Sucessão familiar é o grande desafio para o setor de agronegócios no Brasil, diz professor da FGV

No Brasil, as empresas familiares são uma realidade. De acordo com pesquisa do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) 52% das micro e pequenas empresas brasileiras podem ser consideradas familiares, ou seja, possuem sócio ou empregado parente do proprietário.

Por isso, é cada vez mais comum que essas empresas passem a procurar consultorias e cursos para fazer uma sucessão familiar estruturada, sem prejudicar os negócios. Para o coordenador do MBA Executivo em Economia e Gestão Agronegócio, Fabio Matuoka Mizumoto, para que o setor de agronegócios e as empresas familiares se desenvolvam é preciso ter uma boa combinação entre teoria e prática.

“Os institutos de pesquisa e as áreas de inovação das empresas desenvolvem soluções tecnológicas que serão colocados em prática pelas inúmeras famílias empreendedoras que sustentam a produção agrícola e negócios relacionados ao agronegócio. O conhecimento prático e vivenciado é fundamental para a boa adaptação de qualquer tecnologia de ponta, afinal, cada região tem um clima e solo em particular. É neste contexto que a sucessão no campo se torna ainda mais importante. Como transmitir estes conhecimentos e experiências para os sucessores? Como criar condições para que haja um bom equilíbrio entre as práticas tradicionais e a adoção de inovações?”, destaca Mizumoto.

Entre os problemas na sucessão familiar no campo o professor destaca a falta de conhecimento, planejamento e comunicação. “É fundamental que se conheça como organizar um processo de sucessão, sobre como preparar o sucessor e quem vai ser sucedido. Outro ponto é o planejamento que considere como os objetivos individuais, da empresa e da família poderão ser conciliados. O terceiro ponto é a comunicação que muitas vezes é negligenciada por assumir que em família todos sabem muito um do outro, é preciso muito cuidado em não assumir premissas equivocadas e muita atenção para se manter um ambiente confiável para trocas”.

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Agricultura 4.0: revolução tecnológica no campo – Por Ricardo Fachin

Produtividade, eficiência, redução de desperdício e, por consequência, de custos. Esses são alguns dos principais ganhos que a tecnologia traz para o agronegócio. Para isso, os agricultores estão aderindo ao conceito de Agricultura 4.0, que possibilita a interferência e conexão de softwares e sistemas digitais às máquinas. Ao aplicá-lo, é possível otimizar a gestão do negócio e diminuir o tempo de trabalho, seja no campo, cooperativas ou agroindústrias.

No Mato Grosso, assim como em outras regiões do Brasil, tratores, colheitadeiras e demais maquinários utilizados por grandes produtores passam a contar com plataformas digitais específicas. Com os recursos tecnológicos mais próximos, os agricultores encontram soluções imediatas – do preparo do solo e plantio, com observação de índices pluviométricos, até a colheita e beneficiamento da safra.

Um exemplo desta revolução é o caso de um condomínio familiar agrícola mato-grossense que planta grãos em uma área de 31 mil hectares. Nesta safra, o grupo fez um comparativo entre máquinas do ano 2002 com as novas, de 2017, a fim de testar a eficiência do maquinário. Para isso, foram colocadas em campo 15 máquinas (2002) e seis (2017). O experimento demonstrou que o desenvolvimento dos grãos e a produtividade se mantiveram, por outro lado, o número de equipamentos em campo e o custo da mão de obra diminuíram, enquanto o nível de qualificação profissional aumentou.

Além disso, com máquinários modernos, os produtores rurais têm a possibilidade de trabalhar linha a linha, fator que diminui o desperdício. Isso porque os softwares conectados via satélite indicam ao profissional responsável quando a máquina passou por determinada área, e caso passe novamente, ela desliga automaticamente, o que evita o replantio e perda de sementes. Sem contar que se houver uma superpopulação de soja em uma mesma área, as plantas competem entre si e, nessa competição, todas acabam por morrer.

Se considerarmos que, durante o período de plantio do nosso exemplo acima, são mobilizados 300 profissionais em campo, com máquinários novos em mãos, os agricultores conseguem ter uma economia considerável apenas com a antecipação de problemas e a otimização do plantio, já que as colhetadeiras avisam possíveis falhas mecânicas ao longo do trabalho.

Além dos tratores e plantadeiras de última geração, outra tecnologia indispensável às grandes propriedades são os pulverizadores, que possuem controle da altura da barra com regulagem automática. Os softwares instalados nesses equipamentos também avisam onde o defensivo foi aplicado, o que reflete na eficiência de distribuição do produto.

Já no momento da colheita, a presença de softwares garantem a geração dos mapas de colheita que indicam o que cada talhão produziu, assim é possível identificar a qualidade de solo e a quebra de grãos. A ferramenta revela, igualmente, a produtividade nos pontos do talhão, o que permite a avaliação do solo e a identificação dos espaços com deficiência de nutrientes que exigirão um plano de adubação.

A nova realidade – Agricultura 4.0 – provoca também a necessidade do agricultor buscar qualificações adequadas para o manuseio das novas máquinas e sistemas. Afinal, este é um caminho sem volta, que veio para facilitar o replanejamento das empresas agroindustriais e que impacta tanto o pequeno produtor quanto os grandes grupos agrícolas.

Ricardo Fachin, CEO da FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software.

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Internet das coisas pode ajudar a melhorar produtividade agrícola

Máquinas que se comunicam sem interferência humana, trocando dados pela rede, já são realidade no campo. E no futuro os equipamentos agrícolas terão cada vez mais sensores conectados à internet. A inteligência artificial aplicada à agricultura pode melhorar os processos produtivos e apoiar a tomada de decisão pelo agricultor, reduzindo custos e trazendo mais rendimento.

