A Intel anunciou nesta semana, durante o CES, o Intel® Edison, um novo computador baseado na tecnologia de processadores Quark. O Intel Edison tem o tamanho e o formato de um cartão SD com capacidades wireless integradas e suporte para múltiplos sistemas operacionais. Do protótipo à produção, o Intel Edison habilitará a rápida inovação e o desenvolvimento de dispositivos por uma gama de inventores, empreendedores e designers de produtos.
ICI lança nova solução de georreferenciamento
O Instituto Curitiba de Informática (ICI) oferece um novo serviço para gestão pública, que utiliza geotecnologia para agregar informações de diversos sistemas e bancos de dados de um município em mapas temáticos. O Serviço Integrado de Inteligência da Informação – S3i Geo permite sobreposição de mapas e cruzamento de informações em tempo real para melhorar o planejamento e acompanhamento de ações dos gestores públicos.
Fabricio Ormeneze Zanini, diretor técnico do ICI, comenta que a solução em plataforma web integra recursos de georreferenciamento para permitir uma análise espacial de eventos e informações da administração pública. “Diferentes mapas com informações, gerados a partir de vários sistemas transacionais, podem ser carregados com detalhes que mostrem, simultaneamente, a localização de pontos de internet wi-fi, obras ou equipamentos públicos para tomada de decisões”, explica o diretor. “Há detalhamento de logradouros, lotes, imagens dos locais e até informações fiscais, andamento de obras ou históricos de ocorrências de pedidos de serviços públicos”, completa.
Uma grande vantagem do uso do S3i Geo é a possibilidade de gerar e analisar mapas e informações de qualquer ponto com acesso à internet. O gestor público pode saber com detalhes o que acontece em cada obra ou instalação do município no próprio local ou à distância, sem a necessidade de estar no próprio gabinete ou escritório. É a ferramenta ideal para a administração municipal quando a pergunta “onde?” é relevante para tomada de decisões, como em que bairro ou região realizar mais obras ou ampliar serviços disponíveis para a população.
Outra vantagem do S3i Geo é fazer a integração dos mapas com a base já instalada de qualquer prefeitura que utilizar o serviço. Apresenta recursos semelhantes aos utilizados por grandes capitais, mas tem custo compatível com o orçamento de prefeituras de municípios menores.
Não há licença específica para uso da ferramenta, o que garante ampliação do número de usuários sem aumento de custos. Pode ser definido também controle de acesso de cada usuário, desde um prefeito com todas as informações do município até um administrador regional ou servidor público com informações referentes, apenas, à própria área de atuação.
Esse tipo de aplicação já é utilizada em demandas pontuais, mas a integração de vários sistemas e bancos de dados com mapas temáticos em tempo real é uma inovação que o ICI apresenta para suprir a carência dos gestores públicos por soluções mais robustas e complexas de análise e planejamento estratégico.
O gerente de Atendimento e Gestão de Projetos do ICI, Wagner Morais Correia, ressalta que “o S3i Geo disponibiliza um novo modelo de governança, com maior transparência e assertividade na justificativa da aplicação dos recursos públicos”. Ao saber, exatamente, o que cada morador de cada bairro da cidade necessita e o que cada bairro ou região oferece de recursos, o administrador pode fazer a melhor utilização da arrecadação do município em benefício da população. E em um futuro próximo, a tendência é de que boa parte desses recursos também possa ser disponibilizada aos cidadãos, aumentando ainda mais a transparência da administração pública.
A nova ferramenta de georreferenciamento reforça o papel do ICI de integrador de soluções tecnológicas de ponta para melhorar a gestão pública. Há quinze anos, o Instituto Curitiba de Informática pesquisa, integra, desenvolve tecnologias e implementa soluções e serviços públicos inteligentes.
Fonte: Comunicação ICI
Celular: a porta de entrada para a Internet
A 13ª edição do F/Radar, estudo sobre internet realizado pela F/Nazca Saatchi & Saatchi em parceria com o Instituto Datafolha, constatou que 41 milhões de pessoas acessam a Internet pelo celular hoje no Brasil. Estima-se que 3,8 milhões de brasileiros tenham tido seu primeiro contato com a Internet pelo dispositivo móvel, número que deve continuar crescendo em 2014.
