“Legado da Copa”: voluntários australianos fazem mutirão de melhorias em escolas municipais

Todos têm algo de bom a compartilhar e muito que aprender uns com os outros. Esse é o lema de 200 australianos, voluntários da organização não governamental Liosraw, que dedicaram o sábado (21) à limpeza, recuperação e organização de espaços em quatro escolas municipais de Curitiba, nos bairros Cajuru e Uberaba. Estudantes e outros integrantes das comunidades acompanharam o trabalho, fruto da parceria entre os estrangeiros, a ONG Futebol de Rua e o programa Comunidade Escola, da Prefeitura de Curitiba.

Para deixar as escolas mais bonitas e envolver os moradores dos bairros no cuidado e valorização dos espaços escolares, em especial aqueles usados por toda a comunidade, os voluntários pintaram as quadras de esporte, limparam toldos, fizeram pequenos reparos e trabalharam na organização de ambientes das escolas.

Enquanto os australianos ofereceram tempo e disposição para o trabalho, as escolas providenciaram as lixas, tintas, fitas adesivas e pincéis. A pausa entre uma ação e outra serviu para jogos e brincadeiras entre australianos e parte das crianças atendidas no projeto de inclusão social pelo esporte, promovido pela ONG Futebol de Rua, em parceria com o Comunidade Escola.

“Estamos muito felizes em contribuir para que as crianças se desenvolvam melhor a partir da educação e do esporte, em ambientes inspiradores como as escolas”, disse o diretor executivo da LionsRaw, Jon Burns.

O grupo, formado por apreciadores do futebol, ficará em Curitiba para acompanhar a partida entre Austrália e Espanha, na próxima segunda-feira. O placar é o que menos importa ao grupo, que pretende aproveitar a estada em Curitiba para diferentes ações nas comunidades. “Estamos construindo um centro esportivo que servirá para o desenvolvimento de talentos esportivos entre as crianças que vivem em áreas carentes”, disse Burns.

Vindos de Cuiabá, onde acompanharam o jogo da seleção australiana, os voluntários foram inicialmente recebidos na Escola Municipal Senador Éneas Faria, pelo coordenador do programa Comunidade Escola, Álvaro Olendzki, e pelo fundador da ONG Futebol de Rua, Alceu Campos de Natal. Lá se dividiram em grupos e foram encaminhados até as outras três escolas, onde também contaram com a participação de estudantes e moradores locais na revitalização das escolas.

“Queremos servir de exemplo para as crianças saberem que todos podem oferecer parte do seu tempo, do que sabem fazer para melhorar a vida de outras pessoas”, disse a voluntária Juj Fiedler. A colega Lin Sullivan também participou com alegria das atividades. “Penso que assim podemos contribuir para que muitas crianças tenham um futuro melhor e isso é muito especial. Acreditamos que o esporte tem esta força”, disse Lin.

O projeto

O frio do primeiro dia de inverno não incomodou aos australianos. Lixar, varrer, pintar, jogar com a criançada esquentou rapidamente os integrantes do grupo. “Eles são gente bacana e vão ajudar a deixar minha escola mais bonita. Enquanto alguns países perdem tempo em guerras eles mostram que é muito melhor viver em paz e ajudando uns aos outros”, disse a estudante Raísa Lauanda Gobi, de 10 anos.

A garota é uma das 340 crianças atendidas no projeto que aos sábados, durante a programação do Comunidade Escola, ensina futebol no projeto Futebol de Rua. “Gostaríamos que novas parcerias iguais a estas fossem possíveis. Todos saem ganhando ao trabalhar para que as escolas sirvam como ponto de desenvolvimento social para as crianças e suas famílias”, disse o coordenador Álvaro Olendzki.

Para a diretora da Escola Senador Éneas Farias, Maria Odete Clara Penteado, mais importante do que o novo colorido que a escola ganhou a partir da ação dos voluntários, é o exemplo para a comunidade. “Contamos com a colaboração de todos, mas para a comunidade local, saber que recebemos visitantes de um outro continente e que aqui estiveram e trabalharam para deixar mais bonita nossa escola será um estímulo ainda maior para o cuidado e zelo com este espaço”, disse Maria Odete.

