SHEIN anuncia expansão do marketplace no Paraná

A SHEIN, varejista global de moda, beleza e lifestyle, anuncia a expansão do marketplace no Brasil, com o Paraná como a próxima região estratégica em seu plano de crescimento. Focada nas cidades de Curitiba, Londrina, Maringá e Cascavel, a empresa pretende alcançar 1.500 vendedores locais até o final de novembro. Lançado em abril de 2023, o marketplace da SHEIN teve um rápido crescimento no País. Em novembro, a SHEIN contava com 10.000 vendedores em seu marketplace. Em agosto de 2024, esse número subiu para 25.000, o que representa um crescimento de mais de 150% em 9 meses.  
 

“Atualmente, as vendas do marketplace representam 55% da receita da SHEIN no Brasil. Ou seja, essa é uma ótima oportunidade e, também, reforça o nosso comprometimento com o País, colaborando para a meta de ter 85% das vendas locais até o final de 2026, combinando produtos do marketplace e da produção nacional”, afirma Felipe Feistler, Country Manager da SHEIN no Brasil. 
 

Em 2024, o plano de expansão geográfica da SHEIN prioriza cinco estados: Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
 

“Essa movimentação tem sido um sucesso no caminho da SHEIN em se tornar cada vez mais brasileira. Já expandimos para o Rio de Janeiro e Minas Gerais no primeiro semestre, e nesse mês de setembro,chegamos ao Paraná. Nosso objetivo é continuar ampliando ainda mais o nosso ecossistema em todas as regiões brasileiras. Seguimos fiéis à nossa missão de tornar a beleza da moda acessível a todos”, ressalta Feistler. 
 

A proximidade geográfica do Paraná com outros estados do Sul e Sudeste, além de seu importante polo têxtil, tornam a região uma escolha estratégica para a expansão da empresa A região também conta com um ecossistema logístico robusto, essencial para o crescimento eficiente do marketplace. “Enxergamos em Curitiba, Londrina, Cascavel e Maringá um grande potencial para captação de vendedores e escalabilidade do marketplace. Nossa expectativa é ter 1.500 vendedores da região atuando na plataforma até final de novembro, sobretudo micro, pequenos e médios empreendimentos. É uma forma que vendedores locais têm para alcançar um mercado ainda mais amplo, tendo como motor toda a expertise e o alcance que a SHEIN já tem no país. Destaco o acesso aos 45 milhões de usuários da plataforma, em todo o Brasil, que são fãs da marca”, reforça Feistler. 
 

VM Jalecos: crescimento de mais de 800% no faturamento  

A VM Jalecos e Acessórios, localizada na cidade paranaense Maringá, sentiu nos números a experiência de fazer parte de um marketplace com 45 milhões de consumidores brasileiros. A empresa, que vende jalecos e pijamas (conhecidos como “scrubbies”) para esteticistas, pesquisadores e estudantes, começou a atuar na plataforma da SHEIN em setembro de 2023 e viu seu faturamento aumentar em 888% até julho de 2024. 

“Na SHEIN é fácil de vender e o marketplace facilita o incremento do faturamento. O algoritmo entrega os anúncios e dá visibilidade”, conta Alison Mucio, dono da VM Jalecos e Acessórios  

A VM Jalecos e Acessórios oferece 30 modelos de jalecos, disponíveis em 13 cores diferentes. Segundo ele, a SHEIN é o canal que oferece a melhor margem de lucro e visibilidade para seus produtos que vende, principalmente, para as regiões Sul e Sudeste. 

Os vendedores interessados passam por uma avaliação de qualificação antes de serem certificados para operar na plataforma da SHEIN. Entre os requisitos avaliados estão: obrigatoriedade de comprovar um CNPJ ativo, estar em conformidade com a legislação tributária brasileira e ter produtos verificados que não firam direitos associados a   marcas registradas.  

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Intenção da indústria em lançar produtos sobe 18,4% em agosto

O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial volta a ser positivo, após apresentar queda nos últimos meses. Divulgado mensalmente pela Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil, o indicador aponta para alta de 18,6% em agosto na comparação sem sazonalidade com o mês de julho e de 0,9% quando comparado a agosto de 2023.

“O lançamento mais intenso de produtos ocorreu no setor de alimentos, sendo a região Sudeste aquela que exibiu o maior aumento na comparação livre de efeitos sazonais com julho deste ano. Trata-se do melhor resultado para o mês de agosto desde 2018, impulsionado pelas vendas de final de ano, uma vez que, no quarto trimestre, datas comemorativas como Dia das Crianças, Black Friday, Natal e Ano Novo incentivam a indústria a renovar seu portfólio de produtos, trazendo novidades para o varejo e o consumidor”, explica Virginia Vaamonde, CEO da Associação Brasileira de Automação-GS1 Brasil.

Para Virginia, “é relevante levarmos ao mercado, há 12 anos, um indicador referência sobre a intenção de lançamento de produtos pela indústria brasileira”. “Seguiremos fornecendo informações que ajudem a guiar decisões estratégicas das empresas e a fortalecer os negócios no Brasil.”

Í

ndice por região do País

Setores em destaque

Entenda o índice

Índice antecedente de produção industrial que mede a intenção de lançamento de produtos no Brasil por meio dos pedidos de códigos barras pelas empresas.

