Curitiba é destaque de ranking “The 8 Smartest Cities in Latin America” de publicação americana sobre inovação

Curitiba ganha destaque em uma publicação internacional por estar entre as cidades da América Latina que são líderes no uso de tecnologia, inovação e planejamento urbano para melhorar o modo de vida dos cidadãos. A Fast Company, responsável pela publicação da www.fastcoexist.com , é um dos principais grupos de mídia do mundo a tratar de inovação, ética econômica (ethonomics), liderança e design para inspirar os leitores a criar um futuro melhor para economia e população.
No quadro abaixo, você vê a “Roda das Cidades Inteligentes” que determina a classificação dos centros urbanos que se destacam em inovação. O uso integrado da Tecnologia da Informação é um dos principais indicadores para se alcançar um bom resultado. Também pesam mobilidade, modo de vida, planejamento urbano e desenvolvimento da economia local. Veja também a íntegra da publicação em inglês.

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Design Thinking: Criatividade nos Negócios e Inovação nas Organizações

O mundo mudou radicalmente desde a Revolução Industrial; MBAs lançados em 1881 e atuais técnicas de negócios não são mais tão eficazes no mundo complexo e desafios sistêmicos enfrentados pelas empresas e seus gestores. Modelos de negócios como, por exemplo, os da indústria musical se tornaram obsoletos frente a novos modelos como o da Apple (iPod+iTunes), a qual oferece músicas a menos de US$ 1,00 cada através de uma experiência que encanta usuários no mundo inteiro. Até mesmo a indústria da pirataria sentiu os efeitos desta inovação. “Os executivos, gestores e colaboradores de todos os níveis de uma organização que considera a inovação como aliada para vencer a concorrência, minimizar custos e maximizar resultados, podem usufruir do modelo mental e metodologia presentes no Design, afirma Gustavo Machado, Design Thinker que integra o time da Razão Humana Consultoria.

O Design Thinking tem trazido clareza de maneira visual a temas complexos há algum tempo. Mais recentemente, a aplicação da Criatividade e de ferramentas visuais nos Negócios e Inovação em Produtos e Serviços passou a ser adotada por organizações de todos os setores da economia mundo afora. Pode ser utilizado para desenvolvimento de novos produtos, readequação dos atuais, na melhoria de processos, na comunicação interpessoal, redução de custos, soluções gerenciais, problemas da sociedade, incluindo soluções de impacto globais, entre outros.

O termo foi cunhado por Tim Brown, CEO da IDEO, para conseguir expressar a diferença entre ser designer e pensar como designer. E em momento algum os designers tradicionais, que projetam layouts, produtos, sites e embalagens vão perder espaço. Pelo contrário, os designers terão mais oportunidades e ampliarão o campo de atuação dentro dos novos ambientes de negócios com visão estratégica propiciada pelo Design Thinking.

Metodologia do Design Thinking
O modelo possui várias formas de aplicabilidade tais como: Cursos in company básico, intermediário e avançado; desenvolvimento de projetos sob medida para as necessidades de cada empresa, formação de multiplicadores internos e assessoria a implementação do processo. O treinamento é expositivo, com discussões, prática (Design Thinking), dinâmica de grupo, análise de filmes, cases, leitura de artigos. A carga horária é de 16 horas para o Básico e 24 horas para Intermediário.
Para mais informações, acesse: http://www.razaohumana.com.br

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Nokia acelera inovação em aplicativos

Fonte: TechLider

A Nokia anunciou recentemente uma variedade de aplicativos para aumentar as experiências dos consumidores com as linhas Asha e Lumia. DreamWorks Animation, Flipboard, Electronic Arts, Vine e WhatsApp estão entre os desenvolvedores líderes que construíram novos apps para os mais recentes dispositivos Lumia com tela grande e para a linha Asha, incluindo o primeiro tablet da Nokia.

O aplicativo mais popular de compartilhamento de foto e vídeo, o Instagram, também foi anunciado hoje. Ele está chegando ao Windows Phone 8 já nas próximas semanas.

“Nossa última conquista é levar o Instagram para todos que quiserem usá-lo”, diz Kevin Systrom, CEO e co-fundador do Instagram. “Nós estamos ansiosos para ver a comunidade do Windows Phone nas próximas semanas usando o Instagram para capturar e compartilhar momentos”.

