Paraná diz basta! Comerciantes fecharão as portas durante meia hora na quarta, dia 13

Na quarta-feira (13/04), uma grande manifestação contra o estado de coisas que aflige o país, em protesto simbolizado pelo fechamento das portas dos estabelecimentos comerciais por meia hora, das 17h às 17h30, será realizada em Curitiba.

Será um ato cívico contra os desmandos na administração pública brasileira, contra a corrupção, o aumento dos impostos, os juros abusivos, a volta da inflação, a falta de ética e pela retomada do crescimento econômico.

A Associação Comercial do Paraná (ACP), “conclama o empresariado curitibano e paranaense a somar-se a este movimento de dimensão nacional, exigindo respostas das instituições em defesa da democracia, da liberdade e da paz social”, disse o presdidente da entidade, Antonio Miguel Espolador Neto.

O PARANÁ DIZ BASTA !

Dia 13/04 – Quarta-feira, das 17h às 17h30

ACP – Associação Comercial do Paraná
Fiep – Federação das Indústrias do Estado do Paraná
Fecomércio – Federação do Comércio do Paraná
Faep – Federação da Agricultura do Paraná
Fetranspar – Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná
Faciap – Federação das Associações Comerciais E Empresariais do Paraná
IDL – Instituto Democracia e Liberdade
Movimento Pró-Paraná
Fecopar (Federação dos Contabilistas do Paraná)
Sescap – (Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis e das Empresas de Assessoramento, Perícias, Informações e Pesquisas no Estado do Paraná)
Movimento Mais Brasil – Eu Acredito
Federação dos Hospitais do Paraná
Associação dos Hospitais do Paraná

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Fiep: Campagnolo considera queda no PIB catastrófica e cobra responsabilidade da classe política

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, classificou como catastrófica a queda no desempenho econômico brasileiro registrada em 2015 e cobrou responsabilidade da classe política para reversão do quadro recessivo do país. Nesta quinta-feira (3), o IBGE divulgou que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, medida de todas as riquezas produzidas no país, teve retração de 3,8% no ano passado, em relação a 2014, totalizando R$ 5,9 trilhões. Foi a pior queda em toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 1996.

“O resultado é catastrófico para o Brasil e vai deteriorar ainda mais nosso cenário econômico. Com as dificuldades para se retomar a confiança do setor produtivo e dos investidores, a tendência é que questões como a do desemprego fiquem ainda piores”, afirmou Campagnolo. Ele demonstrou especial preocupação com o desempenho da indústria em 2015. Segundo o IBGE, o setor teve retração de 6,2% em relação a 2014.

Para o presidente do Sistema Fiep, a classe política deve ser responsabilizada pela crise econômica atravessada pelo país, refletida no resultado do PIB de 2015. “Há uma passividade e um adormecimento de toda a classe política, desde a presidência da República, passando pelo Congresso Nacional e chegando até os Estados. Parece que hoje ninguém está preocupado com o que estamos presenciando em nossa economia. Não vemos partidos políticos, tanto da base do governo quanto da oposição, apontando soluções para que essa recessão possa ser revertida em curto, médio ou longo prazo”, declarou.

Campagnolo disse considerar também que o esforço para retomada da confiança na economia brasileira passa pelo equilíbrio das contas públicas, o que deve envolver todos os poderes. “Com a queda na atividade econômica e, consequentemente, na arrecadação pública, é necessário que Executivo, Legislativo e Judiciário ajustem suas despesas à realidade atual do país”, afirmou.

O presidente do Sistema Fiep considera essencial também uma maior participação da sociedade nas discussões sobre os rumos do Brasil. “É urgente que entidades da sociedade civil e todas as pessoas de bem realizem um esforço para que as medidas para superação desta crise sejam efetivamente adotadas. Sem a participação de pessoas que entendam realmente o que é a economia de um país, dificilmente encontraremos saídas”, concluiu.

