Estudantes da rede municipal participam de campeonato nacional de robótica

Estudantes municipais participam de campeonato nacional de robótica. -Na imagem, Equipe de robótica Papa Power da Escola Papa João XXIII.Foto: Jaelson Lucas/SMCS

O desafio de pensar em como será a educação no futuro fez estudantes de escolas municipais de Curitiba desenvolverem pesquisas e projetos de robótica que ajudem a tornar o processo de aprendizagem mais criativo e inovador. O resultado de meses de trabalho será apresentado e defendido durante a etapa nacional do Festival de Robótica First Lego League (FLL), que acontecerá de 13 a 15 de março, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

A competição reunirá quase 700 estudantes que integram as 80 melhores equipes do País, todas formadas por estudantes com idades entre 9 e 16 anos de escolas públicas e particulares. Vão representar Curitiba 18 estudantes das escolas municipais Papa João XXIII, no Portão, e Prefeito Omar Sabbag, no Cajuru.

O projeto de robótica é desenvolvido em escolas municipais em atividades de contraturno e faz parte das estratégias para enriquecer e melhorar a aprendizagem dos estudantes. A participação no torneio FLL representa uma grande motivação para as crianças, que têm a oportunidade de trocar experiências com equipes de várias cidades do país. As últimas semanas têm sido de muito treino e dedicação para as equipes das duas escolas.

Quem vencer a etapa do Torneio Nacional de Robótica poderá participar do World Festival, evento mundial de FLL que ocorrerá em Saint Louis, nos Estados Unidos, com as melhores equipes de robótica do mundo. Mais do que participar de um campeonato, as equipes estão dispostas a divulgar todo o trabalho desenvolvido na preparação e programação dos robôs e jogos desenvolvidos em projetos de robótica a partir do desafio do torneio. As atividades exigiram longas pesquisas, visitas a instituições de ensino e muita prática na montagem e programação de robôs.

Autismo

A equipe Cyber Rex, da Escola Municipal Omar Sabbag, composta por oito estudantes, dedicou-se ao desenvolvimento de estratégias para ajudar no aprendizado de crianças autistas. Conhecer as características e necessidades das crianças com transtornos no desenvolvimento neurológico motivaram os estudantes a desenvolver um robô que estimula o contato físico, uma das dificuldades dos autistas.

Batizado de Teabot, o robô tem formato de um boneco com o corpo de tecido almofadado, esqueleto formado de peças Lego e com um tablete acoplado na barriga. Sensores no corpo do boneco são acionados a partir do toque do corpo da criança fazendo com que o robô movimente os braços, para corresponder ao abraço. No tablete acoplado na barriga do robô, as crianças têm acesso a aplicativos educacionais que estimulam a percepção, a habilidade, a atenção, a memória e o raciocínio.

O Teabot foi testado e fez sucesso entre os estudantes. Foi apresentado para um grupo de 30 crianças e adolescentes da Associação Beneficente Renascer, no Prado Velho. A instituição atende crianças e adolescentes com necessidades educacionais especiais, relacionadas a transtorno global do desenvolvimento (condutas típicas, autismo e síndromes).

A estudante da Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag, Yasmin Oliveira Gonçalves, de 13 anos, sabe da importância das pesquisas e informações sobre o assunto. “A cada novo ano, um novo desafio nos ajuda e aprimora nosso conhecimento no dia a dia”, disse.

Para a professora Armindaliz Conceição, coordenadora da equipe Cyber Rex, o robô é uma importante ferramenta para ajudar no convívio social de estudantes com autismo. “Os estudos intensivos, inclusive no período de férias, nos trouxeram aprimoramento no trabalho e agora sabemos que temos condições para competir com os melhores trabalhos de todo o país”, disse a professora.

Novo na equipe, Felipe Rodrigues da Veiga, de 13 anos, encara a participação na competição como um grande encontro educativo de crianças e adolescentes como ele, que se dedicam a estudar robôs que podem ajudar pessoas. “Não vejo a hora de poder conhecer outros trabalhos”, disse Felipe.