A Nokia também lançou seus próprios aplicativos, o Nokia Storyteller, o Nokia Video Diretor e o Nokia Beamer, aproveitando a mais recente inovação de imagem da Nokia e a integração profunda com HERE Maps para que os clientes possam capturar, compartilhar e reviver memórias como nunca antes.

“Cada vez mais, os consumidores estão demandando aplicativos de alta qualidade e com melhor usabilidade”, explica Bryan Biniak, vice-presidente de ecossistemas da Nokia. “Nós estamos trabalhando em conjunto com a Microsoft e desenvolvedores de diferentes partes do mundo para entregar uma experiência única de aplicativos, estendendo os limites da inovação para nosso ecossistema. Com os novos dispositivos Lumia e Asha, a Nokia permite aos desenvolvedores alavancar nossas mais recentes ferramentas para oferecer aos consumidores a melhor experiência com os aplicativos e ainda aumentar as receitas”.

Leia a reportagem completa.

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IEL e CNPq oferecem bolsas para inovação

Empresas paranaenses interessadas em desenvolver produtos, processos e serviços inovadores terão mais um incentivo a partir de agora. Até 19 de dezembro estão abertas as inscrições para o Inova Talentos, uma iniciativa do Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) que oferecerá, até 2015, mil bolsas em todo o Brasil para estudantes do último ano da graduação e para recém-formados, para que desenvolvam inovações nas empresas. No Paraná serão oferecidas cerca de 30 bolsas. As inscrições devem ser realizadas pelo site www.portaldaindustria.com.br.

Para contar com o apoio dos bolsistas, as empresas deverão propor projetos de inovação. As que tiverem projetos aprovados receberão profissionais financiados pelo CNPq, que investirá R$ 29 milhões no pagamento das bolsas. Os candidatos escolhidos receberão bolsas que vão de R$ 1,5 mil a R$ 3 mil mensais pelo período de um ano. O processo de recrutamento, seleção, treinamento e acompanhamento dos profissionais será realizado pelo IEL e custeado pela empresa.

Os estudantes que desejarem concorrer às bolsas deverão apresentar soluções inovadoras para os projetos propostos pelas empresas selecionadas. Os projetos serão avaliados por uma banca examinadora formada por especialistas no tema.

“O Inova Talentos é uma aliança inteligente, estratégica e técnica entre empresários, o Sistema Fiep, por meio do IEL, universidades e o poder público, visto que esses talentos serão subsidiados com bolsas do CNPq”, afirmou o superintende do IEL no Paraná, José Antônio Fares. Segundo ele, o programa é uma oportunidade para que o empresário descubra novos talentos e prepare profissionais que poderão integrar seu quadro de colaboradores.

Fares acrescenta que a iniciativa é um movimento diferenciado do IEL no mercado de trabalho, disponível para empresas e indústrias do Estado, incentivando a inovação, que na sua visão, é um dos maiores instrumentos para o desenvolvimento e crescimento das empresas.

INOVAÇÃO – O Inova Talentos integra a agenda da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), coordenada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o objetivo de fortalecer e ampliar a inovação nas empresas brasileiras. O programa também atende ao objetivo de aumentar a formação de recursos humanos para a inovação, levando trabalhadores qualificados para melhorarem a inovação e aumentarem a competitividade e produtividade das empresas, pontos prioritários dentro da MEI.

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APL de Software discute incentivos ao setor de TI com poder público

Vereador Felipe Braga Côrtes

A reunião de governança do Arranjo Produtivo Local de Software de Curitiba contou com as presenças do vereador Felipe Braga Côrtes e do diretor técnico da Agência Curitiba Armando Moreira Filho. Os dois falaram sobre formas de incentivar o desenvolvimento do setor de tecnologia da informação na capital do Paraná.

Armando Moreira Filho agradeceu a contribuição do empresariado pelo recebimento de reivindicações do setor em reunião recente com representantes de entidades locais e também adiantou que os programas ISS Tecnológico e Tecnoparque devem passar por uma remodelação. Ele adiantou que a Agência pretende participar mensalmente das reuniões do APL.