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Empresas de Taiwan vêm ao Paraná

Faltando pouco menos de 15 dias para a Rodada de Negócios que reunirá empresas do Paraná e de Taiwan, cria-se a expectativa da realização de boas parcerias. Organizada pela Taiwan Trade Center – Taitra (organização semigovernamental de promoção comercial e de investimentos de Taiwan), com apoio do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e da Fiep, a missão comercial de Taiwan desembarca no estado em busca de importadores, distribuidores, representantes e parceiros comerciais para joint-ventures. O evento gratuito ocorre no dia 17 de março de 2016 (quinta-feira), no Hotel Four Points by Sheraton, na cidade de Curitiba.

Entre as autoridades confirmadas para o evento, está o embaixador de Taiwan no Brasil, Isaac M. H. Tsai. Segundo ele, a economia brasileira e taiwanesa são altamente complementares, com potencial de compartilharem o desenvolvimento nos setores tecnológico, turístico, industrial, agrícola, energético, ambiental, acadêmico, cultural, social e desportivo. “Ambos os países poderão estabelecer parcerias estratégicas, com a finalidade de estreitar, ainda mais, as relações bilaterais substanciais, beneficiando os dois povos”, colocou.

Outra presença confirmada, o diretor-executivo do Taitra, Chiu Hui-Li, acredita que o estado do Paraná é um importante parceiro comercial de Taiwan pela complementariedade dos produtos importados e exportados nos últimos anos. “Fabricantes taiwaneses já escolheram o Paraná para a realização de investimentos, com resultados positivos. Esses investimentos de sucesso têm atraído outras empresas de Taiwan”, coloca. “Graças às boas relações comerciais, tanto em nível de governo quanto de indústria e comércio, estamos levando ao estado a primeira missão comercial de Taiwan, que abrangerá principalmente os setores de eletrônicos, informática, telecomunicações e autopeças.”

Sobre Taiwan

Taiwan abrange aproximadamente 36 mil quilômetros quadrados e possui população superior a 23 milhões. Com um parque industrial altamente tecnológico e elevada produtividade, permitindo a redução dos custos, o país tornou-se o segundo maior fabricante mundial de dispositivos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Os produtos fabricados em Taiwan ocupam mais de 70% do mercado global em semicondutores, produtos óticos, informáticos, comunicação e outros produtos de TIC.

As indústrias taiwanesas, como forma de logística e de expansão, vêm se instalando em diversos países. Nos últimos anos, vários empresários taiwaneses investiram em solo brasileiro, como as empresas Cal-Comp., Asus, Acer, D-Link, Foxconn , Gigabyte Tecnology e ADATA. Segundo estatísticas oficiais do governo taiwanês, até o final de 2015, Taiwan somou valor superior a R$130 milhões em investimentos diretos no Brasil.

Inscrição

Para participar da Rodada de Negócios é preciso preencher ficha de inscrição on-line (taitra1.typeform.com/to/ADXdep), indicando o período de preferência (manhã ou tarde) e as empresas com as quais deseja se reunir. Confira abaixo as empresas taiwanesas participantes.

Serviço:

Rodada de Negócios com empresas de Taiwan
Data: 17/03, das 10h às 17h
Local: Hotel Four Points by Sheraton (Av. Sete de Setembro, 4211 – Batel, Curitiba – PR)
Inscrições gratuitas: taitra1.typeform.com/to/ADXdep
Informações: (11) 3283-1811 / ttcbsp@taitra.org.tw

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Intenção de Consumo do paranaense mantem-se negativa, mas acima da média nacional

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A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou mais uma queda no Paraná, ao passar de 91,1 pontos em janeiro para 90,6 pontos em fevereiro. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio PR). Na comparação com fevereiro de 2015, quando era de 127,6 pontos, a redução chega a 29%. Os quesitos acesso ao crédito, nível de consumo atual e perspectiva de consumo são os fatores mais críticos e têm puxado o indicador para baixo.

Mesmo assim, a ICF paranaense está acima da média nacional, que marca 78,7 pontos em fevereiro. Ambos os indicadores permanecem em um nível abaixo de 100 pontos, ou seja, abaixo da zona de indiferença, o que representa uma percepção de insegurança e insatisfação com a situação econômica atual, extremamente desmotivadora para o consumo.

