suas ferramentas sociais externas e as integram em seus processos de negócio. Além disso, usam abordagens sociais não apenas para se comunicar melhor com seus clientes, mas também para compartilhar conhecimentos com seus fornecedores, parceiros de negócios e funcionários. O conceito de empresa social chegou para ficar e vai transformar corporações assim como está transformando a sociedade.

Sidney Sossai é gerente de soluções de colaboração da IBM Brasil.

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Empresas podem se inscrever no Start-Up Brasil e se candidatar às aceleradoras da Microsoft Participações

A Microsoft Participações, empresa de investimentos de capital 100% nacional e parte do grupo Microsoft, criada no final de 2012, participa do programa Start-Up Brasil, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Com o apoio do Governo Federal, a empresa gerenciará uma rede de aceleradoras de start-ups em conjunto com a OAS Investimentos, NEC Latina America, grupo Capital Criativo, Anjos Cariocas e AgeRio. Ao todo, até 45 jovens empresas de tecnologia localizadas no Rio de Janeiro, Natal e Porto Alegre (em média, 15 por cidade) serão beneficiadas pela rede, recebendo aportes financeiros e acompanhamento para acelerar seu desenvolvimento.

A rede, denominada Acelera Brasil, tem por objetivo expandir sua operação e abranger cidades de norte a sul do País nos próximos anos, colaborando para o aumento da competitividade nacional, sobretudo no que concerce à inovação. De acordo com Franklin Luzes Jr., diretor de operações da Microsoft Participações, “dependendo do plano de negócios, projeto, escopo e necessidade, as start-ups poderão receber da Acelera Brasil até R$ 1 milhão em dois anos”.

Somado a esse investimento, o programa Start-Up Brasil fornecerá para cada empresa selecionada até R$ 200 mil na forma de bolsas para pesquisa, desenvolvimento e inovação, a serem concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).

Além do investimento em capital, a Acelera Brasil ajudará as empresas nascentes que fizerem parte de suas aceleradoras, a desenvolverem mecanismos de gestão maduros, para que sejam atraentes tanto ao mercado de fundos de capital de risco quanto à grandes empresas. Para isso, as aceleradoras oferecerão mentoria para elaboração e cumprimento dos planos de negócios; suporte operacional oferecido pelos investidores anjos e mentores; suporte tecnológico, por meio do qual todos os participantes terão acesso aos softwares da Microsoft, treinamentos, capacitação e suporte técnico; espaço físico para que cada startup desfrute de um escritório individual e tenha à disposição salas de reunião para receber seus clientes e parceiros; e business networking para que as startups sejam colocadas em contato com parceiros e possíveis investidores.

“A Microsoft Participações trabalha em sintonia com o Governo Federal para construir e desenvolver o ecossistema de inovação e empreendedorismo, estabelecendo parcerias com os setores público, privado e a academia”, afirma Luzes Jr. Para a Microsoft, o Brasil é um mercado-chave e abriga uma das dez maiores operações da empresa no mundo. No país há mais de 20 anos, a Microsoft acompanha de perto a evolução do cenário econômico, especialmente no que diz respeito às relações entre renda, emprego e competitividade. Com o propósito de colaborar para que a tecnologia possa ter impacto socioeconômico relevante e positivo, melhorando assim a qualidade de vida dos brasileiros, a Microsoft Brasil investiu, nos últimos dez anos, mais de R$ 167 milhões em programas que visam ao fomento da competitividade nacional.

Para mais informações sobre o Acelera Brasil, acesse: http://www.microsoft.com/brasil/acelera/

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Chamada pública define empresas nascentes para apoio do Start-up Brasil

Até 100 empresas nascentes de base tecnológica serão apoiadas por chamada pública do programa Start-up Brasil. O edital será lançado pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, nesta quinta-feira (21), no Rio de Janeiro.

As startups escolhidas receberão recursos públicos e privados e terão o apoio de aceleradoras de empresas, que irão abriga-las durante seis meses a um ano. O período tem como objetivo o amadurecimento rápido dos projetos para sua adequada inserção no mercado.