Felipe Braga Côrtes falou sobre a Lei Municipal de Inovação, que foi proposta por ele no ano passado. O vereador se colocou à disposição do APL e da Agência para debater sobre uma legislação que transfome Curitiba em um grande centro de desenvolvimento de tecnologia. E convidou o empresariado a participar de uma “Tribuna Livre” na Câmara Municipal para mostrar as ações do setor de TI.

Armando Moreira Filho, da Agência Curitiba
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Edital Senai Sesi oferece R$ 30 milhões para inovação

Estão abertas as inscrições para a edição 2013 do Edital Senai Sesi de Inovação. Este ano serão destinados, no total, R$ 30,5 milhões para projetos desenvolvidos em parceria com o Senai (R$ 20 milhões) ou com o Sesi (R$ 7,5 milhões), e em bolsas de Desenvolvimento Tecnológico e Industrial (R$ 3 milhões), oferecidas pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O aporte de recursos por projeto pode chegar até R$ 300 mil.

O primeiro edital foi lançado em 2004, pelo Senai, para incentivar o desenvolvimento ou a implementação de projetos inovadores que gerem novos negócios e promovam a melhoria na produtividade. Em 2009, o Sesi passou a participar também do Edital de Inovação através do fomento de projetos focados em tecnologias inovadoras para as áreas de educação, saúde e segurança no trabalho, lazer e responsabilidade social empresarial. No total, o edital já contemplou 412 propostas em todo o país. Em 2012, o Paraná aprovou 19 projetos, colocando o Estado em primeiro lugar no ranking de aprovação da edição.

Para a gerente de serviços tecnológicos e inovação do Senai no Paraná, Sonia Parolin, o principal benefício do Edital de Inovação é dar às indústrias as condições necessárias para que elas possam desenvolver projetos inovadores. “Com os recursos recebidos, as indústrias podem ter acesso a diversos serviços, entre eles, os oferecidos pelo Senai”, explica a gerente. “O Senai oferece às indústrias a maior rede privada de serviços laboratoriais do país, atuando nos 27 estados brasileiros, além de consultorias em todas as áreas setoriais e transversais para fomentar a competitividade no mercado local e global”, finaliza Sonia.

Histórias de Sucesso

A Madeplast, empresa paranaense que produz madeira ecológica, teve projetos aprovados nos editais de 2009 e 2010. Em sua primeira participação, desenvolveu em parceria com o Senai um projeto de pesquisa aplicada e desenvolvimento de compósitos de madeira plástica para construção civil e arquitetura, aprimorando o desenvolvimento da matéria-prima da indústria. Já em 2010 desenvolveu um produto, a persiana externa de material sustentável.

Segundo a gestora de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Madeplast, Patrícia Naldony, o aporte, somando os dois projetos, foi de aproximadamente R$ 600 mil. “O Senai também prestou consultoria na gestão do projeto e disponibilizou sua estrutura para realização de ensaios físicos e mecânicos que comprovam a durabilidade e a resistência do nosso produto”, conta Patricia. Segundo a gestora, os benefícios da participação nos Editais puderam ser sentidos rapidamente. “Através da participação nos Editais, a Madeplast pode diversificar seu portfólio de produtos e aumentar seu faturamento”, relata.

Outra empresa contemplada pelo Edital de Inovação foi a PepsiCo, de Curitiba, na edição de 2011. Em parceria com o Sesi, a indústria desenvolveu o “Manual Sesi Pilates na Indústria”, uma iniciativa que visa agregar saúde e qualidade de vida à comunidade industrial, através da prática de atividades físicas.

Através do projeto, 15 professores do Sesi foram capacitados no método de Pilates de solo e de aparelho – seis deles atuaram diretamente no projeto, dentro da PepsiCo. Cerca de 20 funcionários da empresa, voluntários, participaram das aulas, que aconteceram ao longo de 18 meses, em dois turnos e no próprio local de trabalho. Ao término desse período, os profissionais envolvidos na ação puderam constatar vários benefícios para os praticantes de Pilates, entre eles, a diminuição de dores, a melhora da postura e o aumento da flexibilidade.

As empresas interessadas no apoio têm até 30 de setembro para inscrever suas ideias através do site www.editaldeinovacao.com.br.