Segundo a pesquisa, os principais motivos apontados pelas pessoas que não acessam a internet hoje, mas pretendem “entrar” na rede, são o fato de não possuírem um computador (47%) e acharem a internet algo “difícil ou complicado”. O celular tende a ser um solucionador nos dois casos.
O estudo aponta que adquirir um celular com acesso à internet hoje se prova uma alternativa mais econômica em relação aos computadores de mesa, tanto na aquisição do aparelho como no valor do plano de dados. Dos brasileiros que acessam a internet pelo celular, 63% o fazem com o plano pré-pago, ainda mais econômico que o pós-pago. Já 19% dos brasileiros sequer possuem um plano de dados, ou seja, seu acesso à internet está condicionado ao uso do wi-fi nos locais em que se encontra.
Os consumidores também apontam a facilidade de manuseio do aparelho e a conveniência de acessar a internet em qualquer lugar como os maiores motivos para o acesso à rede pelo celular, o que deve motivar futuros internautas a se aventurarem na rede pelo dispositivo.
O F/Radar também traça um perfil do usuário de internet móvel no país. Dos internautas que utilizam celular e tablet para se conectarem, 54% são do sexo masculino, 68% possuem entre 16 e 34 anos, 48% são da classe A/B e 54% completaram o ensino médio.
Mobilidade, All-in-ones e Internet das coisas são apostas da Intel para 2014
Com o avanço nas tecnologias para computação pessoal, 2014 será um ano de grandes novidades na indústria. Performance e uso mais intuitivo ganharão mais força como diferenciais, já que os recursos dos dispositivos têm convergido nos últimos anos. Frente a este movimento do mercado, a Intel vai reforçar os investimentos, oferecendo à indústria mais ferramentas para explorar formatos diversos, com baixo consumo de energia e agilidade de processamento.
A Intel apostará no desenvolvimento dos systems on a chip (SoCs), e formatos ainda menores movimentarão a indústria no próximo ano. Os novos modelos de 14nm chegarão ao mercado em 2014, enquanto os de 10nm em 2015. Sistemas mais compactos e eficientes alimentarão uma nova onda de tablets, sistemas 2 em 1, Ultrabooks™ e outros dispositivos poderosos.
No campo dos PCs, o desktop vai mostrar que sua história continua forte. De fato, os computadores estão 1,8 vezes mais rápidos do que eram há 4 anos. 2014 verá um aumento positivo para este mercado, mas haverá uma mudança na preferência do consumidor. Os All-in-Ones irão despontar como o novo desktop para toda a família, por ser mais compacto e prático. Este modelo vem reforçar o papel do PC como o “centro” das cassa brasileiras, integrando parte da decoração do imóvel.
A demanda corporativa por computadores também continuará crescendo em 2014. Os gestores de TI estão mais conscientes do impacto de um PC em bom estado para o rendimento do trabalho e haverá disposição para a troca dos computadores mais antigos que atrapalham a produtividade das empresas. Outro fator que deve acelerar esse movimento é o fim do suporte ao Windows* XP no primeiro semestre do próximo ano. As empresas devem migrar para sistemas operacionais mais recentes, como o Windows 8, o que gera demanda por máquinas com melhor desempenho.
Também é esperada uma grande procura por dispositivos móveis. A demanda por tablets em 2014 será bastante grande. Com a grande variedade de fabricantes e modelos disponíveis, o consumidor passará a escolher dispositivo em função dos recursos e desempenho. Em 2013, o mercado brasileiro conheceu os primeiros modelos de tablets com Intel Inside, movimento que deve continuar com bastante força em 2014.
Outro modelo que ganha popularidade é o 2 em 1, por sua versatilidade: funciona como laptop quando é necessário trabalhar ou estudar, e um tablet quando se precisa de maior mobilidade. Em 2014, o mercado de 2 em 1 ficará muito mais competitivo, porque a tendência é a fabricação local, que vai reduzir os preços e aumentar a procura.
“Com a chegada de novos modelos de computadores pessoais com a mais recente geração de processadores da Intel, o usuário terá cada vez mais facilidade para explorar conteúdo nos mais diversos formatos, desde documentos off-line até conteúdo multimídia com maior complexidade”, afirma Fernando Martins Presidente e Diretor Geral da Intel Brasil. “A eficiência e versatilidade dos equipamentos será diferencial para manter os PCs relevantes”, completa Martins.
