Internet para Todos inclui 80 municípios do Paraná na primeira fase

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, apresentou a prefeitos do Paraná, na última sexta-feira (19), em Curitiba, o Programa Internet para Todos, que tem como objetivo levar o sinal de internet a áreas rurais a preços acessíveis. Nesta primeira fase, segundo o ministro, 80 municípios do Estado serão selecionados, sendo Foz do Iguaçu o piloto do projeto no país. A lista com as primeiras 300 cidades deve ser lançada em fevereiro. “O programa vai atender com a banda larga e internet a milhões de brasileiros. A implantação é rápida, imediata e começa em abril”, disse o ministro na Associação de Municípios do Paraná (AMP). Dados do governo apontam que pelo menos 60 milhões de brasileiros não têm acesso à internet. Desse total, pelo menos 20 milhões são pessoas que tem um celular, mas não podem usá-lo pela ausência de conectividade.

Para fornecer sinal em áreas remotas, antenas conectadas ao Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações (SGDC), lançado em maio de 2017 pelo governo federal, serão implantadas nas localidades beneficiadas. Para participar, o município deve encaminhar ofício ao MCTIC formalizando o interesse e, posteriormente, assinando o termo de adesão que define as obrigações como garantia de infraestrutura básica (local, energia e segurança) e aprovação da Câmara Municipal para dispensa de cobrança do Imposto sobre Serviços (ISS).

Em entrevista exclusiva à RCD, o MCTIC, por meio da assessoria de Comunicação Social, explica que cada empresa credenciada estabelecerá modelos de negócios que garantam a viabilidade da comercialização de internet. As empresas interessadas no Internet para Todos devem encaminhar um documento à Secretaria de Telecomunicações do MCTIC (Setel), indicando localidade de interesse e cronograma de atendimento, incluindo itens como estimativa de preço e tecnologia viável para a oferta. O MCTIC destaca ainda que não há seleção de municípios para o programa. “Estamos recebendo os pedidos de diversos municípios e organizando um fluxo de entrada. Buscamos atender de acordo com a entrada. O processo é contínuo”.

Já as cidades que buscam melhorar a conectividade para informatização dos prédios públicos, incluindo a implantação do projeto de Cidade Digital, por exemplo, o Ministério informa que tal questão está em estudo sobre como atende-las. “Estamos mapeando as sedes de município com backhaul de baixa capacidade, que não permitiria o provimento de acesso à internet. Os municípios são aconselhados a encaminhar a demanda”.

Para o diretor da RCD, José Marinho, a iniciativa contribui para levar internet para o campo ao mesmo tempo em que fomenta o crescimento de provedores locais. No entanto, Marinho frisa a necessidade do desenvolvimento de políticas públicas municipais e adoção de Parcerias Público-Privada para que as Prefeituras possam oferecer serviços eletrônicos e ferramentas educacionais à população rural. “O ganho social é muito importante, mas também é preciso que o poder público leve facilidades para essas comunidades através da internet”, afirma.

Capacidade – De acordo com o diretor técnico-operacional da Telebras, Jarbas Valente, cada antena poderá atender a população no raio de um quilômetro, a uma velocidade inicial de 10MB. A telefonia fixa é outra novidade que deve chegar para essas localidades afastadas por meio do Satélite, conforme Valente. Para viabilização do projeto, a Telebras busca empresas regionais para parcerias. A banda larga do Satélite Geoestacionário também será utilizada por outras pastas como a Saúde para colocar internet em 100% das unidades no país. Um convênio firmado com o Ministério da Defesa reservou 30% da capacidade do equipamento para monitoramento das fronteiras. Já uma parceria com o Ministério da Educação pretende levar conexão para sete mil escolas rurais em 2018.

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Sócios-fundadores e novas gerações: quando essa relação se torna um desafio?

Por Eduardo Valério

A implantação da governança corporativa na empresa familiar nem sempre é fácil e revela-se desafiadora na medida em que as gerações vão passando e, com elas, surgem novas visões e maneiras de administrar. Isso se torna ainda mais evidente quando se verifica a presença do sócio-fundador, cujos propósitos e valores estão enraizados ao próprio DNA da empresa familiar e, por isso, o que é “novidade” muitas vezes não tem espaço na administração. Sendo assim, a inclusão de instrumentos de governança, tais como: definição do perfil de competências para os cargos-chave na empresa e redação do acordo de família (onde são estabelecidos os critérios para a sucessão e o plano de desenvolvimento do fundador antes, durante e principalmente pós-passagem do bastão), é essencial, principalmente no que se refere à transição societária. Afinal, é a partir deste processo que a empresa familiar adquire a solidez necessária para garantir a continuidade dos empreendimentos.

À frente da GoNext Family Business, foram raras as ocasiões em que o próprio sócio-fundador deu início a um processo de transição. Geralmente, verificamos que os projetos de governança têm seu início atrelado a agentes financeiros ou mesmo à iniciativa das novas gerações. De acordo com a pesquisa “Retratos de Família”, divulgada em 2016, elaborada pela KPMG com o apoio do ACI Instituto e do Board Leadership Center, dos 200 representantes de empresas familiares brasileiras entrevistados, pouco mais da metade possui planejamento sucessório para o cargo de diretor-presidente. Em 88% das empresas pesquisadas quem ocupa a posição máxima na administração são os membros da primeira geração (fundadores) ou da segunda.

Adiar um processo que, cedo ou tarde será inevitável, é uma ação contraproducente quando se fala em empresa familiar. Quanto antes ele for iniciado, menores serão os prejuízos administrativos, econômicos, financeiros e nas relações familiares enfrentados na ausência do sócio-fundador. O plano de sucessão deverá estar alinhado ao planejamento estratégico da empresa. Para otimizar este processo e maximizar as chances de uma transição positiva é importante seguir alguns passos.