A internet das coisas (IoT, na sigla em inglês) deve movimentar US$ 8 bilhões no Brasil este ano, segundo a empresa de pesquisa IDC. Para falar sobre o potencial da IoT na agricultura, a chefe-geral da Embrapa Informática Agropecuária (Campinas, SP), Silvia Massruhá, participa do Fórum Mundial sobre a Internet das Coisas (The World Forum on The Internet of Things 2018 – WF-IoT), realizado de 5 a 8 de fevereiro, em Cingapura, com a palestra “Perspectivas da IoT na agricultura brasileira: da biotecnologia ao big data para a agricultura sustentável e inteligente”.

Estima-se que os objetos interconectados estão presentes em 10% dos lares brasileiros. Desde geladeiras, relógios, televisores e automóveis, há uma série de “coisas” que se conectam enviando e recebendo dados on-line. Carros autônomos, robôs e máquinas inteligentes, que conversam entre si, podem gerenciar o uso de energia e insumos, tornando o processo produtivo mais eficiente.

A aplicação da tecnologia de IoT permite fazer uma melhor gestão do uso da energia elétrica ou ainda controlar o tráfego de veículos nas grandes cidades, entre outros casos. O conceito de “smart cities” inspirou o das fazendas inteligentes. Nelas os processos de gestão e produção estão integrados. Com os sensores instalados em máquinas agrícolas, é possível obter uma série de informações do solo, por exemplo, que podem orientar as ações de correção de acidez, irrigação e plantio.

“O avanço na área de agricultura de precisão, com sensores instalados nos equipamentos e conectados em rede, indica que a agricultura do futuro deverá ser cada vez mais apoiada pelo conhecimento científico”, explica Silvia. A Embrapa Informática Agropecuária coordena o SitIoT, um ambiente baseado no modelo de inovação aberta instalado no campo experimental da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) para que empresas e startups possam testar suas tecnologias, sejam sensores, equipamentos, softwares, dados e modelos.

Um dos desafios da pesquisa agropecuária brasileira é desenvolver soluções de IoT para a agricultura tropical. Para isso, é fundamental estabelecer parceiras com o setor privado, de acordo com Silvia. Além de superar as dificuldades de infraestrutura e conectividade, é preciso adaptar as aplicações para a realidade do continente.

O Plano Nacional de Internet das Coisas, lançado pelo governo no final de 2017, busca acelerar a implementação da IoT em quatro áreas prioritárias: cidades inteligentes, saúde, agricultura e indústria. A previsão é de que essa implementação gere um impacto de até US$ 21 bilhões na agricultura até 2025.

“A ideia é que o Brasil, além de fomentar esse mercado para ajudar o produtor rural a melhorar a sua produtividade, seja referência em IoT na agricultura tropical. Então é a internet das coisas sendo aplicada para capturar dados de drones, imagens de satélites, sensores e colheitadeiras automáticas, usando todas essas informações para melhorar desde o plantio até o armazenamento e a logística de toda a cadeia produtiva”, afirma a pesquisadora.

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Tecnologias digitais, fábrica de mudas, robótica e drones poderão receber investimento para expansão

Embrapa Informática Agropecuária, Instrumentação, Pantanal e Recursos Genéticos e Biotecnologia inspiraram as sete empresas na formação de seus negócios. Na cerimônia de premiação da chamada Pontes para Inovação, realizada no dia 26 de janeiro, as empresas finalistas apresentaram seus modelos de negócio e o potencial de crescimento no mercado.

A chamada Pontes para Inovação, organizada pela Embrapa e Cedro Capital, selecionou sete agritechs que poderão receber um aporte de até R$ 5 milhões cada. O programa tem como propósito acelerar o negócio de empresas parceiras que possuem tecnologias para o agronegócio. O valor total investido nas empresas poderá alcançar R$ 35 milhões. Foram recebidas 38 inscrições de empresas e startups.

“As sete empresas estão agora em fase de negociação de investimentos pelo fundo Venture Brasil Central, gerido pela Cedro Capital. A expectativa é que já nos próximos meses estejamos anunciando alguns investimentos”, informa Alessandro Machado, sócio-diretor da Cedro Capital.

Durante a cerimônia, Vitor Hugo de Oliveira, chefe da Secretaria de Negócios da Embrapa, anunciou os planos para 2018: “A aproximação com a iniciativa privada é um caminho sem volta. A expectativa é que essa experiência se transforme em um estudo de caso positivo. E por ter sido tão exitosa essa chamada, já estamos discutindo um edital mais amplo, envolvendo outros fundos e outros centros da Embrapa, para uma nova chamada em nível nacional”.

Esse é um mercado gigantesco, no qual a Embrapa começa a participar. Bruno Brito, sócio-diretor da Cedro Capital, falou sobre o crescimento do mercado: “O desafio no setor de agritech é gigantesco. Ele movimentou cerca de 9 bilhões de dólares em todo o mundo no ano passado. A expectativa é que em 2018 suba para 12 bilhões. No Brasil, esse número não passa de 100 milhões de dólares”. Sobre a edição de 2017, ele enfatiza: Nós temos hoje aqui a elite das agritechs brasileiras, representada pelas sete finalistas”.

O diretor-executivo de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cleber Oliveira Soares, lembra que nós, brasileiros, não temos noção da importância da inovação no agronegócio. “A Cedro vai contribuir para alavancar a prototipagem de tecnologias e também seu escalonamento para colocarmos nossos produtos no mercado. Nós precisamos da iniciativa privada nesse processo”, argumenta o diretor.