Etapas

A primeira fase do Festival de Robótica First Lego League (FLL) aconteceu no mês de novembro de 2014, com a participação de outras duas escolas da rede: Durival de Britto e Silva e Albert Schweitzer. além uma equipe de estudantes do projeto de Altas habilidades/superdotação da Coordenadoria de Atendimento às Necessidades Especiais (Cane).

A etapa teve a participação de 34 equipes da região Sul, e as escolas Omar Sabbag e Papa João XXIII foram classificadas para a etapa nacional.

Educação de Jovens e Adultos

A equipe Papa Power da escola municipal Papa João XXIII também se dedica aos últimos preparos e treinamentos antes da viagem para a etapa nacional.

Neste ano, o Papa Power faz pesquisas com jogos para a Educação de Jovens e Adultos e usou programas e ferramentas como Excel e softwares livres para desenvolver jogos com atividades para estudantes da EJA.

Os estudantes levantaram as principais dificuldades de aprendizagem na fase adulta e os auxiliaram com o uso de tecnologias. As atividades foram aplicadas com estudantes das redes municipal e estadual.

“Foi muito gratificante para o grupo, que descobriu um caminho para ajudar jovens e adultos a melhorar nos estudos”, disse Manancita Nantar, coordenadora da equipe Papa Power.

Além dos jogos para a EJA, os estudantes também criaram programações de robôs para ajudar na aprendizagem. “Foi muito curioso mostrar que somos crianças e assim mesmo temos o que ensinar para os adultos”, disse Raul Rodrigues, de 11 anos.

Lucas de Souza, 14, já participou das competições de robótica em anos anteriores. Esta será sua última edição enquanto aluno municipal, razão pela qual o garoto tem se dedicado muito. “Temos colegas adultos e eles estão absorvendo conhecimento assim como a gente. É uma troca muito motivadora”, disse Lucas.

Futuro

A temporada 2014/2015, denominada FLL World Class, desafia os competidores a desenvolver propostas para a aprendizagem no futuro e fazer com que a busca pelo conhecimento seja mais instigante e criativa. Cada equipe escolheu um tema e apresentou uma solução inovadora para aperfeiçoar o aprendizado. São ideias que podem sair do papel e virar realidade, por exemplo, dentro da própria escola.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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Curitiba amplia número de escolas municipais com internet wi-fi


Utilizar internet wi-fi dentro das salas de aula já é possível para mais 50 escolas municipais curitibanas. O projeto Wi-Fi nas Escolas, realizado pelo ICI a serviço da Secretaria Municipal da Educação (SME) de Curitiba, teve sua terceira etapa concluída. A primeira, em 2012, equipou 80 instituições de ensino da rede pública; há cerca de dois meses outras 30 unidades foram beneficiadas e,recentemente, mais 20 escolas receberam a tecnologia ICI, que inclui antenas com sinal de 10 Mb para uso em todos os ambientes das instituições.
“A Secretaria pretende abranger as 181 escolas municipais de Curitiba, por isso estamos em tratativa com a Prefeitura e a Secretaria de Informação e Tecnologia sobre o assunto”, explica a gerente de Infraestrutura e Conectividade da SME, Gleicilene Vicilli.

A coordenadora do Núcleo de Infraestrutura de Tecnologia da SIT, Danielle de Mattos, afirma que o trabalho desenvolvido pelo ICI tem feito a diferença no dia a dia da rede de educação municipal. “É uma parceria efetiva, estamos sendo atendidos muito bem tecnicamente”, comenta. “Apesar de não ter um prazo definido, a expectativa é chegar a 100% das escolas municipais curitibanas. Também estamos estudando a implantação de internet wi-fi em outras unidades da rede municipal”, divulga.

“Ficamos satisfeitos de ver o trabalho do ICI contribuindo para a melhora dos serviços públicos prestados à população de Curitiba a esperamos poder continuar colaborando na evolução do cenário de TI na educação do município”, comenta o diretor-presidente do ICI, Luís Mário Luchetta.

