Mercado agrícola continua promissor em 2021

Por João Marchesan, presidente do Conselho de Administração da ABIMAQ

Apesar da pandemia da Covid-19 que criou dificuldades logísticas e de produção, o setor de máquinas e implementos agrícolas brasileiro não parou. As vendas devem apresentar crescimento real de 12% (descontada a inflação) e 20% de nominal em 2020 em relação ao ano passado e com faturamento estimado em R$ 40 bilhões.

Esse cenário deve-se a uma ótima safra agrícola, o recorde das exportações do agronegócio e a valorização do dólar em 30% que propiciou uma grande rentabilidade para os agricultores das culturas de exportação como soja, milho, café, algodão, laranja, celulose e carnes. Além disso, os produtores rurais aproveitaram os preços dos grãos em alta para aumentar a área plantada e investir em máquinas agrícolas, que são determinantes para extrair o melhor da lavoura.

Outro ponto que alavancou a comercialização no setor foi a defasagem tecnológica existente no Brasil devido 50% do parque industrial ter mais de 10 anos de uso e por isso precisa ser renovado e modernizado.

Já as exportações em 2020 foram impactadas negativamente pela Covid-19, pois as economias dos principais parceiros comerciais, principalmente da América do Sul, não tiveram boa performance.

Quanto as importações, o aumento de custo de 30% devido à desvalorização do Real restringiu a entrada de importados no país no ano passado.

Aliás, o mercado de máquinas agrícolas continuará promissor em 2021, pois os preços estão bons, dólar num bom patamar e as chuvas voltaram. Então temos a expectativa de ser um ano excelente com relação ao clima, que não faltará crédito com as suplementações que estão acontecendo dos bancos particulares e do próprio BNDES.  

Além disso, o Brasil se tornou um grande fornecedor de alimentos para o mundo, principalmente para Ásia onde as áreas aráveis para cultivo estão em grande parte tomadas. No entanto, a população cresce numericamente e aumenta sua renda, demandando alimentos e o Brasil prossegue como um dos grandes fornecedores desse mercado. Baseada nessa conjuntura, a previsão para o próximo ano é de um crescimento real de 3% (descontada a inflação) e nominal de 10% nas vendas, chegando a R$ 45 bilhões de faturamento.

Com relação as exportações acredito que com o fim da pandemia e com o retorno à normalidade deve acontecer uma reação neste ano.

Teremos um 2021 mais promissor caso o governo tome medidas urgentes no sentido de se organizar de forma a permitir o crescimento sustentado da economia de modo que a reversão da desindustrialização garanta emprego e renda para o cidadão. Para isso são necessárias ações que permitam a isonomia competitiva do setor produtivo, proporcionando ampliação de sua participação no mercado doméstico e internacional.

Para tanto, em 2021 devemos continuar articulando com o governo e lutando pela criação de uma política industrial condizente com a indústria brasileira de bens de capital mecânicos, que é o setor responsável pela difusão tecnológica em toda a cadeia produtiva, e que tem papel preponderante no aumento da produtividade nos setores agrícolas, de serviço e industrial.

Continuaremos ainda insistindo nas reformas, tributária, administrativa e política. Especialmente a tributária, já que precisamos com urgência de uma reforma que garanta ao sistema tributário nacional a simplificação, justiça e transparência desejada por todos os contribuintes. Os benefícios desta ação são muitos, mas destacamos a expressiva melhora do ambiente de negócios do país em razão da redução dos custos relacionados à administração dos tributos e dos litígios, aumento da segurança jurídica, ampliação da taxa de investimento por conta da redução do custo que ocorrerá nas máquinas e equipamentos ao eliminar a cumulatividade do sistema e garantir o crédito imediato. Todos fatores que permitirão aumento da produtividade, ganho de competitividade da produção nacional, expansão dos investimentos, redução do índice de desemprego e em aumento da renda do país.

Vamos enfrentar 2021 com atitude, positividade, protagonismo e otimistas para levar as demandas que os próximos doze meses nos trará.

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Habilidades digitais: Ferramentas essenciais para a transformação do trabalho e a vida rural

A incorporação plena de habilidades digitais é fundamental para a transformação positiva do trabalho e da qualidade de vida nos territórios rurais, como mostrou o documento “Habilidades digitais no meio rural: Um imperativo para reduzir desigualdades na América Latina e no Caribe”, elaborado pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) com o apoio do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Microsoft. 

O documento identificou a estreita relação entre o domínio de habilidades tecnológicas e a produtividade, correlacionando as habilidades digitais com as oportunidades educativas da população rural. 

