Relatório global destaca os perigos e as oportunidades em segurança mobile

Pesquisa revela que 41% dos usuários relutam ao compartilhar dados pessoais e 47% pagariam um valor extra por um aplicativo com garantia de privacidade

A organização de comércio mobile global Mobile Ecosystem Forum (MEF) apresenta hoje o resultado de Relatório global sobre Confiança do Consumidor, realizado em parceria com a AVG Technologies, na Consumer Electronics Show (CES). O terceiro relatório anual da organização estuda as atitudes e comportamentos relacionados à privacidade e segurança de mais de 5 mil usuários de mídia móvel no Brasil, China, França, Alemanha, Índia, África do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

O relatório da MEF revela que 36% dos consumidores estão deixando de baixar e usar aplicativos e serviços por conta de preocupações com privacidade e segurança. Isso significa que por quatro anos consecutivos a confiança vem se mostrando a maior barreira para o crescimento no ecossitema mobile; mais de 52% dos respondentes dos oito países já deletam aplicativos que causaram desconfiança, 38% apenas pararam de usá-los e 21% deixam comentários negativos ou aviso à amigos e conhecidos.

Além disso, poucos usuários estão confortáveis com a ideia de compartilhar dados pessoais com aplicativos ou prestadores de serviços mobile. Em 2013, 21% dos pesquisados disseram estar tranquilos ao compartilhar dados com apps. Em 2015, esse número caiu 6%. Já o número de ‘compartilhadores relutantes’, aqueles que não desejam compartilhar informações pessoais, mas que o fazem por querer usar o app, saltou de 33% no ano passado para 41% esse ano.

Significativamente, quase metade (47%) dos pesquisados afirmaram que pagariam um valor extra por aplicativos que garantissem que os dados coletados não poderiam ser compartilhados com terceiros, sendo que 17% pagariam até 10% a mais para garantir a proteção de seus dados.

Quando o assunto é segurança do aparelho, 23% dos usuários que protegem seus aparelhos usam mais de um método de proteção, com a biometria crescendo de 7% para 11% em relação ao ano anterior. No entanto, 21% dos respondentes ainda não fazem nada para garantir a segurança de seus aparelhos.

A CEO da MEF, Rimma Perelmuter, comenta: “O 4º Relatório Global sobre Confiança do Consumidor da MEF destaca as significantes consequências do crescimento das preocupações dos consumidores acerca da privacidade e segurança no ecossistema mobile. Tendências comportamentais dos consumidores, como deletar apps ou deixar de usar apps já baixados são indicadores claros de que a indústria precisa fazer mais para construir relações sustentáveis e de confiança com o consumidor.”

“Com 41% dos usuários se identificando como “compartilhadores relutantes”, o Relatório da MEF é um chamado para que a indústria colabore para introduzir cada vez mais transparência e confiança nos serviços móveis/digitais. É por isso que continuamos a estimular e premiar as melhores práticas por meio de nossa iniciativa Global de Confiança do Consumidor”, explica a executiva.

Atualmente, o Relatório da MEF identifica uma clara oportunidade para empresas que colocam a confiança como base de seus negócios, com 47% de usuários dispostos a pagar mais por aplicativos privacy-friendly. Este é apenas um exemplo de como a indústria móvel pode olhar para o consumidor consciente para estabelecer novos modelos de negócios e serviços que reconheçam usuários mobile como usuários com necessidades diferentes daqueles que estão offline.

“Devemos cooperar como indústria para ir além de simplesmente ser ‘bons o suficiente’ na proteção dos nossos clientes,” afirma Harvey Anderson, Chief Legal Officer da AVG Technologies. “Transparência e educação precisam andar de mãos dadas com o comprometimento da indústria em estabelecer e sustentar negócios centrados nas necessidades humanas e no respeito. As pessoas não devem ter que trocar sua privacidade e segurança para se beneficiar de serviços baseados em dados que estão disponíveis agora nem os que estão por vir. E cabe a nós para criar um bom futuro para esses usuários.”

Outros dados da pesquisa

• “Compartilhadores relutantes”, que compartilham dados apenas porque precisam usar o aplicativo são metade dos usuários dos EUA e da Alemanha (53% e 47% respectivamente), um aumento de um quarto nos EUA e um terço na Alemanha.

• Preocupação com privacidade de dados e segurança é maior na China, EUA e Alemanha (39% vs. 36% dos dados gerais). Chinesa são os que tem mais preocupação com segurança (19%), e os Americanos são os que mais deixam de usar por conta do consumo excessivo de dados (18%).