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Emprego

Para boa parte dos participantes (47,1%), a situação atual no emprego está semelhante ao ano passado, enquanto 33,5% estão mais seguros sobre o trabalho e 16,9% sentem-se menos seguros. De acordo a pesquisa, a insegurança é mais acentuada entre as famílias com renda de até dez salários mínimos, em que 32,4% acreditam estar mais seguras em relação ao emprego, ante 38,5% nas classes A e B.

Quanto à perspectiva profissional, 46,3% dos entrevistados possuem percepção negativa, enquanto 40% esperam uma promoção ou aumento salarial nos próximos seis meses. Novamente, as famílias com renda até dez salários mínimos estão menos otimistas sobre algum tipo de melhora no emprego, com 39,3%, opinião compartilhada por 43,2% das famílias com renda acima de dez salários.

Situação da renda e acesso ao crédito

Apesar de tudo, a situação da renda atual é considerada melhor para 66,5% dos consumidores em comparação ao mesmo período de 2015.

Porém, o acesso ao crédito está mais difícil para 50,5% dos paranaenses. Somente para 23,5% ficou mais fácil conseguir um empréstimo, o que representa redução de 8,28% na variação mensal e de 42,7% na variação anual.

Consumo

A maioria das famílias (57,1%) estão comprando menos do que no mesmo período do ano passado. O percentual daqueles que está comprando mais representa 18,8% e os que continuam gastando da mesma forma correspondem a 24,1%. Houve melhora de 8,65% neste quesito ante janeiro, mas na comparação com fevereiro de 2015, a redução chega a 42,5%.

Diante do cenário econômico e político brasileiro, 82% dos paranaenses planejam gastar menos; apenas 10,4% devem consumir mais e 7,4% têm perspectiva de manter o mesmo nível de consumo. Este quesito teve uma das reduções mais expressivas, com baixa de 70,1% nos últimos 12 meses. A perspectiva de consumo é menor entre as classes C, D e E, com 82,7% planejando conter os gastos. Já entre as famílias com renda superior a dez salários mínimos, 78,7% pretendem consumir menos do que no ano passado.

Para 50,7% das famílias, este ainda é um bom momento para a aquisição de bens duráveis. Em fevereiro do ano passado esse percentual era de 69,1%. Essa situação representa a falta de capacidade ou coragem do consumidor para se endividar, visto que os bens duráveis são produtos de valores mais expressivos e em geral necessitam de crédito para facilitar sua aquisição.

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Governo publica decreto que altera poligonal dos portos do Paraná

Foi publicado nesta sexta-feira (12), no Diário Oficial da União, o decreto do governo federal que altera o traçado da chamada poligonal dos Portos de Paranaguá e Antonina – uma linha imaginária que delimita a abrangência do porto público. Com a modificação, inúmeras áreas deixam de fazer parte do limite de atuação do porto, abrindo a possibilidade de ampliação da base portuária paranaense por meio de investimentos privados, que podem chegar a R$ 8 bilhões. A alteração foi comemorada pelo G7, grupo que reúne as principais entidades representativas do setor produtivo do Estado, que considera que os investimentos representarão reduções significativas nos custos logísticos para as empresas e possibilitarão maior desenvolvimento ao litoral do Paraná.

“É uma vitória do setor produtivo paranaense, que nos últimos anos mostrou união e se empenhou na articulação junto ao governo federal para que a poligonal fosse alterada”, afirma Edson Campagnolo, presidente da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) e atual coordenador do G7. Ele lembra que, entre outras ações nesse esforço, as entidades enviaram ofícios para os órgãos responsáveis pela gestão portuária brasileira, reuniram-se com ministros e parlamentares e realizaram diversos encontros técnicos para debater o assunto.

Campagnolo explica que a alteração da poligonal deve destravar vários projetos já existentes para a implantação de Terminais de Uso Privado (TUPs) no litoral paranaense. “Esses terminais serão construídos por grupos privados, que até agora não podiam tirar os projetos do papel porque as áreas estavam dentro da poligonal do porto público. Com o decreto, resolve-se esse impasse”, diz. O G7 estima que, hoje, existam pelo menos quatro grandes projetos para a implantação de TUPs em Paranaguá e Pontal do Paraná, com previsão de investimentos de aproximadamente R$ 8 bilhões e geração de 4 mil empregos diretos.

