Desde 2016, o Biopark, parque tecnológico em Toledo (PR), criado pelos empresários Luiz e Carmen Donaduzzi, desenvolve iniciativas direcionadas ao avanço socioeconômico do país. O ecossistema, que une educação, empreendedorismo e inovação tecnológica, recebeu investimentos privados de R$ 255 milhões desde a sua criação. Atualmente, conta com 135 empresas que, juntas, faturaram mais de R$1,6 bilhão nos primeiros nove meses deste ano.
Parte do montante é direcionado para promover o crescimento dos negócios de empreendedores e startups de diversos segmentos que usufruem das instalações e conhecimentos técnicos das equipes do Biopark para prosperarem.
O parque tecnológico também apresenta uma forte atuação em educação, que abrange desde o ensino infantil, por meio de programas voltados à iniciação científica, até cursos profissionalizantes, de graduação e de pós-graduação. Os investimentos em educação somam mais de R$ 63 milhões, montante destinado 100% pelo casal Donaduzzi.
Localizado em um território de mais de 5 milhões de m2, a iniciativa nasceu do sonho do casal Donaduzzi, proprietários da indústria farmacêutica Prati-Donaduzzi. O projeto, no entanto, não para de crescer. A previsão é de que, no período de um ano, 60 galpões industriais sejam construídos, interligando as ações de atratividade de empresas e indústrias ao desenvolvimento de pesquisas, estudos e formação de profissionais capazes de atender a demanda por inovações.
“Queríamos criar um ambiente capaz de contribuir com o desenvolvimento não apenas da região, mas do país. No Biopark, além de investirmos em educação e desenvolvimento do empreendedorismo, conseguimos criar um modelo inovador que permite a sustentabilidade de todo o ecossistema. Esse é o grande diferencial”, diz Luiz Donaduzzi.
“Todas as iniciativas têm foco nas principais necessidades para a instalação e expansão das empresas dentro do Biopark e tudo o que desenvolvemos, compartilhamos com as empresas instaladas aqui. A nossa experiência de mais de 30 anos na indústria farmacêutica permitiu desenvolvermos extenso know-how em gestão, infraestrutura, qualidade, formação de pessoas, entre outros fatores determinantes para o sucesso de um negócio”, explica o fundador.
Ao longo dos seus seis anos de existência, o Biopark investiu no desenvolvimento de laboratórios com tecnologia de ponta e em plataforma para geração de negócios, além de oferecer consultorias técnicas e regulatórias para os empreendedores.
A expectativa é de que, a partir da integração de ensino, pesquisas científicas, indústria, serviços e urbanismo residencial, o território tenha mais de 30 mil postos de trabalho e uma população de mais de 75 mil habitantes em 25 anos.
Múltiplas frentes
As iniciativas voltadas para o agronegócio estão entre as protagonistas do parque tecnológico. Um dos projetos mais emblemáticos é o de desenvolvimento de queijos finos, usa a transferência do conhecimento tecnológico e técnico de profissionais do Biopark para o fortalecimento do trabalho de produtores locais, uma vez que o parque se encontra na região da segunda maior bacia leiteira do Brasil.
O projeto já começa a dar resultados: dos 13 produtores participantes, cinco já iniciaram a produção de novos queijos, o que gerou ampliação dos negócios e aumento da rentabilidade.
Em breve, o Biopark contará também com uma unidade mista de Pesquisa e Inovação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com foco na produção de proteína animal – aves, suínos e peixes — para contribuir com o desenvolvimento dos produtores regionais. O Oeste do Paraná é responsável pela produção de 60% dos suínos, 70% das aves e 80% dos peixes do Estado.
Na área de saúde, o Biopark estabeleceu parcerias com universidades nacionais e internacionais, como a do IBEG – Instituto de Bioengenharia do Hospital Erasto Gaertner, de Curitiba (PR), com a Universidade de Laval, do Canadá, que desenvolve pesquisas para prevenção de infecções durante a implantação ou manutenção de dispositivos médicos. O objetivo é elevar a segurança e a qualidade de vida de pacientes em tratamento hospitalar.
Para complementar o ecossistema, torres residenciais começaram a ser implantadas para atrair tanto investidores quanto moradores e, assim, ampliar as perspectivas de crescimento do parque tecnológico. A primeira foi inaugurada em agosto deste ano.
“A expectativa é de que o Biopark atraia, cada vez mais, empresas comprometidas em promover inovação no país. Esperamos que todas as organizações que integram esse ecossistema cresçam em faturamento, número de colaboradores e que tenham sucesso ao concretizarem os seus objetivos, não somente financeiros, mas em relação aos seus valores e propósitos. O condomínio residencial nasce para integrar, ainda mais, as pessoas ao dia a dia do parque, gerando conveniência aos moradores e empreendedores”, finaliza Paulo Victor Almeida, vice-presidente do Biopark.