O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) dá os primeiros passos para oficializar o credenciamento da instituição na Lei da Informática, a fim de se tornar um instituto de ciência e tecnologia (ICT) prestador de soluções tecnológicas com as vantagens da lei. A Lei da Informática permite que empresas tenham benefício fiscal ao investir em projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) juntos às ICTs credenciadas.
Para se credenciar como ICT dentro da Lei da Informática, a instituição precisa compor um conselho técnico-científico e ter reuniões periódicas para analisar projetos e discutir propostas no setor. No Tecpar, o Conselho Técnico-Científico de Sistemas e Computação foi criado no mês de março e a primeira reunião entre os membros foi realizada na última segunda-feira (6). Com o documento de criação e a ata da primeira reunião, o Tecpar já pode pedir o credenciamento à lei.
A Lei de Informática reúne três leis, 8.248/91, 10.176/01 e 11.077/04, e concede incentivos fiscais para empresas do setor de tecnologia (áreas de hardware e automação, por exemplo), que tenham por prática investir em Pesquisa e Desenvolvimento. O benefício fiscal às empresas que procurem uma ICT para realizar investimentos em P&D em conjunto é a isenção ou redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI).
O pesquisador na área de Sistemas Inteligentes do Tecpar Milton Ramos explica que mais do que se credenciar na lei, a criação do conselho vai beneficiar a instituição na discussão sobre tendências na área de Inteligência Artificial. “Queremos discutir as perspectivas de transformar pesquisas acadêmicas puras em inovação. O conselho se torna um fórum de debate de tendências na área de Inteligência Artificial”, explica.
Conselho
O Conselho Técnico-Científico de Sistemas e Computação do Tecpar tem como membros, além de Ramos, o pesquisador do Tecpar também na área de Sistemas Inteligentes Julio Cezar Zanoni, o professor da Universidade Federal do Paraná e pesquisador do Institutos Lactec Alexandre Rasi Aoki, o professor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) Cesar Augusto Tacla e o professor Emerson Cabrera Paraiso, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).
Entre as atribuições do conselho está a orientação da equipe da área de Sistemas Inteligentes na discussão de eixos estratégicos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (P&D&I), a avaliação e o acompanhamento de projetos de P&D&I em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e Sistemas de Computação, além da proposição de iniciativas de divulgação e incentivo à formação de pesquisadores em TIC, Sistemas e Computação no Tecpar.
O Governo do Estado publicou nesta sexta (10), em Diário Oficial, resolução que institui a obrigatoriedade da utilização da Nota Fiscal Consumidor Eletrônica (NFC-e) em substituição à nota fiscal manual de venda e ao cupom impresso pelo equipamento fiscal. Para emissão do novo modelo, os varejistas deverão utilizar softwares específicos para este fim. Com o objetivo de auxiliar os empresários na adequação à legislação, a Associação Comercial do Paraná (ACP) disponibilizará módulo gratuito com link pra download no próprio site da Secretaria da Fazenda do Estado (Sefa).
“O módulo da NFCe do software de gestão da ACP é vantajoso porque reduz os custos operacionais dos empresários, que passarão a precisar apenas da internet para transmissão de dados à Sefa e aos equipamentos móveis dos clientes”, descreveu o gerente executivo da ACP, Esdras Marinzeck Leon.
Como a nota será validada online pela Secretaria da Fazenda por meio do site, haverá mais segurança ao se verificar pela internet e por qualquer dispositivo se a compra foi realizada dentro das normas legais. O cupom virá com QR Code, que pode ser lido do celular com todas as informações.
Nos mesmos moldes na NF-e, obrigatória na operação entre pessoas jurídicas desde 2008, a NFC-e facilitará o governo do estado no controle das informações de empresas varejistas em tempo real.
