Startup combate impunidade no meio digital dando rapidez ao registro de provas

O Brasil está entre os cinco países que mais sofrem com crimes cibernéticos, de acordo com o Norton Cyber Security Insights Report de 2017. Mais de 62 milhões de brasileiros foram vítimas de ilícitos virtuais como difamação, desrespeito a direitos autorais, injúrias ou prejuízos com serviços não prestados, descumprimento de acordos, fraudes em comércio online, entre outros.

Além dos danos sofridos, muitas vezes as vítimas ainda precisam lidar com outro problema: a dificuldade em comprovar que o crime ocorreu. Há o risco de desqualificação das provas digitais durante o processo e o valor para obter estas evidências de maneira confiável, por meio da ata notarial, pode ser inviável para muitos – em São Paulo, por exemplo, o gasto facilmente chega a mil reais.

O advogado Luiz Moreli é especialista em Direito Digital e diz que, ao contrário do que as pessoas pensam, a internet não é terra sem lei. Porém, exigir direitos em caso de ilícitos ou irregularidades pode ser complicado. “A velocidade e a dinâmica do mundo virtual são muito superiores às da nossa legislação que, apesar do seu esforço – como podemos verificar no Novo Código de Processo Civil (2015) que trouxe diversas novidades sobre a integração e aceitação de algumas tecnologias no mundo jurídico, em comparação com o seu anterior (1973) –, ainda está muito distante do ‘mundo real'”, afirma.

Uma startup de Maringá (PR) está tentando mudar essa realidade ao colocar a capacidade de um perito técnico nas mãos de uma pessoa leiga. Na plataforma da iVeris, a vítima pode registrar o ilícito em qualquer site disponível na internet, incluindo webmails, redes sociais (Twitter, Facebook, Linkedin, entre outras), e-commerces e até a versão web do WhatsApp. O objetivo é combater crimes virtuais antes que o autor apague as provas.

Moreli ressalta a importância de iniciativas como essa, lembrando que a demora no registro de provas digitais pode resultar em impunidade. “Por se tratar de um canal extremamente dinâmico e mutável, conteúdos que poderiam ser utilizados como prova podem ser apagados, excluídos, alterados. Deste modo, a agilidade para o registro da prova é fundamental para que seja resguardado o direito.”

O empresário e sócio fundador da iVeris, Alexandre Munhoz, conta que a motivação para criar a startup surgiu quando ele precisou registrar uma prova e se deparou com o alto custo e a demora do processo. “Temos um escritório de Branding e Inovação em Tecnologia e um de nossos clientes teve a marca copiada. Procuramos formas de ajudá-lo a registrar provas para um processo judicial e foi difícil conseguir. Ao conversar com diversos profissionais do meio jurídico, descobrimos, em especial, as dificuldades relacionadas ao registro da ata notarial. Depois de muita pesquisa técnica, conseguimos criar a iVeris”.

A um custo acessível, o usuário pode obter uma prova completa e válida, com resultados que permitem uma perícia técnica. “Utilizamos técnicas para manter e verificar a integridade da gravação após a captura com um ambiente controlado que evita a contaminação da prova ou fraudes no conteúdo. Temos certificação com chaves públicas no laudo e um conjunto de metadados técnicos que permite a validação da veracidade da captura e outros recursos”, explica Munhoz. A plataforma da iVeris também tem um ambiente com medidas antifraude, o que é essencial para evitar a falsificação das provas.

Além disso, a startup continua investindo em segurança para garantir a neutralidade do ambiente. “Recentemente formamos uma parceria com uma empresa de Cyber Segurança que possui contratos com o governo brasileiro nesta área. Com este trabalho conjunto, reforçaremos a segurança da plataforma e ampliaremos a confiabilidade do serviço”, diz Munhoz.

Em fase BETA, a iVeris busca usuários para aprimorar a ferramenta e receber feedbacks, preferencialmente advogados e entidades da área.

Para participar do teste basta se cadastrar no site www.iveris.com.br ou enviar uma solicitação para faleconosco@iveris.com.br

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5 segmentos que a tecnologia revolucionou nos últimos anos

Ano após ano o mundo está girando cada vez mais rápido. Mais veloz do que o rodar do planeta é o desenvolvimento tecnológico que ocorre nele. Com esse desenvolvimento, diversas empresas foram diretamente impactadas, passando por verdadeiras revoluções em seus modelos comerciais de forma a atingir um número crescente de pessoas.

“O mundo digital vem evoluindo, demonstrando que existe todo um potencial de desenvolvimento por parte das empresas, que precisam se adaptar aos novos modelos comerciais, em que a tecnologia deve fazer parte da base de organizações de diversas áreas”, comenta Alexandro Barsi, CEO do Verity Group, empresa especializada em consultoria para a transformação do negócio para o mundo digital e gestão de ponta a ponta, por meio de um ecossistema que integra gente, tecnologia, inovação e método.

