A Associação Brasileira de Startups (Abstartups) acaba de lançar a sétima edição do Mapeamento do Ecossistema Brasileiro de Startups. O documento é um dos principais estudos com dados sobre o segmento de startups, seguindo com o compromisso de compreender e mostrar como está a realidade das startups dentro do cenário brasileiro, dando visibilidade dentro do mercado e também mostrando as atuais dores.
Dentre os principais destaques estão os setores com mais startups: em primeiro lugar ficam as edtechs, com representatividade de 10,1%, seguida pelas fintechs (9,7%) e techs (9,2%). Soluções para outras empresas são maioria: 82,7% possuem foco B2B ou B2B2C. Quanto ao nível de maturidade, 29,9% estão em fase de tração, 25,1% de operação e 20,7% de validação.
O estudo também apontou que o faturamento anual médio gira em torno de R$737 mil. Mariane Takahashi, CEO da Abstartups, destaca cenário promissor para a inovação no Brasil. “A maior fonte de recursos é de investidores-anjo, com média de R$1,1 milhão de investimento. Para os próximos anos, podemos esperar um mercado mais maduro e estável, com crescimento sustentável e investimentos mais robustos no país”, analisa.
Quanto à empregabilidade, 58,6% das startups abriram processos seletivos no último ano, contratando, em média, seis novos colaboradores. Em relação à diversidade, 51% consideram esse apoio essencial, e os dados apontam para um cenário em que 23,6% das pessoas fundadoras são pretas e pardas, e 19% são mulheres.
Por fim, um grande desafio é descentralizar a distribuição de startups no país, já que 57,6% delas estão localizadas na região sudeste, sendo que as regiões norte e nordeste, respectivamente, contam com apenas 4,6% e 11,5%. “Tivemos um crescimento relevante nos investimentos no norte e nordeste do país, mas ainda é necessário trazer um olhar regionalizado que permita a melhor distribuição de recursos pelo território brasileiro. Há alguns anos já estamos fazendo um movimento bastante forte na Abstartups para promover encontros em todas as regiões do país, gerando networking e conectando investidores a iniciativas inovadoras”, finaliza.
A pesquisa, realizada entre setembro e outubro de 2024, contou com informações autodeclaradas de 3005 startups em 370 cidades brasileiras.
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