“Esses empreendimentos são fundamentais para atender o crescimento da demanda do setor produtivo e trarão maior concorrência na área portuária, resultando em redução de custos logísticos dos produtos paranaenses”, afirma Campagnolo. “E tão importante quanto a maior competitividade que eles trarão para as empresas é o desenvolvimento que possibilitarão ao litoral do Estado, com aumento da geração de empregos, renda e arrecadação”, completa o coordenador do G7.

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Varejo do Paraná fecha 2015 com queda de 8,79%

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O varejo paranaense fechou com queda de 8,79% em 2015. Nem mesmo a alta de 19,36% nas vendas de dezembro na comparação com novembro conseguiu alavancar o desempenho do comércio. Isso porque esse foi o pior Natal dos últimos sete anos, com faturamento 12,58% menor do que em dezembro de 2014. Os dados são da Pesquisa Conjuntural elaborada mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR).

Os únicos setores que obtiveram resultado positivo no ano passado foram os supermercados e as livrarias e papelarias, com aumento de 6,82% e 4,86%, respectivamente. Os demais ramos amargaram perdas. As quedas mais expressivas foram registradas pelas concessionárias de veículos (-26,58%), autopeças (-17,31%) e lojas de departamentos (-13,38%).

O quadro funcional sofreu redução em 2015, felizmente não na mesma proporção da queda no faturamento, e foi 2,54% menor do que em 2014. Os dados relativos à folha de pagamento mostram que praticamente não houve alteração nos salários dos trabalhadores do comércio, que tiveram leve baixa de 0,37% no acumulado do ano. Como reflexo, os lojistas contiveram as compras para formação de estoques em 11,32%.

Natal

Tradicionalmente, as vendas de dezembro são superiores às de novembro, o que ocorreu mesmo com a crise, gerando alta de 19,55%. Os setores que mais se beneficiaram com esta época do ano foram o de calçados (108,71%), vestuário e tecidos (72,02%), lojas de departamentos (49,47%) e as livrarias e papelarias (45,47%). Os bons resultados ocorreram porque além das vendas de Natal, muitos lojistas aproveitaram para fazer promoções, que alavancaram ainda mais as vendas. Para dar conta do movimento extra, as empresas optaram

por estimular e aproveitar ao máximo seu próprio quadro funcional, o que resultou em contenção de 8,12% na contratação de temporários na comparação com dezembro de 2014.

Análise regional

O desempenho do comércio no acumulado do ano foi negativo em todas as regiões pesquisadas pela Fecomércio PR. Maringá teve a menor queda, com -1,02%. Na sequência ficou Ponta Grossa (-5,4%), região Oeste (-6,5%), Sudoeste (-9,07%), Londrina (-10,06%), Curitiba e Região Metropolitana (-10,45).

A região Oeste teve um Natal com baixa de 4,19% em comparação com dezembro de 2014. Nas demais regiões, as vendas de dezembro foram de -17% em Londrina; -14,59% em Curitiba e Região Metropolitana; -12,52% no Sudoeste; -8,4% em Ponta Grossa e -3,81% em Maringá.

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Inscrições abertas para cursos de pós-graduação da Faculdade da Indústria IEL

Vagas são para as cidades de Curitiba, São José do Pinhais, Londrina, Campo Largo, Paranavaí e Maringá

A Escola de Negócios da Faculdade da Indústria IEL está com matrículas abertas para cursos de pós- graduação. São vagas para diversas áreas, entre elas, direito, gestão estratégica, planejamento, recursos humanos, controladoria e finanças.

Em Curitiba, a instituição oferece os seguintes cursos: MBA em Planejamento e Gestão Estratégica; MBA em Gestão Estratégica de RH e Talentos, MBA Executivo em Controladoria e Finanças e LLM Direito Empresarial Aplicado. Além dessas especializações, a instituição também oferta em São José dos Pinhais o MBA em Gestão de Pessoas no Ambiente Fabril e o MBA em Gestão Industrial, sendo este último direcionado para micro e pequenas empresas.

Em Campo Largo e Paranavaí, as inscrições estão abertas para o MBA em Liderança Estratégica Organizacional e de Talentos. Já em Maringá e Londrina, os cursos são: MBA em Gestão Estratégica em RH e Talentos e MBA em Planejamento e Gestão Estratégica.