  • ORIGINAL – O dado bruto reflete as solicitações de GTIN mês a mês.
  • DESSAZONALIZADO – série livre de efeito sazonal, exclui efeitos típicos de meses específicos e permite uma avaliação mais intuitiva de tendência do crescimento da série entre os meses (ex. comportamento histórico de aumento de pedidos por conta de datas comemorativas).
  • O Índice GS1 Brasil de Atividade Industrial será divulgado:
  • Todo 1º dia útil do mês
  • Primeiro indicador antecedente de Indústria a ser divulgado
  • Poder explicativo adicional – não direto – com significância estatística
  • Relacionado com Inovação – portfólio de produtos das empresas
  • Setores relacionados com CNAE – Divisão 10 a 33
  • Número Índice (Base: média de 2012 = 100)
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IA Generativa no Agronegócio: seis aplicações que podem impulsionar o setor

Por Fabrício Orrigo, diretor de produtos Agro da TOTVS

Desde o lançamento do ChatGPT, interface conversacional com base em Inteligência Artificial Generativa, muito tem se discutido os impactos do uso da inteligência artificial nos negócios, em diferentes setores da economia. A IA Generativa usa algoritmos de aprendizado para processar grandes quantidades de informações e tem capacidade de aprender padrões complexos de comportamento a partir de uma base de dados. No caso desta tecnologia, o processamento é feito sobre a linguagem natural, em um modelo chamado Generative Pre-trained Transformer, origem da sigla GPT.

Por isso, quando falamos de aplicação de IA Generativa, seu foco principal está na conversação e geração de conteúdo. Vejo o uso dessas tecnologias como importantes coadjuvantes do trabalho humano, em especial, quando lidamos com um volume cada vez mais impressionante de dados gerados pelos sistemas autônomos. No caso do agronegócio, essa inovação pode funcionar como um acelerador das decisões tomadas por gestores e produtores.

Com base na minha experiência, levantei seis pontos em que a IA Generativa pode ser aplicada para apoiar as atividades no campo. 

1. Assistência técnica

Um chatbot baseado no GPT pode responder a perguntas sobre produtos agrícolas, uso correto de fertilizantes ou pesticidas, técnicas de plantio, nutrição de plantas, entre várias outras questões relacionadas à agricultura, sendo uma espécie de assistente técnico para o produtor.

2. Comunicação com clientes

Chatbots podem fornecer informações sobre produtos para os clientes, como características nutricionais, origem e métodos de cultivo. A tecnologia pode funcionar também de forma reversa, captando avaliações e feedbacks dos consumidores para gerar insights de negócio e melhorias de processo aos produtores.

3. Análise de dados

Previsões climáticas, dados de colheita e informações de mercado podem ser processadas em grande escala pela IA Generativa. Os resultados podem ser utilizados pelos agricultores para acelerar a tomada de decisões sobre várias etapas do processo de plantio.

4. Previsão de demanda e mercado

A análise de dados históricos e em tempo real do agronegócio pode ser aplicada para prever a demanda futura por produtos agrícolas e oferecer insights sobre as tendências de mercado, apoiando o planejamento da produção.

5. Monitoramento e controle de pragas

Com a ajuda de imagens e informações fornecidas pelos agricultores, a IA Generativa pode processar uma enorme quantidade de dados para auxiliar no diagnóstico de doenças do cultivo e ainda sugerir medidas de controle fitossanitário.

6. Otimização do uso de recursos

A IA Generativa pode contribuir também com a otimização de água e fertilizantes, tendo como base dados ambientais e características do solo. Projeções e previsões de recursos e insumos podem ser feitas com base no histórico das atividades, apoiando assim práticas inclusive mais sustentáveis.

Como em qualquer nova tecnologia, é importante considerar algumas ressalvas antes de incorporar estas aplicações à gestão do agronegócio. O desempenho da IA Generativa depende diretamente da qualidade e da representatividade dos dados com os quais ela é alimentada. Por isso investir na atualização e na escolha dos dados mais relevantes para o negócio é vital para obter respostas corretas. Outro ponto de atenção está relacionado à segurança e privacidade de dados. É essencial garantir o uso responsável dos dados agrícolas para manter a integridade das aplicações e do serviço.

 Considerados esses fatores, é inegável o potencial que tecnologias baseadas em IA têm para o agronegócio brasileiro. A combinação entre a tecnologia e a tomada de decisão humana é a melhor receita para aumentar a eficiência e garantir o diferencial competitivo do agronegócio.

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5 habilidades que Devs precisam ter para se destacarem no mercado tech nacional

Da IA à capacidade de trabalhar em equipe, especialista da Alura elenca as competências indispensáveis para a categoria

Fabrício Carraro, Program Manager da Alura e autor de IA pela Casa do Código

No dia 12 de setembro, celebramos no Brasil o Dia da Programação, reconhecendo a importância vital desta área na construção do mundo digital em que vivemos. Segundo levantamento do GitHub, a população de desenvolvedores no Brasil cresceu 30% em 2023 na plataforma em comparação ao ano anterior, somando mais de 4,3 milhões de profissionais. 

Em homenagem à data, Fabrício Carraro, Program Manager na Alura, o maior ecossistema de educação em tecnologia do país, compartilha dicas essenciais para aqueles que desejam seguir uma carreira de desenvolvedor, visto que dominar apenas linguagens de programação já não é suficiente para se destacar na área.

O mercado tech está cada vez mais competitivo e globalizado, o que exige que os desenvolvedores vão além do código”, diz Carraro. “É preciso se atentar às tendências e buscar o aprimoramento  contínuo, tanto em novas ferramentas quanto em habilidade comportamentais”, completa. 