Confira 5 segmentos que mudaram – e muito – nos últimos anos graças ao avanço da tecnologia.

Saúde

Nesse setor, que está em plena transição, as inovações tendem a ser responsáveis por apresentar um novo panorama aos usuários que precisam cuidar da saúde, mas que não conseguem custear os elevados valores dos planos privados. “A presença de soluções tecnológicas possibilitou o surgimento de empresas que aproximam os médicos dos pacientes. Hoje, com poucos toques no celular já é possível marcar uma consulta com um especialista e agendar exames por preços acessíveis, algo impensável há poucos anos”, afirma Maurício Trad, CEO do Doutor123, healthtech que aproxima pacientes e médicos em sua plataforma on-line.

Segurança

Seja pessoal ou corporativa, a presença da tecnologia e as possibilidades de transmissão via internet e integração com a nuvem possibilitam que a segurança seja compartilhada de forma colaborativa.

“Hoje é possível que tanto moradores quanto empresas de determinado bairro possam atuar juntos para a criação de um ambiente mais seguro. Um dos exemplos é a disponibilização de imagens de segurança por meio de plataformas web, em que seu funcionamento depende da integração e comunicação de todos. Pois, se alguém detectar algo suspeito, é possível se antecipar ao risco e acionar a polícia”, informa Flávio Losano, Gerente de Marketing da Tecvoz, empresa de desenvolvimento de sistemas e produtos com foco no monitoramento e segurança digital.

Educação e vida profissional

Com foco no mercado de trabalho do futuro e nos jovens profissionais, a Tamboro, startup brasileira de inovação em educação, oferece soluções on-line para o desenvolvimento das habilidades do século 21, essenciais para impulsionar qualquer carreira.

“A ideia é que os profissionais possam se aprimorar em temas como Comunicação Oral, Criatividade e Resolução de Problemas por meio dos nossos cursos on-line, que também trabalham, em dinâmicas propostas nas atividades, a colaboração, a empatia e o autoconhecimento – qualidades consideradas primordiais não só no trabalho, mas também na vida pessoal e social”, afirma Samara Werner, CEO da empresa.

A tecnologia também abriu novos horizontes e facilitou a busca por vagas no mercado de trabalho. “Por meio da análise de dados e do uso de algoritmos e de geolocalização, plataformas de emprego conseguem mostrar quais as oportunidades que estão de acordo com o perfil tanto para o candidato quanto para a empresa, facilitando para ambas as partes”, complementa Henrique Calandra, fundador da Wall Jobs, portal de oportunidades profissionais com foco em vagas de estágio, trainee e empregos efetivos entry level.

Leilões

Os leilões, em seus primórdios, eram vistos como ótimas oportunidades para investidores, uma vez que o valor é abaixo do praticado pelo mercado, independentemente do que é vendido. Atualmente, graças à tecnologia, a modalidade se popularizou e é bem-vista pelos consumidores, que compram para o uso próprio e aproveitam as vantagens do segmento.

“A internet possibilitou, não só participar de leilões on-line, mas também realizar todo o processo de habilitação, em que os interessados validam o seu cadastro para poder dar lances. A tecnologia proporcionou expansão e popularização, fazendo com que mais pessoas participem o que, por consequência, aumenta o número de oportunidades”, comenta André Zukerman, diretor da Zukerman Leilões, empresa especializada na realização de leilões de imóveis de origem judicial e extrajudicial.

Segurança digital

Não é segredo que a evolução tecnológica impulsionou diversos setores, atingindo mais pessoas. Em contrapartida, os criminosos virtuais passaram a buscar por falhas em sistemas e conexões visando conseguir algum tipo de benefício, seja ele financeiro ou não.

“Com o boom tecnológico, os empreendedores precisam se precaver contra as ameaças virtuais. A segurança digital não pode ser negligenciada, sendo fundamental que empresas invistam em uma boa governança corporativa de TI que esteja alinhada com processos e diretrizes que priorizem uma rotina preventiva de monitoramento de incidentes e ataques, e a proteção dos dados”, comenta Bruno Prado, CEO da UPX Technologies, empresa de tecnologia especialista em performance e segurança digital.

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Seis passos para implementar um Sistema de Gestão de Segurança da Informação

A ESET, líder em detecção proativa de ameaças, aborda os pontos de partida para o desenvolvimento de um Sistema de Gestão de Segurança da Informação (SGSI), dando ênfase nos aspectos que devem ser considerados antes da implementação da ISO 27001, e que se mostrem úteis durante as fases de planejamento e operação do SGSI dentro de uma organização.