As inscrições podem ser feitas no site www.faculdadedaindustriaiel.com.br. Mais informações no e-mail escoladenegocios@ielpr.org.br ou pelos telefones (41) 3271 – 7956 ou 3271 – 7965.

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Número de empresas cresceu 12% no Paraná em 2015

Programa Empresa Fácil Paraná.
Programa Empresa Fácil Paraná.

Mesmo com a crise econômica brasileira, o número de empresas ativas no Paraná cresceu em 2015. O Estado encerrou o ano com 1,072 milhão de empresas ativas, 12% mais do que em 2014. O número representou 6,9% do total de empresas no País, com 16,38 milhões.

Das empresas ativas no Paraná, 94% são pequenas e microempresas. Os dados são do Empresômetro, plataforma desenvolvida pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e a Secretaria da Micro e Pequena Empresa (SMPE) em parceria com o Instituto de Planejamento e Tributação (IBPT).

“O resultado foi no contrafluxo da crise. Claro que o Paraná não é uma ilha, mas esses números mostram um dinamismo um pouco maior da economia paranaense do que a média nacional”, diz o presidente da Junta Comercial do Paraná (Jucepar), Ardisson Akel.

O avanço foi puxado principalmente pelos trabalhadores que abriram seus negócios por conta própria. O número de microempreendedores individuais (MEI) teve crescimento de 31%, com evolução de 233,2 mil, em 2014, para 307,2 mil em 2015 no Paraná. Criada em 2009, a figura do MEI abrange autônomos que ganham até R$ 60 mil por ano e que contam com tributação simplificada.

De acordo com Akel, o avanço do trabalhador por conta própria segue a tendência de terceirização de serviços nas empresas. “É o caso da costureira, que trabalha como autônoma e faz a montagem das peças de roupas para várias fábricas” diz.

A crise também tem impulsionado uma mudança no mercado de trabalho. Para reduzir encargos, empresas estão optando pela contratação do profissional autônomo ao invés do empregado com carteira assinada, de acordo com Francisco José Gouveia de Castro, diretor do centro estadual de estatística do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico Social). “Isso ajuda a explicar também o crescimento do número de microempreendedores individuais”, diz.

Em tempos ruins para economia, o empreendedorismo costuma crescer. “Pessoas que são demitidas usam o dinheiro da rescisão e do FGTS para colocar o sonho de ser o dono do próprio negócio em prática. E o Paraná incentiva o empreendedorismo, por meio de maior facilidade para abertura de empresas na Junta Comercial e também por meio de financiamento da Fomento Paraná”, diz Akel.

SETORES – Construção civil, comércio e serviços foram destaque na abertura de pequenas e microempresas em 2015 no Estado, de acordo com o levantamento da CNC (Confederação Nacional do Comércio).

O número de empresas que atuam em obras de alvenaria cresceu 31% na comparação com 2014, para 27.126 em 2015. A quantidade de cabeleireiros, por sua vez, aumentou 27%, para 24.654; de prestadores de serviços de pintura de edifícios aumentou 22%, para 11.727; de empresas de instalação e manutenção elétrica registrou crescimento de 21%, para 11.302 e de lojas de cosméticos e perfumaria de 19%, para 9.057. O número de lojas de vestuário e acessórios teve incremento de 13%, para 69.387.

Entre as cinco maiores cidades do Estado, Curitiba registrou um aumento de 10,92% no número de empresas ativas; Londrina (11,4%), Maringá (12,25%), Ponta Grossa (10,47%), Cascavel (10,92%).

MENOS BUROCRACIA – O crescimento de 2015 também reflete a desburocratização do processo de abertura de empresas. Desde o ano passado, constituições e alterações passaram a ser feitos exclusivamente pelo programa Empresa Fácil Paraná, previsto em resolução do governo federal, que integrou as informações entre os vários agentes envolvidos nas licenças.

A vantagem é que o empresário, ou o seu contador, não precisa mais se dirigir a diferentes órgãos e secretarias, já que o programa torna a Jucepar porta única de entrada de informações para o registro empresarial.

