Segundo especialista da Alura + FIAP Para Empresas, a tecnologia já está consolidada na rotina de muitas organizações, mas utilizá-la corretamente requer estratégias assertivas
De acordo com o Índice Global de Inovação, divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), o Brasil ocupa a 50ª posição no ranking, uma a menos do que a alcançada no ano anterior. Essa oscilação demonstra que as instituições e empresas estão em busca constante de novas formas de inovar com qualidade, sendo que, nos últimos anos, esse objetivo passou a ser pautado principalmente pela Inteligência Artificial (IA).
Segundo Gustavo Torrente, Head of Sales & Technical Solutions da Alura + FIAP Para Empresas, o uso da ferramenta não está relacionado com o seu “hype” recente, mas sim a uma análise crítica, estratégica e que entrega resultados concretos. “A IA não é uma fórmula mágica para todos os problemas, mas sim uma aliada para otimizar processos e gerar valor. Por isso, o caminho para uma implementação bem-sucedida reside em alinhá-la aos objetivos de negócio”, diz.
O especialista também reforça que esse recurso tecnológico deixou de ser um tema futurista para se tornar uma realidade presente em diversas organizações e setores. “O maior desafio é transformar o discurso em prática. Portanto, além de adotar essa tecnologia, as empresas devem construir uma cultura organizacional que estimule a sua experimentação”, complementa.
Dicas para facilitar a implementação da IA
A pesquisa da Data-Makers revela que 8 em cada 10 executivos entrevistados indicam que a IA é uma de suas prioridades. Torrente explica que há algumas ações que podem ajudar esses empresários e empreendedores a otimizar seus investimentos na tecnologia e facilitar a sua implementação.
- Cultura data-driven: sem dados confiáveis, acessíveis e em um formato adequado, a IA não consegue mostrar seu valor. “Uma cultura data-driven ajuda a mensurar o impacto da tecnologia, garantindo que seja usada de modo assertivo”, pontua o especialista.
- Desenvolvimento de Digital Skills: a escassez de profissionais qualificados é um grande obstáculo para inovar com a IA. Torrente ressalta, que o investimento na contratação, formação e retenção de talentos capazes de desenvolver, implementar e gerenciar soluções tecnológicas como essa é indispensável. “No final, as empresas que entendem a importância da capacitação em habilidades digitais conseguem superar tanto os seus próprios desafios quanto às mudanças constantes no mercado.”
- Análise realista de custos: implementar a IA também envolve custos e desafios que vão além da aquisição de softwares. “É crucial considerar a alocação de recursos em infraestrutura tecnológica, adaptação de processos, treinamento da equipe e gestão de mudanças”, acrescenta o especialista.
- Foco na experiência do usuário e na ética: além da demanda pela usabilidade, questões como o viés algorítmico, a privacidade dos dados e a transparência na tomada de decisões exigem uma grande atenção para garantir o uso responsável da IA. “Soluções complexas, pouco intuitivas e que não pautadas em valores éticos não podem ser adotadas”, finaliza Torrente.
- Da automação à autonomia: IA é chave para sustentabilidade na indústria brasileira
- AWS anuncia novos recursos de banco de dados
- Thá Engenharia é vencedora do Prêmio Líderes 2024 como uma das melhores empresas do Paraná
- Lançamentos da indústria recuam 14% em novembro
- Com R$ 380 mi do Fundo Clima, BNDES financia aquisição de 54 ônibus elétricos em Curitiba