De acordo com parâmetros baseados em dados da União Europeia (2020), o aumento de 1% nas competências simples de TIC (Tecnologias da Informação e Comunicação) é associado a um aumento de 2,5% na produtividade do trabalho; e um aumento de 1% nas competências complexas, a um aumento de 3,7% na produtividade do trabalho.  

No entanto, o estudo apresentado revela que 30,5% da população urbana em países pesquisados são capazes, por exemplo, de enviar uma mensagem pela internet com um arquivo anexado, contra apenas 14,1% no campo*. Outras bases de dados revelam que 37,6% das pessoas no campo em países pesquisados não usam a internet porque não sabem como; 13,5% por não ter acesso a um dispositivo e 26,2% por não saber o que é internet**. 

Em publicação anterior divulgada em outubro do ano passado “Conectividade Rural na América Latina – uma ponte para o desenvolvimento sustentável em tempos de pandemia”, o IICA, o BID e a Microsoft revelaram que pelos menos 77 milhões de pessoas que vivem em territórios rurais na região carecem de conectividade com padrões mínimos de qualidade. Enquanto 71% da população urbana conta com opções de conectividade, apenas 37% na ruralidade têm a mesma oportunidade. 

O documento aborda também o papel central desempenhado pelas escolas rurais na introdução dessas habilidades e na redução da disparidade de gênero existente, após constatar que as meninas têm acesso mais tardio às tecnologias digitais, o que influi nos seus resultados educativos e nas suas oportunidades futuras. 

“Os 16 milhões de agricultores familiares que vivem e trabalham nas áreas rurais da América Latina e do Caribe são a espinha dorsal da agricultura, atividade que garante a segurança alimentar e nutricional da região”, ressaltou o diretor-geral do IICA, Manuel Otero. “É dever de todos derrubar as novas barreiras que impedem o acesso dos agricultores e das agricultoras ao conhecimento, algo decisivo para melhorar a produção e a renda, e para garantir às suas famílias e às próximas gerações a educação, o trabalho e o enraizamento nos territórios”, complementou. 

O estudo traça estratégias e políticas para a abordagem das habilidades digitais, entendendo que a contribuição das tecnologias e a sua incorporação na agricultura são fundamentais para a transformação das práticas de produção e do consumo alimentar. E entendendo, ainda, que as tecnologias digitais desempenham um papel destacado ao oferecer alternativas para os problemas e desafios atuais nos territórios rurais em matéria de produção, comercialização e desenvolvimento. 

Luciano Braverman, diretor sênior de educação da Microsoft para a América Latina, observou que “a aceleração da adoção de tecnologia continuará a ter um grande impacto na força de trabalho. Não há dúvida de que está sendo criada uma necessidade direta de empregos muito conectada à tecnologia em todas as indústrias. A maioria dos novos empregos tem um componente tecnológico muito importante. Enfrentamos esse desafio, pois muitos dos empregos do futuro ainda não foram inventados e o desenvolvimento dessas novas habilidades para preenche-los é cada vez mais importante”. 

O documento também identifica as estratégias empregadas na formação em habilidades digitais no meio rural, detalhando aquelas relacionadas com o desenvolvimento da atividade produtiva e da comercialização, a fim de incentivar o uso dessas tecnologias aplicadas à agricultura. 

María Caridad Araujo, chefe da divisão de gênero e diversidade do BID, indicou que “o acesso à tecnologia e o domínio das habilidades digitais são condições necessárias para uma transição e adaptação a empregos do futuro que ofereçam mais prosperidade para nossas comunidades e mais equidade para todos. Sabemos das enormes lacunas que caracterizam o setor rural e, dentro deste setor, as desvantagens que as mulheres enfrentam. No BID, estamos trabalhando prioritariamente para a recuperação econômica que é justamente a recuperação para uma sociedade em que as lacunas na participação no trabalho e na participação econômica feminina sejam menores do que as que tínhamos antes. O potencial, as habilidades e o dinamismo das mulheres, devem estar no centro da recuperação econômica da região”. 

Luciano Braverman, da Microsoft, finalizou: “para a Microsoft, em particular, o desenvolvimento dessas habilidades é uma prioridade e está diretamente conectado à nossa missão, que é empoderar cada pessoa e cada organização no planeta a conquistar mais. Estou muito feliz por continuar trabalhando junto com o IICA e o BID neste tipo de projeto cujo objetivo é alavancar a oportunidade de criar a força de trabalho do futuro”.  