“O empresário faz um registro na Junta, que compartilha os dados. Já há integração com a esfera federal e já temos convênio com 205 prefeituras. A nossa expectativa é fazer a integração com Curitiba nesse ano”, afirma Akel. Com o Empresa Fácil o tempo para abrir uma empresa, com toda a documentação necessária em ordem, pode ser reduzido para até cinco dias.

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Vendas do varejo caem em todas as regiões do Paraná

As vendas do varejo apresentaram queda de -17,78% em novembro na comparação com o mesmo mês de 2014 segundo a Pesquisa Conjuntural da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomércio PR). Essa baixa fez os empresários reduzirem as compras de estoques em -21,35% e tivessem que readequar o quadro funcional, que teve queda de -6,72%.
Na comparação com outubro houve diminuição de -2,27% nas vendas do comércio. E no acumulado de janeiro a novembro a retração chegou a -8,23%.

Apesar do cenário de queda generalizada no faturamento em todas as regiões do Estado, Maringá apresentou o resultado menos desfavorável em novembro, com redução de -3,5% ante o mesmo mês de 2014. O mercado imobiliário da região puxou as vendas dos setores de materiais de construção, que teve alta de 18,95%, e de móveis, decorações e utilidades domésticas, com elevação de 13,33% no movimento. Em Maringá, também tiveram bom resultado os ramos de vestuário e tecidos (13,79%) e autopeças (5,75%).
As demais regiões registraram baixas superiores a dois dígitos na maioria dos setores: Londrina (-23,86%), Sudoeste (-20,64%), Curitiba e Região Metropolitana (-18,63%), Ponta Grossa (-10,82%) e região Oeste (-14,3%).

Na análise setorial, poucos setores tiveram aumento das vendas. Na soma estadual, apenas os supermercados ficaram no positivo, com alta de 1,6%. Vestuário e tecidos também manteve alta em algumas regiões como Oeste, Maringá, Ponta Grossa e Sudoeste.

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Veja o desempenho das vendas por setor em http://www.fecomerciopr.com.br/sala-de-imprensa/noticia/vendas-do-varejo-caem-em-todas-as-regioes-do-parana/

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Crise afetou em cheio intenção de consumo dos paranaenses em 2015

A instabilidade econômica e política afetou em cheio a propensão dos paranaenses em consumir. A média anual da Intenção de Consumo das Famílias (ICF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços de Turismo (CNC) e pela Federação do Comércio de Bens, Serviços de Turismo do Paraná (Fecomércio PR), fechou 2015 em 106,25 pontos. No entanto, em 2014, essa média era de 137,07.

Nem mesmo o Natal foi capaz de animar os consumidores. A intenção de consumo das famílias ficou em 92,4 pontos em dezembro, a mais baixa em seis anos de pesquisa. Em 2014, o indicador era de 133,2 pontos, o que representa uma queda de 30% em doze meses.

Emprego

A situação no emprego atual foi definida como mais segura para 35,6% das famílias no mês de dezembro. No mesmo período de 2014, esse percentual abrangia 50,5% dos entrevistados. Com relação à perspectiva profissional, 38,7% esperam uma melhora, seja uma promoção ou aumento salarial nos próximos seis meses. No mesmo mês do ano anterior esse índice era 45,1%. Os que se declararam menos seguros com relação ao emprego somam 18,4%. Em 2014, a insegurança no trabalho era relatada por apenas 10,8%.

Situação de Renda

Apesar de tudo, a situação da renda foi considerada melhor por 64,6% dos consumidores em comparação ao mesmo período de 2014. Para as famílias com renda de até dez salários mínimos, o percentual foi 64,1%. Nas classes de maior renda, 67,3% disseram que a situação financeira era mais favorável. Por outro lado, 13,4% afirmaram que os rendimentos pioraram, mas em dezembro de 2014 essa opinião era partilhada por apenas 6% dos paranaenses.

Acesso a crédito

Em dezembro, o acesso ao crédito estava mais restrito na opinião dos consumidores. Apenas 29,9% das famílias afirmaram que estava mais fácil conseguir um financiamento ou empréstimo, bem diferente do mesmo período do ano anterior, quando esse percentual era de 58,1%.

