Seminário de Finanças e Governança Corporativa apresentou quatro painéis, com especialistas de tecnologia, economia, gestão, cases de sucesso e muito conteúdo sob a perspectiva de profissionais que vivem o assunto
O 7º Seminário de Finanças e Governança Corporativa, co-realizado pelo Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Paraná (IBEF-PR) e Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), ocorreu na última terça-feira, dia 26 de março, no auditório do Campus da Indústria – Sistema Fiep, e contou com a presença de grandes especialistas que apresentaram temas sobre tecnologia, gestão, liderança e sustentabilidade.
O primeiro painel trouxe dois cases de empresas renomadas no mercado. De um lado, Victor Curi, gerente de governança do Ebanx, uma moderna e gigante fintech brasileira fundada em 2012, e que hoje atua em diversos países. Do outro lado, Sônia Hess, vice-presidente do Grupo Mulheres do Brasil e que liderou por muitos anos a empresa Dudalina, que foi dirigida pela família até sua venda. Essa união de dois universos distintos, trouxe ao painel uma visão ampla sobre diferentes modos de gestão.
Para Victor Curi, as suas expectativas pessoais foram superadas de forma surpreendente ao poder trocar experiências de governança pelo viés de finanças e com diferentes profissionais. “O painel teve dois casos muito diferentes, com o caso de uma antiga economia de uma empresa familiar constituída nos anos 50, e uma fintech dos anos 2010, onde o mais interessante é ver que queremos chegar no mesmo lugar”, afirmou.
No segundo painel, os convidados navegaram pelo mundo da inovação e tecnologia, guiados por Gil Giardelli, renomado futurista, autor e especialista na área, que trouxe à tona as novidades de Inteligência Artificial e suas práticas empresariais com o uso de novas tecnologias.
Na sequência, o doutor em Filosofia, Jelson Roberto de Oliveira, levou os convidados a uma reflexão e análise social, pois abordou questões como: os tempos de crise que estamos vivendo, as mudanças e transformações sociais dos últimos anos e a responsabilidade social acompanhada de um dever ético, que envolve a sociedade e que se reflete no mercado de trabalho.
O último painel, apresentado por Marcelo Cioffi, sócio e líder de Mercados e Clientes da PwC Brasil, trouxe os resultados da recente pesquisa realizada pela empresa com CEO’s, abordando as mudanças nos modelos de negócio. Em seguida, Marcos Troyjo, cientista social, diplomata, economista brasileiro e ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (Banco do BRICS), apresentou um panorama geopolítico, que interfere diretamente nas relações comerciais, sociais e intercontinentais.
Para Marcos Troyjo, a requalificação pode ser uma das chaves para o sucesso do País no novo mercado. “A nova era do talento exige a recapacitação, o retreinamento e a requalificação de pessoas para trabalhar em setores como a biotecnologia, inteligência aumentada e para a nova indústria, ou seja, um cenário que mostra que o Brasil tem tudo para se tornar uma economia com renda per capita de mais de vinte mil dólares, no período de uma geração”, relata o especialista.
A coordenadora geral do IBGC Capítulo Paraná, Janete Anelli, destaca que os temas foram apresentados por pessoas que vivem essa realidade, o que gerou mais conexão e impacto com os convidados. “A ideia era desenhar quatro grandes painéis que entregassem valor para o público, sob o ponto de vista de quem vive essa realidade, gerando mais conexão, mais impacto e ampliando o conhecimento”, explica Janete.
Carlos Peres, vice-presidente do IBEF-PR, afirma que o evento foi um sucesso e que cumpriu com a proposta inicial. “Estamos muito satisfeitos, tivemos um público altamente qualificado, que pôde conhecer cases diferenciados com empresas renomadas, além de avaliar para onde está caminhando o mercado e analisar as principais tendências do setor”, conclui Peres.