*  União Internacional de Telecomunicações (ITU- 2020) com base em dados do Brasil, Colômbia, Equador, Jamaica, República Dominicana, México e Peru 

** Barrantes (2020) com base no After Access: Equador, Peru, Guatemala e Paraguai 

Para ver o estudo completo visite este site

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A relevância dos dados e algoritmos para as pessoas e negócios

Por Ahirton Lopes, CDO da Lambda3

Com boa parte das pessoas em casa há um ano, os hábitos de consumo têm passado por transformações, quase sempre associadas à tecnologia. Segundo a pesquisa Shopping During The Pandemic, 47% das pessoas no Brasil têm comprado mais pela internet. O levantamento foi realizado pela Ipsos com 20,5 mil entrevistados de 28 países.  

Chatbots, gerenciadores de agenda, máquinas de cálculo, entre outras funções, têm sido úteis tanto para as organizações como para o consumidor final. E por trás de todos esses facilitadores estão a Inteligência Artificial e o Aprendizado de Máquina (Machine Learning), cada vez mais protagonistas para as pessoas e empresas.

Com as companhias voltadas às aplicações baseadas em Machine Learning, o MLOps (Machine Learning e Operations) deve sair da condição de operacionalização emergente para ganhar destaque. Similar ao DevOps, trata-se da combinação de práticas e ferramentas que permitem às equipes de Data Science e Operações aprimorar a implementação de modelos, por meio da governança de formatos de Aprendizado de Máquina e Inteligência Artificial, monitoramento, validação, colaboração e comunicação.

Em suma, o MLOps foi desenvolvido para estabelecer cultura e ambiente onde as tecnologias de Machine Learning possibilitem benefícios comerciais, construindo, testando e liberando, de maneira rápida, frequente e confiável a tecnologia de Aprendizado de Máquina em produção. Os algoritmos, apoiados pela coleta de dados de uma empresa, aprendem de forma contínua a ponto de necessitar de pouca intervenção humana – em alguns casos, quase nenhuma.

A ferramenta é utilizada amplamente em bancos e operadoras de crédito. Ambos usam a tecnologia para identificar possíveis transações fraudulentas. Um exemplo disso está nos casos em que a operadora de cartão telefona para o cliente no intuito de validar uma compra recente. Isso acontece porque, provavelmente, a companhia utilizou o Machine Learning para sinalizar uma transação suspeita. Ou seja, o consumidor não precisa, necessariamente, procurar um estabelecimento para se informar sobre uma movimentação “esquisita”.   

Outro caso é o de serviços de streaming como a Netflix, que conta com mais de 17 milhões de assinantes no país, segundo levantamento da FGV. Cada vez mais cotidiana na vida dos brasileiros, sobretudo após o início da pandemia, a plataforma conta com mecanismos de recomendação on-line de Aprendizado de Máquina. Ao utilizar dados coletados de milhões de usuários, os sistemas de Machine Learning se tornam aptos a prever filmes, séries e documentários que podem cair no gosto do consumidor, baseando-se nas escolhas de títulos mais recentes.  

Como benefícios, é possível citar a tomada de decisão mais assertiva, diagnóstico, otimização de processos, reparo de sistemas e monitoramento. Em contrapartida, os pontos de atenção são a escassez de profissionais qualificados – embora tenhamos cursos, ainda não existem opções acadêmicas para preparar pessoas para o mercado de trabalho – e, também, a falta de cultura baseada em dados por parte das empresas.

Justamente em razão desses contrapontos, o mercado enxerga as tecnologias como emergentes. No entanto, há muito o que se explorar, ainda mais por se tratar de recursos que lidem com algoritmos e dados (considerados por especialistas o novo petróleo).

O que não se pode negar é que ambos já possuem relevância na vida das pessoas e, cada vez mais, será observada com bons olhos como importantes para os negócios.

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Indústria do Paraná cresce 11,5% em relação a janeiro de 2020

A produção industrial paranaense cresceu pelo nono mês consecutivo e fechou janeiro com um acréscimo de 1,5% em relação a dezembro de 2020. O resultado tem ainda mais impacto quando comparado com o mesmo mês do ano passado. A evolução foi de 11,5%, a maior da Região Sul e a segunda do País no período, quase seis vezes superior à média nacional de 2% – o Pará teve um desempenho de 13,3% no recorte de janeiro a janeiro. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“O resultado demonstra que o Paraná é muito forte. A indústria conseguiu crescer mesmo em meio à maior crise de saúde pública dos últimos 100 anos. Mais de 11% em relação a janeiro de 2020. Ou seja, em relação a um período em que o coronavírus ainda não havia sido identificado em nosso Estado, o que torna o resultado ainda mais relevante”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.

