O mercado brasileiro de tablets continua aquecido e apresentou números expressivos com mais de 370 mil unidades comercializadas apenas no primeiro trimestre de 2012, segundo estudo realizado pela IDC Brasil, líder em inteligência de mercado, serviços de consultoria e conferências com as indústrias de Tecnologia da Informação e Telecomunicações. A previsão é de que até o final deste ano sejam vendidos 2,5 milhões de tablets, o que significa um crescimento de mais de 200% em relação aos 800 mil aparelhos vendidos em 2011. No ano de 2013, a marca deve alcançar cerca de 4 milhões de unidades.
Do total dos dispositivos comercializados nos três primeiros meses de 2012, 61% têm sistema operacional Android. “No início do ano passado, Android detinha 43% do mercado em de cada vinte aparelhos, um tinha preço abaixo de R$ 1 mil. Com o aumento de dispositivos de fabricação chinesa, mais da metade dos tablets com Android já possui essa faixa de preço. “Ainda é cedo para afirmar, mas é possível que esses produtos frustrem a experiência de uso esperada pelo consumidor, já que grande parte destes dispositivos de baixo preço possuem especificações técnicas limitadas.” declara Attila Belavary, analista de mercado da IDC Brasil.
Ainda segundo o estudo da IDC, dos mais de 370 mil tablets vendidos, 12% foram para o mercado corporativo, que nesse estudo envolve governo e educação. “O setor público já demonstra interesse de utilizar o produto no ambiente escolar e, para o final de 2012 e início de 2013, está prevista uma entrega de 900 mil tablets ao MEC, o que deve impulsionar ainda mais os números deste segmento”, completa o analista da IDC.
O estudo da IDC Brasil aponta que as taxas de crescimento são mais aceleradas do que as de mercados similares. “No ano de 2011, por exemplo, foi vendido um tablet para cada dez notebooks. Até o final de 2016, a IDC prevê que seja comercializado um tablet a cada três notebooks”, disse Belavary.
No mercado mundial, observou-se um crescimento de 134% nos três primeiros meses deste ano quando comparado ao mesmo período do ano passado. Segundo o analista da IDC, “enquanto o iPad aposta nas novas especificações e na marca Apple, a participação de dispositivos com Android menos robustos apresenta aumento, impulsionado por tablets com foco em consumo de conteúdo e preços mais atrativos”.