Confira prazo para adesão às obrigatoriedades por setor:
1º de julho de 2015 – Postos de gasolina
1º de agosto de 2015 – Bares, restaurantes, lanchonetes e similares, casas de chá, sucos, cantinas, serviços ambulantes de alimentação, comércio varejista especializado em instrumentos musicais e acessórios, livros, jornais, revistas, discos, DVD’s e fitas, artigos de viagem, artigos pirotécnicos, artigos de ótica, armas e munições, fornecimento para alimentos para consumo domiciliar
1º de setembro de 2015 – comércio e varejo de automóveis, camionetas, motos e utilitários novos e usados, de peças, comércio de calçados, tecidos, armarinhos, gás, lubrificantes, suvenirs, bijuterias e artesanatos
1º de outubro de 2015 – padarias, joalherias, relojoarias, comércio de artigos usados e suprimentos para informática, de iluminação, telefonia, eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo
1º de novembro de 2015 – lojas de vestuário, de cartuchos, plantas e flores, objetos de arte, equipamentos para escritório, tintas, materiais elétricos e hidráulicos e materiais de construção em geral
1º de dezembro de 2015 – Lojas de departamentos, vestuário, decoração, lojas de conveniência, brinquedos, caça, pesca, papelaria, cama, mesa e banho, perfumaria, animais vivos, farmácia, artigos para filmagem e varejo com predominância de comércio alimentício (mercados, minimercados, hipermercados, etc)
Veja entrevista com o presidente da Fomento Paraná. Ele fala sobre a parceria com a Assespro-Paraná para financiar projetos inovadores no estado. Juraci Barbosa Sobrinho diz que o setor de TIC pode ser solução para crescimento acima da média em tempos de crise.
A Microsoft anunciou, em Curitiba, os projetos vencedores da etapa nacional da Imagine Cup 2015, Copa do Mundo de Tecnologia promovida anualmente pela empresa. Foram indicados os primeiros lugares em três categorias. O “Can Game” levou o prêmio no quesito Cidadania, enquanto “Clothes for Me” e “Trankies World” se destacaram como melhores projetos em Inovação e Games, nessa ordem.
Os projetos vencedores da etapa nacional da competição vão agora disputar uma vaga para representar o Brasil na final mundial da Imagine Cup, que acontece em julho, em Seattle, cidade que abriga a sede da Microsoft nos Estados Unidos. O evento de premiação no Brasil aconteceu na PUC-Paraná, parceira da Microsoft, e contou com a participação dos 9 times finalistas. O banco Bradesco é patrocinador da fase nacional da Imagine Cup 2015 e já é parceiro do torneio há seis anos. A realização da etapa local da Imagine Cup também contou com apoio da Prefeitura de Curitiba e do Instituto Ressoar.
Na categoria Cidadania, o Can Game, criado pela startup pernambucana Life Up, se destacou com a ideia de usar tecnologia para auxiliar o tratamento de crianças com autismo. Ele é um software multidisciplinar que estimula atividades e interações que podem apoiar pais no desenvolvimento de filhos autistas, além de permitir que profissionais de saúde acompanhem a evolução do paciente à distância.
Já no quesito Inovação, a proposta do time eFitFashion, formado por estudantes da Universidade de São Paulo (USP), para simplificar o processo de confecção de roupas sob medida conquistou o primeiro lugar. O software Clothes for Me, criado pelo time, permite que o usuário gere automaticamente moldes com tamanhos exatos a partir de medidas inseridas no sistema, facilitando o trabalho que antes um alfaiate ou uma pequena confecção teriam para conseguir produzir uma peça personalizada.
Com um jogo baseado na interação via Kinect, sensor de movimentos desenvolvido pela Microsoft, o time HTW levou o primeiro lugar na categoria games. O jogo Tranckies World se diferenciou ao eliminar o uso de controles e permitir o uso dos próprios movimentos dos dedos e braços para duelar nos diferentes cenários propostos pelo game de uma maneira mais fluída.
A Imagine Cup busca promover inovações de estudantes do mundo inteiro. Somente na edição de 2015, mais de três mil projetos brasileiros foram inscritos na competição. Desde 2007, mais de 200 mil estudantes do país participaram da Imagine Cup.