De acordo com o especialista, essas são as 5 habilidades-chave para ter sucesso nessa função nos dias atuais. Confira:

1. Resolução de problemas

Buscar soluções para desafios reais é a base da área da programação. Ou seja, a capacidade de analisar problemas complexos, dividi-los em etapas e encontrar caminhos eficazes é essencial para desenvolver softwares e aplicativos eficientes e  inovadores.

A verdadeira inovação em tecnologia não vem só da criação de novas aplicações, mas da capacidade de resolver problemas de maneira criativa e prática. É essa habilidade de enfrentar e solucionar desafios que realmente destaca os grandes desenvolvedores”, complementa Carraro.

2. Domínio de IA

A Inteligência Artificial (IA) é uma das principais protagonistas do setor tecnológico atual. Ela automatiza tarefas complexas, aumenta a precisão e eficiência na codificação, detecta vulnerabilidades e possibilita a criação de soluções inovadoras, como as assistentes virtuais. Não é por acaso que o Relatório de Tendências Globais de Talentos do LinkedIn revela que as oportunidades de trabalho na área mais que triplicaram no Brasil nos últimos dois anos.

Fabrício ressalta que a IA “veio para ficar”, pois não se limita a uma carreira específica, abrangendo todas as profissões, inclusive a programação. “A inteligência artificial está impulsionando a automação e a inovação em diversas áreas. Vemos cada vez mais as maiores empresas do mundo adotando CoPilots e LLMs focados na geração e correção de códigos para seus times de desenvolvimento, e essa tendência só cresce,” afirma.

3. Flexibilidade e mentalidade ágil

Devido ao avanço tecnológico acelerado, o mercado exige adaptação constante. Assim, desenvolvedores que aprimoram sua agilidade — aprendendo novas tecnologias rapidamente, trabalhando em equipes multidisciplinares e lidando bem com mudanças — ganham uma vantagem competitiva significativa.

Diante disso, o especialista destaca o conceito de lifelong learning como essencial para os desenvolvedores. “A educação contínua é parte fundamental da vida desse profissional, pois estamos falando de uma área que está em constante reinvenção”, afirma.

4. Comunicação eficaz

Saber codificar é uma habilidade essencial para programadores, mas não basta por si só. Para o sucesso dos projetos é fundamental que o profissional também consiga comunicar suas ideias de maneira clara e objetiva, tanto com a equipe quanto com clientes e usuários.

Carraro acrescenta: “Codificar com competência é apenas uma parte do trabalho. Para realmente compreender e impactar o negócio em que estamos atuando, é fundamental também saber se comunicar de forma assertiva e com pessoas de diferentes áreas de negócios. A combinação dessas habilidades permite que os desenvolvedores entendam melhor as necessidades do cliente e colaborem efetivamente com a equipe, garantindo que os projetos atendam aos objetivos da empresa”.

5. Visão  estratégica

Desenvolvedores que estão alinhados aos objetivos da empresa conseguem criar soluções mais eficazes e adaptadas às demandas do mercado. Por isso, entender o contexto da organização é crucial para atender às necessidades dos usuários de forma mais ágil.

Para se destacar no mercado tech nacional, um desenvolvedor precisa dominar mais do que apenas habilidades técnicas. É essencial que ele combine conhecimento profundo de programação com habilidades de comunicação, adaptabilidade, e uma compreensão clara dos objetivos de negócios da empresa”, explica Carraro. “Desenvolvedores que investem no aprimoramento dessas competências estão mais bem preparados para enfrentar desafios e criar soluções inovadoras que realmente atendam às necessidades do mercado“, finaliza. 

Fabrício Carraro reforça ainda que na era da transformação digital acelerada, a Alura oferece uma jornada completa de desenvolvimento, por meio de cursos que equipam os profissionais com os conhecimentos técnicos e as habilidades comportamentais mais demandadas pelo mercado, conectando os alunos à ferramentas essenciais para se destacar, inovar e gerar impacto positivo no mercado de trabalho atual. 

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H&CO abre centro tecnológico em Curitiba

Empresa pretende dobrar o número de colaboradores na filial até o fim do ano

Felipe Jacob, VP de operações da H&CO Brasil

Segundo dados do Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR), coletados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), o Paraná obteve, em 2023, um crescimento de 7,8% em sua atividade econômica – sendo esse resultado o maior de todo país. Tendo em vista um cenário tão promissor para os negócios, a H&CO, uma das principais empresas internacionais de consultoria em tecnologia e terceirização de serviços profissionais e parceira da SAP, acaba de consolidar sua presença no estado, e anuncia a abertura do seu novo centro tecnológico.

Com mais de 30 anos de atuação no mercado, a H&CO, presente em 29 países, conta com mais de 12 mil clientes em todo o mundo. Só no Brasil, a consultoria possui unidades em São Paulo (SP), Rio Preto (SP), Lençóis Paulista (SP), Goiânia (GO) e Porto Alegre (RS) e, agora, também em Curitiba (PR). A chegada no estado veio como resultado da aquisição das operações de SAP Business One, sistema em gestão para empresas em crescimento da multinacional alemã, da consultoria Six Consult, que passou ser uma unidade da empresa.

A fim de ampliar a consolidação e presença na região paranaense, a empresa decidiu dar um novo passo, o qual inclui a abertura do centro tecnológico na filial que prevê mudanças na estrutura operacional da H&CO no Brasil. Sendo assim, a unidade em Curitiba passará a ser responsável pela gestão financeira, suporte e sustentação da empresa no país. Já a matriz em São Paulo, enquanto isso, passa a ser responsável pelo controle fiscal.