A parceria dos australianos dá sequencia a uma série de ações que integrantes da Lionsraw estão desenvolvendo em Curitiba durante o período da Copa do Mundo. Um outro grupo da ONG, formada por voluntários da Inglaterra, tem se dedicado ao ensino da língua inglesa para estudantes de cinco escolas da rede municipal de ensino.

Envolver os voluntários australianos na recuperação dos espaços, em parceria com as comunidades das escolas, foi uma articulação da ONG Futebol de Rua, que atua na regional Cajuru. “O resultado desta parceria pode ser percebida por todos”, diz o fundador da ONG Futebol de Rua, Alceu de Campos Natal Neto. “Dessa forma estamos envolvendo toda a comunidade que ficará mais responsável por cuidar dos espaços públicos. É uma mistura de trabalho social e esporte nas comunidades”, diz Alceu.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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3G salva telefonia móvel nos estádios da Copa do Mundo

Por Dane Avanzi

As vésperas do leilão da faixa de 700 mhz, a Copa do Mundo está expondo as mazelas e improvisações do sistema de telefonia móvel brasileiro. Segundo informações do SinditeleBrasil, 74% do tráfego de dados utilizados na abertura da Copa foi suportado pela rede 3G, e apenas um quarto das comunicações trafegou pela rede 4G.

Tal fato não é novidade para quem utiliza o serviço de dados nas grandes cidades, que ainda possuem poucas torres de suporte ao serviço 4G, e, na prática, conta mesmo com a rede 3G para mandar e-mails, acessar a internet – mesmo com o congestionamento e indisponibilidade em horários de pico.

Tal sorte não tiveram os expectadores que foram ao estádio da Ponte Preta, em Campinas, São Paulo, no dia 12 para assistir ao treino da seleção de Portugal. Segundo informações do Correio Popular, a rede 3G, que atende ao estádio teve momentos de congestionamento intenso e em alguns momentos, indisponibilidade.

A diferença entre os estádios comuns das cidades onde as seleções estão treinando para as arenas da Copa, é justamente a infraestrutura de fibra ótica e quantidade de antenas, que interligam a arena à diversas outras torres no entorno do estádio para vazão das demandas de tráfego de voz e dados.

Em suma, sem a rede 3G não existe telefonia móvel no Brasil, nem dentro nem fora dos estádios. Essa deficiência, segundo Maurício Fernandes, chefe da área de análise de investimento do Bank of America Merrill Lynch, inviabiliza o retorno sobre o investimento de uma rede construída do zero por um novo “player” no mercado de telefonia móvel brasileiro.

O Ministro Paulo Bernardo declarou recentemente que a banda larga móvel ainda tem muito espaço para crescer no Brasil e, além disso, no leilão de 700 MHz não haverá metas de cobertura, assim o operador poderá escolher as áreas em que irá atuar.

Tal anúncio, se por um lado incentiva novos players a concorrerem no leilão que deve ocorrer em agosto, por outro, não estimula a oferta de serviços de qualidade para as populações fora dos grandes centros, em especial para as regiões rurais, que necessitam de maciços investimentos em infraestrutura para desenvolvimento de importantes setores da indústria do agronegócio.

Embora seja salutar para o ambiente de competição novos players nos grandes centros, para as áreas rurais tal política não surtirá efeitos positivos, haja vista a oferta de serviços ser precária e em muitos casos apenas com serviços de voz, sem redes de dados em banda larga 3G.

Eis porque a Copa do Mundo, evento assistido por quase um terço da população do planeta, mais de 2 bilhões de pessoas, traz a tona a realidade nua e crua do Brasil, não somente no âmbito das telecomunicações.

Dane Avanzi é vice-presidente da Aerbras, diretor superintendente do Instituto Avanzi, advogado especializado em telecomunicação e autor dos livros “Radiocomunicação digital: sinergia e produtividade” e “Como gerenciar projetos”.

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Atlético Paranaense garante que WI-FI vai funcionar normalmente na Arena da Baixada durante a Copa

O Clube Atlético Paranaense divulgou comunicado em que desmente notícias de que a Arena da Baixada não teria condições de oferecer serviço de internet WI FI durtante os jogos da Copa do Mundo.

