China Merchants Port adquire participação de 90% do Terminal de Contêineres de Paranaguá

A China Merchants Port Holdings Company Limited (“CMPort”), a Advent International (“Advent”) e os acionistas fundadores da TCP Participações (“TCP”), anunciaram hoje a assinatura de um contrato vinculante pelo qual a CMPort comprará 90% da TCP – empresa que opera o Terminal de Contêineres de Paranaguá (um dos maiores terminais de contêineres da América do Sul) e a empresa de serviços logísticos TCP Log – por aproximadamente R$ 2,9 bilhões (US$ 925 milhões).

Pelo acordo, a CMPort comprará 50% das ações da TCP que pertencem à Advent International e 40% das ações da empresa que pertencem aos acionistas fundadores da TCP – Galigrain S.A. (“Galigrain”), Grup Maritim TCB S.L. (“TCB”), Pattac Empreendimentos e Participações S.A. (“Pattac”), Soifer Participações Societárias S.A. (“Soifer”) e TUC Participações Portuárias S.A. (“TUC”). Advent, Galigrain e TCB venderão a totalidade de suas ações, enquanto Pattac, Soifer e TUC manterão, juntas, 10% do capital da empresa.

A transação envolvendo a TCP – empresa avaliada em aproximadamente R$ 3,2 bilhões (US$ 1 bilhão), é uma das maiores já realizadas no setor de terminais de contêineres na América Latina e o primeiro investimento da CMPort na região. A conclusão da operação, prevista para acontecer até o fim de 2017, está sujeita a condições precedentes usuais para esse tipo de negócio, incluindo a aprovação regulatória e por parte do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE).

Com uma capacidade anual de 1,5 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) e iniciando uma expansão que elevará sua capacidade para 2,4 milhões de TEUs/ano até 2019, a TCP opera, em regime de concessão, um dos maiores terminais de contêineres do Brasil. Localizado no Porto de Paranaguá (PR), o terminal operado pela TCP se destaca como um dos mais importantes hubs para a movimentação de cargas para exportação e importação do Brasil, movimentando aproximadamente 10% do total de contêineres no país. Entre os produtos movimentados pela TCP estão carnes congeladas (segmento em que a TCP é líder de mercado), madeira, componentes para a indústria automotiva, químicos e equipamentos eletrônicos. Além do terminal de contêineres, a TCP também atua, por meio de sua subsidiária TCP Log, na logística porta-a-porto de contêineres, provendo uma solução completa e integrada para seus clientes importadores, exportadores e para as maiores empresas de navegação do mundo.

A CMPort é uma das maiores operadoras globais de terminais de contêineres, com movimentação total de mais de 95 milhões de TEUs em 2016. Na China, a empresa possui operações em Hong Kong, Shenzhen, Shanghai, Ningbo, Qingdao, Dailian, Tianjin, Zhanjiang e Xiamen Bay, entre outras. A empresa detém, ainda, terminais de contêineres em países como Estados Unidos, Sri Lanka, Nigéria, Djibouti, Togo e Turquia, bem como em diversos países na Ásia e na Europa.

“A China Merchants Port expandiu rapidamente sua presença internacional e entende que a entrada na América Latina, especialmente no Brasil, é crucial para a expansão global de sua rede de terminais”, afirma Dr. Bai Jingtao, Managing Director da CMPort. “A TCP não é apenas o marco fundamental da China Merchants para entrar no Brasil, mas o futuro hub para o crescimento do fluxo de commodities e bens entre o Brasil e a China. A China Merchants Port também usará sua experiência global de operação portuária para ajudar a TCP a continuar sua história de sucesso como um dos principais líderes do setor portuário no Brasil e na América Latina”, destaca Dr. Bai, acrescentando que “esta aquisição histórica demonstra a confiança da CMPort na economia brasileira e seu compromisso em contribuir para o desenvolvimento da infraestrutura do país e para o crescimento do fluxo de negócios entre os países do BRICS”.