O objetivo dessa mudança é efetivar a participação da empresa no estado e promover uma inovação em células, como explica Felipe Jacob, VP de operações da H&CO Brasil. “Mais do que uma filial, temos o intuito de transformar a nossa unidade no estado em um importante braço operacional, dando suporte para as ações em todo país. Ao migrarmos essas frentes de serviços para essa sede, impulsionaremos ainda mais o nosso desenvolvimento e aproximação com os nossos clientes na região Sul, que correspondem a cerca de 50% da nossa base de usuários”, aponta.

Com a abertura do novo centro tecnológico, a empresa pretende investir em ações externas como, por exemplo, a geração de emprego na região – visto que a consultoria pretende dobrar o número de 20 para 40 membros na equipe – junto à criação do programa de trainee, com foco em capacitar estudantes de tecnologia no ERP SAP Business One.

Segundo Jacob, essas ações vêm ao encontro do objetivo da H&CO de unificar as operações da empresa. “A partir da consolidação de uma equipe local, torna-se mais efetivo o ganho de produtividade e velocidade na execução dos projetos. E, ao investirmos na geração de emprego e capacitação profissional, contribuiremos também, paralelamente, com o desempenho econômico do estado”, destaca.

Ao estabelecer proximidade, a consultoria pretende investir nas estratégias de verticalização de segmentos, principalmente, nos setores de manufatura e agricultura, que possuem amplo destaque na região Sul e vem ao encontro dos planos de atuação da empresa.

Vale destacar que a consultoria já presta atendimentos no eixo regional e, desde a fusão, os clientes já são atendidos por uma central unificada, o que permite uma velocidade ainda maior na prestação de serviços. Deste modo, a ideia da organização é levar a estrutura criada em Curitiba para os outros países, principalmente, na América Latina, a fim de criar um modelo de suporte de SAP Business One, que pode ser utilizado independentemente do país.

Com um planejamento bem traçado, a H&CO mantém elevadas suas expectativas. “Nosso centro tecnológico em Curitiba é o primeiro passo de um projeto que tem como objetivo criar células em mais países que atuamos. Estamos otimistas que essa será uma jornada de sucesso, que irá trazer ganhos não apenas para a empresa, mas, principalmente, para os nossos clientes”, finaliza o VP de operações.

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PMEs online paranaenses faturam R$ 20 milhões com produtos de saúde e beleza em 2024

De acordo com levantamento realizado pela Nuvemshop – plataforma de e-commerce líder na América Latina –, de janeiro a agosto, as pequenas e médias empresas paranaenses do varejo online faturaram R$ 20 milhões com a venda de produtos do segmento de Saúde & Beleza, 100% a mais ante o mesmo período do ano anterior.
 

“Os produtos de beleza e bem-estar estão entre os mais buscados nas compras online. Temos observado um crescimento significativo no consumo de itens de cuidado pessoal pela internet, e isso se reflete diretamente no faturamento dos varejistas, incluindo pequenos e médios negócios. Empreendedores que apostam no online e utilizam diferentes canais para divulgar suas marcas e produtos têm grandes chances de crescer ainda mais neste segundo semestre”, aponta Luiz Natal, gerente de desenvolvimento de plataforma da Nuvemshop.
 

Em relação ao número de pedidos realizados, o total registrado no Paraná foi de mais de 95,5 mil, um montante 103% superior em comparação a 2023, com um ticket médio de R$ 211,10. Foram vendidos 253 mil produtos no período, com destaque para perfumes, cosméticos e maquiagens.
 

Para a análise, foram consideradas as vendas realizadas de 1º de janeiro a 31 de agosto de 2023 e 2024, com a base de lojistas paranaenses da Nuvemshop.

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Inteligência artificial como catalisador da criatividade humana

Por Fernando Baldin, country manager LATAM da AutomationEdge

Nos últimos anos, testemunhamos uma revolução no mercado tecnológico, impulsionada pelas ferramentas de Inteligência Artificial, com destaque para os Modelos de Linguagem (LLMs). Estes sistemas, capazes de compreender e gerar textos com uma precisão cada vez maior, têm sido aclamados como a nova fronteira da inovação, prometendo transformar a forma como trabalhamos, nos comunicamos e até pensamos. No entanto, em meio ao entusiasmo, é chave que não percamos de vista o verdadeiro potencial dessas ferramentas: elas não existem para criar ou decidir em nosso lugar, mas, sim, para servir como catalisador da criatividade humana.

Mas o que é um catalisador? Na química, um catalisador é uma substância que acelera uma reação sem ser consumida por ela. Ele não cria a reação, nem a altera, simplesmente a torna mais rápida e eficiente, ajudando os reagentes a alcançar o resultado desejado com menos esforço e em menos tempo. Trazendo esse conceito para o campo da tecnologia e da criatividade, podemos afirmar que as LLMs desempenham um papel semelhante. Elas não são a fonte da criatividade, mas sim ferramentas que potencializam e aceleram o processo criativo humano.

Um Novo Horizonte para a Criatividade

Imagine que uma empresa precisa criar uma campanha de marketing bem-sucedida. Muito além dos dados e algoritmos, é necessário um toque humano, uma compreensão profunda das nuances culturais, emocionais e psicológicas do público-alvo. É aqui que as LLMs entram como catalisadores: ao fornecer insights rápidos, gerar esboços de textos e sugerir ideias, elas liberam o tempo e a energia dos profissionais para que possam focar no que realmente importa — a criação de algo único e significativo.