A cerimônia no Rio terá palestra do fundador do Startup Weekend, Andrew Hyde. Participam do anúncio o prefeito do Rio, Eduardo Paes; o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Maurício Borges; o secretário de Política de Informática do ministério, Virgilio Almeida; o COO do Start-up Brasil, Felipe Matos.

O coordenador do programa, Rafael Moreira, mediará um painel com representantes das nove aceleradoras selecionadas em edital anterior. As nove aceleradoras selecionadas na primeira etapa do programa Start-up Brasil foram anunciadas pelo secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida, em São Paulo, no dia 28 de fevereiro. Foram habilitadas as empresas 21212, Aceleratech, Microsoft, Papaya, Pipa, Wayra, Acelera MG, Outsource Brasil e Start You Up.

Após a cerimônia, as 11h30, os jornalistas presentes estarão convidados a participar da coletiva de imprensa.

O Start-up Brasil

O programa tem o objetivo de fortalecer o ecossistema de startups no país para ampliar a competitividade do Brasil e estimular o desenvolvimento econômico. Foi criado pelo MCTI como parte do Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação, o TI Maior, que se baseia em cinco pilares: Desenvolvimento Econômico e Social; Posicionamento Internacional; Inovação e Empreendedorismo; Produção Científica, Tecnológica e de Inovação; e Competitividade.

Apoio

O apoio oferecido às startups se destina a empresas nacionais (75% do total) e internacionais (25%), com até três anos de constituição, que desenvolvam produtos ou serviços inovadores, usando ferramentas de software e serviços de TI como parte da solução proposta.

Cada startup escolhida contará com R$ 200 mil na forma de bolsas para pesquisa, desenvolvimento e inovação e concedidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI). Além disso, a aceleradora poderá investir recursos adicionais, que variam de R$ 20 mil a R$ 1 milhão, no projeto.
A aceleração é o processo, muito rápido, de desenvolvimento de um produto ou serviço direcionado ao mercado, envolvendo o suporte de mentores, investidores de risco e pesquisadores universitários, entre outros recursos.

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Onde estão os recursos da inovação no Brasil?

Por Rafael Levy

O Governo Federal anunciou na última semana o lançamento de um pacote de R$ 32,9 bilhões para a inovação no país, o Inova Empresa, que terá duração de dois anos. A alta cifra levanta questionamentos sobre o estado da inovação no Brasil e os caminhos que o poder público tem encontrado para fomentá-la. O plano, que seria uma oportunidade para propor uma reforma ampla de gestão, basicamente se resume a injetar um volume maior de recursos nas linhas de trabalho já existentes. Atualmente, o Brasil concentra sólida produção científica e a indústria tem realizado mais pesquisa e desenvolvimento (P&D). Os resultados mostram, porém, que é importante investir também em outras frentes.

Em 2011, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) declarou em seu relatório de gestão que dedicou R$ 3 bilhões à inovação. Desse montante, foi aplicado R$ 1,7 bilhão em operações de crédito para P&D nas empresas e R$ 1,1 bilhão nas instituições científicas e tecnológicas. Os outros R$ 200 milhões foram fornecidos como subvenção – o chamado financiamento a fundo perdido, pelo qual as empresas recebem dinheiro para investir em P&D sem a obrigação de devolvê-lo à agência. Já o relatório mais recente do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) indica o aporte de R$ 2,2 bilhões em empresas em 2012 por meio de diferentes linhas de financiamento.

Parcela importante dos mecanismos que hoje movimentam a inovação está nas regulações setoriais (Lei da Informática no setor de tecnologia da informação e comunicação, regulamentação da Aneel no setor elétrico, Inovar Auto na indústria automobilística e regulamentação da ANP para o setor de óleo e gás), segundo as quais as empresas de áreas estratégicas têm a obrigação legal de dedicar percentuais mínimos às atividades de P&D. Juntos, esses setores somam cerca de R$ 3,5 bilhões anuais. Também com foco em P&D industrial, por meio da Lei do Bem, o Governo Federal abriu mão de R$ 1,4 bilhões em arrecadação de impostos das empresas em 2011.

É importante notar que esses valores mostram que os investimentos públicos em inovação têm focado prioritariamente nas atividades de pesquisa nas universidades e no aumento da P&D industrial. Porém, está cada vez mais clara a necessidade de ampliar o espectro. Hoje em dia, já se sabe que algumas das mais importantes inovações não ocorrem pela criação de novos produtos, mas pelo surgimento de modelos de negócios inovadores, por exemplo.