E já que os novos processadores de 4° geração oferecem melhor funcionamento, a usabilidade dos dispositivos tende a ficar cada vez mais simples e intuitiva, para atender as diversas necessidades dos usuários. Isso não significa que os modelos de usabilidade mais recentes, como o touch, irão dominar o mercado. Os dispositivos estão caminhando para uma versatilidade que dá ao usuário a opção pelo modelo de uso, de acordo com a atividade que está desempenhando.
Internet das Coisas – A Intel acredita que 2014 trará um rápido avanço das tecnologias emergentes, com as máquinas compreendendo melhor as necessidades dos usuários. A Internet das Coisas vai transformar a forma como a tecnologia é encarada, tornando inteligentes os equipamentos usados diariamente, com soluções para o auxílio ao usuário, a tradução de falas, a realidade aumentada, o controle de gestos e as interfaces usadas pelos usuários nas vestimentas.
“A indústria hoje está trabalhando para oferecer mais dispositivos conectados e inteligentes, que se comunicam e compartilham dados uns com os outros e a nuvem. As tecnologias que irão convergir para a internet das coisas vão facilitar a vida, desde soluções para tarefas domésticas, até dispositivos sofisticados para indústrias” diz Fernando Martins. “A Intel está focada em estimular a inteligência em novos dispositivos para ajudar a conectar os bilhões de dispositivos existentes”.
E à medida que a tecnologia progrida e a inovação continue em 2014, surgirão novos conceitos de entretenimento. 2014 verá um novo segmento para o entretenimento doméstico. Com cada vez mais programas de TV, filmes e conteúdo sendo criados para dispositivos móveis, a indústria da mídia está passando por uma grande mudança em todo o mundo.
A perspectiva é que os fabricantes de hardware levem as verdadeiras capacidades da TV para os all-in-ones. Será criado um dispositivo múltiplo e pessoal para que cada membro da família tenha sua própria tela de login com seus próprios programas e previsões intuitivas sobre o que a pessoa poderia querer assistir com base em seu histórico de visualização.
Vestíveis – Os últimos 12 meses viram uma explosão de lançamentos com esta tecnologia vestível. Esta tendência continua para os próximos anos. O baixo consumo de energia será essencial para o futuro de dispositivos e sensores em vestimentas para espaços inteligentes, onde o carregamento frequente ou mesmo os cabos seriam inconvenientes ou até mesmo impossíveis.
Entre as aplicações mais promissoras de tecnologia para vestíveis estão no segmento de saúde. “Dispositivos em vestimentas já podem informar o ritmo cardíaco e à medida que os serviços médicos chegam à Internet, nossos dispositivos poderão disparar um alerta para os serviços de emergência. Este será um verdadeiro ponto de inflexão para os sistemas de saúde, quando testemunharmos a interação direta com os profissionais em medicina nos momentos de necessidade”, afirma Fernando Martins.
Big Data – Iniciando em 2014, os próximos anos verão a barreira dos 15 bilhões de dispositivos conectados ultrapassada no mundo inteiro. A grande questão é para onde os dados vão quando esses dispositivos se conectam e a melhor forma de usar essa informação.
A indústria vai crescer bastante em torno da análise preditiva e dados brutos. O Big Data ajudará as empresas a serem mais inteligentes e progressivas, dando a elas vantagens competitivas. O setor público, do mesmo modo, deve seguir a tendência. A análise de dos dados disponíveis é emergente, mas também estratégica. A oportunidade está em fazer com que os dados realmente funcionem para criar valor para consumidores, empresas e governos.
“Isso resultará em um imenso volume de dados e uma necessidade correspondente por análises inteligentes. A Intel está trabalhando com as principais empresas, provedores de serviços de telecomunicações e nuvem para oferecer tecnologia para que ferramentas de Big Data cada vez mais eficientes”, finalizou Martins.
ICI – Uma história de sucesso
O Instituto Curitiba de Informática está em sua segunda década, pesquisando, integrando, desenvolvendo tecnologias e implementando soluções e serviços públicos inteligentes, aliando cada vez mais tecnologia e capital intelectual para o fornecimento dessas soluções. Do atendimento ao cidadão, passando por prontuários da saúde, matrículas e boletins escolares, o ICI possui um arsenal de ferramentas que permitem realizar e garantir a evolução dos serviços oferecidos para os cidadãos, bem como estudar cenários preditivos que apoiam a tomada de decisão estratégica dos gestores públicos.