Além disso, as LLMs permitem que as equipes criativas explorem uma gama mais ampla de ideias em um curto espaço de tempo. Elas funcionam como um brainstorming contínuo, oferecendo sugestões que, embora possam não ser perfeitas, servem como trampolins para o desenvolvimento de conceitos mais refinados. Esse processo de refinamento, por sua vez, depende inteiramente da visão e do julgamento humanos, que filtram, ajustam e aprimoram as ideias geradas pela IA até que estas se tornem soluções viáveis e inovadoras.

Desafios e Responsabilidades

Embora o potencial das LLMs como catalisadores da criatividade seja inegável, há desafios significativos que precisam ser enfrentados. Um dos principais é garantir que a dependência dessas ferramentas não leve à complacência criativa. É crucial que os profissionais mantenham um senso crítico aguçado e continuem a questionar e desafiar as sugestões geradas pela IA. Caso contrário, corremos o risco de padronizar nossas soluções e sufocar a inovação genuína.

Outro desafio reside na ética e na responsabilidade. As LLMs são alimentadas por grandes volumes de dados, que nem sempre refletem a diversidade e a complexidade da experiência humana. Isso significa que, sem uma supervisão adequada, essas ferramentas podem perpetuar vieses e reforçar estereótipos prejudiciais. Portanto, é essencial que os criadores e usuários de LLMs se comprometam a treinar esses sistemas de maneira ética, garantindo que eles contribuam para uma criatividade inclusiva e responsável.

As LLMs não substituem o processo criativo. Elas não são o motor que impulsiona a inovação, mas sim a engrenagem que ajuda a manter esse motor em alta velocidade. O valor real dessas ferramentas está na sua capacidade de acelerar o que já está organicamente pronto para ocorrer. A criatividade humana, com toda a sua complexidade e sutileza, continua sendo o núcleo do processo, e as LLMs, ao catalisar esse processo, nos permitem alcançar novos patamares de inovação e excelência.

Uma Perspectiva de Futuro

As plataformas de IA não são substitutas da mente humana, mas aliadas poderosas que potencializam nossa capacidade de criar, inovar e resolver problemas. Elas nos permitem ir além do óbvio, explorando possibilidades que talvez não tivéssemos considerado antes, mas sempre a partir de uma base humana. Em última análise, o verdadeiro valor das LLMs não está em sua capacidade de gerar textos ou tomar decisões, mas em como elas nos ajudam a desbloquear o nosso próprio potencial criativo.

Conforme incorporamos mais IA em nosso trabalho diário, é vital manter essa perspectiva. Devemos reconhecer as conquistas tecnológicas e aproveitar ao máximo as ferramentas que temos à disposição, mas sempre com a consciência de que a criatividade, a inovação e a capacidade de pensar criticamente são habilidades exclusivamente humanas. As LLMs podem acelerar e amplificar essas habilidades, mas nunca as substituirão. Em vez de ver a IA como um fim em si mesma, devemos encará-la como um meio para alcançarmos um novo nível de realização e expressão criativa.

A Conexão Entre Tecnologia e Humanidade

A combinação entre a inspiração, conhecimento e intuição humana que as LLMs catalisam nos permite atingir resultados incríveis mais rapidamente. Mas lembre-se: apesar de toda tecnologia, a intuição humana ainda é irreplicável. Por mais avançadas que sejam as ferramentas de IA, elas ainda dependem do toque humano para alcançar o verdadeiro brilho criativo. A capacidade de perceber nuances, interpretar emoções e adaptar-se a contextos em constante mudança é algo que, até o momento, só os seres humanos possuem. Assim, enquanto as LLMs podem ser vistas como parceiras valiosas, o verdadeiro poder criativo reside em nossa capacidade de usá-las de maneira consciente e deliberada, mantendo sempre em mente que somos nós, humanos, os autores finais de nossas criações.

A Importância da Educação e do Desenvolvimento Contínuo

Para maximizar o potencial das LLMs como catalisadores da criatividade, é crucial que as empresas e os profissionais invistam em educação e desenvolvimento contínuo. As habilidades tecnológicas precisam ser complementadas por uma sólida base em pensamento crítico, resolução de problemas e ética. Só assim poderemos garantir que as ferramentas de IA sejam usadas de maneira que realmente impulsione a criatividade e a inovação, em vez de limitá-las.

Além disso, à medida que as LLMs evoluem e se tornam mais sofisticadas, será cada vez mais importante que os profissionais se mantenham atualizados sobre as últimas tendências e desenvolvimentos. Isso não só permitirá que eles aproveitem ao máximo as novas tecnologias, mas também os capacitará a lidar com os desafios e dilemas éticos que inevitavelmente surgirão.

Estamos apenas no começo de nossa jornada com as LLMs e outras formas de IA. À medida que essas tecnologias continuam a evoluir, teremos a oportunidade de explorar novos horizontes de criatividade e inovação. No entanto, é essencial que mantenhamos uma abordagem equilibrada, reconhecendo tanto as oportunidades quanto os desafios que essas ferramentas trazem.

Ao usar as LLMs como catalisadores da criatividade, podemos abrir caminho para um futuro em que a tecnologia e a humanidade trabalham juntas em harmonia, criando soluções que são não apenas eficientes, mas também profundamente significativas e impactantes.

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Financiamento de veículos cresce 13,8% no Paraná em relação a agosto de 2023

No mês de agosto, o Paraná foi responsável pelo financiamento de 49 mil veículos, entre novos e usados, de acordo com dados da B3. No total, o Estado teve um crescimento de 13,8% no número de financiamentos na comparação com o mesmo período do ano anterior, mas queda de 0,3% em relação a julho.