“A Imagine Cup é um importante celeiro de ideias disruptivas, que usam tecnologia para resolver questões fundamentais e também para nos entreter de novas maneiras. Por vários anos, temos visto projetos brasileiros se destacando na competição e queremos estimular cada vez mais estudantes para que mais ideias criativas se tornem realidade”, afirma Richard Chaves, diretor de inovação e novas tecnologias da Microsoft Brasil.
Já está definida a data da 21ª edição do Congresso Brasileiro de Economia (CBE), que é considerado o maior evento de interesse dos economistas brasileiros. Ele será realizado entre os dias 09 e 11 de setembro, na Universidade Positivo (Rua Prof. Pedro Viriato Parigot de Souza, 5300, em Curitiba). O tema central em discussão será “A Apropriação e a Distribuição da Riqueza – Desafios para o Século XXI”.
As inscrições para o Congresso estão abertas e podem ser feitas pelo site: www.cbe2015.org.br. Este evento é promovido pelo Conselho Regional Economia de Economia do Paraná, com apoio do Conselho Federal de Economia (COFECON).
Esta é a segunda vez que Curitiba recebe o CBE. Realizado sempre em anos ímpares pelos conselhos Federal e Regionais de Economia, o Paraná sediou pela primeira vez o evento em 1983, na época, a 5ª edição.
O Congresso reúne profissionais da área, empresários, autoridades, estudantes de economia e representantes dos principais segmentos da sociedade para o debate de temas fundamentais ao desenvolvimento sustentável do país.
Nível de projetos inscritos indica avanço da inovação tecnológica no ambiente de negócios
Os jovens empreendedores Jefferson Jess, Dan Queirolo e George Christofis Neto, cujos cases venceram as três categorias do concurso Minha Ideia Muda o Mundo, lançado pelo Conselho de Jovens Empresários da Associação Comercial do Paraná (ACP), receberam os prêmios individuais de R$ 5 mil em evento realizado nesta terça-feira (7) na sede da entidade.
O encontro foi encerrado com a palestra do empresário Gui Barthel, fundador do site Baixaqui e atualmente CEO do grupo NZN de conteúdos digitais, um dos mais importantes do país.
Menções honrosas do Lactec e Agência Curitiba foram também atribuídas, respectivamente, aos empreendedores Thomas Von Buettner pelo projeto “Ampel Tecnology” no campo da inovação tecnológica e engenharia, e a André Marim, que inscreveu o projeto “Fleety” classificado como destaque na área de mobilidade urbana.
Os cheques alusivos foram entregues aos ganhadores pelo presidente Antonio Espolador Neto e vice-presidente João Guilherme Duda, coordenador do CJE, com o patrocínio da Agência de Fomento Paraná, Banco Regional de Desenvolvimento Econômico (BRDE) e Atrativaweb.
Cases vencedores
O modelo adotado este ano para o concurso, cuja coordenação esteve a cargo do integrante do CJE, Bruno Ceschin, foi dividido em três categorias, a saber: Minha Ideia Muda a Minha Vida (negócios de alto potencial econômico), Minha Ideia Muda o Mundo (organizações de alto potencial social) e Minha Ideia Muda a ACP (negócios de alto potencial de interesse dos associados da entidade).
Os cases vencedores das três categorias foram o “All Day Use” de Jefferson Jess, que recebeu o prêmio de 1º lugar em negócios de alto potencial; “Sou artista pro” de Dan Queirolo, em organizações de alto potencial social; e “Mercafacil.ME” de George Christofis Neto, na área de ideias para negócios de alto potencial de interesse para associados da própria Associação Comercial do Paraná.
Com o segundo lugar nas categorias de negócios de alto potencial econômico e organizações de alto potencial social ficaram os projetos inscritos por Vitor Flores e Ivan Chagas Pedroso.