O lançamento do pacote pelo Governo Federal nesse contexto torna ainda mais relevante a reflexão sobre se a medida será capaz de aperfeiçoar o modelo brasileiro de incentivo à inovação ou se irá se restringir a aumentar o volume de recursos, sobrecarregando a capacidade operacional das agências. Esse aspecto torna-se crítico, uma vez que boa parte das iniciativas bilionárias já criadas anteriormente tiveram falhas na implementação, não atingindo as expectativas e apresentando resultados questionáveis.

Por exemplo, em 2009 foi anunciado R$ 1,4 bilhão para o Primeira Empresa Inovadora (Prime) com objetivo de investir em novos negócios inovadores. Na prática, a execução orçamentária não chegou a 12% do esperado, ficando em cerca de R$ 160 milhões, e o programa foi extinto logo em seu primeiro ano.

Já o programa de subvenção econômica, que desde 2006 vinha oferecendo anualmente de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões de recursos não reembolsáveis diretamente para as empresas, foi descontinuado em 2012. A iniciativa atingiu recordes de demanda por parte das grandes empresas, mas parece ter sido extinto, estando limitado agora ao Tecnova, cujo foco é nas pequenas empresas.

Também no que se refere a incentivos fiscais, pode-se ver uma estagnação na evolução do programa. O valor total de investimentos em P&D incentivados caiu 20% entre 2010 e 2011 e não cresce desde 2008. Além disso, o mecanismo vem encontrado dificuldades em se adequar a formas diferentes de inovar além da P&D industrial. No último relatório de uso dos incentivos fiscais da Lei do Bem, nenhuma operadora de telecomunicações teve sua prestação de contas aprovada, mostrando que o governo ainda não reconhece os esforços do setor de serviços.

O caso do Ciência sem Fronteiras também reforça a preocupação de que a injeção de recursos em órgãos funcionais seja compatível e promova um ganho efetivo para o modelo de financiamento da inovação. Com previsão de R$ 5 bilhões de investimento até 2015 em 101 mil bolsas, o programa tem exigido que Capes e CNPq estabeleçam parcerias com empresas e entidades privadas para promover intercâmbios de excelência não só acadêmica. Essas parcerias (com Petrobras, Febraban, Vale, CNI, Natura e O Boticário, dentre outros) concentram 26 mil bolsas, mas ainda engatinham para efetivamente integrar pesquisadores acadêmicos e empresas. No esforço de cumprir as metas, o que se tem observado é a redução de exigências para os candidatos, como conhecimento do idioma estrangeiro, e a inclusão de universidades estrangeiras com índices acadêmicos inferiores.

Pelo plano Inova Empresa, a gestão dos recursos federais para inovação passa a se dividir em editais por setores: petróleo e gás; etanol; energias renováveis; defesa e aeroespacial; saúde; e tecnologia da informação e comunicações. O Inova Empresa acerta na medida em que se propõe a integrar os mecanismos para simplificar o acesso da empresa à inovação e descentralizar a demanda das pequenas empresas, facilitando a operação da Finep. Porém, ao optar por manter as mesmas estruturas de programas anteriores (crédito, parceria com universidades e subvenção para a contratação de pesquisadores), apenas agrupando-os em chamadas setoriais, acaba não criando mudanças substanciais. Resta saber se dessa vez teremos uma iniciativa implementada conforme o anunciado e com resultados satisfatórios para o governo e para o setor empresarial.