Consumo atual

A maioria das famílias, 60,6%, disse estar comprando menos, enquanto outros 19,9% estariam comprando mais e 19,4% não mudaram seus padrões de consumo. Porém, em dezembro de 2014 os que estavam consumindo mais representavam 43,8% da população.

Momento para Consumo de Bens duráveis

Para 56,6% das famílias este ainda é um bom momento para a aquisição de bens duráveis, como eletrodomésticos, televisores e som. No entanto, em dezembro do ano anterior, esse percentual era de 71,3%.

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Sondagem Industrial da FIEP mostra que empresários estão pessimistas em relação a 2016

A expectativa dos industriais de empresas paranaenses para 2016 é extremamente baixa. Mais da metade deles (54,03%) está pessimista para o próximo ano. O indicador favorável (32,89%) é o menor desde 1996 e, pela primeira vez, está abaixo dos 50%. Os dados são da XX Sondagem Industrial, realizada anualmente pela Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) em parceria com o Sebrae.

Fatores que contribuem, de acordo com o superintendente da Fiep Reinaldo Tockus, para a diminuição da expectativa são: “aumento da dívida interna que superou os R$ 2,5 trilhões em outubro; o crescente endividamento externo, que superou os US$ 350 bilhões, contraído em grande medida para fomento ao consumo interno e não para realização de investimentos”, aponta.

Além disso, segundo ele, a taxa de investimentos atingiu apenas 18,1% do PIB e a de poupança 15%, no terceiro trimestre deste ano. “Junte-se a isso, a queda do PIB de 3,2% nos primeiros três trimestres, o rebaixamento e perda do grau de investimento do Brasil, a inflação acima de 10% e a instabilidade política”, são fatores que contribuíram para o cenário.

Carga tributária é maior vilã

O empresariado paranaense aponta vários empecilhos para enfrentar a concorrência no mercado interno: a carga tributária elevada continua sendo a campeã, com 78,19%; seguida dos encargos sociais elevados com 66,78%. Além disso, dificultam o bom andamento das indústrias, o custo financeiro elevado com 55,70%, custo elevado de fabricação (40,27%), elevados custos de distribuição (35,91%), e mão de obra não qualificada (24,83%).

Competitividade

Dentre as estratégias das empresas em relação à concorrência nacional e internacional, 65,44% optarão por enxugar custos e 49,66% apostam na qualificação de pessoal.

Os empresários investirão em 2016 em melhoria de processo (31,54%), em desenvolvimento de produtos (31,54%) e em aumentos de produtividade (27,18%), com o objetivo de recompor o nível de produtividade.

Produtividade e capacitação

Para 43,96% dos industriais paranaenses, os aumentos de produtividade em 2015 têm origem no melhor gerenciamento de pessoal e na modernização tecnológica (41,61%). Os investimentos em modernização tecnológica estão vinculados quase sempre à utilização de máquinas e equipamentos modernos (63,09%) e são reflexo da continuidade de melhoria de produtividade e na expansão do mercado doméstico.

Os industriais paranaenses (46,31%) dizem ser de extrema importância ampliar a educação de seus funcionários. As empresas dedicam 28,96 horas em média por funcionário no ano em treinamento para absorção de novas tecnologias (78,86%). Destas, 31,90 horas, na área operacional, 28,81 na administrativa e 41,01 na gerencial. As formas para treinamento mais utilizadas são treinamento no próprio trabalho (31,04%), cursos Internos (28,32%) e Senai, Senac, Sesi, Sesc, Sebrae, etc. (26,24%).

Infraestrutura

Apenas os aeroportos continuam sendo avaliados positivamente por maioria relativa. Ferrovias, rodovias, telefonia, energia elétrica e infraestrutura urbana foram reprovados e os portos tiveram avaliação neutra.

Tecnológica e inovação

Parte das indústrias (39,18%) tem pesquisa e desenvolvimento próprios, 13,15% absorvem tecnologia do Brasil e 13,7% utilizam tecnologia do exterior e outras 9,86% recorrem a universidades em busca de conhecimentos, parcerias, novas tecnologias ou inovações.