O presidente Antonio Espolador Neto e o coordenador do CJE, João Guilherme Duda, agradeceram o grande número de inscritos no concurso, elogiando o alto nível dos cases vencedores. “Este é um indicativo seguro de que cresce entre os jovens empreendedores a busca de inovação tecnológica para o aprimoramento de seus negócios e também dos que pretendem abrir seu próprio empreendimento”, comentou o presidente.
Experiência profissional
O convidado especial da noite foi o empresário curitibano Gui Barthel, fundador do site de downloads Baixaqui, que discorreu sobre sua experiência profissional e empresarial a partir de 1999, quando começou a atuar no mercado.
A semente frutificou e hoje Barthel desempenha as funções de CEO do Grupo NZN e sócio proprietário da Oven Pizza, rede de pizzarias na qual o cliente tem a possibilidade de personalizar a receita de sua preferência. A rede está presente no Parkshopping Barigui e em breve abrirá unidades nos shoppings Curitiba, Estação e Palladium.
Atualmente a NZN comporta 12 sites, sendo um dos quatro maiores grupos independentes de conteúdo digital no Brasil, o Tecmundo, detendo atualmente a 9ª maior audiência da internet no país.
O evento do ACP/CJE teve a presença de Juraci Barbosa Sobrinho e Antonio Romildo Mileck (Agência Fomento Paraná), Sérgio Hekave (BRDE), Jovaldo Santos Junior (Atrativaweb) e Luiz Fernando Vianna, diretor presidente do Lactec, além de Ivo Petris, vice-presidente da ACP e convidados.
A Pós-Graduação em Negócios Digitais da Universidade Positivo promove dois eventos especiais de inauguração do curso. Na próxima sexta-feira, 10 de abril, Alexandre Kavinski, CEO da agência i-Cherry, fala sobre o “Mundo pós-publicidade”. A palestra acontece às 19h30, no Auditório 2 do Bloco Vermelho.
No dia seguinte (sábado), Kavinski participa de uma mesa-redonda sobre “O futuro dos negócios digitais”, com André Passamani, da Agência Mutato (São Paulo), e Ricardo Dória, da Aldeia Coworking. O bate-papo será realizado às 9h30, também no Auditório 2 do Bloco Vermelho. Tanto a palestra quanto a mesa-redonda são abertas ao público. O objetivo é oportunizar aprendizado sobre os novos modelos adotados nos negócios, principalmente nas plataformas digitais. Saiba mais em www.up.edu.br/negociosdigitais .
Serviço
Palestra “Mundo pós-publicidade”, com Alexandre Kavinski Data: 10 de abril, sexta-feira, 19h30 Local: Universidade Positivo – Câmpus Ecoville – Bloco Vermelho – Auditório 2 Inscrições: entrada gratuita Informações: pos2015@up.edu.br e (41) 3250-3737
Mesa Redonda “O futuro dos negócios digitais”, com Alexandre Kavinski, André Passamani e Ricardo Dória Data: 11 de abril, sábado, 9h30 Local: Universidade Positivo – Câmpus Ecoville – Bloco Vermelho – Auditório 2 Inscrições: entrada gratuita Informações: pos2015@up.edu.br e (41) 3250-3737
Você poderá acompanhar todos os detalhes da final em um link de vídeo exclusivo
A final da etapa brasileira da Imagine Cup 2015 será realizada nesta quarta-feira, 08/04/2015, a partir das 17h45, em Curitiba, e contará com transmissão de vídeo ao vivo por meio do link: https://new.livestream.com/techsmart/ic2015.
A Imagine Cup é um campeonato mundial de tecnologia promovido anualmente pela Microsoft e premia os melhores projetos desenvolvidos por estudantes nas categorias de Cidadania Mundial, Jogos e Inovação.
Para ficar por dentro dos detalhes da final brasileira, acompanhe também o perfil oficial da Microsoft Brasil no Twitter (https://twitter.com/microsoftbr) e a hashtag #imaginecupbrasil.