Rafael Levy é sócio e consultor em inovação pela Allagi e diretor do Open Innovation Center – Brasil

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Estão abertas as inscrições para o Desafio Intel 2013

Competição de empreendedorismo da Intel ganha novo formato e foca em tecnologias de informação e comunicação; vencedor irá passar pro programa de aceleração de startups

• Startups já podem se inscrever para participar do Desafio Intel, competição de empreendedorismo de base tecnológica organizada pela Intel.
• Participantes receberão mentoria de especialistas em venture capital e concorrem a um programa de aceleração de um mês nos Estados Unidos.
• Vencedor concorrerá com empresas da América Latina por uma vaga no Intel Global Challenge, competição global de empreendedorismo que conta com a participação dos principais players do mercado de venture capital do Vale do Silício.
São Paulo, 15 de março de 2013 – Já estão abertas as inscrições para o Desafio Intel, uma iniciativa projetada para estimular o desenvolvimento do ecossistema empreendedor no país, impulsionando a criação de projetos de negócios tecnológicos nas universidades. As inscrições vão até o dia 8 de abril, e podem ser realizadas pelo site www.desafiointel.com.
Diferente dos anos anteriores, onde empresas de base tecnológica de todos os setores participavam, a edição de 2013 da competição de empreendedorismo da Intel focará em empresas voltadas para tecnologias de computação. As empresas participantes devem atuar em um dos seguintes mercados:
• Internet, Mobilidade e Software: negócios escaláveis que façam uso de tecnologias inovadoras de computação, tais como: computação em nuvem, big data, conectividade móvel de alta velocidade, inteligência artificial, plataformas de computação móvel ou sensores avançados.
• Computação voltada à inovação social: negócios escaláveis que combinem resultados financeiros com um impacto social em setores como agricultura, educação, energia, finanças, meio ambiente, saúde, habitação, ciências biológicas ou água.
• Hardware e computação: negócios escaláveis baseados em soluções de hardware, incluindo tecnologias sem fio, processadores embarcados e computação perceptual.
“Há quase uma década a Intel mantém programas de fomento ao empreendedorismo no Brasil. Ajudamos a formar uma cultura e um mercado bastante atraente para a criação de startups de base tecnológica”, avaliou Rubem Saldanha, gerente de educação da Intel Brasil. “Com o crescimento do número de empresas criando tecnologias de computação inovadoras no país, acreditamos que este é o momento para uma competição focada especificamente no mercado de computação, que tem alto valor agregado e traz enormes benefícios para o país.”

Dez semifinalistas, selecionados por uma bancada de juízes especialistas nos mercados de venture capital e tecnologia, apresentarão suas empresas para uma banca examinadora em maio. Os juízes avaliarão as empresas com base em diversos critérios, tais como inovação no conceito ou produto oferecido pela empresa, competitividade e diferenciação no mercado, capacidade de execução do plano estratégico e qualificação e experiência do time.

O vencedor receberá mentoria de uma empresa especializada dos Estados Unidos e também uma bolsa de estudos para o YouNoodle Camp, um programa de aceleração de negócios no Vale do Silício que acontece durante o próximo mês de julho. No YouNoodle Camp, os participantes frequentarão cursos com professores de Standford, receberão assessoria de especialistas, participarão de painéis com peritos, visitarão diferentes empresas e se relacionarão com o ecossistema empreendedor mais bem sucedido do mundo. A empresa também concorrerá a uma vaga para representar a América Latina no Intel® Global Challenge 2013 na Universidade de Berkeley, onde competirão por prêmios em dinheiro no valor de US$ 100 mil.

“A competição é voltada para estudantes de graduação, pós-graduação e recém formados que tenham uma proposta de negócio no segmento tecnológico,” disse Javier F. Firpo, diretor do Programa de Educação e Responsabilidade Social Empresarial para a Intel América Latina “A inovação é fundamental para o desenvolvimento do planeta como um todo e o principal objetivo da Intel é estimular os jovens latino-americanos a desenvolverem tecnologia e contribuírem para o desenvolvimento econômico em seus países”.
Condições para a participação:

• A equipe precisa ter um membro que seja ou tenha sido nos últimos quatro anos estudante universitário buscando algum dos seguintes diplomas: licenciatura, graduação ou pós-graduação.

• Disponibilidade de um membro da equipe para viajar para a Califórnia e participar do YouNoodle Entrepreneurship Camp durante 30 dias no mês de julho.

• Os projetos devem ser inscritos em inglês.
• Os projetos devem estar relacionados a qualquer uma das seguintes áreas:
o Internet, mobilidade e software
o Soluções com tecnologias da Informação para problemas sociais
o Hardware e informática
• As equipes não devem ter recebido mais de US$ 250.000 em fontes de patrocínio ou fundos de investimento incluindo – mas não se limitando a – capital de risco, investidores ou fundos de investimento privado.
• A implementação deve ter um protótipo em funcionamento antes de 1º de outubro de 2013.
• A startup não pode ser uma filial de uma organização já existente (com fins lucrativos).