Um deles é a identificação da estratégia da empresa com relação ao seu crescimento, objetivos, desafios e oportunidades. Com estes dados é possível distinguir as competências estratégicas que a companhia necessitará para atender a sua ascensão. Além disso, é importante avaliar a situação de cada membro e fazer uma análise individual de cada potencial sucessor, que deve ser liderada pelo conselho de administração da empresa. É necessário um entendimento claro do perfil do novo líder para evitar problemas futuros. A avaliação para a escolha deve ser criteriosa e imparcial.

É preciso entender o que é planejado para o futuro da empresa e as expectativas quanto às necessidades de liquidez (distribuição dos lucros), quanto ao patrimônio e ao legado. Esses fatores são decisivos para a montagem do processo sucessório, que é algo contínuo. Preparar o sucessor sempre será um desafio. Requer tempo, muito treinamento, paciência e projetos plausíveis. Por isso, quando há uma consciência coletiva sobre a importância da implementação de instrumentos para facilitar a transição, melhor para garantir a constante evolução dos negócios e das pessoas, mesmo com a ação do tempo e as mudanças inerentes a ele.

Eduardo Valério é graduado em Administração de Empresas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), especialista em Estratégia e Marketing pela Kellogg School of Management, especialista em Governança Corporativa para Empresas Familiares pela The Wharton School, Pennsylvania e especialista em Gestão pelo Insead. Eduardo é diretor-presidente da GoNext, especializada em gestão de negócios e implantação da governança corporativa em empresas familiares.

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TCS investe na expansão de suas operações para Londrina

O novo delivery center começa a operar em Londrina em um espaço para 700 pessoas, que pode chegar a 4.000 postos de trabalho de acordo com o desempenho da companhia no Brasil.

Companhia mantém suas operações em Alphaville, São Paulo, e no Rio de Janeiro.

A Tata Consultancy Services (TCS), empresa líder em soluções de negócios, consultoria e serviços de TI, está expandindo suas operações no Brasil com a construção de um novo delivery center em Londrina, no Paraná, que será o maior da empresa no Brasil e em língua Portuguesa no mundo. Em uma parceria de longo prazo com o governo local, a assinatura do termo de cooperação, aconteceu nesta segunda-feira, 15 de janeiro de 2018, na prefeitura de Londrina. O anúncio acompanha a estratégia da TCS, que, além das ofertas com foco em serviços de TI e BPO, avança com seu modelo de Cinco Forças Digitais – Nuvem, Big Data & Analytics, Mobilidade & Computação Pervasiva, Inteligência Artificial e Robótica.

No período que antecede a construção da unidade TCS no Parque Tecnológico, o primeiro endereço que abrigará a companhia em Londrina será um prédio comercial na região central da cidade, muito próximo ao terminal de ônibus urbano, e com capacidade de 700 novos profissionais. A previsão é de que as duas novas unidades em que a TCS investe possam alcançar 4 mil postos de trabalho locais com foco em TI e BPO (Business Process Outsourcing na sigla em inglês) de acordo com o avanço da empresa no mercado brasileiro.

Os interessados em atuar nas áreas de Digital, Big Data, Analytics, Java, Dot. Net, Banco de Dados, Processos, Administração de Dados, ERP SAP, Cloud, Project Management e Delivery, poderão se inscrever para as vagas da TCS em Londrina por meio do link https://ibegin.tcs.com/iBegin/register . Além das oportunidades para profissionais de TI, há vagas para estudantes nos programas jovem aprendiz e de estágio; e para trainees.

Londrina foi escolhida por conta do potencial tecnológico da cidade, que, além de caminhar para se tornar um dos principais polos de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) do Brasil, também possui características valiosas relacionadas à qualidade de vida dos seus habitantes, como transporte público eficiente, segurança, fácil locomoção e grande presença de universidades. As operações da TCS em Alphaville, São Paulo, e no Rio de Janeiro, continuam funcionando normalmente.

No primeiro trimestre de 2017, Londrina foi uma das poucas cidades brasileiras que manteve positiva a balança de geração de empregos. Segundo o Cadastro de Empregados e Desempregados (Caged), Londrina foi a 5ª cidade do país com mais vagas abertas entre Janeiro e Março de 2017, contabilizando 3.672 novos empregos.

Como parte das suas políticas de contribuição social, a TCS vai investir na mão de obra local com programas educacionais em conjunto com as entidades do município. Entre as iniciativas, a companhia levará para Londrina os seus programas goIT e Enable, que têm como objetivo desmistificar as áreas de STEM (Ciências, Tecnologia da Informação, Engenharia e Matemática, na sigla em inglês) e ajudar os alunos a ganhar conhecimento e confiança para atuar nesse segmento, tornando-se os futuros líderes da área de TI.

Marcelo Wurmann, CEO da TCS para a América Latina, afirma que “a TCS está expandindo suas operações e, com isso, reforçando o compromisso com o Brasil e a América Latina. A Prefeitura de Londrina é uma grande parceira nesse processo e esperamos excelentes resultados dessa união, de modo a nos tornarmos um dos protagonistas da Era da transformação digital”.

Segundo Tushar Parikh, Country Head da TCS para o Brasil,”é uma honra para a TCS fazer parte desse momento de consolidação de Londrina como novo polo tecnológico do país. Sendo uma empresa de serviços de TI, nossos negócios estão baseados na excelência de nossos profissionais; desempenho que por sua vez depende do investimento nas carreiras e no domínio das áreas de inovação e digital pelos mesmos. Queremos ajudar a qualificar a mão de obra local e crescer junto com essa cidade que une qualidade de vida e desenvolvimento”.
Sobre a Tata Consultancy Services Ltd. (TCS)

A Tata Consultancy Services é uma empresa de Serviços de TI, Consultoria e soluções corporativas que oferece resultados reais para negócios globais, garantindo um nível de segurança que nenhuma outra empresa pode igualar. A TCS possui uma equipe de consultores próprios e um portfólio integrado de serviços de TI, infraestrutura e engenharia. O delivery é realizado através de seu modelo exclusivo chamado Global Network Delivery Model™, reconhecido como referencial de excelência no desenvolvimento de software. Como parte do grupo Tata, o maior conglomerado industrial da Índia, a TCS tem atuação global e está listada nas bolsas de valores National Stock Exchange e Bombay Stock Exchange na Índia.