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A importância da análise de números e comportamentos nos negócios

O programa de tv Valor Agregado entrevistou Marco Lúcio M Leitenski, executivo de vendas da IBM Brasil no Paraná e em Santa Catarina. Ele falou sobre a importância de uma empresa de tecnologia estar preparada para as constantes tranformações do setor. Também falou sobre computação em nuvem, financiamento de projetos tecnológicos e do trabalho que a companhia fez para acompanhar o sentimento da torcida brasileira durante a Copa das Confederações. Acompanhe o vídeo:

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Fomento Paraná terá R$ 80 milhões para projetos de inovação

A Fomento Paraná iniciou o processo de habilitação para operacionalizar uma nova linha de crédito criada pelo Programa Inovacred, da Agência Brasileira de Inovação (FINEP). O assunto foi debatido em uma reunião com o chefe do departamento de operações descentralizadas de crédito reembolsável da Finep, Rodrigo Coelho, nesta quarta-feira (15). A nova linha é voltada ao desenvolvimento de novos produtos, processos ou serviços, marketing ou inovação organizacional, ou ainda aprimoramento de tecnologias existentes. O objetivo é ampliar a competitividade das empresas.

A nova linha de crédito deve beneficiar principalmente micro e pequenas empresas, com faturamento de até R$ 16 milhões por ano, que poderão financiar projetos com valores entre R$ 150 mil e R$ 2 milhões. Empresas de médio porte, com faturamento de até R$ 90 milhões por ano, poderão financiar projetos até o limite de R$ 10 milhões.

De acordo com o presidente da Fomento Paraná, Juraci Barbosa, essa nova linha de crédito para a inovação reforça a política do governo Beto Richa para o setor reconhecendo a importância da inovação como diferencial para as empresas para abrir novos mercados ou se consolidar.

“O estado regulamentou a Lei da Inovação, que cria benefícios e estabelece mecanismos de cooperação entre os setores público e privado e universidades para pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico”, afirmou. “E a Fomento Paraná, em sua missão de estimular iniciativas que movimentem a economia e gerem emprego e renda, está formatando mais uma ferramenta para assegurar o desenvolvimento tecnológico nas empresas paranaenses”.

Rodrigo Coelho disse que a linha Inovacred integra o programa de descentralização das atividades da instituição, por meio do credenciamento de novos agentes financeiros nos estados. Segundo ele, outros seis bancos de desenvolvimento e agências de fomento estão em processo de credenciamento no Inovacred.

“Essa linha resolve um gargalo do financiamento da inovação no país, porque hoje há uma cultura de que capital para investir é sempre para investimento fixo ou capital de giro”, afirma Coelho. “E os recursos dessa linha não são voltados apenas para empresas de tecnologia, mas sim para quem desenvolve tecnologia e isso ocorre em qualquer setor, seja na área de alimentos, na agroindústria, na saúde, entre outros setores”, explica.

O gerente de mercado da Fomento Paraná, Kedny Bostelmann, informa que a previsão é que os primeiros financiamentos possam ser encaminhados ainda no início do segundo semestre de 2013. “O Paraná possui parques tecnológicos, incubadoras de empresas e diversos Arranjos Produtivos Locais, além do trabalho de entidades como a Federação das Indústrias do Paraná, voltado à inovação. Vamos aproveitar toda essa expertise e trabalhar em parcerias”, diz ele.

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Onde estão os recursos da inovação no Brasil?

Por Rafael Levy

O Governo Federal anunciou na última semana o lançamento de um pacote de R$ 32,9 bilhões para a inovação no país, o Inova Empresa, que terá duração de dois anos. A alta cifra levanta questionamentos sobre o estado da inovação no Brasil e os caminhos que o poder público tem encontrado para fomentá-la. O plano, que seria uma oportunidade para propor uma reforma ampla de gestão, basicamente se resume a injetar um volume maior de recursos nas linhas de trabalho já existentes. Atualmente, o Brasil concentra sólida produção científica e a indústria tem realizado mais pesquisa e desenvolvimento (P&D). Os resultados mostram, porém, que é importante investir também em outras frentes.