Ele ressaltou que os saldos positivos obtidos pelo setor industrial de forma consecutiva demonstram que o Estado conseguiu equilibrar economia e saúde durante a pandemia, que completa um ano no Paraná no próximo dia 12.

“Buscamos atender os paranaenses disponibilizando hospitais, leitos e medicamentos para que a pandemia tivesse o menor impacto possível na saúde. Mas também criamos mecanismo de estímulo à economia, o que gerou quase 40% dos empregos com carteira assinada ano passado no País”, afirmou Ratinho Junior.

O governador faz referência ao fato de a indústria paranaense, além da recuperação continuada, ter registrado saldo positivo nos empregos em 2020. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, foram 25.880 empregos na indústria de transformação, o que foi fundamental para o resultado estadual de 52.670 novas vagas. O País registrou a abertura de 142.690 no ano passado

NACIONAL – O desempenho do Paraná é consideravelmente maior do que a média nacional. No período de janeiro de 2020 a janeiro de 2021 o País registrou alta de 2% na indústria, quase seis vezes inferior ao resultado estadual, de 11,5%.

Rio Grande do Sul e Santa Catarina obtiverem 9,8% e 10,1% no mesmo recorte. Ao todo, oito dos quinze locais pesquisados pelo IBGE fecharam no azul, com o Pará liderando (13,3%).

MENSAL – No comparativo entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, o crescimento da indústria do Paraná foi de 1,5%, o quinto melhor do País, atrás do Pará (4,4%), Pernambuco (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%) e Rio Grande do Sul (1,9%).

Os setores da indústria que mais se sobressaíram no Estado foram a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (35,9%), máquinas e equipamentos em geral (31,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (27,8%) e produtos de madeira (27%).

  • O Brasil registrou alta de 0,4% no período destacado, com sete dos 15 locais pesquisados apresentando taxas positivas. Em relação à média móvel trimestral, nove estados apontaram altas no acumulado de 90 dias com término em janeiro. Rio Grande do Sul (2,5%), Santa Catarina (2%), Paraná (1,8%), Ceará (1,7%) e São Paulo (1,2%) foram quem mais se destacaram.

BALANÇO –  A recuperação da indústria paranaense iniciou em maio, depois de dois meses de queda, e não parou desde então. Houve crescimento em janeiro (2%), fevereiro (1,9%), maio (21,2%), junho (4,7%), julho (3,2%), agosto (2,8%), setembro (9,5%), outubro (3,5%), novembro (1,2%) e dezembro (2,8%). Março e abril, meses subsequentes à chegada da Covid-19, registraram perdas. Posição que segue em 2021, com janeiro fechando em 1,5%.

Fonte: Agência de Notícias do Paraná

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40 deputados estaduais pedem a suspensão da licitação dos pedágios

Uma representação assinada por 40 deputados estaduais foi protocolada nesta sexta-feira (5) no Tribunal de Contas da União (TCU) solicitando a suspensão de todas as etapas do processo licitatório para a concessão de rodovias que cortam o Estado. O documento aponta uma série de irregularidades e ilegalidades no processo conduzido pelo Ministério da Infraestrutura e Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).

O requerimento apresentado ao TCU é um dos resultados das audiências públicas promovidas pela Frente Parlamentar sobre o Pedágio, criada pela Assembleia Legislativa do Paraná. A Frente já promoveu sete audiências públicas em várias regiões do Estado, envolvendo diversos setores da sociedade.

Nos encontros, ficou evidente a rejeição dos paranaenses ao chamado modelo híbrido, que institui uma taxa de outorga e reduz a competitividade do leilão. A proposta federal impõe tarifas pré-fixadas e limites de descontos aos concorrentes. Além disso, institui um degrau tarifário de 40% após a conclusão de obras de duplicação.

Os encontros realizados até o momento apontam que o modelo de licitação deve ser pelo menor preço de tarifa. O primeiro secretário da Assembleia, deputado Luiz Claudio Romanelli (PSB), informa que os paranaenses defendem três critérios na nova modelagem de concessão: menor preço, mais obras e em menos tempo.

“Queremos uma licitação pelo menor preço de tarifa, obras logo no início do contrato e a garantia formal de que as empresas executarão as obras. Uma garantia efetiva nos contratos, se for necessário um depósito de caução em dinheiro”, reforça Romanelli.

O parlamentar explica que a decisão de recorrer ao TCU é um ato em defesa do Estado. “É uma ação em favor de toda a sociedade paranaense, que claramente se coloca contra este modelo híbrido e quer um leilão pelo menor preço de tarifa”.