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Celebração dos ideais e da perenidade do cooperativismo de crédito – Por Manfred Alfonso Dasenbrock

Manfred Dasenbrock, presidente da SicrediPar, da Central Sicredi PR/SP/RJ e conselheiro do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito
Foto: Marcos Suguio

Há algumas datas que merecem de nós uma comemoração, pela relevância histórica, seus significados e legados. Também colocamos nessa lista algumas personalidades que devem ser celebradas pelo papel transformador que tiveram. Em 2018, com o 200º aniversário de Friedrich Wilhelm Raiffeisen, temos a oportunidade de lembrar do seu papel fundamental para o cooperativismo de crédito, engajar ainda mais pessoas na causa cooperativista e fomentar uma reflexão sobre nosso futuro.

Raiffeisen nasceu em Hamm, na Alemanha, em 1818, onde presenciou e se sensibilizou com as necessidades das comunidades agrícolas. Destacou-se pela capacidade de mobilizar as pessoas para mudar a realidade vivida com iniciativas colaborativas. É conhecido como o criador do modelo utilizado para constituir a maioria das cooperativas de crédito no mundo, incluindo o Sicredi, e pela sua contribuição ao desenvolvimento do segmento. Em 1864, Raiffeisen fundou a Associação de Caixa de Crédito Rural de Heddesdorf. A partir dessa iniciativa e de outras tantas, nasceu esse movimento que se expandiu pela Alemanha, por outros países e ganhou amplitude mundial tendo em vista a sua causa.

No Brasil, o responsável por trazer o modelo Raiffeisen foi o padre suíço Theodor Amstad. Em 1902, em Nova Petrópolis, no Rio Grande do Sul, junto a um grupo de produtores rurais, Amstad fundou a primeira cooperativa de crédito do Brasil e da América Latina, em atividade até hoje. Esta inciativa pioneira, como atesta seu nome atual – Cooperativa Sicredi Pioneira RS –, junto com outras oito cooperativas de crédito sobreviveram às medidas oficiais promulgadas na década de 60 por meio do incansável trabalho de sonhadores determinados como Mário Kruel Guimarães, ajudaram na retomada do cooperativismo de crédito no Brasil, disseminando a ideia de união das cooperativas de crédito, fortalecendo ainda mais a causa. Os nossos ideais ficaram ainda mais consolidados e tornaram mais fortes os conceitos que nos inspiram até hoje.

Celebrar estes 200 anos é importante para não nos distanciarmos do ideal do pioneiro e dos ideais que moveram muitas pessoas, em várias regiões do país a se unir e criar as cooperativas de crédito. Cabe a nós, seguidores, não nos distanciarmos dos ideais desse grupo de fundadores.

A cooperativa de crédito tem um componente extraordinário que é cooperação. Dentro desse aspecto, também vemos desenvolver questões ligadas à solidariedade e à cidadania. Com esse espírito, se consegue promover ações colaborativas e inúmeras outras na sociedade. Daí a relevância, principalmente, do investimento em capacitação, em formação de líderes, de pessoas com espírito mais agregador, ético e que zele, acima de tudo, pela transparência e gestão democrática do nosso movimento.

O Sicredi, instituição financeira cooperativa, com mais de 3,7 milhões de associados, aposta constantemente no potencial de crescimento do cooperativismo de crédito no Brasil, investindo na ampliação da presença nacional. Com a filiação da quinta central, a Norte Nordeste, a abertura de uma agência no Acre e a filiação de uma cooperativa de crédito de Minas Gerais, a instituição atingirá 22 estados. Com isso, o Sicredi consolida sua presença nacional, com atuação regional.

Por meio de um relacionamento próximo com seus associados e proporcionando soluções financeiras responsáveis, as cooperativas de crédito realizam um importante papel na sociedade ao agregar renda e contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos associados e das comunidades onde estão inseridas. Junte-se, você também, ao cooperativismo de crédito para crescermos juntos por meio de uma economia moderna, compartilhada e por um mundo melhor para todos. Juntos, multiplicamos e fortalecemos os valores que foram inspirados há 200 anos por Friedrich Wilhelm Raiffeisen.

Manfred Dasenbrock é presidente da SicrediPar, da Central Sicredi PR/SP/RJ e conselheiro do Conselho Mundial de Cooperativas de Crédito (Woccu)

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Em plena expansão, De Heus planeja um 2018 cheio de inovações

De Heus, empresa especializada em nutrição animal, fecha 2017 com muitos investimentos no Brasil e avanços na tecnologia do segmento agro. Com participação em diversas feiras e quatro grandes inaugurações – a nova sede em Campinas; o Laboratório de Controle de Qualidade, em Rio Claro; a Unidade Industrial de Toledo e Centro Experimental de Pesquisas em Nutrição de Suínos em Londrina, ambos no Paraná -, a empresa se posicionou ainda mais firme em território nacional com o crescimento da equipe geral (em 10%) e de vendas (em 25%), e ampliação de 40% no faturamento de 2017, chegando a R$ 270 milhões.

“Desde que chegou ao Brasil, há cinco anos, a De Heus aumentou a produção em 80% e seu faturamento cresceu 180%”, afirma Hermanus Wigman, presidente da De Heus. Todo esse sucesso se deve aos conceitos internacionais que são trazidos sempre visando a atender o mercado, de cada local, com suas necessidades específicas, tornando-o uma unidade global. Prova disso são os recentes estudos e pesquisas para desenvolvimento do sistema de Rações Premium Romelko, melhorando a saúde intestinal dos suínos e um precursor sem antibióticos no Brasil.

Outro destaque foi a ampliação do portfólio MUB, uma empresa do Grupo De Heus, trazendo novas tecnologias e benefícios para bovinos de corte e de leite, com produtos resistentes a chuvas e ventos, não havendo desperdício ou perda do mesmo. Além disso, os novos produtos dispensam o uso do cocho e reduzem os custos operacionais e de mão de obra.

