Câmbio atrai empresários interessados no mercado americano

Os Estados Unidos foi o principal parceiro comercial internacional do Paraná em 2005. Com a supervalorização do real, houve queda nas negociações, mas com a alta cotação do dólar, o mercado americano volta a buscar parceiros no Brasil. A Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), por meio de seu Centro Internacional de Negócios (CIN) promoveu um encontro entre representantes do governo dos Estados Unidos – do programa Select USA – e industriais interessados em expandir seus negócios.

O Select USA é o programa criado pelo presidente Barack Obama, há três anos, para facilitar e encorajar investimentos nos Estados Unidos. Atualmente, as empresas brasileiras que operam em território americano são responsáveis por quase US$ 15 bi por ano. Os setores que mais buscaram o país para abrir negócios foram Tecnologia da Informação, Metalmecânico, Aeroespacial, Veículos Automotores e Alimentos. “Antes da crise econômica mundial, de 2008, o setor da Madeira do Paraná exportava para os Estados Unidos 51% de toda a sua produção. Após a desestabilização do mercado americano, passamos a exportar apenas 14% e agora, há uma recuperação do setor, com 28% de vendas para os EUA. Mas sabemos que ainda há muito a ser recuperado”, avaliou o coordenador do conselho Setorial da Indústria da Madeira da Fiep, Paulo Pupo.

“Abrir uma empresa nos Estados Unidos é simples e leva apenas três horas. O importante é identificar como esse mercado funciona, suas demandas e particularidades, para obter sucesso. O Select USA mapeou 63 programas de benefícios e incentivos – federais e estaduais – para os interessados em iniciar uma operação em território americano”, explicou Renato Sabaíne, especialista em serviço comercial dos Estados Unidos.

“O apoio do Select USA inclui uma busca pelo Estado mais adequado para o tipo de negócio que o empresário está interessado em abrir nos EUA”, apontou Andre Leal, especialista comercial para a promoção de investimentos do Consulado Geral dos EUA em São Paulo, lembrando que, anualmente, 25% do PIB brasileiro entra em território americano.

Ao final da apresentação, Leal fez o alerta para quem está em busca dos Estados Unidos apenas por conta do câmbio atual. “Esteja pronto também para vender seu produto quando o dólar custar R$ 2, para não ter que recuar sua operação ou não conseguir cumprir seus compromissos com parceiros americanos”, pediu. “A internacionalização é um processo de expansão de negócios, que merece planejamento sério, atenção e comprometimento”, alertou o gerente de Relações Internacionais e Negócio Exterior do Sistema Fiep, Reinaldo Tockus.

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