“O Brasil é a maior economia da América Latina e tem um grande mercado potencial, além de recursos e reservas abundantes. O país também é membro dos BRICS e o mais importante parceiro estratégico da China na região. A transação vai ao encontro da estratégia da China Merchants Group de promover a cooperação comercial com os BRICS, bem como o ‘Plano de Ação Conjunto China-Brasil’”, diz Dr. Hu Jianhua, Vice-Presidente Executivo da China Merchants Group e Vice-Chairman da CMPort. “A transação contribuirá para que a CMPort alcance seus objetivos comerciais, e, ao mesmo tempo, contribuirá para o desenvolvimento do comércio entre o Brasil e a China e para a relação de cooperação estratégica entre os dois países “.

Luiz Antonio Alves, CEO da TCP que liderou o projeto de transformação do terminal em um dos mais bem operados do Brasil e expandiu sua atuação para serviços integrados de logística, permanecerá liderando a empresa. “A China Merchants Port é uma das empresas de maior destaque no setor portuário em todo o mundo e estamos muito entusiasmados em tê-los como novo acionista majoritário da TCP. Certamente a China Merchants contribuirá muito nessa nova etapa de crescimento da empresa, aproveitando as sinergias com os diversos terminais operados pelo grupo no mundo e oferecendo sua experiência global para os clientes da TCP”, destaca Alves. “Estamos ansiosos para trabalhar com a China Merchants Port e para continuar a desenvolver esse projeto vencedor da TCP”.

Alves ressalta, ainda, a contribuição da Advent e dos acionistas fundadores no projeto de modernização e ampliação da TCP, iniciado em 2011. “A Advent e os sócios-fundadores tiveram um papel fundamental, suportando a transformação operacional da empresa. Nossa capacidade anual aumentou de 800 mil TEUs em 2011 para 1,5 milhão de TEUs atualmente, enquanto nossa produtividade média saltou de menos de 30 mph (movimentos por hora) para mais de 90 mph no mesmo período. As melhorias que fizemos juntos permitiram à TCP oferecer serviços de excelência logística ‘porta-a-porto’ de classe mundial”.

“Estamos orgulhosos dos resultados conquistados pela TCP nos últimos seis anos”, afirma Patrice Etlin, Managing Partner da Advent International em São Paulo. “O ganho substancial de produtividade da TCP foi fruto de um amplo investimento em equipamentos, da implementação de uma governança moderna e ágil, do reforço do time de executivos, da substituição de sistemas operacionais, além da expansão física do terminal por meio da construção de um novo cais de atracação e de armazéns de mercadorias no interior. Trabalhamos em parceria com o time de gestão da empresa na solução de gargalos operacionais, o que permitiu à empresa atender a grande demanda existente na região por serviços portuários e logísticos, e, consequentemente, crescer de forma acelerada. Estamos seguros de que a TCP continuará sua história de sucesso sob o comando da China Merchants Port”.

Os bancos BTG e Morgan Stanley atuaram como assessores financeiros dos acionistas vendedores na transação. O banco Santander atuou como assessor financeiro da CMPort. O escritório Mattos Filho atuou como assessor legal dos acionistas vendedores e os escritórios Pinheiro Neto e Linklaters atuaram como assessores legais da CMPort.

Fonte: TCP

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Empresas de Taiwan vêm ao Paraná

Faltando pouco menos de 15 dias para a Rodada de Negócios que reunirá empresas do Paraná e de Taiwan, cria-se a expectativa da realização de boas parcerias. Organizada pela Taiwan Trade Center – Taitra (organização semigovernamental de promoção comercial e de investimentos de Taiwan), com apoio do Sistema Fecomércio Sesc Senac PR e da Fiep, a missão comercial de Taiwan desembarca no estado em busca de importadores, distribuidores, representantes e parceiros comerciais para joint-ventures. O evento gratuito ocorre no dia 17 de março de 2016 (quinta-feira), no Hotel Four Points by Sheraton, na cidade de Curitiba.