No segmento de autos leves, a alta foi de 14,4% ante o mesmo período do ano passado e queda de 2,1% comparado com julho. Em financiamento de motos, foi registrado aumento de 13,2% na comparação com agosto de 2023 e de 13% em relação ao mês anterior. Já o número de financiamento de veículos pesados foi 8,6% maior do que o mesmo período do ano passado e 4,1% menor do que em julho.

A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do País, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.

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Franquias do Paraná crescem 21% e faturam cerca de R$9 bilhões no 1º semestre de 2024

MON – Curitiba. Foto: José Fernando Ogura/ANPr

Mantendo um bom ritmo, o setor de franquias brasileiro registrou um crescimento nominal de 15,8% no primeiro semestre deste ano frente a igual período de 2023. É o que revela a Pesquisa Trimestral de Desempenho do setor feita pela Associação Brasileira de Franchising (ABF). De acordo com o levantamento, a receita nos seis meses do ano passou de R$ 105,107 bilhões para R$ 121,766 bilhões.

No Paraná, o desempenho foi excelente com um acréscimo de 21%, consolidando-se como um polo atrativo para investimentos nesse modelo de negócio, com um faturamento de cerca de R$ 9 bilhões no 1º semestre de 2024. Já em número de unidades de franquia, o crescimento foi de 4 % chegando a 13.825 mil operações no período.

O bom desempenho do varejo e do setor de serviços no período também favoreceram o franchising, que cresceu um pouco acima do setor varejista em geral. Entre os segmentos, Alimentação, Saúde, Beleza e Bem-Estar e Serviços e Outros negócios registraram os três melhores desempenhos do Estado. Mesmo com a Páscoa ocorrendo em março, o setor continuou se beneficiando no segundo trimestre da demanda aquecida das pessoas por cuidados estéticos, valorização do bem-estar e do convívio social.
 

A Região Sul é um polo estratégico para o setor, sendo o Paraná o maior mercado de franquias da região, contribuindo com mais de 7% no faturamento e em operações de franquias. Tendo em vista a expansão do volume de unidades e de redes, o setor de franquias segue empregando diretamente mais pessoas. De acordo com a pesquisa, a mão de obra empregada pelo setor passou de 1,612 milhão para 1,674 milhão, o que representa uma alta de 3,85%. No Paraná houve um crescimento de 5,4 %, o que representa 120.071 mil empregos em todo Estado.

Metodologia 

A Pesquisa Trimestral de Desempenho do Franchising referente ao período de abril a junho de 2024 envolveu uma base amostral com 405 redes respondentes que representam cerca 30% das operações e 39% do faturamento do setor. Abrangendo o mercado como um todo, inclusive não associados, os números do desempenho do setor de franchising são apurados em pesquisa por amostragem, cruzados com levantamentos feitos por entidades representantes de setores correlatos ao sistema de franquias, órgãos de governo, instituições parceiras e de ensino. Auditados por empresa independente, os dados divulgados pela ABF são referência para órgãos governamentais de diversas esferas, entidades internacionais do franchising, como World Franchise Council (WFC), Federação Ibero-americana de Franquias (FIAF) e instituições financeiras.

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Evento inédito no Itaipu Parquetec reúne startups, estudantes, investidores e empresas para fomento do ecossistema empreendedor

Ricardo Machado/Itaipu Parquetec

Nos dias 4 e 5 de setembro de 2024, o Itaipu Parquetec promoveu o primeiro grande encontro do seu ecossistema de negócios, com o objetivo de conectar startups incubadas, investidores, empresas âncoras e estudantes. O evento, realizado nas dependências do Itaipu Parquetec, contou com a participação de cerca de 250 pessoas, que puderam explorar uma programação diversa voltada à capacitação empreendedora, conexões de negócios e visitas técnicas.  

Entre as autoridades presentes estavam o diretor superintendente do Itaipu Parquetec, professor Irineu Colombo; o diretor de negócios e empreendedorismo Eduardo Miranda; a diretora administrativo-financeira, Clerione Herther; o diretor de Tecnologias, Alexandre Leite; e o diretor de Turismo, Yuri Benites.    

O primeiro dia de evento (4) iniciou com uma cerimônia de abertura às 9h e prosseguiu com uma série de painéis e palestras com temáticas variadas como investimento, turismo, conectividade. Paralelamente, estudantes participaram de oficinas, enquanto empresas e startups dos editais ConectaIGU e Sanepar Startups participaram de rodadas pitchs para demonstrarem a empresas como foi o desenvolvimento de suas soluções com o apoio dos programas. O evento marcou a presença de grandes players de mercado para proporcionar conexões com o nosso ecossistema de negócios, como Thamara Prado, Head da Venture Capital da Natura, Sandro Fernandes, CEO do bondinho do Pão de Açúcar, do Grupo Iter e César Costa, CEO da Semente Negócios. 

Eduardo Miranda, Diretor de Negócios e Empreendedorismo do Itaipu Parquetec, destacou a importância desse encontro: “Essa aproximação é indispensável para a gente ter o nosso dia a dia com as startups. Muitas ainda não tinham tido a oportunidade de conhecer o parque e toda nossa infraestrutura. Hoje, esse evento inédito permite que mostremos um pouco do que produzimos e possamos também conhecer melhor as soluções desenvolvidas pelas startups. Serão dois dias muito ricos tanto para o Itaipu Parquetec quanto para nossos parceiros.”  