O coordenador da Frente Parlamentar, deputado Arilson Chiorato (PT), ressalta que a iniciativa do colegiado se deve a diversas dificuldades impostas pelo Governo Federal no debate sobre as novas concessões. “A gente tem hoje uma mobilização muito grande da Assembleia. Protocolamos uma medida jurídica, um pedido de liminar, no Tribunal de Contas da União. Tem a assinatura de 40 deputados”.

O presidente da Comissão de Obras e Transporte da Assembleia, deputado Tião Medeiros (PTB), alerta que, além de não haver formalização da delegação das rodovias estaduais à União, o modelo desenhado pelos técnicos federais limita a participação de empresas regionais. “Os grandes lotes inviabilizam a competição de empresas regionais, favorecendo os grandes grupos econômicos, as grandes empreiteiras nacionais e multinacionais”.

Debate – O deputado Evandro Araújo (PSC), vice-coordenador da Frente Parlamentar, disse que o colegiado atuará dentro do que for possível para que o Paraná tenha uma tarifa de pedágio justa para a população. “As ações da Frente têm direção, fazemos um debate de qualidade, agindo com a determinação para que tenhamos um pedágio justo. Somos contrários a esse modelo proposto e vamos até o fim, nos valendo de todos os meios jurídicos para que o Paraná tenha uma tarifa baixa”, afirmou.

Segundo o deputado Tercílio Turini (CDN), vice-presidente do legislativo estadual, o Paraná não concorda com o modelo proposto, com o aumento do número de praças de pedágio. Turini sustenta que é necessária autorização legislativa para que as estradas estaduais façam parte da licitação.

“Entendo que é ilegal e inconstitucional o prosseguimento do processo licitatório, que está na fase de audiências e consultas públicas, porque não foi precedido de lei estadual delegando à União a responsabilidade sobre as rodovias estaduais. O Governo Federal quer empurrar goela abaixo um modelo de concessão. A Frente Parlamentar vai lutar para isso não acontecer”, afirmou Turini.

A medida protocolada pela Frente Parlamentar sobre o pedágio no TCU questiona os seguintes itens:

1. Ausência Lei Estadual que autorize o Poder Executivo a promover a delegação para a União, da administração e exploração de rodovias estaduais, pena de violação da legalidade administrativa;

2. Comprometimento da participação popular em virtude dos prazos exíguos, a restrição pela pandemia do COVID19, a complexidade dos estudos e do projeto e a restrição de acesso aos meios digitais;

3. Aplicação de limite de desconto de 17% da tarifa de referência, que não atende ao interesse dos usuários;

4. Modelo apresentado de leilão suprime a fase de lances;

5. Modelo apresentado infringe a possibilidade de competitividade;

6. Imprevisibilidade dos estudos que sustentam a proposta, em razão dos atuais contratos em vigor e das consequências de seu término para o Estado do Paraná.

7. Violação ao dever jurídico de prevenção de atos de corrupção pela administração pública.

Fonte: Assembleia Legislativa do Paraná

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Maringaense UDS oferece transformação digital personalizada para todos os segmentos

A UDS é uma empresa especialista em transformação digital com desenvolvimento de software personalizado, cibersegurança, design thinking e data science. Com mais de 20 anos de experiência e mais de 5 mil projetos realizados para cerca de 900 clientes, é considerada uma das três melhores desenvolvedoras de aplicativos da América Latina, e atua desenvolvendo softwares de diferentes complexidades como sistemas internacionais, plataformas de banking ou missão crítica.

Pela constante evolução de seu modelo de trabalho e garantia de qualidade, conquistou a confiança de marcas como Calvin Klein, DHL, C&A, Sicredi, Le Lis Blanc, Wiser e Animale. É certificada PCI-DSS e primeira de seu setor na Global Data Alliance junto a companhias como Panasonic, Visa, Pfizer e American Express.

Fundada em 2003 por Rafael Sapata, a UDS nasceu em Maringá, Paraná, e hoje atende clientes nacionais, de diversos setores, como petroquímica, educação, logística, saúde, ONGs, SaaS e bancos, além de operações na América Latina, Estados Unidos e Europa. Para compor a liderança da empresa, os sócios Jane Alves e Paulo Cheles são responsáveis pelos departamentos financeiro, jurídico, comercial e marketing.

Com faturamento na casa dos 8 dígitos, a empresa cresceu, nos últimos 5 anos, cerca de 870%. Somente no último ano, triplicou o número de integrantes do time UDS, unindo o melhor da maturidade e experiência de mercado aliadas a expertise e energia de uma equipe jovem e empreendedora.