Entre as autoridades confirmadas para o evento, está o embaixador de Taiwan no Brasil, Isaac M. H. Tsai. Segundo ele, a economia brasileira e taiwanesa são altamente complementares, com potencial de compartilharem o desenvolvimento nos setores tecnológico, turístico, industrial, agrícola, energético, ambiental, acadêmico, cultural, social e desportivo. “Ambos os países poderão estabelecer parcerias estratégicas, com a finalidade de estreitar, ainda mais, as relações bilaterais substanciais, beneficiando os dois povos”, colocou.

Outra presença confirmada, o diretor-executivo do Taitra, Chiu Hui-Li, acredita que o estado do Paraná é um importante parceiro comercial de Taiwan pela complementariedade dos produtos importados e exportados nos últimos anos. “Fabricantes taiwaneses já escolheram o Paraná para a realização de investimentos, com resultados positivos. Esses investimentos de sucesso têm atraído outras empresas de Taiwan”, coloca. “Graças às boas relações comerciais, tanto em nível de governo quanto de indústria e comércio, estamos levando ao estado a primeira missão comercial de Taiwan, que abrangerá principalmente os setores de eletrônicos, informática, telecomunicações e autopeças.”

Sobre Taiwan

Taiwan abrange aproximadamente 36 mil quilômetros quadrados e possui população superior a 23 milhões. Com um parque industrial altamente tecnológico e elevada produtividade, permitindo a redução dos custos, o país tornou-se o segundo maior fabricante mundial de dispositivos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Os produtos fabricados em Taiwan ocupam mais de 70% do mercado global em semicondutores, produtos óticos, informáticos, comunicação e outros produtos de TIC.

As indústrias taiwanesas, como forma de logística e de expansão, vêm se instalando em diversos países. Nos últimos anos, vários empresários taiwaneses investiram em solo brasileiro, como as empresas Cal-Comp., Asus, Acer, D-Link, Foxconn , Gigabyte Tecnology e ADATA. Segundo estatísticas oficiais do governo taiwanês, até o final de 2015, Taiwan somou valor superior a R$130 milhões em investimentos diretos no Brasil.

Inscrição

Para participar da Rodada de Negócios é preciso preencher ficha de inscrição on-line (taitra1.typeform.com/to/ADXdep), indicando o período de preferência (manhã ou tarde) e as empresas com as quais deseja se reunir. Confira abaixo as empresas taiwanesas participantes.

Serviço:

Rodada de Negócios com empresas de Taiwan
Data: 17/03, das 10h às 17h
Local: Hotel Four Points by Sheraton (Av. Sete de Setembro, 4211 – Batel, Curitiba – PR)
Inscrições gratuitas: taitra1.typeform.com/to/ADXdep
Informações: (11) 3283-1811 / ttcbsp@taitra.org.tw

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Pesquisa da Accenture mostra que o impacto da mobilidade nos negócios pode ultrapassar o da Internet nos anos 90

Empresas dos mercados emergentes, como o Brasil, investem mais em tecnologias móveis
A Accenture, empresa global de consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing, lançou um estudo que mostra o desafio das lideranças de Tecnologia da Informação (TI) para entender e posicionar a mobilidade dentro dos negócios, principalmente, nos mercados emergentes. As lideranças desses países, inclusive do Brasil, consideram o tema como prioridade número um para alavancar os negócios.

Dois terços (67%) dos Chief Information Officers (CIOs) e outros profissionais de TI consultados acreditam que a mobilidade impulsionará seus negócios no mesmo nível ou, até ultrapassar, o impacto realizado pela Internet na década de 1990. A pesquisa também descobriu que mais de dois terços (69%) dos entrevistados consideraram alocar mais de 20% do orçamento discricionário para promover capacidades de mobilidade para os negócios, ainda neste ano – com um forte contraste entre os executivos dos mercados emergentes (94%) e os que atuam nos países maduros (35%).