Boa parte (77,14%) das empresas paranaenses atribui a responsabilidade pela gestão da Inovação a uma pessoa ou grupo de pessoas. A maior parte das indústrias executa os processos de gestão da inovação: planejamento estratégico tecnológico (29,87), gestão da propriedade intelectual/industrial (24,83%), prospecção tecnológica/monitoramento (26,51%), gestão de projetos de P&D (28,52%) e gestão de normas e regulamentos técnicos (25,17%).

Estratégias e investimentos

A estratégia de maior importância para 2016 foi, pela sexta vez consecutiva, a satisfação dos clientes, apontada por 51,34% dos entrevistados. E o desenvolvimento de novos negócios aparece com 51,34%.

Entre as estratégias para aumento de produtividade estão: o aumento da qualidade (42,01%) voltou a ser o maior benefício, seguido de redução de custos (39,94%) e obtenção de vantagem competitiva (18,05%).

A informação é utilizada como estratégia competitiva da empresa por 92,73% dos industriais, sendo que 57,14% selecionam, sistematizam e analisam dentro da empresa.

Em relação aos seus fornecedores, foram citadas as seguintes estratégias: estabelecer parcerias (53,02%), diversificar fornecedores (42,62%) e qualificar fornecedores (38,59%).

As fontes dos recursos financeiros para realizar investimentos são majoritariamente recursos próprios (61,07%).

Sobre a pesquisa

A pesquisa de Sondagem Industrial é realizada pela Fiep em parceria com o Sebrae. Nesta edição, participaram 371 de todas as regiões do Estado e de todos os portes.

O questionário englobou seis áreas de interesse: assuntos internacionais; produtividade; competitividade; estratégias de maior importância, de venda e de compra; qualidade; infraestrutura e meio ambiente; sendo a maior parte das 36 questões formuladas em perguntas fechadas.

Serviço:

XX Sondagem Industrial: http://www.fiepr.org.br/para-empresas/estudos-economicos/uploadAddress/sondagem201516_ok_site[66937].pdf

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Brasil precisa solucionar crise política para retomar crescimento econômico, diz Campagnolo, presidente da Fiep

O presidente do Sistema Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Edson Campagnolo, cobra uma solução definitiva para crise política que vem paralisando o país e tem comprometido excessivamente a economia brasileira. Para ele, o processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, aberto nesta quarta-feira (2) pelo presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, deve ser analisado com responsabilidade, mas da maneira mais rápida possível para que o país possa colocar em pauta uma agenda de retomada do crescimento.

Na opinião de Campagnolo, os componentes que envolvem o processo de impeachment são extremamente delicados. “Temos de um lado, acatando o pedido de impeachment, um presidente da Câmara contra quem pesam fortes indícios de que possui milhões de dólares em contas na Suíça. E, de outro, uma presidente acusada de várias irregularidades administrativas”, afirma. “A solução para esse impasse não é fácil e exige muita responsabilidade, mas é preciso que seja encontrada rapidamente. A grave crise política atravessada pelo país impede a implantação de uma agenda para a retomada do crescimento e vem influenciando diretamente na retração da nossa economia”, completa.

Campagnolo cita os resultados do PIB brasileiro no terceiro trimestre de 2015, divulgados nesta semana, como exemplo da influência da crise política sobre a economia. No período, o PIB recuou 1,7% em relação ao trimestre anterior. Já no acumulado do ano, tem queda de 3,2%. “Não é possível que nossa classe política, ao ver os indicadores econômicos se deteriorando com essa intensidade, não pense no futuro do país”, diz. “O poder Executivo tem grande parcela de culpa por não conseguir se articular politicamente e por não adotar medidas concretas para o corte de suas despesas. E o Legislativo parece envolto em um jogo de interesses políticos e partidários, deixando de lado a discussão de reformas e medidas estruturantes que garantam a recuperação do país e seu desenvolvimento em longo prazo”, acrescenta.

O presidente do Sistema Fiep reitera, ainda, que o momento exige mobilização de toda a sociedade. “As forças organizadas da sociedade precisam se unir para cobrar uma solução definitiva para esse impasse político que vem paralisando o país. Se não fizermos isso com urgência, continuaremos despencando em um poço que parece não ter fundo”, conclui.

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