Para 2018 a expansão segue de forma avançada: o crescimento em território nacional também deverá se repetir na América Latina de forma geral; ampliação da força produtiva e de vendas; expansão do Sistema Romelko; otimização dos resultados e com conceitos inovadores como o Kaliber e Prelacto, do portfólio MUB; estreitar ainda mais o relacionamento com os clientes, tornando-os cada vez mais próximos para apoiar a gestão de resultados através de ferramentas digitais como Pigmoney e Beef Money, e monitoramento com o Margin Monitor Milk; intensificação da integração total dos centros de pesquisas com as universidades; e, por fim, a inauguração do Centro de Distribuição de Caruaru, em Pernambuco, colocando a região Nordeste em destaque nos planos da empresa para o futuro.

“Nossa intenção é aprimorar as soluções que já oferecemos e buscar novas alternativas. Queremos trazer ao Brasil tecnologias já utilizadas no exterior e adaptá-las a realidade daqui, bem como desenvolver novas”, conta Wigman. As principais feiras e eventos do setor também estão nos planos da De Heus para 2018, assim como dar continuidade à estruturação e centralização das áreas corporativas para garantir mais agilidade e aperfeiçoamento dos processos internos da empresa.

A perspectiva, claro, é de pleno crescimento, girando em torno de 30% a mais de faturamento de 2017. A De Heus continua a levar consigo os conceitos de inovação, aprimorando produtos e relacionamentos que já mantém no mercado, bem como trazendo novas tecnologias para melhoria do setor, contribuindo diretamente para crescimento e desenvolvimento desse mercado.

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Uma das maiores indústrias de Moda Bebê vai inaugurar um novo parque industrial no Paraná

A marca Paraíso Moda Bebê, uma das maiores indústrias nacionais no segmento, vai inaugurar no dia 8 de janeiro seu novo parque industrial de 10,5 mil metros quadrados, em Terra Roxa, na região oeste do Paraná. A empresa prevê aumento de 10% no quadro de funcionários por conta da ampliação da estrutura e implantação da linha “kids”, roupas para crianças maiores.

A produção, que hoje é de 350 mil peças por mês para crianças de 0 a 3 anos, vai crescer. Isto porque a partir de 2018, o novo parque industrial começa a produzir roupas para crianças de 4 a 10 anos, a linha “kids”.

Segundo a diretora da Paraíso Moda Bebê, Daiane de Assis Rossato Carvalho, equipamentos de ponta vão modernizar a produção, a distribuição será aprimorada e a nova planta vai contribuir com a qualidade de vida dos funcionários. “O objetivo é dar mais agilidade, com a modernização da produção, os novos equipamentos, e também existe a preocupação com os funcionários que vão ter um ambiente muito melhor para trabalhar”, disse.

Com o investimento no novo parque industrial, o setor de almoxarifado, diz Daiane, será referência na indústria nacional. “E a parte administrativa tem muito mais espaço, bem mais confortável para os funcionários”, afirmou.

A antiga indústria, que possui 6 mil metros quadrados, vai continuar em operação. “Vamos desenvolver nesse local novos projetos da Paraíso que vão auxiliar muito no resultado final do produto”, comentou Daiane.

Com a Paraíso, de Terra Roxa surgem tendências da moda bebê para o País. Mais de 5 mil lojas vendem os produtos. A página do Facebook da marca, com 1,7 milhão de seguidores, é um termômetro da receptividade dos consumidores. Para trazer inovações, a equipe de criação viaja para outros países em busca de inspirações e novas tendências.

As roupas da marca também são exportadas para os Estados Unidos, Canadá, Kuwait, Japão e países da América do Sul. Por causa da empresa, que nasceu em 1992, a cidade com 16,7 mil habitantes é conhecida como a “Capital da Moda Bebê”. O polo de roupa infantil, que tem a Paraíso como a maior empresa, é responsável por cerca de 30% da economia do município.

De acordo com Daiane, a produção é feita a partir de alto padrão de qualidade e design. “Atendemos consumidores exigentes que estão sempre em busca das últimas tendências da moda bebê”, disse.

A tecnologia da nova planta é determinante na produção de roupas de qualidade. Mas o diferencial da marca, diz Daiane, é o cuidado e a atenção com o produto. “Cuidamos de tudo com muito amor e carinho. Como é uma empresa familiar, isto foi transmitido da presidente Celma para os filhos, que estão à frente da Paraíso hoje.”

História

A história da Paraíso Moda Bebê nasceu da necessidade e muito trabalho da empresária Celma Rossato. A indústria se tornou uma das maiores no Brasil no segmento em uma região agrícola afastada dos grandes centros. Algo que era impensável pela própria fundadora da marca.

Na década de 1980, quando o trabalho mais comum em Terra Roxa era na agricultura, Celma começou a costurar em casa roupinhas para o seu primeiro filho. A preocupação era que a criança nascesse e tivesse roupinhas.

Logo, os modelos começaram a fazer sucesso e chamaram a atenção de outras mães e ela passou a vender. Mas sem dinheiro para fazer a aquisição de matéria-prima, Celma produziu panos de prato a partir de sacos de açúcar para comercializar nas casas em Terra Roxa.

O marido dela, Eugênio Rossato, que é ex-gestor e membro da diretoria Arranjo Produtivo Local (APL) Moda Bebê de Terra Roxa, foi fundamental para o negócio começar a ganhar envergadura. Ele trabalhava em uma cooperativa agrícola e vendeu as férias para comprar uma máquina de costura. Depois, Rossato pediu demissão para auxiliar a esposa em tempo integral no empreendimento que começava a despontar.

Em 1991, quando Celma estava grávida do terceiro filho, ela viajou a São Paulo com um mostruário das roupas que produzia debaixo dos braços para apresentar a lojistas.

Os produtos feitos em Terra Roxa começaram a ser enviados para lojas paulistanas. Com a aceitação das roupas em maior escala, em 1992, ela fundou Paraíso Moda Bebê.

