Profissões do futuro exigem programadores

“No passado foi o latim, a globalização consagrou o inglês, mas as profissões do futuro exigirão profissionais de todas as áreas alfabetizados em códigos de computador”, alerta Gilson Schwartz, professor da ECA-USP e diretor no Brasil da rede “Games for Change”.

Em parceria com o grupo de pesquisa “Cidade do Conhecimento” da USP, a entidade promove no próximo final de semana, em São Paulo, um ciclo intensivo de oficinas para apoiar professores interessados em programação de computadores.

“O mercado de trabalho para profissionais com habilitação em programação de computadores e de objetos ligados a computadores continuará a crescer com a emergência da internet das coisas, “internet of things”)”, gamification e proliferação de redes sociais. A demanda é crescente por profissionais transmídia para um mercado sujeito a pressões contínuas por inovação tecnológica, em serviços e marcas”, acrescenta Schwartz.

O grupo de pesquisa “Cidade do Conhecimento” promove a capacitação inicial, com prioridade para professores do ensino fundamental e médio, para o que se considera hoje a fronteira da internet, ou seja, o que vai acontecer depois da “web 2.0”.

As ações são realizadas em parceria com laboratórios e departamentos de pesquisa de outras universidades no Brasil e no exterior, empresas e entidades do terceiro setor. Inaugurando o ciclo, no próximo final de semana o teatro Next recebe interessados em criar games para uso em sala de aula ou projeto de aprendizagem.

A iniciativa acontece em parceria com entidades como a Fundação Lemann (ProgramaÊ!), Social Good Brazil (hackaton de inovação social), FazGame (game para criar games), SGI, Ovos e Media Education Lab (MEL).

A parceria da rede “Games for Change” com o grupo de pesquisa “Cidade do Conhecimento” da USP chega ao quarto ano de atividades promovendo também um curso de pós-graduação em jogos e entretenimento digital, parceria com a Universidade de Taubaté (UNITAU) e a feira literária “LIGAÇÃO”, que chega à quinta edição em Taubaté com apoio de empresas credenciadas pelo PROAC (programa de subsídio fiscal a atividades culturais do governo estadual paulista).

“Fenômenos como “gamification”, internet das coisas e imersão em redes sociais tornaram a programação de equipamentos, softwares e redes uma competência essencial para participar do jogo competitivo de mercado assim como para ampliar o impacto das tecnologias em nossas competências coletivas de cooperação, transparência e justiça. É o que se percebe no movimento “maker” e na promoção de games em todas as áreas. Se a educação em todos os níveis, da infância à terceira idade, perder esse momento, ficaremos ainda mais atrasados em todos os rankings mundiais tanto de competitividade quanto de democracia social”, completa Schwartz.

Serviço: Cursos Promovidos pela Games for Change no Brasil

Gelly Jam
Teatro Next, 13 e 14 de setembro
Inscrições: http://www.gamesforchange.org.br/agenda

Conteúdo: Games Conflitos Globais, FazGame e Ludwig, ProgramaÊ!/Fundação Lemann, Hackaton Social Good Brazil, Media Education Lab, lançamento e debates do livro “Brinco, Logo Aprendo – Educação, Videogames e Moralidades Pós-Modernas” (Editora Paulus).

Programa de Pós-Graduação em Jogos e Entretenimento Digital na Iconomia (JEDI)
Universidade de Taubaté, 2 anos
Inscrições: http://www.unitau.br/cursos/pos-graduacao/informatica/jogos-e-entretenimento-digital-na-iconomia-programa-jedi/

Conteúdo: programa interdisciplinar voltado a incubação e aceleração de projetos com foco em jogos e entretenimento digital.

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