Segundo a ABES (Associação Brasileira das Empresas de Software), em 2020, as empresas brasileiras investiram mais de US$ 40 milhões em tecnologia, e a UDS faz parte do seleto grupo das prestadoras de serviços neste setor.

“Acelerar a transformação digital de empresas com serviços de tecnologia personalizados é a nossa especialidade. Neste ano focaremos investimentos para apoiar ainda mais clientes com desenvolvimento de software web e aplicativos, cibersegurança, Body Shop e Hunting de profissionais de tecnologia”, ressalta Rafael Sapata.

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Pix vai beneficiar e-commerce em 2021

Por Ralf Germer


Lançado em novembro do ano passado, o Pix, plataforma de pagamentos instantâneos do Banco Central do Brasil (Bacen), já representa 78% de todas as transferências bancárias efetuadas no país. De acordo com números divulgados pela instituição e pela Câmera Interbancária de Pagamentos (CIP), nos primeiros 17 dias de janeiro foram realizadas 87,1 milhões de transações por meio do novo método de pagamento, contra 18 milhões de TEDs e 6,6 milhões de DOCs.


Apesar de recente, o Pix teve seu uso em massa estimulado pelo fato de ser gratuito para pessoas físicas e de baixo custo para instituições financeiras, bem como pela facilidade e segurança na hora do uso, uma vez que o cadastro de chaves como e-mail, CPF e telefone, conta com uma autenticação de dois fatores. Os pagamentos instantâneos também impulsionam a adesão de mais pessoas ao sistema financeiro, com a abertura de contas bancárias ou carteiras digitais.


Levando em consideração que o varejo eletrônico teve maior adesão entre os brasileiros durante a pandemia, o Pix vai beneficiar as lojas virtuais a médio e longo prazo, já que os lojistas terão mais agilidade para entregar os produtos ou disponibilizar um serviço, o que representa uma grande oportunidade de incremento das vendas. No e-commerce, a experiência de pagamento faz toda a diferença: o Pix atende lacunas que outros métodos de pagamento tradicionais não oferecem, como a confirmação imediata. Uma experiência fluida, simples e extremamente segura.


Os dados de utilização dos pagamentos instantâneos reforçam a importância do varejo disponibilizar essa opção em seu checkout. O primeiro passo é procurar por uma processadora de pagamentos que ofereça a solução. Caso o comerciante já trabalhe com uma empresa desse tipo, é importante saber se a tecnologia está disponível para a plataforma de e-commerce que ele utiliza. A PagBrasil, por exemplo, é a primeira processadora de pagamentos a oferecer o Pix para lojas Shopify, além de também disponibilizar o novo método de pagamento via API.


O que vemos nesse momento é apenas o início do projeto Pix, que permitirá inúmeras possibilidades de transações daqui para frente. A tecnologia é promissora e uma excelente oportunidade para melhorar a experiência de compra do usuário, consequentemente aumentado as conversões dos lojistas.

Ralf Germer, CEO e cofundador da PagBrasil

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Com eureciclo, empresas já compensaram quase 3 mil toneladas de embalagens no PR

Atualmente, todos os atores (fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes) dividem a responsabilidade de reciclar e retornar as embalagens ao ciclo produtivo após o consumo, com o objetivo de diminuir o impacto ambiental do descarte incorreto. Para garantir uma atuação alinhada à legislação, o Estado do Paraná fiscaliza as empresas por meio da SEDEST (Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo) e o não cumprimento pode ocasionar suspensão de licenças, aplicação de multas (de até R$ 50 milhões) e, ainda, responsabilização criminal dos responsáveis.

O Acordo Setorial para Implantação do Sistema de Logística Reversa de Embalagens em Geral instituiu a meta de pelo menos 22% de compensação de toda a massa de embalagens de papel, plástico, alumínio, aço ou vidro colocadas no mercado. Por isso, a realização de um sistema de logística reversa (LR) é um assunto importante e que deve ser tratado como prioridade por todas as marcas que comercializam produtos na região. “Além de estar em conformidade com a lei, é uma maneira de promover a conscientização ambiental e prezar pela saúde do meio ambiente, um tema cada vez mais discutido em todo o mundo”, explica Jessica Doumit, diretora de Relações Institucionais & Jurídico da eureciclo, maior certificadora de logística reversa de embalagens do país.

Para facilitar e viabilizar o processo, a certificadora promove a compensação ambiental desses resíduos e repassa os Certificados de Reciclagem aos clientes, documento com validade legal onde há Termos de Compromisso firmados. Isso faz com que uma massa equivalente ao material de cada companhia seja efetivamente reciclada e reinserida no ciclo produtivo, garantindo que não cheguem a aterros sanitários ou lixões.