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Paraná recebe o conceito Hard Rock Hotel, com construção de unidade na Ilha do Sol

O conceito Hard Rock Hotel está chegando no estado do Paraná, com a construção de uma unidade na Ilha do Sol, próximo a Londrina. A rede hoteleira é conhecida por proporcionar aos hóspedes uma experiência de astro do rock, com serviços direcionados para toda a família, incluindo shows musicais e exibição de itens originais de grandes artistas mundiais. Para trazer a marca para o país, a Venture Capital Investimentos (VCI), investirá mais de R$ 300 milhões nos projetos, sendo R$ 100 milhões por meio de debêntures emitidas e captadas com o Rating A.

“Buscamos projetos com diferenciais claros e padrão reconhecido internacionalmente como a Hard Rock Hotel. Para ter sucesso nos negócios, avaliamos as tendências para conseguir as melhores oportunidades de investimento. Escolhemos regiões que têm um alto potencial turístico, como a Ilha do Sol”, explica Samuel Sicchierolli, fundador, acionista e CEO da VCI.

A negociação com o Hard Hotel Rock começou há quatro anos e a empresa adquiriu o direito de utilizar a marca no mercado brasileiro. Atualmente mais dois empreendimentos estão em implementação, com obras em andamento em praia da Lagoinha em Fortaleza e Caldas Novas (em Goiás).

Por meio o contrato firmado com a Hard Rock Hotel Brasil, a VCI controla os investimentos, mas toda a operação da marca no Brasil fica diretamente a cargo da rede americana.

A marca Hard Rock possui US$ 4,7 bilhões de faturamento e está presente em 177 países, sendo considerada uma das mais valiosas do mundo. No Brasil, está presente desde 2015, quando recebeu a primeira unidade de um café em Curitiba.

Fundada em 2012, a VCI atua em fundos de participação, desenvolvimento imobiliário e capital de risco, com foco em implantações de hotéis e franquias. A empresa cuida desde o desenvolvimento, comercialização, gestão de recebíveis até a operação dos projetos. A empresa tem capital aberto desde dezembro deste ano, com registro da CVM de capital aberto categoria B e já prestou consultoria para mais de 34 empreendimentos.

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Quatro passos para alcançar metas empresariais sustentáveis em 2018

Por Antonio Carlos Hencsey

Um novo ano bate à porta e junto com ele são divulgadas as tão esperadas metas. Você já parou para pensar no impacto que esses números e expectativas organizacionais podem trazer para a gestão ética da sua empresa?

Se isso ainda não tinha passado pela sua cabeça, sugiro que você faça algumas reflexões para que a sua organização consiga os resultados esperados sem, porém, aumentar a probabilidade de ações ilícitas decorrentes de planejamento corporativo audacioso.

Comunique as metas de forma adequada

A maneira como as expectativas e objetivos da empresa para o próximo ano são apresentados fazem toda a diferença. Entusiasmo e desafio são fatores positivos para estimular as equipes a conseguirem superar os seus limites, porém é fundamental falar sobre o como se deseja alcançar esses números. Discursos ao estilo “missão dada é missão cumprida” devem obrigatoriamente ser acompanhados de diretrizes éticas claras, caso contrário as pessoas podem se preparar para o vale tudo da guerra sem prestar atenção nas melhores práticas do mercado.

Use dados de realidade para estipular as metas

O que você espera dos seus colaboradores é algo real ou é fruto de um pensamento ganancioso? Existe uma grande diferença entre vencer obstáculos e buscar o impossível. Por mais que em um processo de automotivação seja válido pensar que o impossível não existe, na prática ele é bastante real e desconsiderar questões sociais, econômicas ou operacionais ao traçar metas agressivas pode colocar em risco o posicionamento ético de profissionais. Ao desejar entregar o que é esperado, um colaborador pode manipular números ou usar atalhos para “alcançar o inalcançável”.

Ensine como se chega lá

Trabalhando com ética e compliance escutei muitos executivos de vendas reclamando da prática de gratificações ter sido proibida por boa parte das empresas. Eles dizem que isso impacta diretamente em suas vendas e que, por outro lado, as companhias para as quais trabalham estão cada vez mais agressivas desconsiderando esse fator. Tal ponto merece a atenção das organizações com os seguintes questionamentos: você ensina ao seu colaborador como obter seus resultados diante de cenários adversos? Qual é o suporte oferecido diante de novas realidades ou dificuldades? Cobrar sem dar as condições de obter o resultado pode aumentar o risco de fraude organizacional.

Observe o caminho e não só a reta final

Uma vez dadas as metas, acompanhe o trabalho da sua equipe. Verifique dificuldades, oriente os passos de acordo com o posicionamento ético esperado, ajude na identificação de saídas criativas. Os números devem ser o fim, mas de forma alguma o meio deve ser ignorado. Caso contrário, corre-se o risco de cairmos em uma armadilha, olhando exclusivamente para uma moldura financeira sem saber como os resultados foram construídos. Lembre-se das provas de matemática que você fazia na escola. Não é só a resposta final que importa, precisa-se observar toda a lógica do cálculo. Fique atento.

Antonio Carlos Hencsey é líder de prática de Ética & Compliance da Protiviti, consultoria global especializada em finanças, tecnologia, operações, governança, risco e auditoria interna.

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O que os profissionais de TI precisam aprender para sobreviver

Por Patrick Hubbard, da SolarWinds

Os profissionais de TI podem ser propensos a algumas peculiaridades, mas com certeza não são mágicos de um truque só. Isso é um bom sinal, pois agora as empresas exigem que os profissionais de TI tenham conhecimento multidisciplinar e saibam se adaptar a tecnologias inovadoras. Apesar disso, as empresas ainda esperam que os profissionais tenham o conhecimento “clássico” de TI, que eles saibam, por exemplo, como extrair valor dos negócios e fornecer serviço de alta qualidade aos usuários finais. Mais do que nunca, precisamos ser versáteis, o que, devido às pressões da função, é difícil na prática.

Por exemplo, está cada vez mais complicado dominar o conhecimento necessário para gerenciar um ambiente de TI moderno devido ao número crescente de novos serviços de TI, sem falar do aparentemente interminável surgimento de novos fornecedores com ofertas no local, na nuvem, “como serviço” etc. Se tomarem uma decisão errada sobre uma das diversas soluções ou fornecedores, os profissionais de TI estarão encurralados, provavelmente gerando dívidas técnicas ou dependência de fornecedores para a empresa.