Colaborador da área de Redes do ICI e responsável pela instalação dos equipamentos nas unidades, Rogério Falcão explica que além de providenciar a tecnologia, o Instituto oferece apoio técnico a todas as instituições alcançadas pelo projeto. “Estamos sempre dispostos a evoluir a tecnologia aplicada, realizar novos testes e melhorar ainda mais o sinal nas salas de aula”, destacou durante reunião realizada com a SME e diretoras das escolas municipais, na última semana.

Além das antenas dentro das escolas, o ICI instalou também antenas para uso da comunidade no entorno de cada uma das instituições incluídas no projeto. “A antena tem raio de alcance de 200 metros e, somando as residências dos arredores das 130 escolas, o sinal beneficia mais de 22 mil residências e pontos comerciais e pode ser acessado por qualquer dispositivo com tecnologia wi-fi padrão de mercado”, define o gerente de Infraestrutura do ICI, Fernando Matesco.

Aprendizado acelerado
Uma das escolas que passou a contar com internet de 10 Mb é a Belmiro César, na Vila Fanny. Com 370 alunos do 1º ao 5º ano, a maioria no regime de educação integral, a escola aproveita o sinal de internet principalmente para as atividades do contraturno. Além dos laboratórios de informática e computadores dos professores, a internet disponibilizada pelo ICI é utilizada também nos netbooks cedidos às escolas pelo Governo Federal por meio do Programa Um Computador por Aluno.

“Nossa proposta é trabalhar o lado pedagógico da internet, explorando conteúdos explicativos para ampliar o interesse pelas disciplinas. Com o sinal de internet disponível na escola inteira, todas as professoras passaram a utilizar este recurso nas salas de aula”, explica a vice-diretora Daniela Blan Pierre Marques, mencionando que um dos maiores ganhos foi a conectividade em toda a instituição, além da velocidade da internet.

A professora de Ciência e Tecnologia da Informação e Comunicação, Maria Lurdes Vodonis, aponta a internet como uma ferramenta fundamental para o aprimoramento do ensino: “Isto nos abre as portas para pesquisas e aumenta a liberdade de trabalho”. Coordenadora do turno integral da escola, Roseli Machado de Jesus complementa: “Percebemos que o uso dos netbooks e da internet melhoraram a coordenação motora, o raciocínio lógico. Permite o desenvolvimento de diferentes habilidades nos nossos alunos”.

Outros pontos de acesso
A internet Wi-Fi gratuita em Curitiba também pode ser utilizada em computadores pessoais e dispositivos móveis em diferentes pontos de acesso: Praça da Espanha, Jardim Botânico, Mercado Municipal, Parque Barigüi, Largo da Ordem, Praça Rui Barbosa (sede da Administração Regional Matriz) e nas regionais dos bairros Boa Vista, Boqueirão, Pinheirinho e Portão.

Fonte: Instituto Curitiba de Informática

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“Legado da Copa”: voluntários australianos fazem mutirão de melhorias em escolas municipais

Todos têm algo de bom a compartilhar e muito que aprender uns com os outros. Esse é o lema de 200 australianos, voluntários da organização não governamental Liosraw, que dedicaram o sábado (21) à limpeza, recuperação e organização de espaços em quatro escolas municipais de Curitiba, nos bairros Cajuru e Uberaba. Estudantes e outros integrantes das comunidades acompanharam o trabalho, fruto da parceria entre os estrangeiros, a ONG Futebol de Rua e o programa Comunidade Escola, da Prefeitura de Curitiba.

Para deixar as escolas mais bonitas e envolver os moradores dos bairros no cuidado e valorização dos espaços escolares, em especial aqueles usados por toda a comunidade, os voluntários pintaram as quadras de esporte, limparam toldos, fizeram pequenos reparos e trabalharam na organização de ambientes das escolas.