Veja o que diz o clube:

Muito tem se falado a respeito da qualidade do sinal de telefonia móvel nos estádios brasileiros durante a Copa do Mundo. Chega a ser até engraçado ouvir das operadoras e suas entidades representativas que a culpa de um mau serviço durante a competição da FIFA é dos administradores dos estádios. Tal afirmação até teria lógica caso os usuários de telefones celulares tivessem um serviço de excelência no dia a dia, ao contrário, todos conhecem a precariedade de tal serviço e prova maior são as milhares de reclamações feitas aos órgãos de defesa do consumidor. A mídia noticia diariamente a situação pela qual passam os usuários de telefonia celular no Brasil, as centenas de multas aplicadas as operadoras em função de serviços de péssima qualidade vendidos são a prova que a situação calamitosa não acontece apenas quando realizam-se grandes eventos em nosso país.

As exigências da FIFA em relação a melhoria do sinal de telefonia nos estádios da Copa 2014 tratam única e exclusivamente da instalação de sistema de antenas, sendo que o serviço de Internet WI FI nunca foi solicitado. Para melhor entendimento, descrevemos abaixo como está a situação do sinal de telefonia móvel e WI FI na Arena do Atlético Paranaense:

1 – Dentre as exigências da FIFA para os estádios está a melhoria do sinal de telefonia móvel, o que exige a instalação de um Sistema de Distribuição de Antenas (DAS). Para isto, é necessário um espaço físico para a sala de controles e a permissão para a instalação de antenas em vários pontos do estádio;

2 – As operadoras constituíram um consórcio para negociar com os estádios a utilização destes espaços. A líder do consórcio para a negociação com o Atlético Paranaense é a TIM;

3 – Recebemos do consórcio uma proposta para a utilização do espaço, que foi prontamente rechaçada pois iria contra os interesses do Clube. Tentamos de todas as formas um acordo, mas, infelizmente o consórcio se mostrou irredutível em suas pretensões para obter a autorização do uso do estádio em condições extremamente prejudicais ao CAP;

4 – Fomos então à procura de alternativas para podermos atender às exigências da FIFA e fizemos uma parceria com a Lemcon Américas, empresa especializada neste tipo de serviço. Esta parceria não só atende as exigências da FIFA em prover para os torcedores durante a Copa do Mundo um ótimo sinal de telefonia como também dá ao Atlético Paranaense condições de oferecer excelentes serviços de comunicação aos frequentadores do seu estádio no legado;

5 – Quanto ao WI FI, apesar desta tecnologia não ser exigência FIFA para a Copa, nós a teremos sim disponível em nosso Estádio

O Atlético Paranaense vem demonstrando seu compromisso em dotar seu estádio do que há de melhor para recebermos os aficcionados de diversas partes do mundo para as disputas da Copa do Mundo FIFA 2014. No caso do sinal para a telefonia celular, estamos realizando tarefas além das exigências da FIFA – caso do WI FI – como forma de colaborar para o sucesso do evento. O que não podemos admitir é que as operadoras de telefonia, que prestam um serviço no nível que seus usuários bem conhecem, queiram jogar a responsabilidade de prover sinal de qualidade durante a Copa do Mundo aos proprietários dos estádios.

Conforme está demonstrado acima, o Atlético Paranaense tomou todas as providências necessárias para dotar o estádio de excelência na área tecnológica, mas o fez pensando também nos seus interesses e de seus torcedores não permitindo ser a instituição explorada por quem quer que fosse!

Fonte: Atlético Paranaense

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Tecnologia em campo na Copa: Arena da Baixada começa a utilizar sistema de iluminação artificial do gramado

Fotos: Mauricio Mano / Site Oficial do CAP

O gramado da Arena começou a receber iluminação artificial através de sistema de alta tecnologia importado da Holanda. O novo sistema será mais um aliado do Furacão para melhorar a qualidade da grama.

A luz artificial é distribuída através de seis estruturas metálicas rolantes, que ocupam aproximadamente um terço do gramado. O tempo de permanência em cada área do gramado pode alternar, dependendo das condições de sombreamento e umidade da grama.

