Orlando Pessuti é o novo presidente do BRDE

O governador Beto Richa e a vice-governadora Cida Borghetti participaram nesta terça-feira(14) da posse do novo presidente do BRDE Orlando Pessuti. – Curitiba/PR, 14.11.2017 – Foto Jonas Oliveira/Vice governadoria

Orlando Pessuti é o novo presidente do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Pessuti assumiu o cargo nesta terça-feira (14), em cerimônia na agência paranaense do banco, em substituição a Odacir Klein, que passa a ocupar a diretoria Financeira da instituição.

Participaram da solenidade o governador Beto Richa, a vice-governadora Cida Borghetti, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, o chefe de Departamento Regional do BNDES, Guilherme Franco Motoro, demais diretores, conselheiros e colaboradores do BRDE, entidades do setor produtivo, entre outras autoridades. A orquestra Ladies Ensemble, formada exclusivamente por mulheres, saudou os presentes. A orquestra desenvolve o projeto Concerto das Rosas, que tem apoio do BRDE.

A cerimônia teve início com a assinatura de um memorando de entendimento (MoU) entre o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o BRDE. A proposta é o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU para combate às mudanças climáticas na Região Sul. Assinou o documento o diretor do PNUD no Brasil, Didier Trebucq.

O governador Beto Richa disse que o BRDE tem contribuído de forma decisiva para o fortalecimento da economia do Paraná e de toda Região Sul. Elogiou a equipe qualificada do banco e lembrou que nos últimos sete anos, o Governo do Estado aumentou em 1.400% os recursos disponibilizados ao setor produtivo, por meio de investimentos feitos pelo BRDE e Fomento Paraná.

Richa citou também a capitalização do banco pelo Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Cada estado destinou R$ 200 milhões, totalizando R$ 600 milhões, que permitiram alavancar em sete vezes a capacidade de financiamento do banco. “Foi a maior capitalização feita por um governo nos 56 anos de história do BRDE”, destacou.

O ex-presidente Odacir Klein destacou o caráter regional do BRDE e a principal tarefa da instituição no momento, que é buscar novas fontes de recursos. “Enquanto a minha gestão enfrentou a crise econômica e problema da inadimplência, agora é preciso resolver o problema da diminuição dos recursos do BNDES. Estamos na busca de outros meios, recursos internacionais e das mais diversas origens”, afirmou.

“Sei do tamanho da responsabilidade que estou assumindo, mas assumo com tranquilidade, porque o BRDE superou dificuldades e avançou”, disse Orlando Pessuti. “Vamos, diretoria e funcionários, avançar ainda mais, fazendo do BRDE a trincheira em favor do desenvolvimento da nossa região”, acrescentou.

Pessuti lembrou que o banco está presente em 91 % dos municípios do Sul, com R$ 17 bilhões em ativos, dos quais R$ 5,7 bilhões no Paraná. Destacou o apoio do BRDE ao setor produtivo, em especial ao agronegócio e disse que os governadores foram decisivos para os avanços ao capitalizarem a instituição com R$ 600 milhões, o que a alavancou os investimentos em R$ 4 bilhões.

Sustentabilidade – Ao assinar o memorando de entendimento com o BRDE, o diretor do PNUD no Brasil, Didier Trebucq, lembrou que a ONU fixou, em 2015, um plano de metas e ações para atingir o desenvolvimento sustentável e combater as mudanças climáticas nos próximos 15 anos, a Agenda 2030.

“Entramos numa nova era baseada na sustentabilidade e na capacidade da nossa geração de cuidar da próxima. É muito importante a participação dos governos e das instituições financeiras para atingir os objetivos da Agenda 2030”, afirmou Trebucq. “É uma honra para o PNUD ter essa parceira pioneira com o BRDE, uma instituição tão importante para a Região Sul”, acrescentou.

O diretor Odacir Klein falou também da importância da parceria com o PNUD para ações conjuntas de desenvolvimento sustentável, lembrando que o BRDE foi a primeira instituição financeira a aderir aos compromissos da Agenda ODS e hoje oferece linhas de financiamento dentro do programa Produção e Consumo Sustentável. “Estamos pensando nas gerações futuras”.