O evento promoveu também o fortalecimento das conexões dentro do ecossistema ao trazer grandes players do mercado para networking com as startups incubadas. Gustavo Rafael Collere Possetti, especialista em Pesquisa e Inovação da Sanepar, comentou: “a parceria entre a Sanepar e o Itaipu Parquetec é um exemplo de como a inovação aberta pode contribuir diretamente para a agenda de sustentabilidade. O evento é uma oportunidade ímpar para construir arranjos colaborativos e compartilhar soluções criativas para desafios contemporâneos da sociedade.” 

André de Castro Pereira Nunes, superintendente da Área de Pesquisa Aplicada e Desenvolvimento Tecnológico da Finep, também reforçou a relevância do evento: “Este evento é uma janela de oportunidade para as startups se destacarem no mercado, especialmente em um ambiente tão dinâmico e inovador quanto o que temos aqui.”  

Everton Schonardie Pasqual, superintendente de Informática da Itaipu Binacional, que representou a diretoria da empresa, enfatizou a parceria essencial entre inovação e sustentabilidade: “A tecnologia desempenha um papel central no desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios energéticos e ambientais da nossa região. Eventos como esse são fundamentais para consolidar o papel da inovação nesse processo.”  

A programação do primeiro dia encerrou-se às 17h, seguida de um happy hour oferecendo mais uma oportunidade para que os participantes pudessem trocar experiências e expandir suas redes de contato.  

O segundo dia (5) foi dedicado exclusivamente às startups. Com cerca de 50 participantes, a programação incluiu visitas técnicas aos centros de competência do Parque, uma cerimônia de graduação com a vista da Itaipu Binacional ao fundo, para as startups que completaram a metodologia Santos Dumont, além de uma capacitação empreendedora foi oferecida durante a tarde.  

Este evento inaugural celebra um novo capítulo no fortalecimento do ecossistema empreendedor do Itaipu Parquetec, promovendo a interação entre startups, estudantes, investidores e empresas, e evidenciando o potencial de transformação e inovação que emerge dessas conexões. 

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Agtechs Latino-Americanas de I.A. receberam US$ 221 mi nos últimos sete anos, aponta Distrito

Durante o período de 2018 até o primeiro semestre de 2024, os investimentos em startups da América Latina e inteligência artificial ligadas ao agronegócio atingiram US$ 221 milhões, de acordo com o Report IA no Agro produzido pelo Distrito, a principal plataforma de tecnologias emergentes da região. Globalmente, o mercado de I.A. no agronegócio foi e deve chegar a US$ 4,7 bilhões até 2028, segundo levantamento do MarketsandMarkets. 

Investimentos de startups I.A. no agro na América Latina 

Ano Volume (US$ milhões) Deals 
2018 0,5 
2019 31,8 
2020 62,3 
2021 3,3 
2022 117,2 11 
2023 5,8 

Brasil e os desafios da I.A. no agronegócio 

Com aplicações que integram desde o aprimoramento do cultivo até a otimização dos suprimentos, a I.A. se tornou uma ferramenta essencial para a transformação no setor agrícola ao proporcionar melhorias na eficiência, sustentabilidade e produtividade. No Brasil, essas agtechs captaram investimentos de US$199 milhões em 35 rodadas nos últimos sete anos.  

Apesar das soluções que a inteligência artificial traz para o mercado rural, a implementação da tecnologia ainda apresenta desafios com a falta de infraestrutura e acessibilidade à internet. Segundo o IBGE, 72% dos estabelecimentos rurais no Brasil não tem acesso à internet. “Junto com a barreira de conexão, as limitações de tecnologias avançadas no campo também estão relacionadas com a dificuldade de aceitação e confiança dos agricultores por parte de soluções baseadas em I.A. algo que deve melhorar nos próximos anos em vista da cada vez mais adoção da I.A. na sociedade”, explica Gustavo Araújo, CIO e co-fundador do Distrito.  

“Nesse cenário é imprescindível o papel das empresas e agtechs no incentivo e fomentação de informações para os agricultores sobre o uso da I.A. como ferramenta vantajosa para auxiliar os desafios climáticos e impulsionar a eficiência do plantio”, complementa o executivo.  

Impactos da I.A. no agronegócio 

A adoção da inteligência artificial é uma necessidade estratégica para garantir a competitividade a longo prazo no setor agrícola, aponta o relatório do Distrito. A tecnologia permite uma agricultura de precisão, o que pode reduzir o uso de insumos, melhorando a gestão dos recursos e aumentar a produtividade. Com I.A., é possível implantar a coleta de dados detalhados sobre a saúde das culturas e fenótipos das plantas, auxiliando na prevenção do rendimento das safras e detecção precoce de pragas e doenças. 

Outro fator são os equipamentos utilizados no campo guiados pela I.A., como robôs pulverizadores autônomos e tratores automatizados, que permitem a aplicação dos produtos agrícolas com exatidão, economizando recursos e promovendo uma agricultura mais sustentável. A combinação de tecnologias avançadas, I.A. junto com a Internet das Coisas (IoT), também é um destaque no agronegócio ao permitir um monitoramento minucioso do solo e da água, ajudando a detectar estresse hídrico e a otimizar a irrigação.  

Exemplo dessa solução está no algoritmo de irrigação desenvolvido pela Agromakers, com capacidade de diminuir em 30% a quantidade de água aplicada nas plantas. Na gestão de economia sustentável do setor agro, a tecnologia avançada está atrelada a soluções que promovem a identificação de vazamento no fornecimento da água nas plantações por meio de sensores alimentados pela energia solar.  