As tecnologias apresentadas

Das sete finalistas, seis compareceram ao evento. A Gira, primeira empresa a se apresentar, tem a proposta de reformular a cadeia de crédito do agronegócio com a oferta de uma plataforma de acompanhamento da produção, que envolve conhecimentos jurídicos e agronômicos, com contratação de profissionais autônomos, como ocorre hoje no Uber (aplicativo de transporte privado). A empresa proporcionará mais segurança para os agentes de crédito e menor custo para os produtores. “Garantimos um selo de credibilidade. O que o Gira propõe é revolucionar as operações de crédito no mercado, vinculando as operações à garantia de produção agrícola, dentro de um padrão de conhecimento jurídico e agronômico que permita confiabilidade dos indicadores de risco”, explica Gianpaolo Zambiazi Rocha, que esteve presente na cerimônia representando a equipe.

A Agronow é uma plataforma web 100% automatizada que utiliza imagem de satélite e um algoritmo próprio para monitorar o desenvolvimento de culturas e prever sua produtividade. A empresa oferece monitoramento de áreas de produção em tempo real a um menor custo. Rafael Coelho, CEO da empresa, informa que hoje um levantamento em campo custa cerca de R$ 125 por visita. Esse valor cai para R$ 3,75 com o uso da tecnologia da Agronow, que utiliza sistemas dinâmicos com radar e satélites. “Temos 17 funcionalidades diferentes, incluindo mapas de solo, relatórios de produtividade, de umidade… para ajudar o produtor rural a enxergar seus dados […], além do foco para fora da porteira, ajudando as empresas que prestam serviços para os produtores rurais”, garante. Rafael acrescenta que a empresa monitora 1,2 milhão de hectares, tem 1,2 mil downloads do seu aplicativo, acompanha sete culturas agrícolas e processou 1 bilhão de análises no último ano, com atuação em 11 países.

A Agrorobótica utiliza a fotônica em aplicações agroambientais. Realiza análises de solo em tempo real, sem gerar resíduos, como ocorre nos cerca de 300 laboratórios do Brasil que utilizam produto químico em seus processos. Também atua na mensuração de carbono para certificação de propriedades rurais no plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (plano ABC) e na análise sensorial de café. Essas três áreas de atuação somam um mercado de R$ 1 bilhão, segundo Fábio Luis de Angelis, representante da empresa. “Nossa ferramenta é limpa e em tempo real”, conclui. A pesquisadora Aida Magalhães explica a tecnologia empregada pela empresa: “A fotônica é uma área da ciência que avançou muito. Sensores ópticos permitem que se efetuem medidas rápidas, precisas e ambientalmente limpas. Essa tecnologia vai permitir um levantamento de mapas mais detalhado para certificação da qualidade da produção no campo”.

Já Mariana Vasconcelos, da Agrosmart, como outros jovens participantes da chamada Pontes para Inovação, conta que é filha de produtor rural e, vivendo no campo, percebeu a necessidade de dar mais segurança para aqueles que vivem do negócio. Com esse propósito, montou uma empresa especializada em monitoramento de variáveis ambientais que conecta o produtor à sua plantação: “Desenvolvemos uma plataforma de agricultura digital, que coleta dados de diferentes fontes, como sensores, satélites, caderno de campo, conversas com o produtor, e usamos a ciência de dados para transformá-los em recomendação”. A empresa faz recomendações de irrigação, onde são considerados fatores como solo, planta, atmosfera, restrição de equipamentos e tarifa energética para fazer recomendação campo a campo, alcançando uma redução de até 60% no uso da água da lavoura; de previsão climática, tendo o modelo climático mais assertivo do Brasil, para 72 horas, segundo sua diretora; e agora está focando no desenvolvimento de modelos preditivos de doenças e pragas, em parceria com a Embrapa.

A novidade é o uso de radiofrequência, que permite a coleta de dados no campo mesmo sem internet ou sinal de celular. “Tem muitas tecnologias lá fora, mas que não conseguiam entrar no Brasil ou em mercados em desenvolvimento por falta de infraestrutura. Nós continuamos a ser a única empresa que consegue coletar dados em tempo real em lugares remotos”, ressalta Mariana. A Agrosmart gera recomendações individualizadas para cada produtor explorar melhor o potencial dos seus produtos agrícolas.

A C4 Científica está trabalhando com uma tecnologia da Embrapa, o biorreator de imersão temporária, capaz de multiplicar mudas de qualidade em grande quantidade. Segundo seu representante, Carlos Conte, pelo método tradicional, uma pessoa é capaz de produzir 200 milhões de mudas por ano. Com a tecnologia, pode-se chegar a 1,5 milhão de mudas no mesmo período. “É a automatização de um sistema produtivo de mudas, como de cana-de-açúcar, eucalipto, banana e de algumas outras espécies. Em outro nicho de atuação da empresa, atende as verticals farms (fazendas verticais) e as casas inteligentes”, explica Carlos.

A última a se apresentar, a Horus, é especializada em mapeamento de terreno por meio de drones e softwares com inteligência computacional. “Imaginem se nós pudéssemos escanear uma plantação e em questão de instantes extrair dados agronômicos que podem ser correlacionados a questões de infestação de pragas, problemas que podem ser ligados a questões produtivas, questões nutricionais que podem ser avaliadas com esses dados e, se possível, usar essas informações para otimizar o uso de insumos ou até mesmo para melhorar a produtividade média por hectare?”, propõe Fabrício Hertz, um dos fundadores da empresa. É esse o negócio da Horus. Os produtores podem conhecer pontos com infestação de pragas, regiões com problemas no plantio ou delimitar áreas com problemas nutricionais que precisam ser solucionados.

A Tecnoblock é uma empresa especializada na produção e comercialização de alimentos para bovinos criados a pasto.

Os benefícios da parceria

A Embrapa Informática Agropecuária teve três startups que se interessaram pelos dados, informações e modelos desse centro de pesquisa, para complementar sua estratégia de negócios. Para a chefe-geral Silvia Massruhá, cada vez mais esse ecossistema de inovação onde a Embrapa funciona como um facilitador e um integrador dos vários agentes – dos vários players e stakeholders. “É um modelo que está sendo usado no mundo todo e que pode trazer bastante retorno, não só do ponto de vista de inovação, mas também de contribuir para melhorar o orçamento dos projetos de pesquisa”, diz.