O governador Beto Richa destacou que o Paraná foi o primeiro estado do mundo a aderir às metas da ONU e que o acordo envolve hoje empresas públicas e os 399 municípios paranaenses. “Em janeiro, o Paraná vai receber, na Suíça, um reconhecimento pela adesão aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, disse.

“A parceria com o PNUD e a ONU é o reconhecimento de que o BRDE está no caminho certo de suas ações”, afirmou o presidente Orlando Pessuti. “Este acordo demonstra que o BRDE, ao longo de sua história de 56 anos, trabalhou para que tivéssemos desenvolvimento, geração de emprego e renda, dentro dos preceitos do desenvolvimento econômico, social e sustentável”.

NOVO PRESIDENTE

Ex-governador do Paraná, Orlando Pessuti, 64 anos, é médico veterinário, graduado pela Universidade Federal do Paraná. Paranaense de Califórnia, foi deputado estadual por cinco mandatos, representando o Vale do Ivaí e a região Central do Estado. Exerceu a presidência da Assembleia Legislativa e participou da elaboração da Constituição do Paraná.

Pessuti também foi vice-governador do Estado do Paraná, secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, presidente do Conselho de Administração da CEASA, CLASPAR, CODAPAR, EMATER-PR e IAPAR. Fez parte ainda do Conselho de Administração do BNDES e da Itaipu Binacional. Em março de 2015, assumiu, a convite do governador Beto Richa, a Diretoria Administrativa do BRDE.

DIRETORIA DO BANCO

Como controladores do BRDE, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul estabeleceram governança colegiada na instituição, cabendo a cada estado assumir a presidência do Banco por um período de um ano e quatro meses, dentro do tempo de mandato de seus respectivos governadores.

A gestão 2015-19 no BRDE teve como primeiro diretor-presidente Neuto de Conto, de Santa Catarina, sucedido por Odacir Klein, do Rio Grande do Sul. Agora, caberá ao Paraná ocupar a presidência do banco.
Com a mudança na presidência, a diretoria do BRDE fica assim constituída:

ORLANDO PESSUTI – diretor-presidente
NEUTO FAUSTO DE CONTO – vice-presidente e diretor de Acompanhamento de Recuperação de Créditos
ODACIR KLEIN – diretor Financeiro
LUIZ CORRÊA NORONHA – diretor de Planejamento
JOÃO LUIZ AGNER REGIANI – diretor de Operações
RENATO DE MELLO VIANNA – diretor Administrativo

BRDE EM NÚMEROS

Fundado em 1961, o BRDE tem 536 funcionários, três agências e 10 espaços de divulgação nas capitais da Região Sul, um escritório de representação em Campo Grande (MS) e outro no Rio de Janeiro (RJ). Hoje são R$ 16,8 bilhões em ativos, dos quais R$ 13,9 bilhões em financiamentos, sendo R$ 5,7 bilhões investidos no Paraná. O patrimônio líquido do banco é de R$ 2,4 bilhões.

O BRDE tem 35.377 clientes ativos e está presente em 1.083 (90,9%) dos 1.191 municípios do Sul. É o maior repassador de recursos do BNDES na Região Sul e o 6º no Brasil. Foi o primeiro agente financeiro do país cadastrado para repasse da linha INOVACRED e o maior repassador de linhas de inovação do Brasil.

O banco é agente financeiro da ANCINE para produções de cinema e obras audiovisuais em todo o Brasil e também do Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO), para operações rurais e empresariais em Mato Grosso do Sul. É também agente financeiro do FGTS, beneficiando municípios e infraestrutura privada nas áreas de saneamento, resíduos sólidos e mobilidade urbana.

Neste ano, o BRDE fecha sua primeira parceira para captação de recursos externos, destinados ao financiamento de projetos de produção e consumo sustentáveis. O parceiro é a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Em 2017, o Banco foi credenciado pelo Ministério do Turismo para operar o FUNGETUR – Fundo Geral de Turismo, beneficiando a infraestrutura deste setor.

