Gartner identifica as 10 principais tecnologias para o ensino superior em 2019

O Gartner Inc., líder mundial em pesquisa e aconselhamento para empresas, anuncia quais são as 10 principais tecnologias estratégicas que impactarão o ensino superior em 2019. O Gartner destacou as tecnologias que os Chief Information Officers (CIOs) do setor de ensino superior devem ter em seus radares este ano, especialmente à medida que buscam melhorar sua vantagem competitiva e apoiar os modelos de negócios emergentes.

“As instituições que buscam prosperar no ecossistema de educação em expansão devem aproveitar a tecnologia desde o início para permitir que se tornem mais inovadoras”, diz Glenda Morgan, Diretora Sênior de Pesquisa e Analista do Gartner.

Segundo o Gartner, as 10 principais tecnologias estratégicas que impactam o ensino superior em 2019 são:

Segurança de última geração e gerenciamento de riscos – Há uma ampla variedade de fatores, como aconformidade regulatória global, crescimento do cenário da Internet das Coisas (IoT) e a expansão do portfólio desoftware como serviço (SaaS), que estão começando a forçar as instituições de ensino superior a tratarem de questões de segurança e risco com uma estratégia multidimensional. “A segurança da próxima geração deve oferecer novas abordagens que apoiem os negócios digitais e os objetivos acadêmicos, de pesquisa e de negócios das instituições”, afirma Glenda. “O aluno moderno espera experiências personalizadas sem descontinuidades e, portanto, os objetivos típicos de segurança de confidencialidade, integridade e disponibilidade devem se expandir para incluir privacidade, segurança e confiabilidade à medida que as instituições se tornam mais digitais”.

Interface de Conversação de Inteligência Artificial (IA) – As interfaces de conversação baseadas em Inteligência Artificial são um subconjunto das chamadas Interfaces de Usuário Conversacional, nas quais as interações entre usuário e máquina ocorrem na linguagem natural falada ou escrita do usuário. Essas interfaces colocam a máquina para aprender o que o usuário quer, ao invés de fazer com que os usuários tenham que aprender a utilizar o software. Assim, essas soluções permitem economizar o tempo dos estudantes, aumentando a satisfação dos alunos e estando disponível para uso 24 horas, sete dias por semana. “As Interfaces de Usuário Conversacional deverão ter um crescimento explosivo no ensino superior”, diz Glenda. De acordo com o estudo “2019 CIO Agenda Survey”, a porcentagem de instituições de ensino superior que implantaram ou têm planos de implantar o uso dessas soluções saltou de 18 para 38% em apenas um ano.

 Campus Inteligente – Um campus inteligente é um ambiente físico ou digital no qual as pessoas e os sistemas tecnológicos conseguem interagir para criar experiências imersivas e automatizadas, com serviços que atendam todos os públicos de uma universidade. Iniciativas inteligentes no campus ainda estão nos estágios iniciais, mas tem havido um crescente interesse em instituições de ensino superior. “O campus inteligente impulsionará o crescimento de soluções como as voltadas para a automação de processos robóticos (RPA) e para realidade aumentada e virtual (AR / VR) no ensino superior. A eficiência do campus será aprimorada e o aprendizado dos alunos será enriquecido com os novos recursos que eles trazem. É uma conquista completa, exceto pelas implicações de segurança de dados que vêm com a maioria das iniciativas de tecnologia hoje em dia”, afirma a diretora.

Análise preditiva – A análise preditiva usa dados históricos para reconhecer padrões e avaliar resultados prováveis ​​usando técnicas estatísticas ou de aprendizado de máquina. Eles podem ajudar em tudo, inclusive calcular a demanda dos alunos por um determinado curso ou identificar alunos em risco de reprovar, desistir ou transferir sua matrícula. “A análise preditiva pode ser uma ferramenta particularmente poderosa para os CIOs do setor de ensino superior”, afirma Glenda. “Os céticos podem alegar que os resultados da análise preditiva – como identificar uma possível desistência de um aluno – poderiam ter sido determinados de outra forma, mas seu poder real vem da forma como esses sistemas de análise realizam a previsão avaliando uma série de fatores para solucionar o problema”.