Os representantes das empresas finalistas concordam e esclarecem como funcionam os ganhos para os dois lados. “Quando aprendemos com todo esse potencial técnico que a Embrapa tem, de pesquisa já desenvolvida por esse corpo de profissionais tão qualificados, usamos isso para criar melhores modelos e soluções melhores, e do lado da Agrosmart, conseguimos ajudar a trazer a rapidez de transformar os conhecimentos em produtos e levar para o mercado. O forte é conseguir aliar o conhecimento técnico que eles [a Embrapa] têm e a nossa habilidade de digitalizar isso, de usar ferramentas tecnológicas para usar o conhecimento e colocar na mão do produtor”, conclui Mariana, da Agrosmart.

Gianpaolo, da Gira, diz que viu na chamada uma grande chance de trazer um conhecimento profundo que a Embrapa tem sobre a produção agrícola brasileira e as informações macro sobre as necessidades do mercado agrícola: “Eu percebi que com acesso a essas informações, a uma companhia como a Embrapa, nós potencializaríamos nosso negócio principal”.

Já o diretor da C4 Científica, Carlos Conte, ressalta a necessidade da parceria com um centro de pesquisa. “Nós, como empresa média no Brasil, não temos recursos e intenções de ter um centro de pesquisa dentro da empresa. Porém, temos grandes instituições públicas e privadas que nos possibilitam ter acesso a P&D como se fossem um parceiro”.

A avaliação das empresas considerou a aderência das propostas com as pesquisas desenvolvidas pela Embrapa, potencial e oportunidades de mercado, diferencial e competitividade do negócio, bem como o grau de maturidade das tecnologias para adoção pelo mercado e possíveis impactos social, econômico e ambiental.

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3 demandas do agronegócio que ainda carecem de investimento e inovação

Por Igor Chalfoun

Responsável por um superávit de mais de US$ 48 bilhões neste ano, o agronegócio é uma área ainda aberta a novas ideias e investimentos, em razão da diversidade de culturas existentes e de possíveis inovações tecnológicas que venham a aumentar, ainda mais, a produtividade do setor.

No entanto, os empreendedores precisam ficar atentos às peculiaridades do agronegócio. É importante conhecer em detalhes as legislações do segmento onde se pretende atuar. Cada um deles tem suas normas particulares e isso impacta diretamente na atuação da empresa. As especificidades nas relações comerciais, as oscilações na demanda devido à sazonalidade, além do papel das mudanças climáticas, também são fatores a serem considerados em um plano de negócios.

Para quem pretende investir no agronegócio, selecionei três principais gargalos do setor que ainda carecem de inovação e merecem atenção especial:

Dependência de mão de obra

Ofereça produtos que consigam minimizar a dependência de mão de obra, cada vez mais escassa no agronegócio. A mecanização é, de fato, uma tendência cada vez mais forte, porque aumenta a produtividade e elimina a subjetividade humana na análise de culturas. Isso não significa que haverá uma “robotização total”, mas sim que a inteligência e as habilidades humanas serão aplicadas em outras áreas, como a de gestão estratégica de recursos. Além disso, soluções tecnológicas que reduzem a dependência de mão de obra estão sendo procuradas por gigantes do setor, o que representa oportunidade de captação de investimentos para o seu negócio.

Otimização de recursos

No agro, mais do que em outras áreas, inovações que otimizem recursos têm apelo muito forte porque impactam diretamente o bolso dos produtores. Isso pode significar tempo e custos de produção menores e, consequentemente, lucros maiores. Portanto, os efeitos são positivos para toda cadeia produtiva do agronegócio. Investir em otimização de recursos também pode destacar seu negócio em um meio muito competitivo, já que todas as empresas querem tornar seus processos produtivos mais simples e eficazes.

Dados para tomada de decisão

As empresas do agronegócio lidam com uma quantidade enorme de informações antes de tomar decisões. São dados que vão desde o tipo de semente a ser utilizado a mudanças climáticas que podem impactar a colheita. Então, investir em plataformas que organizem esses dados pode ser uma vantagem crucial. Uma solução como essa permitirá decisões mais rápidas e mais precisas, trazendo benefícios para todo o setor.

Igor Chalfoun é CEO e cofundador da Tbit, startup mineira que cria sistemas de análise de sementes a partir de Inteligência Artificial e processamento digital de imagens.

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Austrália atrai novas gerações do agronegócio brasileiro

O avanço das tecnologias no agronegócio exige cada vez mais o aprimoramento dos empresários do setor. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 85,2% dos estabelecimentos rurais no País seguem o modelo familiar. Assim, a qualificação dos profissionais que assumirão esses negócios no futuro se tornou uma estratégia para o desenvolvimento e crescimento no campo. Além disso, cresce também a busca por aprimoramento no exterior em países que são referência para o setor.

A Austrália é um dos polos mundiais que atrai estes jovens empreendedores brasileiros de olho no futuro do agronegócio nacional. O setor é um dos mais importantes da indústria australiana, sendo que as atividades relacionadas ao agronegócio compreendem 12% do PIB do país, importante player no sistema de alimentação global exportando mais de 80% da sua produção.

“O Brasil tem bastante conhecimento em agricultura e pecuária, porém a Austrália apresenta um grande desenvolvimento tecnológico e eficiência no setor. Assim, estes jovens buscam o país para aprender melhores práticas e os potenciais do setor que poderão ser aplicados no agronegócio brasileiro levando melhores resultados para o desenvolvimento do País nessa área”, destaca o Cônsul da Austrália, Greg Wallis.