O BRDE apoia a indústria, empresas de todos os portes, comércio e serviços, agronegócio e infraestrutura. De 2012 a 2016, a média anual de investimentos no Paraná tem se mantido acima de R$ 1 bilhão.

No primeiro semestre de 2017, o banco contratou R$ 1,27 bilhão em novas operações de crédito, destinadas a grandes, médios e pequenos empreendedores de todos os setores da economia da Região Sul. Do total contratado, R$ 400 milhões são operações realizadas pela Agência Paraná.

Fonte: BRDE

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BRDE, Fomento Paraná e Inseed apresentam o novo fundo de capital semente Criatec 3

Foto: BRDE

O Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), a Fomento Paraná e a Inseed Investimentos apresentaram nesta quinta (17), em evento na sede do BRDE em Curitiba, o novo Fundo de Investimento em Participação Criatec 3.

O fundo, que reúne R$ 200 milhões para investimento em empresas de alto potencial de crescimento em todo o país, conta com aportes do BRDE e da Fomento Paraná. O BRDE fará um aporte de R$ 12 milhões e a Fomento Paraná, de R$ 1,5 milhão.

É a primeira vez que as duas instituições participam de um fundo de participação em investimentos como cotistas. O objetivo no momento é assegurar que empresas e projetos situados no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul possam ser apoiados pelo Criatec 3.

A prioridade do fundo Criatec 3 é investir em empresas dos setores de Tecnologia de Informação e Comunicação (TIC), agronegócio, nanotecnologia, biotecnologia e novos materiais. O investimento será feito em empresas com faturamento anual de até R$ 12 milhões.

“Estamos vendo o BRDE cumprir sua missão enquanto instituição de desenvolvimento da Região Sul, oportunizando agora, junto com a Fomento Paraná, novos investimentos no setor de inovação”, disse o diretor de Operações do Banco, Wilson Quinteiro. “Além do Criatec, estamos organizando um novo fundo, com investimentos de R$ 5 milhões”, acrescentou.

O presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, afirma que a entrada em um Fundo de Investimento Participação é um passo muito importante para a instituição e para o Estado, que foi o último estado a aderir a essa modalidade de fundo.

“O capital semente é uma ponta que faltava fechar no circuito do investimento no Estado” afirmou Juraci Barbosa. “O apoio à inovação, à pesquisa e desenvolvimento são objeto do Plano de Governo, porque são fatores essenciais para o desenvolvimento de uma nação. Este é um campo inesgotável, que está avançando, e do qual queremos fazer parte”, destacou.

Segundo Juraci Barbosa, a adesão a fundos como o Criatec 3 e o Fundo Sul Inovação, apoiado pela Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), representa um grande passo para consolidar o Paraná como um estado amigável ao empreendedorismo e às empresas e pessoas que se dedicam a inovar.

O Criatec 3 será gerenciado pela empresa Inseed Investimentos. “O Criatec é um fundo voltado a empresas com características inovadoras. O fundo investe diretamente na empresa, fica sócio dela e desenvolve com o empreendedor projetos de inovação”, explicou o diretor-sócio da Inseed, Alexandre Alves. “Mais importante que o recurso é ter a capacidade de fazer o bom uso do recurso, de colocar mais pessoas no projeto, de apresenta-lo às devidas instâncias e de garantir a governança transparente.”

“Normalmente as áreas de tecnologia de informação, pela sua própria natureza, estão mais preparadas para receber investimentos de fundos como o Criatec, mas é importante diversificar. No Paraná, onde a agricultura e a pecuária são altamente desenvolvidas, podemos encontrar bons projetos de inovação nessas áreas”, disse o diretor Administrativo do BRDE, Orlando Pessuti.

O secretário estadual da Ciência e Tecnologia, João Carlos Gomes, disse que o Criatec é um mecanismo indispensável para alavancar o setor de inovação no Paraná. “É um fundo que aglutina os setores público, privado e produtivo ligados à inovação. Essa ação do BRDE e Fomento Paraná comprova que o nosso Estado tem estrutura de financiamento consolidada na área de financiamento a projetos inovadores”.

