Black Friday: estudo mostra que consumidores já começaram pesquisas

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Uma pesquisa realizada pelo Reclame Aqui e divulgada na última segunda-feira (9) mostrou que 62% dos consumidores já estão fazendo pesquisas de preços em preparação para a Black Friday. O levantamento ouviu 2,5 mil consumidores entre 28 de outubro e 4 de novembro.

O estudo mostrou que o brasileiro está mais esperto em relação ao período de promoções e mostrou que o consumidor pretende começar as compras já na noite de quinta-feira, véspera da sexta-feira de Black Friday, que ocorre no dia 27 de novembro.

Ao todo, 69,76% das pessoas disseram que pretendem fazer compras na Black Friday. O percentual de 72,31% afirma que sempre faz compras em períodos de ofertas. Além disso, 64,87% pretendem antecipar presentes para o Natal.

Para Felipe Dellacqua, VP de vendas e sócio da VTEX, multinacional que desenvolve soluções tecnológicas para comércio eletrônico, a Black Friday deste ano pode ser duas vezes maior que a edição do ano passado.

A Black Friday deste ano pode ser a maior da história em termos de volume, de quantidade de pedidos e de crescimento em relação ao ano passado. Também é esperado que tenhamos muitos novos consumidores comprando pela primeira vez em canal digital”, comenta Felipe.

Segundo ele, neste ano foram mais de 5 milhões novos consumidores comprando pela primeira vez pela internet, o que mostra que essa edição do evento será muito mais digital. “Com certeza, as pessoas farão compras no varejo físico, mas o digital deve atrair maior volume de compras neste ano porque muitas pessoas estão evitando tumultos e filas em lojas devido ao novo coronavírus. Além disso, vários estabelecimentos estão com limitação da quantidade de pessoas dentro das lojas. Isso faz com que o canal digital seja a preferência dos consumidores“, diz.

Outro motivo para essa Black Friday ser maior que as outras é também o fato de que pessoas que não perderam emprego nem tiveram redução de renda estão com capital acumulado para gastar em produtos, já que deixaram de gastar com turismo e entretenimento.

Com a segunda onda da Covid-19 na Europa e a falta de vacina, a insegurança aumenta ainda mais. Fica difícil, por exemplo, planejar uma viagem para o carnaval, pois não sabemos como estará a situação até lá. Então, as pessoas que mantiveram seus empregos e são de média ou alta renda têm guardado dinheiro ou investido na bolsa ou ainda estão se programando para gastar com produtos”, complementa.