Da região que concentra o maior Produto Interno Bruto (PIB) industrial do Paraná, a região metropolitana de Curitiba (RMC) – com 45% do total do Estado – formadores de opinião, líderes locais dos setores público e privado e representantes de instituições de ensino e pesquisa elegeram 18 setores – entre 26 – como portadores de futuro para o Paraná, para os próximos 10 anos. A RMC foi a área do Estado que obteve o maior número de setores priorizados pelo mapeamento dos Observatórios Sesi Senai IEL devido à grande diversidade econômica da região. A avaliação também foi realizada em outras 9 mesorregiões do Paraná.
A proposta do Sistema Fie é projetar a posição dos setores industriais paranaenses entre 2015 e 2025, em relação a tendências internacionais, levando em conta tendências tecnológicas, sociais e industriais.
“A saída para a atual crise é a união de pessoas que querem encontrar soluções e construir juntas caminhos mais produtivos. Trabalhos grandiosos como este, que vai traçar rumos para o desenvolvimento do Paraná para os próximos 10 anos, só são possíveis quando há o envolvimento de muitos representantes, das áreas pública e privada. Com este trabalho, teremos bases sólidas para trabalhar pelo crescimento do Estado”, disse o presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo.
“O que o Sistema Fiep está fazendo, junto a lideranças locais de todo o Paraná, é um exercício de responsabilidade pública. Este estudo dos Observatórios será fundamental para que o governo defina ações, orientado pela sociedade”, disse o secretário de Planejamento do Paraná, Silvio Barros, avaliando o papel dos administradores públicos e sua relação com a comunidade. “O gestor público precisa tomar decisões que afetam a vida de todos e quando a informação é insuficiente, a decisão pode ser errada. Por isso estamos tão atentos a este tipo de iniciativa”, explicou Barros.
Metodologia – Para chegar aos setores relevantes para cada mesorregião do Paraná, os pesquisadores avaliaram 8 fatores – participação do setor, crescimento, concentração, competências, investimentos, importações, transversalidade e emergência. A partir destes indicadores, os técnicos chegaram a 26 setores na RMC – Saúde e Beleza; Biotecnologia; Economia Criativa; Nanotecnologia; Agroalimentar; Celulose, Papel e Gráfica; Madeira e Móveis; Minerais não Metálicos; Borracha e Plástico; Couro e Calçados; Cerâmica; Indústria da Defesa; Construção Civil; Meio Ambiente; Produtos Químicos; Infraestrutura e Logística; Tecnologia da Informação e Comunicação; Eletroeletrônica; Automotiva e Autopeças; Metalmecânica; Aeronáutica e Espacial; Economia do Turismo e Lazer; Bens de Capital; Economia Verde; Energia, e Economia da Água. Para identificar os segmentos portadores de futuro, os painelistas avaliaram 3 tendências âncoras de cada setor apresentado.
Esta é a segunda edição do projeto Perfis Portadores de Futuro para o Paraná. O superintendente de Energias Renováveis de Itaipu, Cícero Bley, participou da primeira edição, em 2005, e reconhece avanços em seu setor, desde a publicação do estudo. “Naquela época (2005), começava-se a propor energia distribuída – quando o gerador de energia também tem o direito a receber do distribuidor pelo excedente que produz. Hoje, isso é uma realidade, por meio da portaria 44, publicada em março deste ano, que já havia sido identificada neste trabalho dos Observatórios como uma ferramenta necessária para avanços nesta área”, pontuou Bley.
O painel de especialistas realizado em Curitiba nesta segunda-feira (13) reuniu 82 participantes. O trabalho deve ser concluído em junho deste ano.
Fonte: FIEP