Imagine ter em um único lugar as mais avançadas tecnologias digitais – experiências de realidades aumentada e digital, impressoras 3D, cenário virtual, equipamentos de robótica – para promover a inovação e fomentar o aprendizado. Esse lugar já existe e está em Curitiba: é o primeiro Centro de Realidade Estendida, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).
Este é o primeiro Centro criado nesse formato em uma universidade do Brasil e será inaugurado em 5 de junho. O prefeito Rafael Greca recebeu o convite do reitor da PUC-PR, Irmão Rogério Renato Mateucci, para conhecer este novo ambiente tecnológico que ocupa uma área de mais de 3 mil m² , instalado no Campus Curitiba, no Prado Velho, e que se alinha ao conceito de estímulo à inovação do Vale do Pinhão.
“É um orgulho e um privilégio que Curitiba seja a sede deste Centro de Realidade Estendida criado pela PUC-PR, um modelo que existe em poucos lugares do mundo. Essa iniciativa reforça o perfil pioneiro da nossa capital paranaense e reflete o pensamento de uma cidade inteligente. Temos a felicidade de contar com grandes instituições universitárias que têm papel fundamental na cultura da inovação, atraem empresas, fomentam a economia e contribuiem para a transformação social”, elogiou o prefeito.
O Centro de Realidade Estendida, instalado no Bloco Amarelo do Campus Curitiba – o mais antigo da instituição – e em parte da Digital Arena, conta com os equipamentos da mais recente tecnologia e se destaca por experiências imersivas desenvolvidas por equipes multidisciplinares dentro da própria universidade.
Este novo ambiente visa aproximar a comunidade acadêmica das novas tecnologias educacionais e promover aprendizados experienciais, explica o pró-reitor de Desenvolvimento Educacional da PUC-PR, Ericson Sávio Falabretti.
“A partir desse espaço, propomos situações que desafiam nossos estudantes, geram memórias, sensações em uma experiência de aprendizagem que colabora na resolução de problemas e em demandas da sociedade, muito além de apenas oferecer novos equipamentos”, apontou Falabretti.
Studio hollywoodiano
Dentro do Centro, está um studio de captação de movimento em 3D no mesmo molde dos utilizados em produções hollywoodianas na produção de filmes e jogos eletrônicos. Com câmeras de video dispostas em 360° captam os movimentos de atores, para a criação, de computação gráfica, de personagens animados, na mesma tecnologia usada no filme Avatar.
O curso de Medicina já experimenta uma imersão com personagens virtuais, na simulação de entrevistas a pacientes: ao vestir os óculos de realidade aumentada os estudantes entrevistam pacientes virtuais em tempo real, interpretados por um ator, que é visto com aparência e voz diferente a cada interação.
“Temos tudo para tornar a cidade um ovo polo cinematográfico”, contou o coordenador do projeto do Centro de Realidade Estendida, Edson José Rodrigues Justino.
Os acadêmicos de História terão um filme imersivo sobre o Cerco da Lapa criado neste estúdio, que também terá cenário virtual, com paineis de led, usado como um avanço à técnica do chromakey (a tela de fundo verde).
Digital twins
A técnica de digital twins (gêmeios digitais – que replica um objeto físico no mundo virtual para experimentação), está sendo aplicada no curso de Engenharia Elétrica para que os acadêmicos treinem o uso instrumentos de medição nas aulas práticas, com a replicação de osciloscópios e multimetros.
Com o equipamento real em mãos, o estudante veste os óculos de realidade virtual, sobrepondo o digital twin ao real, em uma imersão em que, ao manipular a ferramenta, as instruções de uso são exibidas enquanto manuseia o equipamento.
Em todas as áreas
Justino explica que o Centro criar soluções tecnológicas para os problemas de aprendizado acadêmicos atuais e que há poucos como este no mundo. “Tem algo similar em Helsinque [Finlândia]. É uma realização desafiadora criamos esse espaço. Queremos que todos nossos cursos tenham ao menos uma experiêcia realizada aqui”, disse.
Na Educação Física, um game de realidade virtual desafia os estudantes a indicar os movimentos corretos em um ambiente de academia; na Agronomia e Bilogia, a realidade virtual em 3D aumentou o tamanho dos insetos para que os acadêmicos estudem os pequenos animais em escala ampliada; no Direito, imersões em cenário de crimes; em Exatas um game sobre funções matemáticas.
O Centro conta ainda com um auditório imersivo, um Workspace, um laboratório de impressão em 3D; duas salas Hands On (mão na massa); uma sala circular para projeções em 360°, salas de apoio e um hall com um café.
A PUC-PR iniciou as experiências em realidade virtual em 2003, com as Mesas de Anatomia. Em 2013, inaugurou a Arena Digital, primeiro espaço digital com tecnologia 4D Full Dome da América Latina.
Universidades e o Vale do Pinhão
As Universidades são atores importantes do ecossistema de inovação Vale do Pinhão: muito mais que formação para o mercado de trabalho, Universidades e faculdades estimulam a pesquisa e,a busca de soluções, por meio da Ciência, para problemas do dia a dia das pessoas.
Em Curitiba, 373 mil pessoas estão em uma das 55 instituições de Ensino Superior da cidades. A formação acadêmica contribui para a inovação em novos produtos, serviços e soluções para a sociedade e para o desenvolvimento econômico da cidade.
Fonte: Prefeitura de Curitiba