Diferenciais

Os diferenciais do desenvolvimento australiano atraíram o curitibano Franco Giacomet, de 24 anos, para Melbourne, onde faz mestrado em agronegócio. “Pesquisei cursos no exterior e escolhi a Austrália por ter uma agropecuária forte, tecnologia avançada e muito espaço para crescer. Nessa minha experiência, vejo muitos exemplos de ações e projetos pensados no coletivo e no futuro, coisa que nós brasileiros não estamos acostumados. Muitas das nossas políticas públicas e ações são corretivas de curto prazo com planejamento limitado”, ressalta.

Segundo Sally Thomson, embaixadora da Nuffield no Brasil, rede global de agricultores, empresários e profissionais da área rural que promove intercâmbio de estudos para gerar conhecimentos no setor, esse aprimoramento no exterior é fundamental para que os futuros protagonistas do agronegócio encontrem novas soluções para problemas que muitas vezes são comuns a diferentes nações. “Quando estes jovens vão para países como Austrália, que tem muito em comum com o Brasil, eles percebem que mesmo com níveis diferentes de desenvolvimento, ambos passam por problemas semelhantes. No entanto, muitas vezes as soluções buscadas e encontradas são diferentes. Assim, essa experiência os estimula a questionar o conhecimento tradicional e a criar novas soluções práticas para o setor, executando e liderando uma nova geração do agronegócio.”

Depois de cursar Agronomia na PUC do Paraná, com a experiência que está vivendo agora na Austrália, Franco Giacomet já faz planos para seu retorno ao Brasil, onde sua família atua nos setores de soja e milho no Paraná e no Mato Grosso, e em cana-de-açúcar, gado de corte, girassol, pipoca e feijão no Mato Grosso.

“O agronegócio brasileiro tem um crescimento exponencial, mas com algumas técnicas que já estão começando a ficar desatualizadas. Particularmente, acredito que a experiência no exterior nos liberta da mesmice, permitindo novas visões e soluções que podemos implantar. Voltando ao Brasil, espero poder atuar de maneira eficiente e sustentável não só no meu negócio, mas desejo usar essas ideias aprendidas aqui para melhorar ainda mais todo o agronegócio brasileiro”, conclui.

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Conheça as principais mudanças na contratação de empregados para o campo

Por Joseane Fernandes, advogada trabalhista da Employer – Tudo do Rh

Nesse ano o Brasil teve duas grandes mudanças na legislação trabalhista. A primeira em março, com a Lei 13.429, conhecida como “Lei da Terceirização”, e a segunda em julho, com a Lei 13.467 – Lei da Reforma Trabalhista.

E você sabia que essas reformas na legislação trabalhista permitiram a terceirização da atividade fim da empresa tomadora? Mas e no campo? Como ficou? É sobre essa e outras mudanças que falaremos hoje neste artigo.

Mudanças na contratação de empregados terceirizados

Não sei se você sabe, mas no Brasil a terceirização urbana até então seguiu os comandos da Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho. Como não havia previsão legal para esse tipo de atividade, esta súmula ditava os regramentos da terceirização e era seguida pelos empregadores, mesmo a contragosto. Apesar de não ser uma lei, permitia somente a terceirização de empregados para as atividades meio da empresa contratante (empresa tomadora de serviços), proibindo a contratação de empregados terceirizados para execução de atividade fim da tomadora.

Já no meio rural, a terceirização é permitida legalmente, desde 1973. Está disposta na Lei 5.889/73[PS1] , a Lei do Trabalho Rural; e permite que sejam firmados contratos por prazo determinado, popularmente conhecidos como “contratos de safra”.

Apesar da Lei 5.889/73 não proibir a terceirização na atividade fim do tomador rural, o Poder Judiciário Trabalhista também impedia a contratação de trabalhadores terceiros no meio rural para executar atividades fim do tomador de serviços.

Mas a partir de março deste ano tudo começou a mudar! Primeiro com a publicação da Lei 13.429 que deu início ao processo de regulamentação da terceirização, autorizando o que na prática já era realidade: a terceirização para serviços determinados e específicos, mas sem previsão expressa de terceirização da atividade fim.

Em seguida veio a publicação da Lei da “Reforma Trabalhista” (Lei 13.467/2017 com aplicação prática a partir de 11 de novembro deste ano), permitindo a terceirização na atividade fim, ou seja, a contratação de empregado terceiro para quaisquer atividades da empresa tomadora, sem distinções e aplicável tanto para o meio urbano como para o rural. Com isso, colocou-se um fim nas discussões judiciais sobre o tema.

Além das alterações ora mencionadas, há outras mudanças trazidas pelas Leis 13.429/2017 e 13.467/2017 com reflexos na terceirização no meio rural, destacando-se: Horas in itinere, capacidade econômica da empresa prestadora de serviços; novas garantias ao empregado terceirizado, quarentena, desvio de função.

Vamos conhecer cada umas delas resumidamente.

Horas in itinere

Uma das alterações mais impactantes para a mão de obra rural refere-se às horas in itinere, que foram mortas e sepultadas pela Reforma Trabalhista.

É isso mesmo amigo leitor, as horas in itineres foram extintas! Com isso, o tempo de deslocamento do empregado ao trabalho e o tempo de retorno à sua residência não será considerado como tempo à disposição do empregador, mesmo se este fornecer o transporte.

Mas qual a consequência prática dessa mudança? Simples: o empregador não terá mais que pagar horas (extras) in itinere.

Garantias ao empregado terceirizado

Agora os empregados terceirizados terão as mesmas condições dadas aos efetivos da tomadora no que diz respeito à alimentação, quando oferecida em refeitórios; utilização de serviços de transporte; atendimento médico e ambulatorial existentes na tomadora ou em local designado por ela – como, por exemplo, um hospital ou clínica, medidas de proteção à saúde e segurança no trabalho.