Enquanto os australianos ofereceram tempo e disposição para o trabalho, as escolas providenciaram as lixas, tintas, fitas adesivas e pincéis. A pausa entre uma ação e outra serviu para jogos e brincadeiras entre australianos e parte das crianças atendidas no projeto de inclusão social pelo esporte, promovido pela ONG Futebol de Rua, em parceria com o Comunidade Escola.

“Estamos muito felizes em contribuir para que as crianças se desenvolvam melhor a partir da educação e do esporte, em ambientes inspiradores como as escolas”, disse o diretor executivo da LionsRaw, Jon Burns.

O grupo, formado por apreciadores do futebol, ficará em Curitiba para acompanhar a partida entre Austrália e Espanha, na próxima segunda-feira. O placar é o que menos importa ao grupo, que pretende aproveitar a estada em Curitiba para diferentes ações nas comunidades. “Estamos construindo um centro esportivo que servirá para o desenvolvimento de talentos esportivos entre as crianças que vivem em áreas carentes”, disse Burns.

Vindos de Cuiabá, onde acompanharam o jogo da seleção australiana, os voluntários foram inicialmente recebidos na Escola Municipal Senador Éneas Faria, pelo coordenador do programa Comunidade Escola, Álvaro Olendzki, e pelo fundador da ONG Futebol de Rua, Alceu Campos de Natal. Lá se dividiram em grupos e foram encaminhados até as outras três escolas, onde também contaram com a participação de estudantes e moradores locais na revitalização das escolas.

“Queremos servir de exemplo para as crianças saberem que todos podem oferecer parte do seu tempo, do que sabem fazer para melhorar a vida de outras pessoas”, disse a voluntária Juj Fiedler. A colega Lin Sullivan também participou com alegria das atividades. “Penso que assim podemos contribuir para que muitas crianças tenham um futuro melhor e isso é muito especial. Acreditamos que o esporte tem esta força”, disse Lin.

O projeto

O frio do primeiro dia de inverno não incomodou aos australianos. Lixar, varrer, pintar, jogar com a criançada esquentou rapidamente os integrantes do grupo. “Eles são gente bacana e vão ajudar a deixar minha escola mais bonita. Enquanto alguns países perdem tempo em guerras eles mostram que é muito melhor viver em paz e ajudando uns aos outros”, disse a estudante Raísa Lauanda Gobi, de 10 anos.

A garota é uma das 340 crianças atendidas no projeto que aos sábados, durante a programação do Comunidade Escola, ensina futebol no projeto Futebol de Rua. “Gostaríamos que novas parcerias iguais a estas fossem possíveis. Todos saem ganhando ao trabalhar para que as escolas sirvam como ponto de desenvolvimento social para as crianças e suas famílias”, disse o coordenador Álvaro Olendzki.

Para a diretora da Escola Senador Éneas Farias, Maria Odete Clara Penteado, mais importante do que o novo colorido que a escola ganhou a partir da ação dos voluntários, é o exemplo para a comunidade. “Contamos com a colaboração de todos, mas para a comunidade local, saber que recebemos visitantes de um outro continente e que aqui estiveram e trabalharam para deixar mais bonita nossa escola será um estímulo ainda maior para o cuidado e zelo com este espaço”, disse Maria Odete.

A parceria dos australianos dá sequencia a uma série de ações que integrantes da Lionsraw estão desenvolvendo em Curitiba durante o período da Copa do Mundo. Um outro grupo da ONG, formada por voluntários da Inglaterra, tem se dedicado ao ensino da língua inglesa para estudantes de cinco escolas da rede municipal de ensino.

Envolver os voluntários australianos na recuperação dos espaços, em parceria com as comunidades das escolas, foi uma articulação da ONG Futebol de Rua, que atua na regional Cajuru. “O resultado desta parceria pode ser percebida por todos”, diz o fundador da ONG Futebol de Rua, Alceu de Campos Natal Neto. “Dessa forma estamos envolvendo toda a comunidade que ficará mais responsável por cuidar dos espaços públicos. É uma mistura de trabalho social e esporte nas comunidades”, diz Alceu.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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