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Governo lança Plano Inova Empresa com investimentos de R$ 32,9 bilhões

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo federal lançou hoje (14) o Plano Inova Empresa, para tornar as empresas brasileiras mais competitivas no mercado global por meio da inovação tecnológica e aumento da produtividade. Os recursos, da ordem de R$ 32,9 bilhões, serão aplicados em 2013 e 2014 e beneficiarão empresas de todos os portes dos setores industrial, agrícola e de serviços.

Do total, R$ 20,9 bilhões serão ofertados por meio de crédito para empresas, com taxas de juros subsidiadas de 2,5% a 5% ao ano, quatro anos de carência e 12 anos para pagamento. As subvenções econômicas às empresas representarão R$ 1,2 bilhão, enquanto o fomento para projetos em parceria entre instituições de pesquisa e empresas, R$ 4,2 bilhões. O governo também vai aplicar R$ 2,2 bilhões em participação acionária em empresas de base tecnológica.

As linhas de financiamento serão executadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, apresentou o plano durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no Palácio do Planalto, com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, o Plano Inova Empresa é um passo para a consolidação da ciência, tecnologia e inovação como eixo estruturante e sustentado da economia brasileira.
O governo informou que o plano também deve receber mais R$ 3,5 bilhões por meio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para atividades de pesquisa e inovação no setor de telecomunicações. Esses recursos ainda dependem do término do processo de regulação do setor, que está sob consulta pública.

O comitê gestor do plano será formado pela Casa Civil da Presidência e pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior e da Fazenda, além da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Edição: Denise Griesinger

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Estadão: Déficit de profissionais de tecnologia se aprofunda no País

Nayara Fraga, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO – As vagas de emprego para profissionais de tecnologia da informação e comunicação (área conhecida pela sigla TIC) estarão sobrando, em centenas de milhares, daqui a dois anos. Especialmente no campo de redes e conectividade, o número de cadeiras vazias triplicará, segundo estudo da consultoria IDC encomendado pela Cisco. As 39,9 mil posições não preenchidas em 2011 subirão para 117,2 mil em 2015. Isso significa que a demanda por trabalhadores excederá em 32% a oferta.

O resultado da pesquisa reforça um cenário preocupante no País, a um ano da Copa do Mundo e a três da Olimpíada: a falta de mão de obra qualificada no mercado das TICs. O Brasil é o segundo país da América Latina que mais enfrenta dificuldade para contratar profissionais nesse setor, apenas atrás do México, diz Giuseppe Marrara, diretor de relações governamentais da Cisco do Brasil. “Formar gente o suficiente (nas universidades e escolas técnicas) é muito difícil.”

Segundo o executivo, apenas para a área de redes, o País tem cerca de 22 mil novos formandos a cada ano, enquanto a demanda é por 40 mil. Essa disparidade acaba provocando as distorções típicas do segmento da tecnologia, em que profissionais em início de carreira recebem salários equivalentes, na teoria, a posições seniores. Há casos em que um gestor de segurança chega a receber mais de R$ 20 mil. Leia reportagem completa no Estadão.

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Blog Cenetic: Agência Curitiba recebe empresários de TI

Empresários do setor de tecnologia da informação foram recebidos pela diretora-presidente da Agência Curitiba de Desenvolvimento. No encontro com Gina Paladino, representantes da Cenetic, do APL de Software, do Parque de Software e da Assespro-PR apresentaram o projeto Curitiba Tech City e demandas para o fortalecimento das empresas de TI da capital paranaense. A Agência Curitiba passa por um novo direcionamento alinhado com o programa de governo do prefeito Gustavo Fruet e deve anunciar, em breve, novos projetos para o desenvolvimento econômico da cidade. Os empresários receberam de Gina Paladino um convite para participar ativamente com a equipe da prefeitura das discussões sobre o andamento de projetos como Tecnoparque e ISS Tecnológico, já existentes, e de novas iniciativas.

Fonte: blog da Cenetic

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