O investimento em inovaçãoe a ampliação das parcerias entre iniciativa privada e governo podem ampliar a competitividade da indústria brasileira e torná-la mais inclusiva e sustentável. O tema ganhará protagonismo durante a 24ª edição do Futurecom, maior evento de conectividade, inovação e tecnologia da América Latina, que será realizado de 8 a 10 de outubro no São Paulo Expo, na capital paulista.
No primeiro dia, das 15h às 16h15, o painel “Neoindustrialização brasileira: como impulsionar a inovação e a competitividade da indústria” abordará a desaceleração do setor nas últimas décadas e o papel das políticas públicas e dos incentivos governamentais para fomentar investimentos e atrair fabricantes de tecnologia para o Brasil. As parcerias entre empresas, universidades e centros de pesquisa também serão discutidas como estratégia fundamental para impulsionar o ecossistema de inovação e produção de tecnologia no país.
O painel com foco nos desafios e oportunidades para o desenvolvimento de uma cadeia produtiva de dispositivos e componentes de TIC reunirá Carlo Pereira, CEO do Pacto Global da ONU – Rede Brasil; Rosilda Prates, presidente da P&D Brasil; José Luis Pinho Leite Gordon, diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES; e Carlos Nazareth Motta Marins, diretor do Inatel. A moderação será realizada por Fabricio Silveira, superintendente de Política Industrial da CNI.
No segundo dia do evento (09/10), um dos destaques do congresso será o debate sobre redes privativas e missão crítica. A tendência é que haja uma demanda maior por redes mais resilientes, de baixa latência e ultravelocidade. Estudo divulgado no ano passado pela Omdia, em parceria com o Futurecom, mostrou que o Brasil é o 3º maior mercado de telecomunicações das Américas. E mesmo com as redes privativas incipientes, o país ocupa a 8ª posição no mundo -as redes privativas representam uma oportunidade de monetização efetiva, segundo a consultoria.
Participam do painel “Redes privativas + missão crítica”, das 17h às 18h: Lennon Bento, gerente de Enterprise Architecture e Infra & CyberSec da Vale;
Irineu Colombo, diretor-superintendente do Parque Tecnológico de Itaipu (PTI);
Luis Felipe de Araujo, gerente geral de Operações e Infraestrutura de TIC da Petrobras; Renato Bueno, diretor comercial Enterprise da Nokia Mobile Networks na América Latina; e Flavio Hirano, diretor da AVS. A moderação ficará sob o comando de Eduardo Tude, presidente do Teleco.
Muito além do hype
Inteligência Artificial para o bem ou para o mal? A IA é uma tecnologia revolucionária com um potencial incrível para aprimorar a eficiência e auxiliar na tomada de decisões estratégicas. Se por um lado traz avanços inimagináveis, por outro representa desafios em relação à privacidade e dilemas éticos. Nesse sentido, a regulamentação da IA é crucial para equilibrar a inovação tecnológica com a proteção dos direitos humanos, garantindo que os sistemas de IA sejam desenvolvidos e utilizados de maneira ética e responsável.
A temática permeará vários painéis do Futurecom, entre eles “Regulação de IA e as interações entre pessoas e máquinas”, no dia 10 de outubro, das 11h35 às 12h45, que reunirá, sob a moderação de Rony Vainzof, diretor-adjunto do Departamento de Defesa e Segurança (DESEG) e coordenador do Grupo de Trabalho de Defesa e Segurança Cibernética da FIESP, os seguintes debatedores: Miriam Winner, diretora da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD); Victor Oliveira Fernandes, conselheiro do CADE; Alexandre Freire, conselheiro da Anatel; Cristina Shimoda, coordenadora-geral de Transformação Digital do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); e Guilherme Correa, coordenador geral do MCTI.
Os painelistas abordarão o desdobramento da IA e da IA generativa nos negócios e na sociedade, bem como as legislações implementadas – ou em discussão – ao redor do mundo. Também tentarão responder às seguintes questões: Quais são as adequações, restrições e penalidades nas novas relações entre pessoas e máquinas? Como não aumentar ainda mais a brecha digital no Brasil com a chegada da GenAI?
A União Europeia já avançou em relação à regulação da inteligência artificial implementando a Lei de IA em agosto de 2024. A UE se tornou a primeira região do mundo a impor normas para tecnologias de IA, especialmente para sistemas considerados de alto risco. Nos Estados Unidos, a abordagem regulatória ainda está em fase inicial. O governo formou comissões para estudar os impactos da IA e explorar possíveis diretrizes.
No Brasil, o Projeto de Lei (PL) 2.338/2023 tramita em conjunto com outras nove matérias sobre o tema. Em audiência pública no Senado, no dia 04 de setembro, especialistas defenderam mudanças no texto para flexibilizar regras como as que tratam da classificação do sistema de IA de alto risco. O objetivo é buscar um equilíbrio para não desestimular a inovação e a competitividade.
A 24ª edição do Futurecom vai conectar mais de 30 mil profissionais que poderão se atualizar e promover o networking aproveitando o conteúdo do congresso, as reuniões, os debates e a grande exposição, que já conta com grandes marcas confirmadas. A expectativa é levar ao evento mais de 250 marcas expositoras, 800 palestrantes e mais de 240 horas de conteúdo disponíveis nas trilhas de conhecimento, em um espaço de cerca de 25 mil metros quadrados.
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