Em 2011, a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) declarou em seu relatório de gestão que dedicou R$ 3 bilhões à inovação. Desse montante, foi aplicado R$ 1,7 bilhão em operações de crédito para P&D nas empresas e R$ 1,1 bilhão nas instituições científicas e tecnológicas. Os outros R$ 200 milhões foram fornecidos como subvenção – o chamado financiamento a fundo perdido, pelo qual as empresas recebem dinheiro para investir em P&D sem a obrigação de devolvê-lo à agência. Já o relatório mais recente do Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) indica o aporte de R$ 2,2 bilhões em empresas em 2012 por meio de diferentes linhas de financiamento.

Parcela importante dos mecanismos que hoje movimentam a inovação está nas regulações setoriais (Lei da Informática no setor de tecnologia da informação e comunicação, regulamentação da Aneel no setor elétrico, Inovar Auto na indústria automobilística e regulamentação da ANP para o setor de óleo e gás), segundo as quais as empresas de áreas estratégicas têm a obrigação legal de dedicar percentuais mínimos às atividades de P&D. Juntos, esses setores somam cerca de R$ 3,5 bilhões anuais. Também com foco em P&D industrial, por meio da Lei do Bem, o Governo Federal abriu mão de R$ 1,4 bilhões em arrecadação de impostos das empresas em 2011.

É importante notar que esses valores mostram que os investimentos públicos em inovação têm focado prioritariamente nas atividades de pesquisa nas universidades e no aumento da P&D industrial. Porém, está cada vez mais clara a necessidade de ampliar o espectro. Hoje em dia, já se sabe que algumas das mais importantes inovações não ocorrem pela criação de novos produtos, mas pelo surgimento de modelos de negócios inovadores, por exemplo.

O lançamento do pacote pelo Governo Federal nesse contexto torna ainda mais relevante a reflexão sobre se a medida será capaz de aperfeiçoar o modelo brasileiro de incentivo à inovação ou se irá se restringir a aumentar o volume de recursos, sobrecarregando a capacidade operacional das agências. Esse aspecto torna-se crítico, uma vez que boa parte das iniciativas bilionárias já criadas anteriormente tiveram falhas na implementação, não atingindo as expectativas e apresentando resultados questionáveis.

Por exemplo, em 2009 foi anunciado R$ 1,4 bilhão para o Primeira Empresa Inovadora (Prime) com objetivo de investir em novos negócios inovadores. Na prática, a execução orçamentária não chegou a 12% do esperado, ficando em cerca de R$ 160 milhões, e o programa foi extinto logo em seu primeiro ano.

Já o programa de subvenção econômica, que desde 2006 vinha oferecendo anualmente de R$ 400 milhões a R$ 500 milhões de recursos não reembolsáveis diretamente para as empresas, foi descontinuado em 2012. A iniciativa atingiu recordes de demanda por parte das grandes empresas, mas parece ter sido extinto, estando limitado agora ao Tecnova, cujo foco é nas pequenas empresas.

Também no que se refere a incentivos fiscais, pode-se ver uma estagnação na evolução do programa. O valor total de investimentos em P&D incentivados caiu 20% entre 2010 e 2011 e não cresce desde 2008. Além disso, o mecanismo vem encontrado dificuldades em se adequar a formas diferentes de inovar além da P&D industrial. No último relatório de uso dos incentivos fiscais da Lei do Bem, nenhuma operadora de telecomunicações teve sua prestação de contas aprovada, mostrando que o governo ainda não reconhece os esforços do setor de serviços.

O caso do Ciência sem Fronteiras também reforça a preocupação de que a injeção de recursos em órgãos funcionais seja compatível e promova um ganho efetivo para o modelo de financiamento da inovação. Com previsão de R$ 5 bilhões de investimento até 2015 em 101 mil bolsas, o programa tem exigido que Capes e CNPq estabeleçam parcerias com empresas e entidades privadas para promover intercâmbios de excelência não só acadêmica. Essas parcerias (com Petrobras, Febraban, Vale, CNI, Natura e O Boticário, dentre outros) concentram 26 mil bolsas, mas ainda engatinham para efetivamente integrar pesquisadores acadêmicos e empresas. No esforço de cumprir as metas, o que se tem observado é a redução de exigências para os candidatos, como conhecimento do idioma estrangeiro, e a inclusão de universidades estrangeiras com índices acadêmicos inferiores.

