AHK Paraná: empresas alemãs avaliam o ano que passou e comentam o que esperam para 2017

“Adotamos algumas medidas ao longo do ano para driblar o cenário econômico desfavorável, como: aumento da eficiência de produtividade, redução de custos e de perdas, abertura de novos mercados, expansão regional. O segredo foi olhar para dentro da companhia a fim de diminuir os custos e se ajustar conforme o mercado. O fato é que 2016 não foi um ano para ser lembrado na história, mas seguimos com otimismo”, o relato do conselheiro da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha (AHK Paraná) e diretor-presidente da Bardusch, Andreas Göhringer, reflete o cenário de muitas indústrias alemãs instaladas no Paraná e como elas procederam em um ano de recessão, marcado pela crise financeira e política.

Segundo o diretor-presidente da Bardusch – empresa que atua no setor de limpeza e lavanderia industrial – para o próximo ano, as metas não são altas, pois a instabilidade e insegurança do momento não dão a certeza de que 2017 será um ano retomada. “Acreditamos que deve ser algo parecido com 2016”, comenta.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) espera que o país cresça somente 0,5% em 2017, a metade do esperado pelo governo, que projeta uma alta de 1%.

Na visão de Emerson Nogueira, que também atua no conselho da AHK Paraná e é diretor da OKE da Brasil, empresa fornecedora de componentes plásticos para os setores automobilístico e moveleiro, a partir de agora, espera-se uma estabilização do segmento automobilístico. Ele conta que, embora 2016 tenha sido um ano difícil para esse segmento, a OKE obteve um crescimento de 20%.

“Para 2017, temos vários projetos em vista e continuaremos apostando na inovação. Além disso, entraremos com novos produtos lançados na Alemanha para outros mercados, a fim de nos diferenciarmos e para encontrar novas oportunidades”, relata Nogueira.

Mesmo mais cautelosos, Göhringer e Nogueira procuram manter o otimismo assim como 55,11% das companhias industriais paranaenses de todos os tamanhos e regiões do Estado. As informações são da sondagem industrial 2016/2017 feita pela FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) com a participação de 397 empresas.

Planejar é preciso

As ações preventivas foram um colete salva-vidas para a Kleiberit, companhia do segmento de adesivos e vernizes. “Foi fundamental ter feito um planejamento antecipado, já tínhamos um roteiro a seguir tanto em investimentos como em plano de futuro e definição de objetivos”, expõe Emilio Abelenda, conselheiro da AHK Paraná e diretor-executivo da Kleiberit.

Segundo Abelenda, mesmo que de forma mais lenta, há uma expectativa de crescimento para a companhia em 2017. “A experiência que tivemos na Europa com a crise, nos dá força para aproveitar as oportunidades que o momento oferece”, finaliza.

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