Quando foi criado, em 1998, o Instituto passou a fazer todo o gerenciamento de informática da Prefeitura de Curitiba, que fora conduzido até então pelo Centro de Processamento de Dados(CPD), o qual passou pela Secretaria Municipal de Administração, Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) e Urbanização de Curitiba S.A. (Urbs).
O Centro de Processamento de Dados esteve sob a responsabilidade da Prefeitura de Curitiba até o fim dos anos 90. Em 1997, com base na Medida Provisória 1.591/97, a Prefeitura criou a Lei 9226/97, que instituiu o Programa Municipal de Publicização. O objetivo foi transferir para estruturas autônomas a responsabilidade pela prestação de serviços públicos considerados não
essenciais.
Em 1998, o Ministério da Administração e Reforma do Estado – conduzido pelo ministro Bresser-Pereira –, por meio da Lei Federal 9637/98, criou a qualificação das Organizações Sociais, que são pessoas jurídicas de direito privado, sem fins lucrativos, orientadas ao ensino, pesquisa, desenvolvimento científico e tecnológico, proteção ao meio ambiente, cultura e saúde.
Neste contexto, o ICI foi formalmente constituído em 1.º de junho de 1998; no dia 23 do mesmo mês, foi reconhecido como Organização Social, por meio do decreto 375/98. Finalmente, em 29 de julho de 1998, foi assinado o primeiro contrato de gestão com a Prefeitura de Curitiba.
O Instituto deu novos ares ao desenvolvimento da informática municipal. Já em 1999 desenvolveu, a pedido da Prefeitura de Curitiba, o Projeto de Modernização Tributária Municipal (PMTM), que visava integrar o cidadão ao processo administrativo e fiscal do município. O projeto permitiu a integração de todos os setores da Prefeitura numa única rede de dados.
Nesse mesmo ano, foi implantado para a Saúde, um sistema que permitia o acesso do médico a um banco de dados que armazenava todo o histórico médico-hospitalar do portador. Com a interligação de todas as unidades de saúde aos hospitais na rede pública, o paciente pode ser atendido em qualquer ponto da rede.
O ano 2000 marcou o lançamento do projeto Digitando o Futuro, da Prefeitura, cujo objetivo era a implantação de pontos de acesso à internet em Faróis do Saber, tornando Curitiba a primeira cidade brasileira com rede pública e gratuita de internet. No mesmo ano foi lançado o Cartão Qualidade, criado para os servidores do município. Trata-se de um cartão inteligente, dotado de um microchip que, além de atender os quesitos de identificação e de controle de acesso do colaborador, permite o armazenamento, com total segurança, de várias informações do portador.
Em 2002, foram desenvolvidos projetos de grande importância para o município, entre os quais o Sistema de Gestão Pública (SGP) e o E-compras, sistema de pregão eletrônico criado para a Secretaria Municipal de Administração.
Os totens multimídia chegaram em 2006, integrando o mobiliário urbano da cidade, com informações completas sobre serviços públicos, lazer, cultura e até a previsão do tempo.Em 2008, o ICI implantou os primeiros pontos de rede wi-fi gratuita da cidade – no Parque Barigüi, Mercado Municipal e Regional Matriz (Praça Rui Barbosa). Logo após, mais pontos passaram a contar com o serviço: Jardim Botânico, Largo da Ordem, Praça da Espanha, seis administrações regionais e o entorno de 80 escolas municipais.
Em 2012, o Instituto entrou no mercado de aplicativos para dispositivos móveis, lançando soluções voltadas a pesquisas de preços, rede de voluntariado, realidade aumentada, entre outros.
Em 2011 conquistamos o segundo lugar no Índice Brasil de Cidades Digitais (IBCD) e em junho de 2012 veio o principal reconhecimento do trabalho do ICI por Curitiba: o primeiro lugar no IBCD, ranking instituído pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) e a Momento Editorial, de São Paulo, que edita a revista Wireless Mundi. O ranking mede o nível de inovação e de digitalização das 100 cidades brasileiras que melhor utilizam as tecnologias de informação e comunicação.