Outro desafio é o crescimento da cardinalidade dos fornecedores e da taxonomia de serviços. Acompanhar o ritmo das novas estratégias e produtos oferecidos pelos fornecedores e da permanente expansão do léxico de termos, acrônimos e jargões cada vez mais ambíguos ocupa uma grande parte do tempo de trabalho. Quando há dezenas de soluções com nomes parecidos, todas oferecendo praticamente os mesmos recursos, a capacidade de escolher a solução certa na situação certa fica comprometida. E mais uma vez, se você tomar a decisão errada, acabará desperdiçando tempo em uma solução que não funciona.

Com essas complexidades e a natureza caleidoscópica da função do profissional de TI, o que ele pode fazer para adquirir o conhecimento necessário para gerenciar um ambiente de TI?

Ser ou não ser certificado: eis a questão

Antigamente, as certificações eram ferramentas essenciais e confiáveis para avaliar a evolução de um profissional de TI. O investimento pessoal em certificações tem sido linear, evoluindo a um ritmo tecnológico historicamente estável e oferecendo aos profissionais de TI uma taxa fixa de progresso rumo à aquisição de um determinada especialização. Mas com o surgimento da TI híbrida, o volume e o ritmo das alterações ocorridas nas tecnologias e nos serviços disponíveis deram um salto, e isso pode impedir que a abordagem estável e previsível oferecida pelas certificações continue sendo usada.

A importância das certificações varia cada vez mais, dependendo para quem você pergunta. Elas continuam sendo caras e demoradas e, embora algumas sejam ótimas para produtos e tecnologias de nicho, outras têm o objetivo de ser o primeiro passo para uma qualificação. E, claro, ser “certificado” em algo atual e exclusivo faz muito bem para a autoestima.

No entanto, quando você opta pelo caminho da certificação, é muito importante escolher a mais adequada para a sua carreira, isto é, aquela que prepare você para o futuro ou para um plano B, caso as projeções não se concretizem. Também é recomendável alinhar sua certificação às metas da organização na qual você trabalha, principalmente se ela estiver pagando a conta.

Você pode estar se perguntando como um profissional de TI pode tentar obter uma certificação se a empresa não tem os recursos necessários para financiá-lo. Isso é bastante comum, mas geralmente não indica o fim do caminho para quem deseja ser iluminado pelo conhecimento em TI. Por exemplo, hoje em dia é possível encontrar treinamentos virtuais e comunidades online em que profissionais de TI compartilham observações e ideias. Melhor ainda, eles incentivam outros profissionais a fazer comentários e compartilham dicas que podem ser colocadas em prática em ambientes específicos. Frequentemente, é necessária mais de uma influência para criar um profissional de TI versátil.

Venda o seu trabalho

Em mais de uma organização, o relacionamento entre TI e vendas é turbulento e, em casos extremos, considerado mutualmente exclusivo. Porém, quando desenvolvem seu lado de vendedor, os profissionais de TI podem oferecer suporte à organização e progredir em suas carreiras. Tome como exemplo a técnica de vendas que simplifica o conteúdo para o público-alvo. Os administradores que conseguem vencer o excesso de serviços e complexidades são vistos como mestres na arte de identificar os pontos fortes de uma solução e os motivos que a tornam perfeita para a organização.
Quando aplicado por profissionais de TI, esse conhecimento facilita a interação com pessoas, a realização de processos e a tomada de decisões. Na verdade, não tem problema algum os profissionais de TI saberem vender seu trabalho, ou seja, suas ideias, suas soluções, seu conhecimento e sua experiência. Se eles não fizerem isso, as pessoas não saberão o enorme valor que eles agregam às organizações.

Então, como você pode se tornar um vendedor nato? Estas etapas podem ajudar:

– Concentre-se no problema de TI em questão, e não nos recursos do produto. Isso transferirá as expectativas para o fornecimento e as necessidades dos recursos.

– Conheça bem a solução, inclusive quando e onde ela deve (e não deve) ser aplicada.

– Coloque a solução em um processo. Com base em sua experiência, o profissional de TI pode incluir consistência, rigor e controle.

– Torne-se um apresentador. Ao apresentar um argumento persuasivo, os profissionais de TI garantem que outras pessoas saibam do que eles são capazes e aprendam com as conclusões que eles tiram. Além disso, faça o argumento de vendas progredir. A estagnação é a sua pior inimiga.

– Não se esqueça de inserir o valor ao balancear o custo do investimento com o tempo e o esforço incluídos no custo geral.

Se seguir essas etapas e, pelo menos de vez em quando, encarar o papel de vendedor como um LARP, o profissional de TI prosperará em sua carreira.

Construa um alicerce

É claro que não é possível construir uma casa sem um alicerce sólido. Da mesma forma, é essencial que um profissional de TI que queira basear sua carreira no conhecimento construa o alicerce primeiro. Por exemplo, desenvolver a maturidade necessária para abordar o monitoramento como uma disciplina é algo que será sempre relevante, independentemente dos avanços tecnológicos. Além disso, a experiência com estruturas como DART (descoberta, emissão de alertas, correção, solução de problemas) e SOAR (proteção, otimização, automação, relatório) pode permitir que os profissionais de TI aceitem melhor tecnologias inovadoras e garantam que a adoção dessas tecnologias seja contínua para a organização.

A capacidade de solucionar problemas técnicos complexos e agregar valor real à empresa é uma qualidade fundamental para a identidade de um profissional de TI. No entanto, nem sempre é fácil se tornar especialista no gerenciamento de mudanças de TI, que estão cada vez mais rápidas. Em um mundo de transformações reais e rápidas, não é mais suficiente acompanhar, precisamos nos manter à frente e estar preparados para reavaliar os fatores e mudar de direção conforme necessário.

Ao dedicar tempo para construir uma carreira com base em suas principais competências e aprender conhecimentos novos e úteis, o profissional de TI verá sua carreira e a organização evoluírem. Um pouco de alongamento não machuca ninguém.