Capacidade econômica da empresa prestadora de serviços

A empresa prestadora de serviços deverá ter capacidade econômica para desenvolver os serviços contratados. Para isso, a Lei 13.429/2017 estipulou valores mínimos de capital social para estas empresas, definidos de acordo com o seu número de empregados.

Apesar da boa intenção do legislador, os valores mínimos estipulados poderão ser considerados como um risco. Em determinadas situações, o capital social da prestadora pode ser inferior ao custo de uma ação trabalhista ou de uma demanda previdenciária, por exemplo.

Quarentena

A quarentena corresponde a um período mínimo de 18 meses para que os empregados efetivos da tomadora de serviços sejam contratados como terceiros.

Desvio de função

A Lei 13.429/2017 proíbe expressamente que trabalhadores terceiros executem atividades distintas da(s) prevista(s) no contrato de prestação de serviços firmado entre a empresa tomadora e a prestadora.

Outra mudança não menos importante para o setor do agronegócio diz respeito aos contratos de trabalho temporário regidos pela Lei 6.019/74. Os trabalhadores temporários, que já eram utilizados no setor agro para execução de atividades não rurais, tais como o recebimento de grãos, tiveram o prazo de duração de seus contratos ampliados para até 180 dias, com possibilidade de prorrogação por até mais 90 dias.

E ainda sobre a contratação de temporários a lei ampliou as hipóteses de contratação, sendo agora possível a contratação desses trabalhadores não apenas para acréscimo extraordinário de serviços ou para substituição de empregados efetivos da empresa contratante, mas para demanda complementar.

Você percebeu que essas mudanças irão contribuir positivamente na economia e em especial no setor agropecuário?

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil – CNA, Sr. João Martins da Silva Junior, já percebeu os impactos positivos das mudanças das Leis trabalhista e em nota à imprensa[1] declarou que:

A CNA considera muito positivo que a terceirização possa ser estendida às atividades fins. No setor agropecuário, a nova lei irá contribuir não só para reduzir os custos do produtor rural, mas também para aumentar a oferta de empregos.

Esta mudança ocorre em momento oportuno, quando o país está empenhado em retomar o crescimento econômico, com a geração de emprego e renda para todos.

E não há como discordarmos das declarações do Sr. João Martins da Silva Junior. Efetivamente com a possibilidade dos produtores rurais contratarem (agora com segurança jurídica) empresas de prestação de serviços especializados na área rural para a execução de atividade fim, os produtores terão seus custos reduzidos.

Serão as prestadoras as responsáveis por selecionar, treinar e contratar profissionais habilitados e qualificados para desenvolver as atividades, assim como serão responsáveis pela gestão desses trabalhadores. Desta forma, o produtor rural também terá seu tempo otimizado, já que poderá focar totalmente o desenvolvimento do seu negócio.

As alterações da legislação trazem segurança jurídica a todos: ao trabalhador que terá garantido o o pagamento do seu salário e de ter as mesmas condições dos empregados da tomadora; à prestadora e ao produtor, pois não há mais omissão sobre a legalidade da terceirização na atividade fim.

Porém, para que o produtor rural realmente não tenha riscos, deverá buscar empresas prestadoras com credibilidade, boa reputação no mercado e atuação sólida e transparente. Afinal, ele será subsidiariamente responsável pelo pagamento das obrigações trabalhistas e previdenciárias do trabalhador terceirizado. Em outras palavras: se a empresa prestadora não pagar corretamente todos os valores, o produtor rural pagará!

[1] Disponível em: http://www.cnabrasil.org.br/noticias/nota-imprensa-sobre-terceirizacao acesso em 21/09/2017 às 15hs45min.

[PS1]http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L5889.htm

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FH é escolhida para implementar SAP S/4HANA e a Solução Fiscal GUEPARDO na Belagrícola

Simplificação dos processos, eficiência, segurança e confiabilidade nas informações – esses são alguns dos diferenciais do SAP S/4HANA, solução que será implementada pela FH, empresa de tecnologia especializada em processos de negócios e software, na Belagrícola, companhia localizada em Londrina, no norte do Paraná, que atua na cadeia de recebimento, beneficiamento e comercialização de grãos e insumos.

O contrato de implementação do SAP S/4HANA na Belagrícola é uma importante conquista para a FH, parceira SAP desde 2007, que vem investindo no atendimento a empresas de agronegócio. O Projeto Everest, que teve início em agosto deste ano, deve se estender por doze meses, envolvendo até 150 pessoas, entre profissionais da FH e Belagrícola.

Para o CEO da Belagrícola, Flavio Andreo, há alguns anos a companhia vem investindo em melhorias nos processos internos e na governança. “Nesse processo de expansão da empresa, a plataforma SAP S/4HANA contribui para melhorar a eficiência e produtividade. Além disso, uma base de dados estruturada nos traz análises mais precisas e segurança na operação, possibilitando o controle total do negócio”, relata.

Andreo completa que a tecnologia exerce um papel fundamental para o negócio, que vem crescendo muito rápido e pretende dobrar o faturamento em um curto prazo, se tornando ainda mais competitivo.

Sobre as funcionalidades do SAP S/4HANA, Ricardo Fachin, Diretor Corporativo da FH, completa que a solução além de simplificar os processos, unifica todas as informações no mesmo banco de dados. “É uma ferramenta que oferece informações analíticas, ou seja, gera relatórios precisos para que as empresas possam tomar decisões mais assertivas. Tudo isso se reverte em melhor performance e eficiência, quesitos almejados por toda empresa, independente do segmento”, explica.

Ainda de acordo com Fachin, o agronegócio é uma área com potencial de crescimento e, por meio de soluções tecnológicas, como o SAP S/4HANA, a Belagrícola terá ganhos em produtividade, alcançando processos padronizados. “Decisões inteligentes precisam ser baseadas em informações precisas”, pontua.