O primeiro lugar no IBCD é resultado dessa trajetória de mais de 15 anos de trabalho. A organização, criada previamente para dar celeridade aos projetos de tecnologia da informação e comunicação, tornou-se uma das maiores integradoras de soluções para a gestão pública. Hoje, o ICI é referência em desenvolvimento e integração de software, o que promove o fortalecimento e valorização da cadeia produtiva local.
Internacionalmente, esse reconhecimento também acontece, tanto que a revista Forbes coloca Curitiba em terceiro lugar no ranking das cidades mais inteligentes do mundo.
Outros reconhecimentos obtidos em 2012 foram o prêmio Imre Simon, concedido ao ICI pela Assespro Nacional na categoria Prestação de Serviços ao Governo, e o Prêmio Conciliar é Legal, conferido pelo Conselho Nacional de Justiça ao programa Justiça no Bairro, do qual o ICI participa desde 2004.
Em 2013, chegamos novamente em primeiro lugar no prêmio Imre Simon, desta vez na categoria Iniciativa para a Construção de Cidades Digitais, com o projeto Inclusão Digital nas Proximidades das Escolas Municipais.
A importância do Projeto de Lei da terceirização para o Mercado de TI
Por Jorge Sukarie, presidente da ABES – Associação Brasileira das Empresas de Software
A terceirização é uma realidade no país, utilizada por todos os setores da Economia e por todos os portes de empresas; no entanto, essa modalidade contratual tem gerado muitos conflitos judiciais porque ainda não existe no País regulamentação específica para essa forma de contratação.
A súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) – que tem sido a referência para reger essa modalidade no Brasil – reconhece como legítima a terceirização nos serviços especializados ligados à “atividade-meio” do tomador bem como na contratação de certos tipos de serviços tais como vigilância, conservação e limpeza, mas a súmula 331 nada diz a respeito da chamada terceirização da “atividade-fim” das empresas.
O problema se agrava porque não existe uma definição clara para o que se entende por atividade fim ou para seu contraponto que seria a atividade meio, e esta indefinição joga as empresas num cenário de incerteza que inibe investimentos e limita o crescimento do País.
No atual cenário econômico e na era da globalização – onde dificilmente um produto é concluído por apenas uma empresa e existe uma grande cooperação de várias companhias de diversos países, proporcionada pelas cadeias de valor e a tecnologia da informação – fica praticamente impossível criar essa fronteira e separar o que seria atividade fim e atividade meio.
Atualmente, todos os setores passam por alguma solução de tecnologia em sua produção ou prestação de serviço. Um mercado bastante pujante, a TI faturou US$ 60,2 bilhões no Brasil e se posicionou como o 7º maior mercado mundial de TI, em 2012.
A indefinição das atividades que podem ou não ser terceirizadas causa uma grande insegurança jurídica, já que o entendimento é bastante subjetivo e inibe os investimentos em setores cuja dinâmica impulsiona a contratação de serviços terceirizados, como é o caso das atividades de Tecnologia da Informação.
Para garantir que o crescimento alcançado nos últimos anos continue e que o Brasil possa se destacar como um País inovador e tecnologicamente avançado é fundamental que o Congresso aprove uma lei com uma definição clara sobre as atividades que podem ser objeto da terceirização.
O Projeto de Lei 4330, que tramita no Congresso Nacional desde 2004, pode ser a solução para essa questão da terceirização no país. Ele dispõe sobre “o contrato de prestação de serviços a terceiros e as relações dele decorrentes”, permitindo a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade, estabelecendo as obrigações que devem ser atendidas por quem contrata esse tipo de serviço.
Caso o projeto de lei seja aprovado, o Brasil pode experimentar um novo momento de crescimento econômico, com investimentos internos e externos, segurança para que as empresas de diversos setores, e em especial de TI, possam operar sem riscos de terem suas relações com empresas terceirizadas questionadas no futuro. Podemos viver um momento de maior geração de postos de trabalho para aproveitar os próximos anos de boom demográfico que o país terá pela frente e gerar no Brasil novos pólos de tecnologia, com profissionais de alta especialização. O resultado disso será percebido diretamente pelo consumidor que poderá adquirir um serviço ou produto com melhor qualidade e menor custo.