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Programa do CGI.br incentiva adoção de boas práticas de segurança entre sistemas autônomos

Com o objetivo de promover a redução de tráfego malicioso na Internet no Brasil e melhorar a segurança de dispositivos de rede, o Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), por meio do Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), lançou o programa “Para fazermos uma Internet mais segura”. A divulgação do projeto aconteceu durante o 11º IX (PTT) Fórum – Encontro dos Sistemas Autônomos da Internet no Brasil, evento que integra a VII Semana da Infraestrutura da Internet no Brasil e reúne engenheiros, administradores de redes, analistas de segurança, gestores de TI, estudantes, entre demais interessados em debates sobre a dinâmica de operação e funcionamento da Internet no País.

Voltada aos quase seis mil Sistemas Autônomos (AS) no Brasil, a iniciativa agrega vários atores da cadeia de serviço de Internet no País em torno dos desafios para uma Internet mais segura. O programa foi apresentado durante painel com a participação de Frederico Neves (NIC.br), Andrei Robachevsky (ISOC), Cristine Hoepers (CERT.br), Eduardo Parajo (Abranet) e Ildeu Borges (SindiTelebrasil).

Cenário brasileiro

Na apresentação introdutória, Cristine Hoepers, gerente do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br), detalhou o cenário de abuso dos sistemas autônomos brasileiros a partir das notificações de incidentes de segurança reportados e por ataques detectados na rede de honeypots distribuídos mantida pelo CERT.br, além de dados fornecidos por parceiros internacionais.

Em 2016, o CERT.br recebeu 60.432 notificações sobre computadores que participaram de ataques de negação de serviço (DoS), número 138% maior que em 2015. “Ataques com volume de 300 Gbps são o novo ‘normal’. Temos conhecimento de incidentes de até 1Tbps contra alguns alvos. Uso de botnets IoT e amplificação de tráfego são os tipos mais frequentes”, alertou Cristine, chamando atenção também para as notificações de varreduras (scan). “As varreduras de TELNET (23/TCP) parecem visar dispositivos IoT e equipamentos de rede alocados às residências de usuários finais, tais como modems ADSL e cabo, roteadores Wi-Fi, câmeras de monitoramento, entre outros”, listou.

Cristine também apresentou números sobre ASNs e IP únicos notificados pelo CERT.br em 2017, chamando atenção que um terço dos sistemas autônomos brasileiros estão permitindo amplificação de tráfego a partir de redes e dispositivos mal configurados.

“São ataques extremamente elaborados? Não. O que os atacantes estão fazendo, na maioria das vezes, é adivinhar login e senha, e também abusando de serviços UDP para amplificação em servidores mal configurados, modems e roteadores de banda larga”. Entre as recomendações destacadas por Cristine estão a utilização da verificação em duas etapas, a configuração dos modems e roteadores domésticos (principalmente para evitar serviços abertos e senhas padrão), assim como a detecção proativa de ataques que estejam saindo das redes dos sistemas autônomos. Outras recomendações estão listadas no portal de Boas Práticas para a Internet no Brasil: http://bcp.nic.br/.

Programa local

“Teremos mais de mil novos sistemas autônomos no Brasil em 2017, estamos crescendo mais de 20%. Esse tipo de conhecimento precisa ser compartilhado. É fundamental que todos se unam, estejam engajados e trabalhem juntos para chegarmos a uma conclusão do melhor caminho que devemos trilhar. O programa está começando agora, sabemos que o resultado será a longo prazo”, ressaltou Frederico Neves, Diretor de Serviços e de Tecnologia do NIC.br, que informou ainda que as contribuições de representantes de sistemas autônomos serão coletadas durante o encontro para elaboração de documento com as diretrizes do programa.

Ainda de acordo com Frederico, o NIC.br atuará para promover a segurança em diferentes áreas de atuação: desde o processo de alocação de endereços IPv4 e IPv6 e distribuição de números para Sistemas Autônomos (ASN); com cursos e treinamento dedicado às melhores práticas de roteamento; atividades operacionais no IX.br, entre elas o anúncio de filtros pelos participantes por meio de communities; parâmetros de segurança usados na medição do desempenho da conexão à Internet a partir do Simet Box; além das atividades do CERT.br que coleta estatísticas e fornece recomendações de segurança na rede.

Durante o painel, Eduardo Parajo, presidente da Associação Brasileira de Internet (Abranet), reforçou a importância da iniciativa e da união de todos. “Há uma percepção de que os ataques partem apenas de redes internacionais, mas temos que proteger mais a nossa rede dentro do Brasil. Existem questões técnicas que podem e devem ser implementadas para o benefício de todos”, pontuou. Ildeu Borges, diretor regulatório do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviços Móvel Celular e Pessoal (SindiTelebrasil), reforçou que os dados apresentados por Cristine Hoepers são preocupantes. “Apesar de benéfica numa série de aspectos, a revolução da Internet das Coisas multiplica os riscos. Se esses dispositivos não estiverem configurados corretamente, vamos ver esses efeitos se multiplicarem exponencialmente. É necessário, portanto, que todos os atores estejam juntos e atuem de forma coordenada com ações efetivas para promover a segurança na rede”, afirmou.

Iniciativa global

Iniciativa que busca promover a segurança do sistema de roteamento global, “Mutually Agreed Norms for Routing Security (MANRS)” também foi apresentada no encontro. Andrei Robachevsky, gerente do programa de Tecnologia da Internet Society, lembrou que mais de 60 mil sistemas autônomos (AS) operam na Internet em âmbito global e usam BGP (Border Gateway Protocol) para trocar informações. “O BGP é baseado inteiramente em confiança, então o fornecimento de informações falsas ou incorretas, assim como a ausência de dados para validar a legitimidade das informações fornecidas podem criar incidentes de segurança”, explicou.

Sequestro de prefixo IP, vazamento de rotas, falsificação (spoofing) de endereços IP são alguns dos problemas apontados por Robachevsky. “Da perspectiva de roteamento, focar apenas na segurança da sua rede não implica necessariamente deixá-la mais segura. A redução de ataques à sua rede também está nas mãos dos outros”, sentenciou.