“Por ser um processo contínuo de manutenção e revisão, a gestão da segurança da informação constitui um conjunto de engrenagens compostas por diferentes fatores e elementos. De início, isso significa projetar, implementar e manter uma série de processos que permitam o gerenciamento eficiente de informações, garantindo assim integridade, confidencialidade e disponibilidade. É possível também criar um modelo próprio de gerenciamento, desde que sejam considerados todos os fatores essenciais do ciclo para que o sistema seja eficiente”, diz Camilo Gutierrez, diretor do Laboratório de Pesquisa da ESET América Latina.

Embora não haja um passo a passo sobre como implementar um gerenciamento padrão, existem fatores essenciais para uma melhor projeção dos esforços e conquista de resultados aceitáveis. Os aspectos a considerar são:

1. Apoio e patrocínio

O principal elemento que deve ser levado em conta antes da implementação é o respaldo da alta administração em relação às atividades de segurança da informação, especialmente ao iniciar a operação de um SGSI.

O suporte e o empenho desta área refletem um esforço conjunto, diferentemente de um projeto isolado e gerenciado por um único colaborador. Igualmente, a formação de estruturas complexas dentro das organizações é útil, o que permite a cooperação dos representantes de diferentes áreas em funções relevantes.

2. Estrutura para tomada de decisões

Uma boa prática é desenvolver a estrutura adequada para a tomada de decisões em torno do sistema de gestão.Com a criação de um fórum ou comitê de segurança, é possível efetivar o que foi determinado como governança da segurança da informação, ou seja, todas as responsabilidades e ações exercidas pela alta administração em termos de segurança.

3. Análise de brechas

A análise de brechas ou GAP Analysis é um estudo preliminar que permite conhecer a maneira como uma organização lida em termos de segurança da informação. Quando comparadas às melhores práticas reconhecidas na indústria, são usados critérios estabelecidos como padrões. A análise estabelece a diferença entre a performance atual e a desejada. Embora esse diagnóstico seja aplicável a qualquer norma certificável, geralmente é realizado para novos esquemas de certificação, que são os que geram mais dúvidas nas organizações, por serem novidade.

4. Análise de impacto no negócio

A análise de impacto do negócio (BIA, em inglês) é um elemento usado para prever as consequências em caso de incidente ou desastre dentro de uma organização. O objetivo principal é fornecer uma base para identificar os processos críticos para a operação de uma organização e a priorização desse conjunto de processos, seguindo o critério de quanto maior o impacto, maior será a prioridade.

5. Recursos, tempo, dinheiro e pessoal

Com base nos resultados da análise, é possível estimar os elementos necessários para a implementação da ISO / IEC 27001. No caso do primeiro ciclo de operação, recomenda-se um período com menor carga de trabalho para implementação, permitindo planejamento adequado ou, se necessário, a contratação de novos funcionários focados nesta tarefa.

É recomendável que o tempo dedicado ao sistema de gerenciamento não exceda um período superior a um ano antes do primeiro ciclo estar completo, devido a diferentes razões, como mudanças contínuas nos riscos, alteração das prioridades da administração em relação a proteção de ativos, aparição de novas ameaças, entre outros.

6. Revisão dos padrões de segurança

É necessário conhecer a ISO / IEC 27000, que permite entender os princípios sobre os quais a implementação de um ISMS se baseia.

A ISO / IEC 27000 contém o glossário de todos os termos utilizados na série 27000, um resumo geral desta família de padrões, bem como uma introdução ao SGSI. Cada implementação é diferente devido às condições, necessidades e recursos de cada organização. No entanto, esses elementos podem ser aplicados de forma geral, uma vez que os padrões definem o que deve ser feito, mas não a maneira de fazê-lo.

“Por meio das melhores práticas da indústria e do consenso de especialistas no assunto, estes elementos podem ser essenciais para o sucesso da iniciativa de operar e manter um SGSI dentro da empresa, com o objetivo de proteger informações e outros ativos”, conclui Gutiérrez.

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Com crescimento das ameaças digitais, cibersegurança deve movimentar mais de US$ 85 bilhões em 2017

Malwares móveis e ransomware. Se não conhece esses termos em detalhes, saiba que eles fazem parte do grupo das principais ameaças cibernéticas da atualidade, que podem sequestrar informações estratégicas de grandes corporações, gerando prejuízos e muita dor de cabeça. Não é a toa que muitas companhias estão investindo em segurança para agir preventivamente e evitar a ação dos criminosos digitais.

O Instituto Gartner prevê que ao final de 2017 serão investidos US$ 86,4 bilhões (algo em torno de R$ 270 bilhões) em políticas de cibersegurança. Segundo seus analistas, o aumento dos gastos se deve não a um crescimento de ameaças, mas sim a uma maior percepção das lideranças corporativas quanto à importância de se proteger melhor deste tipo de ameaça.