De outro lado, enquanto perdurar a ausência da lei regulamentando a terceirização, o Brasil permanecerá num verdadeiro limbo jurídico, obrigando as empresas a contratarem serviços no exterior, se tornando importadoras de serviços – especialmente no setor de Tecnologia da Informação cujas atividades podem ser desenvolvidas a distância – gerando muitos empregos de alta qualidade em outros países.
A edição de lei estabelecendo que a terceirização pode se aplicar a qualquer atividade de uma empresa trará a segurança para os investimentos no país. Ganham todos e fortalecemos a própria democracia.
Câmara Municipal: empresas de TI pedem criação de comissão com foco no setor
Por iniciativa dos vereadores Dona Lourdes (PSB) e Felipe Braga Côrtes (PSDB), a Tribuna Livre da Câmara Muncipal de Curitiba recebeu representantes do Arranjo Produtivo Local (APL) de Software de Curitiba. Na oportunidade, os convidados falaram da importância das empresas de tecnologia da informação (TI) para o desenvolvimento econômico da capital e pediram a criação de uma comissão permanente com foco no setor.
Cerca de 40 empresas ligadas ao setor estão reunidas no APL de Software de Curitiba. A cidade é considerada o segundo polo de desenvolvimento tecnológico do Brasil e segundo maior mercado de interesse no país para a Google, atrás apenas de São Paulo (SP). Em 2012, foi considerada pela Revista Forbes, uma das 10 cidades mais inovadoras do mundo.
Representante da entidade, Izoulet Côrtes Filho disse, ainda, que Curitiba é referência internacional no fornecimento de serviços de tecnologia e na formação de profissionais da área. “Estamos trazendo grandes empresas para cá e levando nossas empresas para o exterior. O setor de TI paga salários maiores e absorve profissionais qualificados, além de ser grande gerador de impostos”, ressaltou.
Os dados são importantes, mas, segundo o convidado, não garantem um crescimento contínuo. As empresas instaladas em Curitiba têm perdido espaço para outras capitais brasileiras, como Florianópolis (SC) e Recife (PE). “Não digo que o setor está estagnado em si, mas se olharmos à nossa volta, a taxa de crescimento dos outros setores também é superior. Portanto, precisamos reagir para crescer mais. Outras cidades crescem num ritmo muito maior que o nosso”, frisou.
Apoio do Executivo e do Legislativo
Izoulet Filho destacou, ainda, que o apoio do poder público é fundamental. Uma medida importante é a iniciativa da Prefeitura de Curitiba pela criação de uma Secretaria Municipal de Informática e Tecnologia. O projeto de lei está em tramitação na Câmara Municipal, mas para o representante da APL, o trabalho do Legislativo pode ir além da análise de matérias relacionadas ao setor. Ele sugeriu a instalação de uma comissão permanente com foco em tecnologia da informação e comunicação.
“De tudo que nos rodeia hoje, toda e qualquer parte tem uma ponta tecnológica. Participamos transversalmente de mais de 80% da cadeia produtiva. Precisamos desse reconhecimento interno, desse apoio. O futuro de Curitiba está nas nossas mãos e também está nas mãos da Câmara Municipal. Gostaríamos, imensamente, de contar com o apoio, com essa parceria, para começar imediatamente com uma ação setorial”, disse Izoulet.
Braga Côrtes corroborou a necessidade de um debate permanente na Casa. “É importante que este setor seja valorizado. A novidade é o projeto do Executivo. Aqui, nós queremos abrir o espaço para discussão do setor, talvez em formato de comissão permanente ou em frente parlamentar”, defendeu Braga Côrtes. “O fato do prefeito ter encaminhado mensagem para criação da pasta de tecnologia sinaliza que o setor precisa de incentivo”, complementou o líder da maioria, Pedro Paulo (PT).
“O apoio para nosso crescimento deve ser garantido com ações de curto, médio e longo prazo. É preciso fomentar a discussão de políticas públicas voltadas à TI”, finalizou o convidado. O debate contou, ainda, com as manifestações de Serginho do Posto e Professor Galdino, do PSDB; Helio Wirbiski (PPS) e Bruno Pessuti (PSC).