Nesta segunda (6), o painel eletrônico instalado na fachada da Associação Comercial do Paraná alcançou a marca de R$ 500 bilhões em impostos arrecadados pelo governo desde o início do ano. O número foi alcançado com nove dias de antecedência em comparação a 2014.
“Isso demonstra que o governo está arrecadando e gastando de forma cada vez mais acelerada, apesar do momento econômico ruim vivido pelos setores de comércio e indústria a caminho da recessão. O setor produtivo já não é capaz absorver o grande número de novos impostos fixados pelo governo, e infelizmente quem acaba pagando esta conta é o consumidor final”, disse o presidente da ACP, Antonio Miguel Espolador Neto.
O valores exibidos no Impostômetro equivalem ao montante pago pelos brasileiros em impostos, taxas e contribuições desde o primeiro dia do ano. O dinheiro é destinado à União, aos Estados e aos municípios.
Pós-graduação é oferecida em Curitiba; Inscrições encerram em abril
Estão abertas até o dia 20 de abril, as inscrições para o processo seletivo do MBA Internacional em Gestão Estratégica da Inovação oferecido pelo Senai em Curitiba. Voltados para formar profissionais cada vez mais preparados para a realidade da indústria paranaense, os cursos do Senai desenvolvem competências específicas exigidas no mercado de trabalho. As especializações têm foco na gestão e no desenvolvimento de carreira, visando formar líderes empreendedores para a indústria, capazes de impulsionar o crescimento das empresas.
Realizado em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e a Université de Tecnologie de Compiègne (UTC), da França, o MBA está entre as 100 melhores especializações do mundo. Para chegar nesta classificação, o curso fez parte de uma pesquisa realizada pela Eduniversal Masters Ranking que avaliou cursos de Mestrado e MBA de cerca de mil instituições em diversos países para a construção do Top 100 Best Masters.
Um diferencial do MBA é a internacionalização. Um módulo do curso é ministrado na Université de Tecnologie de Compiègne, além de contar com professores com experiência em projetos internacionais e professores de universidades de outros países. O curso é voltado para profissionais das indústrias envolvidos na implantação de processos e projetos de inovação ou com interesse em desenvolver esta competência estratégica. É desejável possuir experiência em áreas de gestão, como gestão estratégica, de processo, do conhecimento e de projetos, e conhecimentos em língua inglesa.
As aulas iniciam em maio e são ministradas no Campus da Indústria (Av. Comendador Franco, 1341, Jardim Botânico). Para mais informações e datas dos demais cursos e cidades, acesse o site http://www.senaipr.org.br/pos-graduacao/
É indiscutível que poucas são as pessoas que conseguem sobreviver sem um endereço de e-mail, visitar seu perfil nas redes sociais, acessar a Internet para ver o seu saldo bancário ou pagar contas. No mundo dos negócios, mais ainda, a internet se tornou uma ferramenta de trabalho tão banal quanto um editor de texto, uma planilha eletrônica ou um software de CAD. Essa banalidade é o grande problema para a segurança das informações.
Existem basicamente três tipos de empresas: as que já possuem uma verba para segurança do ambiente computacional (normalmente já sofreram alguma perda por ataque), as que implantaram alguma forma de segurança e mantém apenas com equipe interna (são muitas) e, finalmente, as que acreditam que gastar dinheiro com segurança é custo e não investimento (infelizmente é a maioria). Nesse terceiro tipo de empresa, temos ouvido as mais variadas desculpas, mas, com certeza, a mais comum é que são tão pequenas que ninguém tem interesse em atacá-las. Esses dois últimos tipos cometem o maior erro que um administrador pode cometer: achar-se seguro.
Muitos leitores devem estar duvidando da existência desse terceiro grupo, mas, pasmem, é, sem sobra de dúvida, a maioria, principalmente as empresas de pequeno e médio porte que estão conectados à Internet por linhas ADSL. São empresas que, geralmente, não possuem área de TI formal. Porém, se perguntarmos nessas mesmas empresas se elas tem seguro contra roubo, em uníssono, irão responder que SIM, não operariam sem um seguro. É uma grande distorção, mas essas empresas podem estar sendo roubadas e infelizmente não poderão acionar suas seguradoras.