Diante desse cenário, o MANRS traz ações concretas que devem ser configuradas por administradores de redes. São elas: filtros dos prefixos anunciados por clientes; anti-spoofing (não permitir tráfego de IPs forjados saindo da sua rede); coordenação, ou seja, manter os dados atualizados em fontes de informações públicas, como Whois, para coordenação de incidentes; além da validação global, que implica o uso de bases públicas para divulgar suas políticas BGP. Os detalhes sobre o MANRS estão disponíveis no sítio: www.manrs.org/.

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Austrália atrai novas gerações do agronegócio brasileiro

O avanço das tecnologias no agronegócio exige cada vez mais o aprimoramento dos empresários do setor. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 85,2% dos estabelecimentos rurais no País seguem o modelo familiar. Assim, a qualificação dos profissionais que assumirão esses negócios no futuro se tornou uma estratégia para o desenvolvimento e crescimento no campo. Além disso, cresce também a busca por aprimoramento no exterior em países que são referência para o setor.

A Austrália é um dos polos mundiais que atrai estes jovens empreendedores brasileiros de olho no futuro do agronegócio nacional. O setor é um dos mais importantes da indústria australiana, sendo que as atividades relacionadas ao agronegócio compreendem 12% do PIB do país, importante player no sistema de alimentação global exportando mais de 80% da sua produção.

“O Brasil tem bastante conhecimento em agricultura e pecuária, porém a Austrália apresenta um grande desenvolvimento tecnológico e eficiência no setor. Assim, estes jovens buscam o país para aprender melhores práticas e os potenciais do setor que poderão ser aplicados no agronegócio brasileiro levando melhores resultados para o desenvolvimento do País nessa área”, destaca o Cônsul da Austrália, Greg Wallis.

Diferenciais

Os diferenciais do desenvolvimento australiano atraíram o curitibano Franco Giacomet, de 24 anos, para Melbourne, onde faz mestrado em agronegócio. “Pesquisei cursos no exterior e escolhi a Austrália por ter uma agropecuária forte, tecnologia avançada e muito espaço para crescer. Nessa minha experiência, vejo muitos exemplos de ações e projetos pensados no coletivo e no futuro, coisa que nós brasileiros não estamos acostumados. Muitas das nossas políticas públicas e ações são corretivas de curto prazo com planejamento limitado”, ressalta.

Segundo Sally Thomson, embaixadora da Nuffield no Brasil, rede global de agricultores, empresários e profissionais da área rural que promove intercâmbio de estudos para gerar conhecimentos no setor, esse aprimoramento no exterior é fundamental para que os futuros protagonistas do agronegócio encontrem novas soluções para problemas que muitas vezes são comuns a diferentes nações. “Quando estes jovens vão para países como Austrália, que tem muito em comum com o Brasil, eles percebem que mesmo com níveis diferentes de desenvolvimento, ambos passam por problemas semelhantes. No entanto, muitas vezes as soluções buscadas e encontradas são diferentes. Assim, essa experiência os estimula a questionar o conhecimento tradicional e a criar novas soluções práticas para o setor, executando e liderando uma nova geração do agronegócio.”

Depois de cursar Agronomia na PUC do Paraná, com a experiência que está vivendo agora na Austrália, Franco Giacomet já faz planos para seu retorno ao Brasil, onde sua família atua nos setores de soja e milho no Paraná e no Mato Grosso, e em cana-de-açúcar, gado de corte, girassol, pipoca e feijão no Mato Grosso.

“O agronegócio brasileiro tem um crescimento exponencial, mas com algumas técnicas que já estão começando a ficar desatualizadas. Particularmente, acredito que a experiência no exterior nos liberta da mesmice, permitindo novas visões e soluções que podemos implantar. Voltando ao Brasil, espero poder atuar de maneira eficiente e sustentável não só no meu negócio, mas desejo usar essas ideias aprendidas aqui para melhorar ainda mais todo o agronegócio brasileiro”, conclui.

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Da Black Friday à Cyber Monday: ANYMARKET integra até 1 pedido por segundo com crescimento de 350%

Nos últimos quatro dias a equipe do ANYMARKET, um marketplace hub criado e desenvolvido pela DB1 para atender ao universo e-commerce, trabalhou non stop para garantir, pelo segundo ano consecutivo, 0% de erros nas integrações de mais de 800 clientes junto aos maiores marketplaces do mercado como como Amazon, Buscapé, Netshoes, Dafiti, Cnova, Walmart, B2W, Carrefour, MercadoLivre e Magazine Luíza entre outros.

O ANYMARKET integrou no pico de vendas 1 pedido por segundo com crescimento de 350% em relação ao ano passado. Os marketplaces com maior GMV (Transações Gross Merchandise Value, que mensura a quantidade de transações em reais) são Mercado Livre e B2W. A evolução de pedidos em relação aos dias normais foi de 1040% em relação a quantidade de pedidos e 1138% de crescimento em relação ao GMV. A trajetória que levou o sucesso do ANYMARKET na Black Friday 2017 pode ser conferido no infográfico para download gratuito disponível em http://marketplace2.anymarket.com.br/2017/11/28/black-friday-cyber-monday-anymarket/

“Nossas equipes trabalharam durante os quatro dias da Black Friday para garantir o sucesso em vendas dos nossos clientes, já que a Black Friday é uma das datas mais aguardadas no e-commerce mundial. As vendas foram bem acima das nossas expectativas e ficamos muito contentes com o resultado e feedback dos clientes durante a madrugada informando a evolução das vendas”, comemora Rodolfo Helmbrecht, Gerente de Pré-Vendas e desenvolvimento de novos negócios da DB1 Global Software.

Já vislumbrando oportunidades para o próximo ano, o ANYMARKET, em parceria com a Resultados Digitais, anunciará em breve um calendário para o mercado de E-commerce sobre como planejar vendas e promoções e se programar com antecedência para as datas com mais oportunidade de vendas em 2018.

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