Pelo plano Inova Empresa, a gestão dos recursos federais para inovação passa a se dividir em editais por setores: petróleo e gás; etanol; energias renováveis; defesa e aeroespacial; saúde; e tecnologia da informação e comunicações. O Inova Empresa acerta na medida em que se propõe a integrar os mecanismos para simplificar o acesso da empresa à inovação e descentralizar a demanda das pequenas empresas, facilitando a operação da Finep. Porém, ao optar por manter as mesmas estruturas de programas anteriores (crédito, parceria com universidades e subvenção para a contratação de pesquisadores), apenas agrupando-os em chamadas setoriais, acaba não criando mudanças substanciais. Resta saber se dessa vez teremos uma iniciativa implementada conforme o anunciado e com resultados satisfatórios para o governo e para o setor empresarial.

Rafael Levy é sócio e consultor em inovação pela Allagi e diretor do Open Innovation Center – Brasil

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Governo lança Plano Inova Empresa com investimentos de R$ 32,9 bilhões

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo federal lançou hoje (14) o Plano Inova Empresa, para tornar as empresas brasileiras mais competitivas no mercado global por meio da inovação tecnológica e aumento da produtividade. Os recursos, da ordem de R$ 32,9 bilhões, serão aplicados em 2013 e 2014 e beneficiarão empresas de todos os portes dos setores industrial, agrícola e de serviços.

Do total, R$ 20,9 bilhões serão ofertados por meio de crédito para empresas, com taxas de juros subsidiadas de 2,5% a 5% ao ano, quatro anos de carência e 12 anos para pagamento. As subvenções econômicas às empresas representarão R$ 1,2 bilhão, enquanto o fomento para projetos em parceria entre instituições de pesquisa e empresas, R$ 4,2 bilhões. O governo também vai aplicar R$ 2,2 bilhões em participação acionária em empresas de base tecnológica.

As linhas de financiamento serão executadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, apresentou o plano durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), no Palácio do Planalto, com a presença da presidenta Dilma Rousseff. Segundo ele, o Plano Inova Empresa é um passo para a consolidação da ciência, tecnologia e inovação como eixo estruturante e sustentado da economia brasileira.
O governo informou que o plano também deve receber mais R$ 3,5 bilhões por meio da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), para atividades de pesquisa e inovação no setor de telecomunicações. Esses recursos ainda dependem do término do processo de regulação do setor, que está sob consulta pública.

O comitê gestor do plano será formado pela Casa Civil da Presidência e pelos ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação; da Indústria, Desenvolvimento e Comércio Exterior e da Fazenda, além da Secretaria da Micro e Pequena Empresa.

Edição: Denise Griesinger

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MCTI – Start-up Brasil anuncia nove aceleradoras selecionadas

As nove aceleradoras selecionadas na primeira etapa do programa Start-up Brasil foram anunciadas hoje pelo secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação (MCTI), Virgilio Almeida, em São Paulo. As empresas contempladas são: 21212, Aceleratech, Microsoft, Papaya, Pipa, Wayra, Fumsoft, Outsource e Start You Up.

O fato de nove aceleradoras terem sido credenciadas em vez de seis, como previsto inicialmente, foi creditado à qualidade e à variedade das propostas apresentadas, além da agilidade do ecossistema do setor em se adaptar ao projeto. “O mercado brasileiro amadureceu. As propostas recebidas apresentaram qualidade de benchmarket internacional”, disse o secretário Virgilio.
Ele destacou também o entusiasmo do ministro Marco Antonio Raupp com “o impacto que o Start-up Brasil traz dentro do conceito de inovação tecnológica que está sendo implantado pelo Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação, o TI Maior”.

O total de investimento privado entre as aceleradoras selecionadas está previsto em R$ 36 milhões, sendo R$ 25 milhões para o aporte financeiro e o restante, para business services (serviços variados como infraestrutura, equipamento etc.). “As aceleradoras terão o compromisso de colocar as start-ups com ideias inovadoras, rapidamente no mercado”, disse o representante da pasta federal.