O custo de um sistema de segurança também aparece como o grande “culpado” para muitas desses dois últimos tipos. E, por não terem um departamento de TI formal ou um especialista que auxilie nas decisões estratégicas para TI, acabam correndo riscos desnecessários, pois, com o advento do software livre (por favor, não confundam software livre com software grátis), é possível implantar um sistema de segurança extremamente robusto com um custo muito baixo.
Temos percebido que não basta um firewall, um IDS/IPS e etc. É preciso muito mais do que isso, é preciso cultura empresarial de segurança. O grande responsável pela falta dessa cultura é a banalidade comentada anteriormente. Mesmo no primeiro tipo de empresa (as que têm verba para segurança) poucas são as que têm, realmente, uma política formal para segurança.
Investir em sistemas de segurança e treinamento é fundamental, porém existe outra variável importante nessa equação, já que o sistema é operado por pessoas que cometem erros como abrir qualquer arquivo anexo que recebem por e-mail, mesmo de um remetente que não fazem à mínima ideia de quem seja.
É desse grande furo na segurança que estamos falando. Os usuários de um sistema computacional, por mais sofisticado e caro que seja, se não tiverem cuidado e regras claras para utilizá-lo, estão colocando todo o sistema em risco.
É preciso ter olhos também para essa brecha no sistema e não apenas para as já velhas e carcomidas portas do protocolo TCP/IP. Do que adianta termos uma parafernália de segurança de última geração se o usuário do sistema, navegando na Internet, não tem o menor pudor em acessar sites que podem esconder scripts de ataque nas suas singelas páginas ASP(x) ou XML ou PHP?
Mas, também, como saber se o site é perigoso? A resposta é bom senso. Parece lúdico, mas uma das mais importantes ferramentas de segurança é o bom senso. Os administradores de sistema precisam estar atentos para esse problema. Os maiores vilões para a segurança dos dados da empresa podem estar(e provavelmente estão) dentro da própria empresa, fantasiados de aliados.
Durante auditorias de segurança é comumente encontrado esse tipo ocorrência, onde o sistema “falhou”, não porque estivesse sem o último patch ou update, mas porque um usuário fez o que não devia, e,pior, sem consciência, por falta de treinamento e orientação.
Não é fácil criar essa cultura empresarial, mas é preciso iniciá-la o mais rápido possível. E um grande auxiliar na criação dessa política é o pessoal da qualidade, pois podemos colocar certas regras de uso do sistema no manual da qualidade.
As empresas gastaram muito dinheiro implantando sistemas computacionais de gestão, gerenciamento de documentos, workflow, numa clara tentativa de se tornarem mais competitivas e economicamente viáveis. Algumas conseguiram, outras não. Infelizmente, continuam apenas na tentativa, seja por errarem na escolha do produto, seja por falta de cultura empresarial para implantar esses sistemas. E até por subestimarem o poder de transformação que esses programas realizam em uma empresa.
Com segurança é a mesma coisa: comprar um sistema não é o fim da história, é apenas o começo. Um trabalho árduo de conscientização e treinamento é necessário para criar essa cultura. Se todos realmente tiverem esses cuidados no uso dos recursos oferecidos pela empresa, o sistema estará muito mais seguro do que apenas confiando nos sistemas de segurança.
E vale lembrar que o pior tipo de ataque é aquele que você não sabe que sofreu, pois nenhuma medida corretiva será tomada e, outras vezes, os ataques poderão ocorrer, trazendo prejuízo para a empresa.
Não é fácil educar os usuários do sistema para terem bom senso, e muitas desculpas são dadas por eles na tentativa de justificar seus erros, mas treinamento é a saída mais curta para criar essa cultura.
É evidente que não podemos abrir mão de nenhum sistema de segurança porque temos bom senso, mas, com certeza, sem bom senso todo e qualquer sistema de segurança está mais vulnerável.