BONS PROJETOS – A intenção do fundo é atuar nesses segmentos em busca de empresas inovadoras com bons projetos, que possuem grande potencial de crescimento, mas que normalmente têm dificuldade em captar ou reunir recursos suficientes para alavancar o empreendimento, por falta de garantias de retorno do valor investido.

Em geral trata-se das chamadas startups ou negócios nascidos em incubadoras tecnológicas, que precisam de um aporte inicial para capitalização e crescimento.

MERCADO — Para o presidente do Arranjo Produtivo Local (APL) de Software de Curitiba, região metropolitana e litoral, Marcelo Woiciechovski, a iniciativa de criar o fundo e chamar as empresas e as entidades para participar do processo vai colocar as empresas paranaenses em um ponto de competitividade comparável ao dos outros países. “Na área de software não há limite geográfico para colocar as soluções, mas é difícil obter fomento externo. E internamente a falta de garantias também atrapalha. Então, essa nova proposta cria uma grande oportunidade de crescer, criar novos postos de trabalho, para transformar o Paraná em um polo nacional em TIC”, afirma o executivo.

O empresário Charles Stepniak, que participou da Incubadora do Tecpar (Intec) e hoje atua no desenvolvimento de drones, foi um dos participantes da rodada de negócios promovida na sede do BRDE. Ele disse que o fundo Criatec 3 é uma grande solução para o setor e aprovou o modelo do evento. “Reunir o setor público, as entidades e o fomento é uma coisa que pouco acontece no Brasil. Para minha empresa hoje, o recurso novo é o caminho para a solução entre continuar vivo no mercado ou desistir”, afirmou Stepniak. “Estou procurando soluções como esta há mais de um ano e achei aqui.”

O FUNDO – O Criatec 3 será gerenciado pela Inseed Investimentos, empresa que venceu o edital lançado pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). De acordo com os planos da empresa, o fundo poderá investir em 36 empresas inovadoras em estágio inicial entre os anos de 2016 e 2019.

Cabe ao gestor do fundo identificar e selecionar as empresas que receberão os investimentos. A seleção é feita a partir da análise da proposta de inovação, que deve preferencialmente estar direcionada à resolução de um problema de mercado claro e economicamente relevante.

Outro ponto importante é que a inovação não seja facilmente replicável por outras companhias, o que permitiria a entrada de concorrentes no mercado.

Além disso, o perfil do empreendedor deve estar atrelado à inovação e ao mercado de atuação. Para submeter um negócio à avaliação do fundo, o empreendedor deve preencher um formulário disponível no site www.inseed.com.br/criatec3.

GESTÃO — Os fundos de investimentos em participação, ou ‘capital semente’, são fundos fechados, que podem investir em companhias abertas ou fechadas, sempre como um projeto de longo prazo. Ao decidir fazer um aporte em uma empresa o fundo passa a ter participação na gestão no empreendimento e apoiar a tomada de decisões.

Entre as vantagens desse processo estão o alto potencial de maturação e retorno do investimento e a transparência nos processos de governança corporativa, permitindo uma visão clara e segura do que está acontecendo com cada projeto de investimento.

No Brasil, esses fundos são utilizados para apoiar projetos e empresas de menor porte e apoiam setores de atividade de interesse do estado. Por isso contam com a participação de instituições financeiras públicas, como BNDES e Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Entre prospecção, aceleração do investimento e desinvestimento, o processo de um fundo pode levar entre cinco e oito anos para obter o resultado desejado.

SERVIÇO

Para mais informações sobre o Criatec 3 acesse:

BRDE: www.brde.com.br / (41) 3219-8000

Fomento Paraná: www.fomento.pr.gov.br / (41) 3235-7500

Inseed Investimentos: www.inseed.com.br/criatec3 / (41) 3271-7620

Fonte: Fomento Paraná, BRDE

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