A pesquisa ainda apontou que 48% dos entrevistados dos mercados emergentes têm uma estratégia para mobilidade amplamente desenvolvida, enquanto apenas 12% dos entrevistados nos países maduros alegaram ter estratégias encaminhada no mesmo nível.

De acordo com Renato Improta, líder da área de Mobilidade da Accenture, a maioria dos CIOs, agora, reconhecem o potencial da mobilidade para transformar seu negócio e esse fato pode ser notado a partir do crescente gasto com mobilidade dentro do orçamento de TI. “A mobilidade hoje não é simplesmente uma extensão do legado de TI, é uma nova e complexa forma de realizar negócios”, finalizou Improta.

O estudo também apontou algumas áreas de preocupação, que podem atrapalhar a adoção de aplicações móveis pelas empresas, 50% dos entrevistados citaram a segurança como o principal fator que as impede de atender suas prioridades em mobilidade. Custo e orçamento ficou em segundo lugar (43%), enquanto a interoperabilidade com os sistemas atuais ou a falta de compreensão sobre os benefícios da tecnologia ficou em terceiro (26%).

A pesquisa ainda consultou os desenvolvedores de aplicativos móveis e, segundo eles, nenhum dos sistemas operacionais mais utilizados para smartphones é visto como totalmente seguro. Entretanto, mais de metade (53%) elegeu o sistema operacional da Apple iOS como o melhor nessa categoria, enquanto o sistema operacional do Google Android ficou em segundo lugar, com 24%.

Os resultados do estudo mostram os desafios criados pela fragmentação do mercado, com um número variado de plataformas e dispositivos móveis em uso. Os desenvolvedores de aplicativos avaliaram essa fragmentação como difícil de gerir e rentabilizar. Já para os profissionais de TI, ela dificulta a capacidade da empresa para acomodar uma das tendências mais fortes da mobilidade – funcionários que desejam utilizar seus dispositivos móveis no trabalho e rodar aplicações corporativas neles.

Nesse cenário, os profissionais de TI e desenvolvedores de aplicativos têm planos diferentes para gerar receita. Na área empresarial, 42% dos profissionais indicaram que querem melhorar o trabalho em campo ou a prestação de serviços ao cliente com acesso instantâneo às bases de dados corporativos, informações relevantes de negócio e processamento de transações. Os desenvolvedores de aplicativos citaram downloads (41%), aplicativos para compras (29%), publicidade tradicional (24%) e inscrições (20%) como formas de rentabilizar aplicativos idealizados para os consumidores.

Outro dado interessante é que cada vez mais os profissionais de TI, que atuam em mercados emergentes, têm foco em soluções móveis – quando comparados com aqueles que atuam em mercados maduros. Nos países latino-americanos e asiáticos, 93% e 81%, respectivamente, indicaram que a mobilidade gerará novas receitas significativas, mas apenas 66% dos europeus e 56% dos norte-americanos entrevistados têm a mesma opinião. Da mesma forma, metade dos mexicanos e chineses, bem como 40% e 32% dos entrevistados indianos e brasileiros, respectivamente, concordaram que o impacto da mobilidade nos negócios pode ser maior do que o causado pela onda da Internet em 1990. A pesquisa concluiu, ainda, que apenas um em cada cinco (20%) entrevistados do Reino Unido e Estados Unidos concordaram.

De acordo com o estudo da Accenture os profissionais de TI devem criar uma estratégia global de mobilidade empresarial. Para que isso seja possível, a Accenture recomenda uma abordagem que inclui três elementos: tecnologia, requisitos de negócio e gestão.

“As empresas precisam desenvolver uma lista abrangente dos projetos de mobilidade que têm em curso e esclarecer os objetivos, acelerar e padronizar as iniciativas, além de inovar para criar vantagens competitivas”, explicou Improta. “As empresas devem rever a sua estratégia para mobilidade a cada seis ou 12 meses (ao invés de cliclos de 12 a 18 meses), para garantir que estão fazendo suas apostas sobre as tendências certas”.

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