Começou hoje, 24, em Curitiba, o primeiro módulo do treinamento do TI de Impacto – Programa de Capacitação Empresarial para o Desenvolvimento da Estratégia de Inovação da Softex, que prosseguirá até sábado, dia 26. Seu objetivo é impulsionar o desenvolvimento e a implementação da estratégia da inovação contínua nas empresas que compoem a indústria brasileira de software e serviços de TI (IBSS) – as startups, as de pequeno, médio e grande porte.
Para a sua realização, a iniciativa conta com a parceria do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) e com o apoio do Centro Internacional de Tecnologia de Software (CITS), Agente Softex em Curitiba.
Com duração total de 80 horas de treinamento e 30 horas de orientação empresarial, a meta do TI de Impacto é capacitar, até o mês de dezembro, 45 companhias – 15 em São Paulo, 15 em Curitiba e 15 no Recife – a desenvolverem suas estratégias de inovação. Nove empresas serão selecionadas para a etapa internacional, que inclui orientação empresarial; visitas a empresas e instituições em São Francisco e no Vale do Silício nos Estados Unidos; e convites de acesso ao Gartner Symposium/ITXpo 2014, considerado o maior e o mais importante encontro anual de chief information officers (CIOs) e de líderes da indústria mundial de TI. Na volta ao Brasil, elas receberão mais 30 horas de orientação empresarial (24 nacional e 6 internacional) para refinar a estratégia desenvolvida e preparar a sua implementação.
São as seguintes as 15 empresas participantes do TI de Impacto na região Sul: ACCION, Elotech, Ideia no Ar, NS2E, Qualityfocus, ITSOFTIN, Fleety Mobilidade, Sisteplan, Snowman, Process Informática, Systempo, IT7 Sistemas, EasyOne, ICI e CELEPAR.
A programação deste primeiro módulo de treinamento alinhará o conceito de inovação para todos os participantes e dará um choque de realidade sobre a importância da inovação para as organizações e sobre a necessidade de se pensar a companhia de forma global. Durante seus três dias de duração, os participantes identificarão o status atual da empresa no âmbito da inovação e a sua posição no cenário global, incluindo a apresentação de casos de sucesso.
Diônes Lima, gerente de Inovação e Empreendedorismo da Softex, ressalta que “o programa permitirá aos participantes criar um framework para a construção de uma estratégia de inovação em sua organização; possibilitará o emprego de ferramentas para a geração de ideias, validação de hipóteses, priorização de oportunidades e do trabalho em rede; e auxiliará na elaboração de um plano de negócios inovador para a atração de capital”.
O segundo módulo do TI de Impacto será realizado de 7 a 9 de agosto. Para informações adicionais sobre o programa visite: http://www.softex.br/ti-de-impacto/
Brasil cai no ranking de inovação – Por seu dinamismo característico, o setor de software e serviços de TI tem a inovação impregnada em seu DNA, mas ela precisa ser permanentemente fomentada. “Um produto inovador não é inovação. Inovação não existe sem estratégia. Inovação é algo muito mais complexo e completo. A Softex entende que inovação é formada por uma tripla hélice: tecnologia, mercado para a adoção dessa tecnologia e entrega de valor”, destaca Ruben Delgado, presidente da Softex.
Justificando as razões que motivaram a Softex a lançar o TI de Impacto, Ruben lembra a queda das empresas de TI no ranking de inovação da PINTEC e cita os recentes resultados da pesquisa do Índice Global de Inovação 2013 (Global Innovation Index – GII), que colocou o Brasil em 64ª posição – seis posições abaixo da edição de 2012 – atrás do Chile (46º), Uruguai (52º), Argentina (56º) e México (63º). O GII é produzido anualmente pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), instituto Insead e Universidade Cornell e em sua edição 2013 relaciona 142 países.
“O desenvolvimento de ambientes inovadores gera valor econômico e social, melhora o posicionamento competitivo das empresas e contribui para a criação de empregos de melhor qualidade, além de aumentar a eficiência produtiva e o crescimento sustentado do País”, complementa.
Para o presidente da Softex, é essencial para uma companhia deste setor tão dinâmico saber se reinventar constantemente. “Com esse programa queremos fazer com que a TI brasileira pense em termos globais, tendo a consciência de que a inovação não é um ato solitário”, conclui, destacando como exemplo o Vale do Silício, na Costa Oeste dos Estados Unidos, “onde há uma união entre a audácia e a colaboração, permitindo que a inovação ocorra de forma permanente”.