APL
O “Arranjo Produtivo Local” é uma organização de cadeia produtiva de determinado setor, liderada por empresários e que tem o apoio do poder público e de instituições de crédito, fomento, ensino e pesquisa. O APL não é cooperativa, associação ou órgão representativo. As empresas inseridas mantém atividades de articulação, cooperação e de aprendizagem. Esta organização está aberta a todas as empresas ligadas à área de TI que atuem na capital e região metropolitana.
Fonte: Câmara Municipal de Curitiba
TI x Negócios na adoção do Big Data
A adoção de soluções de Big Data não é exatamente uma novidade no Brasil. É fato que um volume de empresas cada vez maior enxerga o enorme potencial dessa tecnologia e opta por implementá-la para aprimorar processos, expandir negócios, ou até mesmo imprimir novos ritmos em suas operações.
Embora mudanças processuais sejam previstas com a adoção dessa plataforma, transformações organizacionais, até então inesperadas, também estão surgindo. E junto com elas chegam as dúvidas e a necessidade de novos posicionamentos.
Um dos desafios mais emblemáticos, impulsionado pela adoção do Big Data, é o embate entre as áreas de TI e Negócios. Esses profissionais vivenciam discussões diárias, que vão desde a melhor tecnologia a ser adquirida até a discordância a respeito de quem tem o domínio sobre os imensos volumes de dados das empresa.
Apesar de não existir uma única receita para o uso estratégico do Big Data, é impossível responder a questão sobre a propriedade de dados – e a impossibilidade parte de um princípio simples: dados, estruturados ou não, são ativos de toda uma companhia e não apenas informação privilegiada de um determinado setor ou colaborador.
Seria difícil, para não dizer improvável, que essa conclusão fosse diferente, já que o Big Data oferece aos profissionais a oportunidade de tornarem-se usuários self-service. Isso significa garantir a um funcionário da empresa a liberdade de criar análises a qualquer momento e a partir de suas necessidades. Não há mais motivos para longas esperas ou processos burocráticos; as respostas estão em poucos cliques e à distância de segundos.
Atualmente, as fontes de coleta de informações são praticamente ilimitadas, assim como ininterruptas. Por qual razão então esses dados deveriam manter-se restritos a apenas uma área? Podemos ir além: por que não utilizar plataformas móveis para criar um processo de comunicação colaborativa, em que as informações de interesse da empresa são difundidas em tempo real e até mesmo de forma interativa?
Para que tudo isso seja viável, porém, os investimentos em capacitação são fundamentais. Treinar e orientar profissionais quanto aos processos internos da companhia e ao uso de uma tecnologia dessa magnitude é tão relevante quanto a decisão da empresa em adotar uma plataforma de negócios como o Big Data. O caminho, neste caso, pode até parecer mais longo, mas os resultados valem o esforço.
Por Marcos Pichatelli – Gerente de Produtos de High-Performance Analytics do SAS, líder de mercado em soluções e serviços de Business Analytics e o maior fornecedor independente no mercado de Business Intelligence.
Representantes do Sebrae-PR visitam o ICI
O presidente do Instituto Curitiba de Informática Luís Mário Luchetta recebeu representantes do Sebrae-PR e da empresa Competitiveness, organização especializada na construção de parcerias público-privadas para a melhoria da competitividade das empresas regionais. Os visitantes tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho do ICI, que é referência nacional em pesquisa, integração, desenvolvimento e implementação de soluções completas para a gestão governamental. Luís Mário Luchetta explanou, por exemplo. sobre a contribuição do ICI para que Curitiba já tenha sido reconhecida como a cidade mais digital do Brasil. Participaram do encontro Émerson Cechin, coordenador estadual do programa de TIC do Sebrae-PR , Izoulet Cortes Filho, consultor do Sebrae-PR e Inés Sagrio, da Competitiveness.
Aplicativos móveis: veja como foi o evento da Cenetic
A Central de Negócios de TI de Curitiba realizou evento sobre aplicativos móveis em parceria com a Universidade Positivo. Os participantes puderam acompanhar cases de de empresas como Mapway, Vitrina, Guia Unimed/Visionnaire, SnowMan Labs. Também houve palestra com Giuliano Morais, que apresentou tendências e ferramentas para desenvolvimento da IBM Brasil.