Resultados que inspiram

Atualmente, a certificadora conta com 605 empresas parceiras no Estado. Desde 2017 elas já compensaram quase 3 mil toneladas. Apenas em 2020 foram quase 2 mil. O total de repasse aos operadores de triagem e cooperativas foi de cerca de R$200 mil, sendo R$130 mil apenas no ano passado. Esse valor pôde ser empregado na melhoria da infraestrutura e no investimento em maquinário ou pessoas, um auxílio fundamental para que esses profissionais executem seu trabalho com mais conforto e consigam elevar as taxas de reciclagem no país.

“Essa apresentação simplifica o processo de comprovação pelas organizações, já que elas não precisam se preocupar com essa questão burocrática”, diz Doumit. “A evolução das conversas leva, consequentemente, à criação de alternativas interessantes, como a da compensação ambiental. Tudo que possa nos ajudar, como empresa ou como pessoa, a promover o cuidado com a natureza deve ser valorizado”, completa.

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Loja offline x loja online: qual a importância da digitalização para empresas?

Muitos empreendedores optam por lojas físicas na hora de investir em um negócio, mas a pandemia do coronavírus trouxe à tona a importância de também ter presença digital. O e-commerce registrou forte ascensão neste ano, com penetração de 46% no mercado, de acordo com Fecomércio SP, mostrando um futuro promissor a ser explorado.

“O online não elimina o offline, eles se complementam. É importante estar onde o consumidor busca, atendendo todo o público com uma base mútua de apoio no processo de compra. O futuro do varejo é omnichannel”, explica Willians Marques, diretor-geral e fundador da Tray, plataforma de e-commerce e unidade de negócios do Grupo Locaweb.

O omnichannel consiste em estar presente em diversos canais para oferecer melhores experiências aos clientes e, a partir de então, desenvolver uma relação de confiança entre as partes. Por isso, é importante que o empreendedor construa a mensagem de sua loja em conteúdo audiovisual, textual, e educativo para ambientes físicos e virtuais, tendo ferramentas interativas para suporte, como aplicativos, além de um canal específico para sanar dúvidas.

De acordo com uma pesquisa feita em 2019 pelo SPC – Serviço de Proteção ao Crédito, 97% dos consumidores fazem pesquisa na internet antes de comprar na loja física, e desta base, 84% desistem de concluir a compra em determinado estabelecimento por opiniões negativas sobre a loja virtual. Ou seja, o melhor preço não é o único agente responsável pela decisão, mas também a confiança e o atendimento.

De acordo com dados da Social Miner, também unidade de negócios do grupo Locaweb, em parceria com Opinion Box, 14% dos entrevistados afirmam que pretendem comprar apenas online em 2021, 38% devem comprar só em lojas físicas e 49% querem mesclar as compras entre online e offline (número bem superior ao de comprar híbridas em 2019, que ficou em 29%). Ainda de acordo com a pesquisa, 59% dos que consumiram em e-commerces durante a pandemia, o fizeram em lojas nas quais já haviam comprado no ambiente físico, por isso a importância de estabelecer uma relação de confiança, já que a familiaridade com a marca pode definir uma compra.

“A pandemia vem mudando hábitos de consumo, mas ainda há um longo caminho a se percorrer. A pesquisa aponta ainda que 27% dos potenciais clientes afirmaram ainda não se sentir absolutamente seguros comprando online por questões como frete. Ao investir em uma plataforma de e-commerce é preciso prestar atenção nas integrações que ela oferece, isso pode ajudar a economizar tempo e dinheiro, refletindo em transparência e segurança para o consumidor final”, explica Marques.

Por último, os novos consumidores estão em muitas plataformas e anseiam por informações, por isso, é fundamental que o estabelecimento ofereça conteúdo em redes sociais, sites, aplicativos e lojas físicas, se adequando à demanda do mercado e oferecendo uma boa experiência de compra.

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Empresas brasileiras reforçam atuação no mercado de capitais para enfrentar cenário de retomada

Mudança no padrão de consumo durante a pandemia prejudicou setores da economia, como o de serviços; captação de recursos financeiros no mercado de capitais abre nova janela de oportunidade para empresas

Os últimos meses de 2020 foram marcados por uma onda de empresas e investidores interessados no mercado de ações brasileiro. O crescimento também se deu na quantidade de empresas que fizeram IPOs somente no início deste ano e a valorização com que estrearam na bolsa. De acordo com a B3, que registrou lucro bilionário nesse período, o volume financeiro médio diário no mercado de ações cresceu 67,3%, com o número médio de investidores ativos dobrando.