I.A. na Pecuária e na Cadeia de Suprimentos 

A utilização da I.A. se estende por todas as áreas do agronegócio, e atua também na otimização da produção pecuária e avícola, permitindo o controle dos sinais fisiológicos e comportamentais para melhor saúde dos animais, caso da CowMed, startup que adota I.A. para acompanhamento da saúde de vacas leiteiras, aumentando a produtividade em até 53 litros de leite por dia por animal monitorado. 

No campo de suprimentos, a I.A. promove a preservação e alta qualidade de frutas e vegetais, produtos sensíveis às condições ambientais. Através de tecnologias como Gêmeos Digitais são realizadas simulações do status de armazenamento e transporte com intuito de minimizar perdas e garantir a entrega do alimento em bom estado desde a colheita até a entrega ao consumidor final.  

“As inovações tecnológicas no setor rural estão fortalecendo a confiança dos consumidores ao garantir a qualidade e a autenticidade dos produtos agrícolas. Essas tecnologias também promovem práticas mais éticas e sustentáveis, o que destaca o potencial transformador da I.A. no agronegócio”, finaliza Gierun. 

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Paraná desponta na oferta de biometano

O Paraná deu um salto na oferta de biometano, o biocombustível que é um substituto do gás natural e de outros combustíveis fosseis, como o GLP (gás de cozinha). A Geo bio gas & carbon, empresa do Paraná pioneira no desenvolvimento da cadeia de biogás e do biometano no país, finalizou as obras de ampliação da usina de Tamboara, um investimento de R$ 45 milhões. A capacidade de produção de biometano vai passar de 1.500 Nm³/d para 36.000 Nm³/d. 

“É um combustível verde que pode abastecer empresas, contribuindo para a descarbonização de importantes setores industriais”, afirma Diego Alveno, gerente de Comercialização e Trading da Geo bio gas&carbon. Em funcionamento desde 2012, essa planta foi a primeira a realizar a produção comercial de biogás em larga escala no Brasil a partir do processamento de torta de filtro, vinhaça e palha.

Hoje, o Paraná ocupa o 4º lugar na produção de biogás no Brasil e a vice-liderança em número de plantas instaladas. Pelas contas da Abiogás, o estado tem potencial de produção de mais de 2 milhões Nm³/d de biometano. 

No Paraná, alguns indústrias já estão usando o biometano, em substituição a combustíveis fósseis. É o caso da AESA, empresa que fabrica peças automotivas. A empresa, que trocou o GLP – combustível fóssil – pelo biometano conseguiu evitar a emissão de 733 toneladas de CO2, desde outubro de 2022. A descarbonização da produção tem auxiliado a empresa na atração de novos clientes e na relação com instituições financeiras para obtenção de crédito. 

Descarbonizar é condição para crescimento dos negócios

A ampliação da usina de Tamboara dá fôlego para que mais empresas no Estado substituam o combustível fóssil por um renovável.  “Sustentabilidade é hoje um ativo relevante para qualquer segmento econômico. Descarbonizar os processos produtivos é uma condição para o crescimento do negócio. E o biometano é uma solução competitiva”, afirma Diego Alveno. A empresa tem mantido conversas com empresas de diferentes segmentos para apresentar o biometano, suas vantagens e características. 

“É um produto que vem despertando bastante interesse entre empresários. O principal apelo é a possibilidade de descarbonizar seu processo produtivo e oferecer ao cliente um produto sustentável. O consumidor reconhece valor em ativos verdes”, conta Diego. 

Desde a assinatura, em 2015, do Acordo de Paris, que definiu as metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), as mudanças climáticas estão no centro da agenda de governos, da sociedade e do setor produtivo. O Brasil é o 6º maior emissor de gases do efeito estufa, mas tem uma das matrizes energéticas mais renováveis do mundo – 45% de fontes verdes, contra 14% da média mundial-, além do imenso potencial para expandir o uso de outras fontes sustentáveis, como biogás, biometano e hidrogênio. A transição para uma economia de baixo carbono é uma realidade para todos os setores econômicos.

Até 2026, o Brasil deve ser um dos maiores produtores de biometano do mundo, de acordo com um estudo divulgado este ano pela Agência Internacional de Energia (IEA). Desde 2012, o Paraná é um dos poucos estados do Brasil a produzir esse biocombustível, obtido a partir do processamento de resíduos orgânicos. 

O biogás é utilizado para geração de energia elétrica; e o biometano, uma espécie de biogás purificado, é um produtor similar ao gás natural, só que renovável. Pode ser utilizado para geração de energia elétrica, para transporte veicular, como substituto do óleo diesel, por exemplo, e como fonte de energia para indústria, além de aquecimento residencial.

Pelas contas da Abiogás (Associação Brasileira de Biogás), o Brasil deve atingir, em 2030, a produção de 30 milhões m³/dia de biometano. O volume poderia atender parte da demanda brasileira por diesel, hoje em torno de 150 milhões de m³/dia. Atualmente, o país conta com seis plantas autorizadas pela ANP a operar, com capacidade de cerca 450 mil m³/dia. Ou seja, hoje a capacidade atual de produção é inferior à 2% do potencial. 

Até o final de 2024, segundo a Abiogás, deve entrar em operação um volume entre 800 mil e 1 milhão de m³/dia, alcançando 6 milhões de m³/dia até 2029, com 86 plantas de produção. Para se ter ideia, nos EUA, já existem 700 plantas em operação; e na Europa, mais de 1 mil. 

Já o biogás produzido a partir de cana, tem um potencial de produzir 2.100 MW médios até 2032, o suficiente para atender 900 mil residências, segundo o Plano Decenal de Expansão de Energia (PDE 2032) elaborado pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE).

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