O desemprego entre os jovens de 18 a 24 anos ficou acima da média geral, alcançando 19,3% do público no segundo trimestre de 2022, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 12 de agosto. Na população em geral, a taxa é de 9,3%, ou seja, são 10,1 milhões de pessoas desempregadas nesta faixa etária.
Os dados mostram que os jovens estão entre o público com maior dificuldade para conseguir emprego no país. Um dos motivadores para a falta de oportunidade, apesar dos mais jovens serem antenados e tecnológicos, é que eles não conseguem ter a experiência exigida pelas empresas.
Capacitação pelas empresas
Em Curitiba, a Velsis, empresa brasileira fabricante de tecnologia em mobilidade, desenvolveu um programa de incentivo para universitários. O programa Estágiotech foi implementado pela Velsis, em parceria com a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
“A nossa empresa entende a importância de apostar em novos talentos. No entanto, sabemos que muitas vezes estes novos talentos só serão descobertos com oportunidade e capacitação, ferramentas indispensáveis hoje para qualquer área de atuação”, explica o diretor-presidente da Velsis, Guilherme Araújo.
Além disso, a empresa busca capacitar seus funcionários e oferecer novas oportunidades por meio de programas, como foi o caso do Estágiotech.
Ao todo, 30 jovens inscreveram-se no programa. Destes, 15 universitários que atuam em cursos de desenvolvimento de software passaram por quatro meses de experiências, recebendo informações técnicas de produção de tecnologia e de educação corporativa. Ao término do programa, dois universitários foram contratados pela empresa.
“As aulas foram fundamentais. Tivemos conteúdos, desde o mais básico até a técnicas mais avançadas, que ainda não tínhamos visto na Universidade. Esta quantidade de conhecimentos adquiridos é algo que fará diferença no mercado”, afirma Bruno Henrique Crema, um dos estudantes contratados.
Já o estudante Vinicius Fernandes Inácio, que também passou a integrar o quadro de estagiários da Velsis, acredita que a oportunidade é um ponto de virada em sua carreira.
“Tivemos dois anos de pandemia e, somado a isso, nunca havia tido a oportunidade de atuar na área de tecnologia. Agora, estou tendo uma curva de aprendizado enorme desde que iniciei todo o processo”, reforça Vinícius.
Selo certifica a empresa como um dos melhores lugares para trabalhar
Devido a iniciativas como esta, a fabricante curitibana Velsis foi certificada pela Great Place to Work (GPTW), como um dos melhores ambientes para se trabalhar. O selo, recebido no mês de em agosto, foi entregue pela GPTW, uma consultoria global que ajuda organizações a obter os melhores resultados a partir de uma cultura de confiança, alto desempenho e inovação.
Durante o programa de certificação, os colaboradores da Velsis responderam a uma pesquisa com questões que envolvem a satisfação no dia a dia, em suas funções na empresa, em aspectos como credibilidade, respeito, imparcialidade, orgulho e camaradagem.
“A conquista deste selo é uma vitória significativa para a companhia, principalmente, devido ao aquecimento do mercado de tecnologia, que tem dificultado a permanência de colaboradores na empresa por longos períodos”, conta Claudia Fonseca, diretora administrativa da Velsis.
Ela diz que a empresa tem o hábito de fazer pesquisas de satisfação todos os anos e entende a importância de um lugar saudável, que valorize a saúde mental dos colaboradores. “Assim, sempre buscamos trabalhar a comunicação e engajamento entre as mais diversas áreas da empresa, melhorando a integração por meio de ações internas e exercendo a empatia”, reforça Cláudia.
Após a divulgação dos resultados da pesquisa do GPTW, a empresa pode usar o diagnóstico para aprimorar alguns pontos e manter os processos que estão sendo mais promissores em relação ao clima organizacional.