Prefeitura de Curitiba obtém crédito de R$ 76 milhões para investir em tecnologia da informação

O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet, assinou nesta terça-feira (22) a contratação de uma linha de financiamento de R$ 76 milhões que serão aplicados na melhoria da gestão pública e na ampliação de serviços eletrônicos da administração municipal.

Os recursos são provenientes do Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT), do BNDES, e eram pleiteados pelo Município há três anos. Sua aprovação no atual cenário de contenção fiscal no País demonstra que o Município mantém uma situação orçamentária confortável, com boa capacidade de endividamento.

Com 10% de contrapartida municipal, o programa de investimento prevê um total de R$ 84 milhões na contratação de serviços e equipamentos em três áreas-chave: infraestrutura digital, georreferenciamento territorial e geoprocessamento e modernização da administração municipal, especialmente na área tributária.

“O programa servirá para fortalecer a capacidade de governança em Tecnologia da Informação do Município”, disse Fruet. O prefeito lembrou que Curitiba recebeu, há uma semana, o prêmio de Melhor Cidade de Grande Porte do Brasil, após uma avaliação criteriosa da consultoria Austin Ratings e a Revista IstoÉ em 5.565 municípios brasileiros. “Um dos indicadores avaliados foi o acesso digital ao conhecimento, e Curitiba vai avançar ainda mais nesse quesito”.

O PMAT integra o projeto de reforço da infraestrutura digital e de retomada da gestão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) na própria estrutura da Prefeitura de Curitiba. Foi com esse objetivo que o prefeito Gustavo Fruet criou, em 2013, a Secretaria de Informação e Tecnologia (SIT), única pasta surgida na atual administração – desde então, houve a extinção das secretarias de Relações com a Comunidade, Habitação, Copa, Antidrogas e Relações Institucionais e a fusão das áreas de Planejamento e Administração.

Segundo o secretário municipal de Informação e Tecnologia, Paulo Miranda, o programa estabelece como meta a modernização e ampliação da infraestrutura de tecnologia digital integrada, que irá melhorar a capacidade de pensar e executar a tecnologia de informação (TI) do Município, possibilitando a oferta de mais e melhores serviços eletrônicos.

Segundo Miranda, a Prefeitura mantém duas frentes de fortalecimento da governança interna em TI: o investimento em infraestrutura e sistemas, por meio do PMAT, e a capacitação de servidores na área. “Hoje temos 82 profissionais de diversos órgãos municipais fazendo cursos para se tornarem gestores públicos de tecnologias da informação e comunicação”, cita. São 42 servidores que fazem o curso de pós-graduação lato sensu, organizado pelo Instituto Municipal de Administração Pública (Imap) em parceria com a PUCPR, o outros 40 que fazem uma especialização de nível médio, com currículo de 205 horas.

Estratégia

Paulo Miranda explica que a criação do projeto de Referenciamento Territorial e Geoprocessamento tem o objetivo de fazer um novo mapeamento da cidade e criar uma base única de dados, que será aberta à população.

Outro objetivo da nova estratégia digital é de automatizar e agilizar os processos administrativos da Prefeitura e modernizar os canais de relacionamento com a população, com a oferta de novos serviços eletrônicos. “Nossa intenção é acabar com os processos em papel e melhorar o tempo de resposta às solicitações do cidadão. Precisamos universalizar a oferta de serviços eletrônicos. Com o tempo, queremos que o sistema reconheça o mesmo cidadão que utilize um serviço de saúde municipal, o cartão transporte e que paga o IPTU, por exemplo”, informa Paulo Miranda.

Situação fiscal

Pesou para a aprovação do acesso ao crédito a situação fiscal do Município, que vem registrando estabilidade na dívida consolidada. No primeiro quadrimestre de 2015, o total da dívida ficou em R$ 951,3 milhões, o que representa 15,8% em relação à receita corrente líquida. A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) permite um comprometimento máximo de 120%, com nível de alerta a partir de 108%.

“Curitiba tem uma capacidade de endividamento bastante confortável. A atual gestão tem realizado esforços para manter a qualidade da situação fiscal tanto pelo viés da melhoria da despesa como pela qualificação da receita”, resume a secretária municipal de Finanças, Eleonora Bonato Fruet.

Veja as principais metas do projeto:

Infraestrutura digital

• Projeto de ampliação e otimização da infraestrutura de TI de suporte à economia local e ao Poder Público;

• Desenvolvimento do Arranjo Produtivo Local para Economia Digital em Curitiba;

• Implantação de Infraestrutura para o funcionamento de sistemas e serviços através de uma rede corporativa visando dar suporte ao desenvolvimento econômico;

• Desenvolvimento de um modelo de governança de tecnologia da informação participativo equalizado com uma proposta de dinamização econômica territorial;

• Implementação de plano de Continuidade de Negócios para a Administração Municipal de Curitiba, oferecendo estabilidade e confiabilidade aos processos de gestão municipal;

• Atualização, modernização e expansão do Data Center da Administração Municipal de Curitiba.

