Consumidor sente-se inseguro para realizar transações via mobile, revela pesquisa da AVG

A AVG Technologies, fabricante de softwares de segurança para computadores e dispositivos móveis, anuncia hoje os resultados do segundo anuário ‘Global Trust Report’. O relatório, realizado em associação com a MEF, comunidade global para conteúdo e comércio mobile, analisa informações de mais de 10 mil usuários de mídias móveis de 13 países e busca examinar os maiores problemas da indústria como privacidade, transparência e segurança para identificar seu impacto no que diz respeito a conteúdos, comércio e comportamento do consumidor ao redor do planeta.

O estudo revela que a confiança, ou a falta dela, é a principal barreira para a ampliação do comércio mobile. 30% dos usuários de dispositivos móveis ouvidos afirmaram que a falta de confiança é o maior obstáculo para que eles realizem compras e utilizem serviços a partir de seus smartphones ou outros aparelhos. Apesar do dado alarmante, apenas 9% disseram já ter vivido tais experiências negativas.
Além disso, o problema da desconfiança do consumidor está crescendo. Se nesse ano 40% disseram que a confiança é uma das possíveis barreiras contra as compras mobile, em 2013 esse número era de 35% e em 2011 era de 27%. Se pensarmos adiante, no ano de 2015 essa falta de confiança poderá impedir um em cada dois usuários de comprar usando o smartphone.

O relatório ainda identificou que:

CONFIANÇA

– Os usuários com mais de 35 anos (43%) são os mais desconfiados. Esse dado pode refletir uma maior compreensão dos potenciais riscos entre os consumidores mais velhos.
– A desconfiança não é apenas uma barreira para a compra. 37% dos entrevistados afirmaram que foi ela quem os impediu de utilizar aplicativos instalados em seus smartphones. Esse problema é menor em mercados mais maduros como Reino Unido e Estados Unidos, e mais expressivo em mercados em desenvolvimento. México e China (49%) lideram a lista, seguidos por Arábia Saudita (48%) e Brasil (46%).

PRIVACIDADE

– 65% sentem-se descontentes ao compartilhar informações pessoais com um aplicativo, os mercados mais maduros são os mais reticentes: Reino Unido (79%) e EUA (76%). No Brasil o descontentamento chega a 71%.
– 16% das pessoas pesquisadas consideram a necessidade de compartilhar informações uma barreira para compras mobile. No Brasil, esse índice chega a 24%, o mais alto entre todos os países pesquisados.
– A maior parte dos usuários não toma qualquer tipo de atitude para se proteger.
– Para a maior parte deles (48%) o meio mais fácil para obter informações sobre aplicativos é via resenhas nos app stores.

TRANSPARÊNCIA

– 42% acham fundamental saber que um aplicativo está coletando e compartilhando suas informações. No ano anterior esse número era de 49%. No Brasil 60% consideram extremamente importante ter essa informação com clareza.

SEGURANÇA

– 65% dos usuários sabem pouco ou nada sobre ameaças e malware em dispositivos mobile.
– 74% afirmaram que o medo dos malwares faze com que sejam mais cautelosos ao baixar um aplicativo, ou vai torná-los mais cautelosos agora que eles entenderam do que se trata.
– Mulheres (80%), acima de 35 (81%) e os com gastos mais altos (79%) são as mais preocupadas.

“Estamos presenciando o surgimento de uma geração conectada, que cresceu on-line e tem baixas expectativas em relação à privacidade de dados. Essa realidade contrasta com a realidade dos usuários com mais de 35 anos, que, na pesquisa, pareceram estar muito mais preocupados com a nova tecnologia e suas implicações,” explica Mariano Sumrell, diretor de marketing da AVG Brasil.

“Podemos descrever o mundo conectado de hoje como ‘A Internet das coisas’, pois os dispositivos estão cada vez mais inteligentes. Os indivíduos precisam não apenas gerir dispositivos, mas manter o controle de suas informações pessoais. Definir as normas para esses novos aparelhos e seus usos é um desafio para toda a sociedade. As conclusões deste relatório alertam a indústria de mobile sobre a necessidade de ajudar os consumidores a manter o mundo mais conectado, simples, seguro e privado – e ser transparente sobre isso”.

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