Nudge Tech – O Nudge tech é uma coleção de tecnologias – Nuvem, móvel, social e de dados – que trabalham juntas para obter interação personalizada e rápida com alunos, funcionários e corpo docente, como um lembrete de texto em tempo real (SMS) para a turma. “A ideia por trás de ‘cutucar’ (nudge, em inglês) é que as instituições usem os dados para causar impacto no comportamento, como estabelecer bons hábitos de estudo ou ter tempo para fazer exercícios físicos entre as aulas”, afirma Glenda. “Acima de tudo, o Nudge Tech é um exemplo concreto de como conseguir personalização em escala, o que está se tornando uma vantagem competitiva fundamental em um ecossistema de educação digital e cada vez mais global”.

Tecnologias de Credenciamento Digital – As credenciais digitais são uma evolução natural das credenciais tradicionais para a eliminação de fraudes. A maturidade de tecnologias como o blockchain e a criptografia de dados, e a evolução de sites de redes profissionais estão impulsionando uma mudança na entrega de credenciais de ensino superior. Os alunos, o corpo docente e as instituições de ensino superior das quais fazem parte estão começando a esperar a capacidade de trocar credenciais de forma rápida e gratuita para aprimorar o processo de verificação e recrutamento. “De muitas maneiras, as credenciais emitidas por uma instituição de ensino são a única evidência tangível do ensino superior. Eles devem ser considerados a moeda do ecossistema educacional”, diz a analista. “Essas soluções realmente permitem que as universidades aproveitem a tecnologia para melhorar a experiência do aluno, dando-lhes mais controle sobre suas informações. O único obstáculo é uma falta geral de compreensão das tecnologias de credenciamento digital e aversão ao risco na natureza de alto risco do mercado de ensino superior”.

Plataformas de Integração Híbrida – Instituições educacionais estão adotando cada vez mais aplicativos de negócios baseados em Nuvem, resultando em um portfólio híbrido de sistemas Cloud e local. Além da complexidade dos vários recursos de integração exigidos pela abordagem híbrida, há a presença das ferramentas do gerenciador de relacionamento com o cliente (CRM) e do sistema de gerenciamento de aprendizado (LMS) da instituição de ensino. Uma plataforma de integração híbrida (HIP) aproveita as melhores abordagens de integração em ambientes baseados em Nuvem e no ambiente local e está rapidamente se tornando a estrutura de referência para a infraestrutura de integração da próxima geração.

Software de carreira – A importância do software de carreira está atingindo seu pico global, à medida que as instituições educacionais estão se tornando cada vez mais responsáveis ​​pelos resultados de seus alunos após a graduação. “Historicamente, o software de carreira foi encontrado nos escritórios de escolas profissionais, como negócios ou engenharia, mas estamos vendo as instituições explorarem a opção de implantar uma única ferramenta centrada na carreira no nível corporativo”, diz Glenda. “O mercado de software de carreira é grande e diversificado, por isso as universidades precisam investir tempo nas ferramentas que atendem às suas necessidades e ecossistema específico.”

CRM do ciclo de vida entre alunos – Os CRMs do ciclo de vida dos alunos criam uma visão de 360° em toda a vida dos alunos – incluindo suas principais fases educacionais, começando com o pré-curso e passando pelos status de candidato, inscrito, graduado e ex-aluno. Historicamente, a maioria das implantações de CRM de ensino superior foi impulsionada a partir das necessidades funcionais dos departamentos individuais, sem possibilitar uma visão única do aluno.

Tecnologias de apresentação sem fio – As tecnologias de apresentação sem fio permitem que os usuários projetem material de um computador ou dispositivo móvel em uma tela usando uma rede sem fio, em vez de conexões tradicionais. É provável que as tecnologias de apresentação sem fio se tornem mais importantes, à medida que as instituições de ensino superior avançam para permitir que os alunos e professores possam trazer seus próprios dispositivos (BYOD) e à medida que o uso de tecnologias móveis, como tablets, aumenta.

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