Exemplo recente do poder dos ataques cibernéticos, o WannaCry, vírus do tipo ransomware, chocou o mundo afetando mais de 230 mil sistemas eletrônicos ao redor do mundo. Incluindo organizações como a Telefônica e o Sistema de Saúde Britânico. No Brasil, seus impactos também foram sentidos, principalmente o Tribunal de Justiça, o Tribunal Regional do Trabalho e o Ministério Público, todos do Estado de São Paulo, que retiraram seus sites do ar devido a invasão e sequestro de dados confidenciais.

Para discutir em profundidade o tema, o Futurecom 2017 promoverá o painel “Sua Empresa foi Invadida e Você não Sabe: Pequenos Descuidos e Grandes Prejuízos”, em que a diretora da Conteúdo Editorial, Graça Sermoud, especialista em conteúdos para web sobre segurança digital, mediará um debate sobre a importância de se proteger daquilo que você não vê, além de avaliar o custo-benefício de um maior investimento em cibersegurança, comparando os custos das soluções aos prejuízos causados nos negócios pela ausência delas.

Já no painel “Blockchain, Segurança “definitiva” para Internet?”, Gustavo Brigatto, jornalista especializado em tecnologia do Valor Econômico, será o mediador no debate que irá tentar descobrir se esta solução é definitiva para a segurança dos usuários em transações on-line, quebrando modelos de negócios tradicionais e reduzindo de maneira representativa os custos das operações.

“Com diversas ameaças trafegando pela rede, a segurança digital tornou-se uma questão prioritária para todas as indústrias, inclusive de telecomunicações. O nosso evento quer enriquecer este debate, trazendo novidades tecnológicas que poderão auxiliar as empresas nesta jornada de segurança, além de oferecer dicas para quem já tem ou deseja hospedar dados em nuvem”, afirma Laudálio Veiga Filho, presidente do Futurecom.

Futurecom 2017
Quando: de 02 a 05 de outubro de 2017, das 9h às 20h
Onde: Transamérica Expo Center – Avenida Doutor Mário Vilas Boas Rodrigues, 387
Informações: www.futurecom.com.br
Programação: futurecom.com.br/pt/o-evento/programacao-geral.html

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Gemalto inaugura fábrica na região de Curitiba

Gemalto, a líder mundial em segurança digital, anunciou a abertura de uma nova fábrica com tecnologia de ponta em Pinhais, Paraná, voltada a produtos de tecnologia de segurança digital, incluindo cartões com chip no padrão EMV e cartões SIM (SIM cards).

A unidade estabelece um novo parâmetro para as práticas de produção sustentável e aumenta imediatamente a capacidade de produção, atendendo à crescente demanda do mercado por produtos de tecnologia de segurança digital, produzidos em um ambiente altamente seguro.

“A inauguração da nova fábrica faz parte do plano de diversificação e expansão permanente da Gemalto para promover a capacidade produtiva do país, atender às crescentes oportunidades de mercado e preservar o ecossistema circundante e meio ambiente global”, afirma José Luiz Pellegrini, diretor de operações da Gemalto Brasil.

O executivo informa ainda: “Além da contratação de mão de obra e do fomento da economia local, que beneficia toda a região, a fábrica estabelece Pinhais e o Paraná como um centro de tecnologia, o que, certamente, atrairá outras empresas, centros de ensino e instalações de treinamento.”

A fábrica foi meticulosamente projetada para atender às boas práticas de sustentabilidade e economia ambiental, ao mesmo tempo em que cumpre os requisitos rigorosos para a fabricação industrial segura de alta tecnologia.

Ela oferece os mais avançados e eficientes sistemas de energia para controle atmosférico garantindo temperatura, umidade, segurança, proteção contra incêndio e sistemas de proteção ambiental precisos, incluindo um sistema de redução de efluentes que recolhe, processa e purifica adequadamente todos os resíduos gerados nas instalações desta fábrica.

A arquitetura da fábrica foi projetada permitindo a integração com o ecossistema. O asfalto, por exemplo, não foi utilizado nas áreas limítrofes a fim de preservar a permeabilidade do terreno e das áreas verdes, e árvores frutíferas foram, inclusive, integradas ao projeto da paisagem nativa.

Com um mercado em contínuo crescimento, a nova fábrica da Gemalto no Brasil baseia-se na bem-sucedida fábrica de soluções bancárias da empresa localizada em Barueri, São Paulo, e amplia seu escopo de fabricação de produtos em toda a região.

Oliver Piou, CEO da Gemalto, esteve no Brasil para participar da inauguração, demonstrando o compromisso da empresa com o desenvolvimento de negócios locais e com o crescimento regional.

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