Profissionais de TI podem concorrer à bolsa para mestrado no exterior
O Programa Ciência sem Fronteiras começa a oferecer bolsas de estudo no exterior para mestrado profissional, conforme informou a presidenta Dilma Rousseff. Anunciado em outubro pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, esse tipo de curso – diferentemente do mestrado acadêmico – prevê formação mais específica, voltada para o mercado de trabalho. O curso tem duração aproximada de dois anos.
“Ele é perfeito para quem já concluiu o curso superior e precisa desenvolver ou aperfeiçoar seu conhecimento para aplicá-lo na sua vida profissional, na empresa ou na indústria onde trabalha. Nós precisamos desse tipo de profissional para que a ciência desenvolvida nas universidades e nos centros de pesquisa seja transformada e rapidamente aplicada, melhorando os nossos produtos e serviços, gerando mais tecnologia, mais riqueza para o nosso país”, disse Dilma, ao participar nesta segunda-feira do programa semanal Café com a Presidenta, produzido pela EBC Serviços, em parceria com a Secretaria de Comunicação da Presidência da República.
Ela explicou que as bolsas oferecidas inicialmente serão para importantes universidades dos Estados Unidos, como Harvard, Columbia, Stanford e Yale, e para as mesmas áreas prioritárias do Ciência sem Fronteiras, como engenharia, matemática, química, física, ciências médicas e da computação. Informações sobre o programa, incluindo as inscrições, podem ser obtidas no site do programa. Leia a reportagem completa em http://computerworld.uol.com.br/carreira/2013/12/02/profissionais-de-ti-podem-concorrer-a-bolsa-para-mestrado-no-exterior/
Fonte: COMPUTERWORLD
Luís Mário Luchetta apresenta case do ICI em congresso
O diretor-presidente do ICI, Luís Mário Luchetta, foi um dos palestrantes do I Congresso Paranaense de Cidades Digitais, que ocorre hoje (28) em Curitiba. Ele participou do painel “Soluções para Cidades Digitais”, no qual apresentou o case “Por que Curitiba é a cidade mais digital do Brasil”, que fala sobre os projetos desenvolvidos pelo ICI para a Prefeitura de Curitiba.
O evento é promovido pela Rede Cidade Digital em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP); ocorre durante toda esta quinta-feira (28) no Auditório FESP. Tem como objetivo trazer discussões e experiências sobre projetos de TIC para gestão pública.
Em sua apresentação, Luchetta destacou o caráter inovador da cidade de Curitiba em relação aos serviços de tecnologia da informação e comunicação. “A Prefeitura inovou em 1998, quando qualificou o ICI como Organização Social”, disse o presidente. “Isso trouxe celeridade na contratação e implantação dos serviços.”
Ele falou também sobre o “papel constitucional da iniciativa privada no desenvolvimento do país”. “As cidades são a razão de ser de uma nação. O que há de mais prioritário é o desenvolvimento das cidades”, concluiu.
Para Luchetta, é “muito importante” participar de eventos como o Congresso Paranaense de Cidades Digitais, que reúne representantes de diversos municípios do estado e convidados de outras regiões brasileiras. “É um momento espetacular para Curitiba, uma oportunidade excelente para mostrar seus projetos a outras cidades e instituições”, comentou.
O Congresso
Abrir espaço para diálogos a respeito do melhor uso que pode ser feito da infraestrutura tecnológica utilizada em municípios que implantaram, ou irão implantar, iniciativas desta natureza. Este é um dos focos do Congresso, abordado em palestra da secretária nacional de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações, Lygia Pupatto.
Um dos mais importantes debates deve ocorrer durante a tarde e trata da função social das cidades digitais, fugindo da ideia de priorização apenas dos progressos tecnológicos. O assunto será abordado pelo Prof. Dr. Leonardo Mendes, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Participam ainda do evento representantes do Governo do Estado do Paraná, Prefeitura de Curitiba, Serpro, Anatel, Viga, Furukawa, Genez, Celepar.
Rodadas Regionais
As atividades do Congresso tiveram início em maio deste ano, percorrendo o estado por meio de Rodadas Regionais, recolhendo informações e experiências. Os municípios que receberam esses encontros foram Curitiba (23/05), Londrina (27/06), Foz do Iguaçu (29/08), Ponta Grossa (26/09) e Campo Mourão (24/10). Cerca de 150 cidades participaram dos eventos regionais.
Autor: ICI e Rede Cidade Digital