Tecnologia é tão importante quanto o estetoscópio e o aparelho de pressão para a saúde da população

Diretor-presidente da Unimed Curitiba fala sobre os desafios comuns do setor de saúde em seminário promovido pelo LIDE Paraná

“A tecnologia é tão importante quanto o estetoscópio e o aparelho de pressão para garantir a qualidade assistencial à saúde de toda a população”. A afirmação é do diretor-presidente da Unimed Curitiba, Rached Hajar Traya. A frente da maior operadora de planos de saúde do Paraná há seis anos, o executivo abriu o Seminário “Saúde 4.0: Tech, mental & business”, promovido pelo LIDE Paraná, na manhã desta quarta-feira (23), e destacou a importância do uso da tecnologia para unir todos os players do mercado de saúde, públicos e privados, e trazer soluções e integrações que garantam o atendimento à população.

Traya disse que o próprio Sistema Único de Saúde, criado em 1988, precisa ser revisado e atualizado. “Temos o melhor modelo de atendimento à saúde do mundo, mas é necessário adaptar o SUS às mudanças”, defendeu. Segundo ele, a tecnologia precisa ser de todos e não de uma ou outra marca. “Ou nos unimos para isso ou estaremos fadados ao fracasso coletivo. Não dá para cada um cuidar somente do seu quadrado”, alertou.

Outro ponto destacado pelo diretor-presidente da Unimed Curitiba foi o uso da tecnologia para reduzir o desperdício no setor. A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) estima que em torno de 30% dos gastos em saúde privada no Brasil são desperdícios.

Traya lembrou que o setor de saúde apresenta novos desafios diários que precisam ser enfrentados de forma sistêmica. O baixo índice de natalidade combinado ao alto índice de longevidade da população é um deles. O avanço da medicina no tratamento de doenças crônicas, como o HIV, garante hoje mais bem-estar e qualidade de vida a esses pacientes, o que também impacta nos gastos com a saúde. A judicialização de pedidos de tratamentos fora do rol da Agência Nacional de Saúde é mais um desafio. “Por isso, precisamos da tecnologia para manter em pé a assistência, os serviços e os negócios de saúde”, argumentou.

O diretor-presidente da Unimed Curitiba aproveitou para apontar o que a cooperativa tem feito para enfrentar esses desafios, além dos investimentos em tecnologia. A recente compra do Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Fátima, a reativação de uma unidade assistencial em Araucária, o interesse em expandir as atividades para atender a população da região metropolitana de Curitiba e a intenção de criar um complexo hospitalar materno-infantil com uma unidade pediátrica fazem parte desse enfrentamento. “Em razão da queda nos índices de natalidade no Brasil, muitos serviços estão fechando as suas portas, mas as crianças continuam nascendo em nossa cidade e precisávamos ter um serviço de referência. Da mesma forma, Curitiba precisa de um serviço de pediatria para desafogar o Pequeno Príncipe, que é e sempre será uma referência. E precisamos levar qualidade assistencial para a região metropolitana, para que os pacientes não dependam apenas da infraestrutura de Curitiba. Por isso, estamos nos movimentando nessas direções, para garantir qualidade assistencial aos nossos clientes”, explicou.

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