“O nosso papel no MCTI é justamente criar um ambiente favorável no setor de TI para estimularmos o nascimento de novas empresas. O governo quer criar start-ups capazes de competir em nível internacional e fazer do Brasil um player global no setor de software e serviços.”

Cada uma das aceleradoras credenciadas deverá apoiar entre oito e dez empresas nascentes, totalizando até 100 start-ups. Cada start-up receberá também R$ 200 mil em recursos federais para desenvolver o negócio em até 12 meses.

Risco compartilhado
Virgilio explicou ainda que nesse processo, o poder público reduz todo o risco tecnológico e o poder privado assume os riscos de negócio. “É por isso que o MCTI coordenou uma banca com representantes reconhecidamente experientes e altamente capacitados em diversos segmentos do negócio, que pudessem avaliar e garantir aceleradoras qualificadas para executar o programa.”
“Estamos vivendo a transição da economia de commodities para uma economia do conhecimento”, acrescentou. “O governo está orquestrando os recursos para que as empresas executem e desenvolvam, com excelência, toda a cadeia produtiva do setor.”
Os estados brasileiros representados entre as nove empresas contempladas são: Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul e São Paulo. O domínio da região Sudeste entre as propostas selecionadas foi considerado “natural” pelo secretário Virgilio, uma vez que o perfil do negócio ainda está concentrado nos grandes centros do país.

“É o cenário atual. Mas, certamente é um processo que vai se expandir para outras regiões, que poderão apresentar propostas mais competitivas no futuro”, comentou o secretário. “Outra coisa é que já criamos um portfólio de desenvolvimento interno, em parceria com o Sebrae, para preparar um hub [polo] fora do eixo Sudeste/Sul. Então, para as próximas edições, podemos sim esperar a participação inusitada de cidades mais afastadas”, concluiu.

Próxima etapa
A segunda etapa do programa envolve o lançamento de edital do Conselho Nacional de Dewsenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) para definir as regras de seleção das start-ups que serão aceleradas pelas nove empresas selecionadas. Dessas start-ups, até 25% poderão ser de origem internacional. Na etapa, a agência de fomento e o MCTI disponibilizarão R$ 14 milhões no primeiro ano para o desenvolvimento da tecnologia e seus serviços.

O edital deve ser anunciado até o fim de março. “Estamos trabalhando em conjunto para os ajustes finais”, informou Virgilio Almeida. “As aceleradoras assinarão um termo de compromisso de metodologia e tempo de aceleração. Nós temos tido compromisso especial com o cronograma o para que todo o processo seja leve, fácil e eficiente.”

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ICI é notícia em site inglês de inovação

Texto publicado dia 25 de janeiro no site britânico Springwise ressalta a importância do trabalho do ICI. O exemplo brasileiro escolhido foi o Passaporte Curitiba e a matéria está entre as mais acessadas sobre inovações para uso governamental. Na notícia, o site compara as ações curitibanas com projetos norte-americanos de sucesso.
“Trata-se de insuspeito reconhecimento da importância e utilidade do Passaporte Curitiba, criado e desenvolvido pelo ICI para a população de Curitiba”, comentou o diretor-presidente do Instituto, Renato Rodrigues. “Isso é muito importante para nossos especialistas, mas a melhor repercussão é que a população está utilizando o serviço”.
O Passaporte Curitiba é um conjunto de aplicativos que permite aos curitibanos e turistas o acesso a uma série de serviços, por meio do endereço www.passaportecuritiba.org.br ou dispositivos móveis. Os serviços mais em evidência são o Touch Economia, lançado no ano passado – que monta lista de compras de supermercados -, e o Touch Economia Material Escolar, que pesquisa preços de papelarias com base em lista do Procon. Este, por enquanto, é acessível em sistema Android e em breve estará disponível para smartphones em geral e PCs.
A Springwise é a primeira organização a compilar e enviar um informativo sobre inovação em uma escala global. Atualmente, cerca de 150 mil pessoas recebem as publicações diárias e semanais do site. Criado em 2002, o portal é responsável por procurar ideias, conceitos e projetos promissores que estejam prontos para adaptação, investimento e expansão internacional.

Leia a matéria traduzida, na íntegra.

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