Referenciamento territorial e geoprocessamento

• Geração de base espacial;

• Adequação e aprimoramento de sistemas existentes para utilizar funções espaciais;

• Desenvolvimento de sistemas, aplicativos e módulos de programas que realizem funções que explorem as capacidades do sistema de informação geográfica.

Modernização da administração municipal

• Ampliação e otimização da rede de serviços ofertados ao cidadão através de plataformas de governo eletrônico;

• Modernização tecnológica para a evolução da estratégia digital do município, preservando os investimentos já realizados operando com os sistemas legados;

• Ampliação do número de processos de trabalho eletrônicos;

• Adoção de gestão eletrônica de documentos na Administração Municipal de Curitiba;

• Integração dos bancos de dados da Administração Municipal de Curitiba;

• Ampliação e disponibilização de informações do Município atendendo a Política de Transparência (Dados Abertos).

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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Tecpar credencia soluções tecnológicas em plataforma do BNDES

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) está credenciando suas soluções tecnológicas em uma nova plataforma do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que vai apresentar ao mercado tecnologias que possam vir a ser financiadas pelo banco a empresas que querem inovar.

O BNDES Soluções Tecnológicas é uma nova plataforma que será lançada ainda neste ano para apoiar a comercialização de soluções tecnológicas no país, financiando as empresas brasileiras que desejam adquiri-las para implantar processos inovadores em seus empreendimentos. Atualmente, o portal está em fase de credenciamento de instituições de ciência e tecnologia e de soluções tecnológicas.

Para o gerente da Agência Tecpar de Inovação (AGTI), Marcus Zanon, essa plataforma vai ser uma vitrine para as soluções tecnológicas oferecidas em todo o país e que podem ser adquiridas por empresários em busca de inovação. “Ao estar nesta plataforma, uma instituição tem suas soluções tecnológicas chanceladas pelo BNDES, que pode financiar mais facilmente a compra de soluções para problemas dos empresários brasileiros. Elas podem ser customizadas de acordo com o problema do cliente”, ressalta.

As soluções tecnológicas oferecidas pelo Tecpar hoje estão voltadas à engenharia e sistemas inteligentes, à energia, a medições industriais e a ensaios tecnológicos, nas áreas de materiais, de alimentos e de microbiologia, por exemplo. Todas essas soluções já estão disponíveis aos empresários e muitas delas serão ofertadas na plataforma do BNDES. “O Tecpar já delineou, anos atrás, que havia uma tendência de mudança de serviços laboratoriais para soluções tecnológicas. Por isso, já estamos com essas soluções disponíveis e testadas pelo mercado”, salienta o diretor-presidente da instituição, Julio Félix.

Uma das soluções já cadastradas na nova plataforma é o sistema inteligente de monitoramento e controle de processos. Voltado ao ramo industrial, o sistema permite ao empresário aliar o conhecimento técnico a dados de produção para permitir o monitoramento da produtividade da empresa. “Qualquer processo, seja ele industrial ou não, cuja solução não seja possível entregar com sistemas informatizados convencionais, pode usar esse sistema de monitoramento inteligente. Já tivemos aplicações em análises de eficiência, estudo das especificações de uma linha de produção e de monitoramento de alarmes de telecomunicações”, exemplifica Julio Cezar Zanoni, gerente do Centro de Engenharia de Sistemas Inteligentes do Tecpar.

Antes de ser enquadrada como uma solução e ser aprovada pela plataforma do BNDES Soluções Tecnológicas, tanto a instituição quanto o que ela oferece passa por uma análise criteriosa pelo banco. O BNDES avalia a capacidade do fornecedor, observando a infraestrutura operacional da instituição, a competência do corpo técnico, a complexidade técnica da solução tecnológica e a sua prontidão tecnológica e comercial.

Solução Tecnológica

O BNDES define como solução tecnológica a aplicação de uma tecnologia orientada a satisfazer as necessidades de criação ou modificação de um produto ou processo da empresa. Para tal, essa tecnologia deve estar pronta para ser aplicada no mercado e gerar a solução tecnológica a que se propõe, envolvendo algum nível de adequação às características do produto ou processo do comprador. Além disso, segundo o BNDES, a instituição compradora deve ser capaz de operar a tecnologia que lhe foi fornecida de forma autônoma, proporcionando assim a inovação ao produto ou processo.

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MPME Inovadora: empresários de TI conhecem linha de financiamento para inovação

Cem executivos de tecnologia da informação participaram da apresentação da nova linha de financiamento do BNDES- Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para micro e pequenas empresas que buscam apoio a projetos focados em inovação. A MPME Inovadora tem juros de 4% ao ano, longo prazo e carência para pagamento.