A soma de conhecimento técnico, capacidade de entrega e o fato de ser a primeira parceira SAP a obter o selo Recognized Expertise in SAP S/4HANA são alguns dos diferenciais da FH. O COO da Belagrícola, Alberto Araújo, conta que para a escolha da empresa implementadora foi feita uma seleção junto a SAP e dentre mais de cinco parceiros a FH foi a selecionada. “Maior abrangência, demonstração de conhecimento técnico, empatia na parceria, experiência de mercado junto a um time sênior foram fatores decisivos durante a escolha”, reforça.

Segundo Araújo, nessa fase de expansão, a Belagrícola busca um fluxo de processos únicos, por meio de uma solução uniforme, que permite integração com outras plataformas globais. “Teremos eficiência aliada à transparência, ou seja, maior segurança na operação, o que é fundamental nesta fase da companhia”, expõe.

GUEPARDO potencializa a entrega das obrigações fiscais

A área fiscal – preocupação de toda empresa, pelo fato do Brasil ser um dos países mais complexos na área tributária – também será padronizada e otimizada por meio da implementação do GUEPARDO, solução fiscal da FH, que potencializa a entrega das obrigações fiscais e, dessa forma, garante compliance fiscal. “Contratamos o GUEPARDO em conjunto com o SAP TDF devido à exigência dos reports eletrônicos. Temos conhecimento que a solução fiscal da FH consegue cruzar as informações de forma consistente, o que nos trará segurança e otimização nessas entregas”, diz Araújo.

Enquanto o SAP HANA coloca os clientes na nova era da computação in-Memory, o GUEPARDO é sinônimo de entregas automatizadas, além da qualidade das informações e apurações precisas, centralizadas e instantâneas. A rastreabilidade de todos os processos aos usuários de diferentes áreas da empresa é outro diferencial, segundo o Diretor Corporativo da FH, que ressalta a importância de uma solução fiscal que acompanha a revolução tecnológica e atende a complexidade das obrigações fiscais.

Projeto Everest

Além do SAP S/4HANA e do GUEPARDO, o Projeto Everest contará com uma solução de gerenciamento e governança de dados – SAP MDG (Master Data Governance) e uma ferramenta de análise quantitativa de previsões, relatórios financeiros e orçamentos – SAP BPC (Business Planning & Consolidation). “Estamos trazendo as melhores práticas da SAP para a companhia. Tudo isso refletirá na eficiência operacional e maturidade dos processos internos da Belagrícola”, conta o Gerente de Projetos da FH, Mikael Guiraud.

Ele ainda acrescenta que ao ter informações em tempo real e análises de rentabilidade mais apuradas de todos os cenários de negócio, faz com que a tomada de decisões seja facilitada, além de minimizar possíveis riscos de gestão.

A expectativa da empresa de agronegócio é elevada em relação ao Projeto Everest, conforme relata o Gerente de TI da Belagrícola, André Peretti, por isso, desde o início, a relação de transparência com a FH foi fundamental. “Percebemos que o perfil técnico da FH se aproxima do nosso. E, por meio dessa parceria, queremos alavancar a profissionalização dos processos da Belagrícola, nesse sentido, a nossa maior preocupação é treinar os colaboradores para que possam utilizar a plataforma SAP S/4HANA da melhor forma”, conclui.

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De Heus inaugurará centro de pesquisa em parceria com a Universidade de Londrina

Mantendo a tradição de fazer parcerias globais com conceituadas instituições de pesquisas nos países onde atua, a holandesa De Heus, que opera comercialmente no Brasil há cinco anos, anuncia – para o dia 20 de setembro, na Universidade Estadual de Londrina (UEL) – a inauguração do Centro Experimental para Pesquisas em Nutrição de Suínos. Desde que chegou ao País, a multinacional triplicou suas operações, período em que também modernizou e implantou novas estruturas. Recentemente inaugurou uma nova Unidade Administrativa em Campinas (SP); o Laboratório de Controle de Qualidade, localizado na Unidade 2, em Rio Claro (SP); e a nova Fábrica Dedicada, em Toledo (PR).

No Centro Experimental são desenvolvidos pesquisas e experimentos em intercâmbio com o Centro de Excelência da empresa na Holanda, com foco em promover a melhoria contínua em produção e gestão nutricional de suínos. “Esse novo espaço, construído com o apoio da De Heus, representa um momento importante para reforçarmos nossa forma de atuar: incentivando o progresso nos países em que a empresa atua”, explica Hermanus Wigman, diretor-presidente da companhia.

As pesquisas em parceria com a UEL também estão voltadas para a nutrição e a saúde dos leitões, potencializando ao máximo a produtividade e a lucratividade dos sistemas de produção. Nesta área, a De Heus ¬– conhecida mundialmente pelas inovações relacionadas à nutrição animal – recentemente lançou o Sistema Romelko, que oferece ao mercado um inovador conceito nutricional para leitões, melhorando a performance dos animais em todo o ciclo.

Na inauguração do espaço de pesquisa na UEL, a companhia apresentará em detalhes o projeto e a estrutura de trabalho desse programa de integração para a comunidade acadêmica da própria Universidade e de outras de destaque na região, como UNIFIL, UNOPAR, UENP e UEM, associações e importantes profissionais da área privada.

“Estamos buscando superar os nossos desafios e avançar no mercado; por isso, investimos em pessoas, tecnologia e estrutura, buscando trazer melhorias contínuas e acelerar a eficiência em nossas atividades relacionadas à nutrição de animais”, destaca Wigman.