“O objetivo é fazer o complemento da luminosidade que falta no gramado, devido ao sombreamento provocado pela estrutura da cobertura”, explicou Ernesto Siqueira Henriques, engenheiro agrônomo responsável pelo gramado da Arena.

Para o engenheiro, as vantagens da iluminação artificial serão grandes. “O fornecimento dessa luz artificial auxilia a grama na fotossíntese e facilita o desenvolvimento e o enraizamento. Sabemos que a grama de inverno responde muito bem a esse sistema”, completou Ernesto.

Durante o dia, as estruturas serão mudadas de local, de acordo com o tempo necessário em cada área. Veja abaixo as fotos da iluminação artificial da Arena.

Fonte: Comunicação da CAP/SA

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Ministério do Turismo projeta gastos de visitantes de Curitiba durante a Copa

A 30 dias do Mundial, Ministério do Turismo revela estimativa de turistas brasileiros e estrangeiros durante a Copa. De acordo com levantamento, 164 mil visitantes estarão em Curitiba no período.

Os visitantes que estarão em Curitiba durante os jogos da Copa, gastarão no país R$ 297 milhões. O valor considera toda a sua estada no país e inclui as demais cidades visitadas. A estimativa faz parte de um levantamento feito pelo Ministério do Turismo e projeta o número de turistas e seus gastos durante o período da Copa do Mundo de 2014.
Estima-se que 3,7 milhões de pessoas, entre brasileiras e estrangeiras, estarão em trânsito pelo Brasil, durante o período do evento – em Curitiba serão 164 mil visitantes. Elas devem deixar na economia do turismo um total de R$ 6,7 bilhões ao longo dos jogos.

A expectativa é que 80% dos turistas visitem, em média, mais três destinos diferentes. Se considerados os turistas que estarão em viagens com o objetivo principal de participar de eventos da Copa (jogos e Fun Fest), serão 1,9 milhão de visitantes, brasileiros e estrangeiros – e um desembolso direto de R$ 4,05 bilhões. Outros 1,8 milhão de visitantes estarão no país durante esse período do evento e devem movimentar R$ 2,64 bilhões – estes devem aproveitar localmente a festividade do mundial.

“O valor que está sendo projetado, com base em pesquisas realizadas pelo Ministério do Turismo, não inclui a movimentação indireta e induzida desses desembolsos. Ou seja, o total da movimentação financeira para o turismo pode mais que dobrar, considerando o efeito multiplicador desses recursos na economia brasileira”, afirma o ministro do Turismo, Vinicius Lages.

Os maiores gastos serão feitos pelos 300 mil turistas estrangeiros que especificamente virão para acompanhar a Copa. Em média, devem assistir quatro jogos e a projeção é que gastem R$ 5.500 durante sua estada no país, já descontadas as despesas com passagens aéreas e valores gastos no país de origem. O número desses visitantes foi calculado com base nas vendas de ingressos até a primeira semana de abril.
“Os turistas que vem para os jogos são visitantes que gastam mais. É um público qualificado e queremos conquistá-los durante esse período da Copa do Mundo”, afirma o ministro. Segundo ele, um dos bons resultados pode ser verificado na Copa das Confederações, de 2013, quando mais de 70% dos turistas estrangeiros entrevistados pretendiam voltar ao país neste ano.

A projeção considerou o gasto médio do turista na Copa das Confederações e a proporção de pessoas hospedadas na casa de parentes e amigos durante o evento. A base é a pesquisa feita pelo MTur em parceria com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE). Também foram relacionados os gastos médios dos turistas brasileiros considerados pelo estudo de Demanda Turística Nacional e estrangeiros da Demanda Turística Internacional
De acordo com o recente estudo divulgado MTur/Fipe da Copa das Confederações, a movimentação financeira de toda a cadeia produtiva até o início do torneio foi de R$ 20,7 bilhões; sendo o impacto dos investimentos públicos e privados da Copa de R$ 19,2 bilhões, o impacto dos turistas de R$ 991,6 milhões e o impacto do Comitê Organizador Local de R$ 524,4 milhões.

Confira a tabela com os dados regionalizados.

Fonte: Ministério do Turismo

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