Jorge Sukarie, presidente da ABES – Associação das Empresas de Software, explica que “o grande benefício dessa linha é que não exige que a empresa perca tempo na elaboração de grandes projetos. Tem que ter uma proposta e uma necessidade específica para comprovar que é inovadora por uma série de requisitos que não são difíceis de comprovar. Tem acesso a uma linha de financiamento simples com taxa de juros de 4% ao ano com prazo para fazer o pedido até 31 de dezembro de 2014. É bem abaixo da inflação do ano e muito abaixo do que se consegue normalmente numa linha de crédito tradicional”.

A exigência de projetos muito elaborados sempre é um grande entrave para quem busca apoio para iniciativas inovadoras. Adriano Krzyuy, vice-presidente da Assespro- Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, comemora o fato de o processo estar simplificado. “Em vez de você ter de escrever todo um plano de negócio, vai ser facilitada a entrada do empresário para esse recurso. Fica muito acessível e muito interessante”.

A nova linha de crédito facilita a execução de projetos de pesquisa e desenvolvimento sem comprometer o orçamento das empresas. Carlos Drechmer, da Acom Sistemas, comemorou: “vamos entrar hoje mesmo. Já vamos começar a preparar a documentação. Nós temos projetos que se enquadram dentro desse perfil apresentado. A gente ficou muito satisfeito. Percebemos que essa ação pode levar nossas empresas a conseguir sair dessa situação de ida a um crescimento com recurso próprio sempre em função de uma economia estagnada”.

Luciano Scandelari, presidente do Conselho do CITS-Centro Internacional de Tecnologia de Software, diz que a instituição está capacitada para auxiliar as empresas a captar esses recursos e participar do desenvolvimento de seus projetos de cunho tecnológico”.

A participação em programas de certificação como Mps.br, CMMi e Sebraetec garante a esse projeto de financiamento a certeza de que as empresas beneficiadas estão comprometidas com melhoria de qualidade. “É um bom incentivo”, confirma André Medrado, economista do BNDES. “Você investir em qualidade faz com que você escale mais facilmente a sua solução de software. Isso é um desafio. Tem empresa que não consegue escalar sua solução de softrware porque não tem processo de controle dela. Então, os critérios que estão norteando de se ver se tem perfil inovador ou não até estão incentivando as boas práticas nas empresas. Acho que é um “ganha-ganha”.

Juliana Souza Dallastra, gerente de planejamento do BRDE- Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul, afirma que o banco considera de fundamental importância os investimentos em inovação no estado do Paraná. “Nós sabemos que são investimentos que induzem muito o crescimento econômico e queremos participar disso. A gente se compromete a contratar essas operações até 31 de dezembro de 2014. Todas as operações que entrarem até 30 de setembro a gente se compromete a contratar até 31 de dezembro. Depende muito do empresário também. Tem toda a documentação que a gente precisa, é um banco, tem todas as formalidades que a gente não pode deixar de atender. O empresário, sendo ágil, e entregando essa documentação para a gente, com certeza, a gente contrata dentro do prazo com os 4% ao ano”.

Fonte: Assespro-Paraná

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BNDES lança programa para financiar inovação nas empresas de pequeno porte

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou hoje (3) a criação do Programa de Apoio à Micro, Pequena e Média Empresa Inovadora, cujo objetivo é incentivar investimentos em inovação para ampliar a competitividade desse segmento econômico. Dependendo dos critérios a serem atendidos, as empresas poderão contar com recursos do BNDES sob a forma de capital de giro. O programa tem orçamento previsto de R$ 500 milhões e receberá os pedidos de financiamento até o final de dezembro do próximo ano.

Segundo informou o BNDES, por meio de sua assessoria de imprensa, poderão pleitear apoio financeiro da instituição as empresas de pequeno porte com faturamento anual de até R$ 90 milhões que tenham feito investimentos em serviços tecnológicos, a partir de 2011, por meio do Cartão BNDES, ou obtido financiamento dos programas de inovação Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec), Serviços em Inovação e Tecnologia (Sebraetec) ou Senai Sesi. Os pedidos deverão ser feitos por meio da rede de agentes financeiros credenciados do BNDES.

O programa também é aberto a companhias que tenham patente concedida ou pedido de patente válido no ano do protocolo da operação ou nos dois anos anteriores e que requeiram empréstimo para investimentos complementares a seus processos inovadores, informou o banco. O financiamento se estenderá, ainda, a projetos de empresas localizadas em parques tecnológicos e incubadoras ou que tenham em sua composição societária fundos de investimento em participações ou fundos mútuos de investimento em empresas emergentes. Esses fundos devem ser regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As condições financeiras incluem taxa de juros fixa (4% ao ano) ou variável. A participação do BNDES atingirá até 90% do valor dos itens financiáveis para financiamentos com taxa variável e de 100% com taxa fixa. O limite anual de financiamento por cliente é R$ 20 milhões, com prazo de pagamento de dez anos.

Fonte: Agência Brasil

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