Além de conferir a instalação e conhecer todo o projeto de trabalho, os participantes poderão participar de um workshop – com palestras, discussões, intercâmbios de conhecimentos e compartilhamentos de expertise global da empresa – ministrado por técnicos e pesquisadores de referência no segmento. O Workshop é aberto ao público e mais informações poderão ser obtidas através do e-mail: contato@deheus.com.br

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Revolução digital no agronegócio – Por Ricardo Fachin

FH CONSULTING - CURITIBA 21-11-2012.FH CONSULTING EMPRESA DE TECNOLOGIA DA INFORMACAO.NA FOTO RICARDO FACHIN DIRETOR DA FH CONSULTING.FOTO MARCOS BORGES / AGENCIA DE NOTICIA GAZETA DO POVO
FH CONSULTING – CURITIBA 21-11-2012.FH CONSULTING EMPRESA DE TECNOLOGIA DA INFORMACAO.NA FOTO RICARDO FACHIN DIRETOR DA FH CONSULTING.FOTO MARCOS BORGES / AGENCIA DE NOTICIA GAZETA DO POVO

Ao simplificar os processos, as organizações conseguem agilidade para os negócios e passam a ser mais competitivas no mercado. As soluções tecnológicas e comércio eletrônico, conquistam as companhias de agronegócio que projetam um desempenho positivo para 2016.

O setor prevê um crescimento entre 1,5% e 2,2%. Segundo a CNA, neste ano, o Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária chegará a R$ 529,9 bilhões. Vale lembrar que, em 2015, o agronegócio representou 23% do PIB nacional, 35% da força de trabalho do país e 40% das exportações brasileiras.

No caso do Paraná, estado que se destaca no setor agrícola com 220 cooperativas filiadas à Organização das Cooperativas do Estado do Paraná (Ocepar), o faturamento em 2015 foi de R$ 60,4 bilhões. Esse valor ganha ainda mais destaque se comparado ao PIB brasileiro, que no ano passado teve uma retração de 3,8%.

Mas, mesmo com os avanços do segmento, ainda há muitos gargalos e deficiências a serem supridos. É aí que a tecnologia pode auxiliar as cooperativas, agroindústrias e quem trabalha no campo.

Hoje, ter o controle operacional do negócio passou a ser o desejo de toda organização. Desejo que se torna realidade por meio da tecnologia. Uma das soluções desenvolvidas pela marca alemã SAP, o S/4 HANA traz simplificação para os processos e possibilita a uso real de Big Data (grandes volumes de dados).

Se, hoje, uma simulação de planejamento de produção pode durar horas para ser realizada, com o SAP S/4 HANA são segundos, ou seja, o software permite o replanejamento de toda a empresa: logística, produção, vendas e finanças, a fim de atender as demandas estratégicas das cooperativas. Vale destacar que, se a logística não for bem gerenciada, há riscos de perder contratos e, até mesmo, a própria produção.

Outro desafio para as cooperativas e agroindústrias é a diversidade de negócios – tudo precisa estar integrado e a informação gerencial consolidada. Nas plataformas tradicionais não é possível fazer a integração em tempo real – muitas vezes, o profissional da área tem que olhar em vários sistemas diferentes para obter os dados desejados – e quando o faz são com informações dos dias anteriores, dessa maneira não consegue a mesma qualidade de informação oferecida pela SAP.

Ajustar a gestão contábil, fiscal e financeira das operações é mais uma questão a ser solucionada pelas cooperativas. O Simple Finance e a plataforma fiscal da SAP (TDF) ajudam nesta tarefa. Tornam o trabalho dos usuários e gestores mais intuitivo e produtivo, usam informações em tempo real para reduzir riscos e diminuir a exposição fiscal das empresas.

Outra “grande solução” para as cooperativas

Além do S/4HANA, as organizações contam com o software de Gestão de Contratos Agrícola (Agricultural Contract Management – ACM) da SAP. A solução gerencia as atividades relacionadas aos contratos e oportunidades do negócio agrícola, ao promover a gestão eficaz de contratos.

No caso das cooperativas, por exemplo, se percebe que as soluções atuais, são de difícil atualização e baixo nível de integração, expondo as empresas a riscos e dificultando o cálculo do resultado real de uma operação. Nesse caso, o ACM da SAP é uma boa opção, agrupa os contratos de compra com os de venda, gerencia o volume de compra, vendas, variações dos preços e o resultado.

Em resumo, por meio deste software– que atende organizações de todos os tamanhos – é possível ter controle das relações na cadeia de suprimento de matéria-prima, produção e vendas, a começar pela identificação de fornecedores de grãos; gerenciamento de volume de produção; preço e qualidade; controle de prazos de entrega e acompanhamento da liquidação final do contrato.

As soluções da SAP vieram para suprir as demandas por eficiência, qualidade de produção, redução de custos, desperdícios e competitividade.

Ricardo Fachin – Diretor Corporativo da FH

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Tecnologia da Informação voltada para o agronegócio

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Foi realizado no Norte do Paraná em abril o SAP Agri Summit Maringá, evento de tecnologia direcionado ao segmento do agronegócio. Com vasta experiência no setor, a SPRO it solutions, parceira da multinacional alemã SAP, apresentou uma palestra com o tema “Visão Integrada da Cadeia de Originação: Gestão de Commodities, Logística e Riscos”.

Almir Meinerz, Diretor Executivo e de Operações da SPRO, mostrou como as soluções da empresa permitem que a agroindústria, especialmente na originação de grãos, identifique fornecedores, gerencie volume, preço e qualidade, controlando prazos de entrega e adiantamentos, além de acompanhar a liquidação final do contrato agrícola.

“Compartilhar o conhecimento técnico adquirido na prática com empresas do setor é bastante positivo. Além deste evento em Maringá, já participamos do Agri Summit Cuiabá em 2015, a convite da SAP”, afirma Almir Meinerz.

Os eventos fazem parte da estratégia da SPRO it solutions de se tornar a maior fornecedora de soluções de TI para o setor do agronegócio no Brasil. “Nossas parcerias com empresas como BsBIOS e Nidera Sementes são a prova de que estamos no caminho certo”, conclui Meinerz.

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