Com o cenário de crise econômica global, trazido pela pandemia do Covid-10, muitas empresas precisaram adaptar seus produtos e serviços em novos meios de oferta para conseguir atender uma demanda de consumidores com diferentes hábitos e comportamentos de compra. O ano de 2020, que começou com tantas incertezas, encerrou-se com juros nominais na mínima histórica, juro real negativo e economia em ritmo de crescimento.

Para o Sócio na PSQA Advogados e Vice-presidente de Parcerias e Cidadania no IBEF-PR, André Leal, ano passado as empresas estavam em busca de recursos financeiros para conseguir liquidez imediata. Contudo, neste ano, o foco está nas ações de retomada dos principais setores da economia.

 “A mudança de padrão de consumo trouxe um ritmo de crescimento desigual entre os setores. O setor industrial atingiu os níveis pré-crise, já o setor de serviços está abaixo. O setor de comércio conseguiu ter um crescimento acima dos demais. A única exceção foi o agronegócio que, como de costume, foi muito bem no ano passado”, explica.

O vice-presidente do IBEF-PR ainda considera que a expectativa de funding das empresas para sustentar esse novo normal continue aquecido. “Estamos com filas de IPOs, emissões de CRAs, debêntures, M&A nos mais diferentes tamanhos e formatos, nascimento de unicórnios brasileiros e globais. As opções de capital existem. É preciso avaliar o potencial de resultado de cada uma delas” completa.

Para discutir as novas oportunidades de funding e as ações prioritárias no ambiente de retomada, o Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças irá promover na próxima terça-feira, dia 09 de março, às 17h30, um webinar sobre o cenário de captação de recursos financeiros no Brasil.

O evento online contará com a participação do General Manager América Latina na GFK, Felipe Mendes, e do CFO e VP Estratégia no iFood, Diego Barreto, que contarão as suas experiências sobre o cenário de pandemia, vivido em 2020 e as ações tomadas para acelerar os negócios neste ano. A discussão será mediada pelo Sócio na PSQA Advogados e Vice-presidente de Parcerias e Cidadania no IBEF-PR, André Leal.

É necessário se inscrever previamente para o evento que terá transmissão gratuita pela plataforma online Zoom. A iniciativa recebe o patrocínio de gestão da PwC Brasil, do escritório Gaia Silva Gaede Advogados e da Valore Investimentos.

Novo normal: novas oportunidades para novos fundings

Dia: Terça-feira, 09/03

Horário: Das 17h30 às 19h00

Evento online e gratuito, transmitido pela plataforma Zoom.

Inscrição: http://bit.ly/novosfundings 

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Alesp implanta sistema de gestão integrado da Elotech

 Em dezembro do ano passado a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) assinou o documento de contração dos softwares da Elotech, a maior empresa de software de gestão pública do Paraná. A compra foi realizada por meio de licitação.

A contratação de sistemas modernos e produzidos com alta tecnologia faz parte do projeto Alesp Moderna, que visa contribuir com a melhoria da gestão administrativa, permitindo a integração de diversas áreas como Contabilidade, Financeiro, Planejamento Orçamentário, Suprimentos, Almoxarifado e Patrimônio.

Os sistemas implementados contribuirão para o aprimoramento dos controles internos, agilizando a administração.  Outra vantagem é a economicidade e transparência dos processos, o que colabora com a redução de papel impresso e ajuda a identificar gastos desnecessários em longo prazo. 

No último dia 2 de março, representantes da Elotech estiveram presentes na sede da Alesp para apresentação dos fluxos que o sistema auxiliará na gestão. Estiveram presentes deputados e servidores da Casa.

“É uma honra ter a Elotech como parceira na implementação desses sistemas que trarão muitos benefícios para a Assembleia Legislativa e para o estado de São Paulo. Vamos agilizar processos, evitar retrabalho e ter uma base de dados mais confiável e dinâmica”, destaca o diretor do departamento de Finanças da Alesp, Osvaldir Barbosa de Freitas.

“A Alesp, comprometida com a gestão eficiente, buscou no mercado uma ferramenta para otimizar seus processos e trazer maior transparência e integração com as prestações de contas do estado, e felizmente, nós da Elotech fomos premiados com essa parceria estabelecida e não mediremos esforços para transformar o Projeto Alesp Moderna em um case de sucesso nacional”, afirma Leandro Souza, gerente de projetos da Elotech.

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