Sistemas de segurança robustos, bem administrados e atualizados e usuários treinados e orientados, formando essa cultura empresarial de segurança, é, sem sobra de dúvida, a melhor receita para uma empresa que busca trabalhar em um ambiente seguro.
* Marcelo Piuma (marcelo@qualityware.com.br) é Engenheiro Eletricista e Diretor de Marketing da Qualityware Informática de Curitiba. Atuando no mercado de TI a mais de 20 anos tem desenvolvido projetos de segurança da informação e redes de computadores no Brasil, América do Sul, Europa e Malásia.
Muita gente fala indiscriminadamente em governança de TI e gerenciamento de serviços de TI, ou em Cobit e ITIL, respectivamente, como se um e outro fossem equivalentes. Até parece que se pode escolher entre um e outro, ou que, se um estiver em prática, o outro também estará.
Já vi gente falando em governança de TI e depois citando que tem processos baseados na ITIL como se isto fosse governança. Não, não é.
É muito importante que se estabeleça o papel de cada uma destas ferramentas : o framework de governança de TI chamado Cobit, e a biblioteca de melhores práticas de gestão de serviços de TI chamada ITIL. Não vamos nem entrar na discussão de qual é a diferença entre framework e biblioteca de melhores práticas para não complicar o assunto. Só isto já seria uma grande diferença.
Talvez seja surpresa para muitos, mas é possível se adotar melhores práticas da ITIL sem ter um processo de governança de TI, assim como ter um processo de governança de TI, mas não se adotar as melhores práticas da ITIL. Sim ! Surpreso com isto ? Não fique.
A primeira coisa que deve ser destacada é que o Cobit foca em governar toda a TI. Ou quase toda. Não só governar os serviços de TI. Só isto já dá uma noção de que não poderiam ser a mesma coisa. Seria a mesma coisa do que dizermos que governar um país é a mesma coisa que governar uma cidade ! A escala é esta: do macro (Cobit) para o micro (ITIL).
Governar a TI inteira é muito mais do que gerenciar serviços. Quem governa a TI tem que se preocupar também com planejamento estratégico, com gerenciamento de projetos, com metodologias de desenvolvimento de sistemas, com gestão de recursos humanos e tantas outras coisas além da gestão dos serviços que serão entregues.
O que o Cobit faz é dizer que um dos tantos “objetivo da governança de TI” é implantar um processo de gestão de incidentes e service desk. E, para a aprender a fazer isto, ou, para descobrir as melhores práticas deste objetivo, podemos utilizar as recomendações da biblioteca ITIL. Mas, e como gerenciaremos os projetos ? Apliquem-se os princípios do PMBOK. E como desenvolveremos e manteremos aplicativos ? Aplique-se a RUP, e assim por diante.
Quem está envolvido com o todo (Cobit) terá facilidades em reconhecer o papel das partes (ITIL, PMBOK, RUP, etc). Porém, quem somente conhece ou atua numa das partes, seja ele um gerente de service desk, um gerente de projetos ou um gerente de sistemas, não terá, necessariamente, condições (ou até necessidade) de se envolver com o todo.
A visão top-down é dada pelo Cobit. A visão bottom-up é dada pela ITIL. Se você é um gerente de TI, talvez um curso de Cobit seja essencial (para sua visão estratégica) e um de ITIL seja recomendado (para conhecer como as coisas podem ser feitas no operacional quando forem relativas à oferta de serviços de TI). Já, se você é um gerente de service desk, um curso de ITIL seria essencial (para sua visão operacional) e um curso de Cobit, seria recomendado (para conhecer seu papel no todo e entender que nada em si é um fim. Tudo é um meio).
Diz o ditado que “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa”. Eu diria mais (parafraseando Caetano Veloso) : “uma coisa pode levar a outra coisa, ou não !”
*Paulo Sérgio Cougo, director da Tree Tools Informática, é ITIL V3 Expert.