• No Brasil, consumidores são mais cautelosos com o uso de suas fotos do que suas informações financeiras (28% vs. 11%). Na Índia, informações de contato (23%) são consideradas as mais sensíveis.

Para mais informações sobre o Relatório Global sobre Confiança do Consumidor da MEF 2016 acesse: http://www.mobileecosystemforum.com/solutions/consumer-trust/global-consumer-trust-report-2016/.

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Wearable é a evolução da tecnologia móvel, afirmam especialistas da AVG

Hoje em dia, grande parte dos dispositivos “wearable” (termo que significa tecnologias para vestir) dos quais temos conhecimento estão limitados a relógios inteligentes ou dispositivos para prática de esportes, mas há muito mais tecnologia – e tecnologias mais úteis – por vir. Especialistas da AVG Technologies, fabricante de softwares de segurança para computadores e dispositivos móveis utilizados por 177 milhões de usuários, acreditam que nos próximos anos esse tipo de tecnologia será muito mais diversificada e presente em nossa vida cotidiana.

Com alguns especialistas da indústria projetando vendas de 171 milhões de unidades em meados de 2016, esse tipo de dispositivo possivelmente se infiltrará de forma muito variada, atingindo diversos aspectos de nossa vida pessoal, do fitness aos serviços de saúde, da medicina aos cuidados com o bem estar, sem contar os setores de informação e entretenimento. “A aceitação desse tipo de negócio é tida como certa, e a expectativa é de que o crescimento de mercado das empresas que produzem wearables será acima da média do crescimento de mercado consumidor como um todo nos próximos cinco anos”, explica Yuval Ben-Itzhak, CTO da AVG Technologies.

Por trás desse cenário de otimismo, no entanto, estão os crescentes relatos de consumidores relutantes em aceitar essa nova tecnologia. Estudos apontam que problemas de compatibilidade, efetividade e barreiras psíquicas e socioeconômicas são algumas questões que podem impedir a adoção dessa tecnologia.

“Graças à importância dada por usuários e pela indústria nos últimos anos, a privacidade também é entendida como uma das maiores preocupações dos consumidores. O rápido crescimento no uso de wearables e implantes tecnológicos continuarão a aumentar o volume de dados pessoais armazenados. Combine isso a nossa vida que parece eternamente online e veremos que o risco de nossa identidade e privacidade atingirá níveis sem precedentes”, alerta o executivo.

Mas qual é, de fato, a escala de oportunidade atual para wearables? Estamos mesmo preparados para essa nova tecnologia?
Qual o tamanho da oportunidade?
Com diversas empresas disputando a criação da “grande inovação”, grandes nomes trabalhando com foco no mercado de wearables se multiplicam. A empresa de Business Inteligence Berg Insight prevê vendas globais de 64 milhões de dispositivos wearable em 2017. Apesar de haver divergências quanto ao exato índice de crescimento, a única certeza que se tem é de que as oportunidades são enormes e o crescimento dessa demanda virá de uma audiência variada, com três principais drivers: consumidores, empresas e o setor de saúde.

1. Demanda do Consumidor
Para os consumidores, os dois mercados de wearables mais estabelecidos atualmente são o fitness (bem estar e dispositivos de controle pessoal de saúde), e eletrônicos de “infoentretenimento” (palavra que vem da junção de ‘informação’ e ‘entretenimento’) como os relógios inteligentes (smart watches).
Impulsionados por uma série de fatores, desde a preocupação dos consumidores com questões de saúde até a busca pelo corpo perfeito, a expectativa é que apenas com wearables de fitness e saúde o crescimento do faturamento passe de US$1.6 bilhões em 2013 para US$5 bilhões em 2016. Apple, Samsung e Microsoft já estão na disputa pelo mercado wearable, e o Google acaba de pedir autorização de comercialização de seus óculos Inteligentes no Brasil.
2. Demanda das Empresas
Os Wearables representam a nova fase na revolução mobile e serão determinantes para o crescimento em larga escala nos próximos anos, tornando-se um trunfo crucial para as empresas. No último ‘Consumer Electronics Show 2014’, realizado em janeiro, os wearables voltados para negócios foram apresentados como ferramentas ideais para setores como saúde, segurança do trabalho e varejo. Essas soluções incluem aparelhos para controle dos níveis de atividades de colaboradores visando reduzir taxas de seguros, sensores químicos para ajudar em primeiros socorros e sensores de identificação de mudanças climáticas para usos militares, além de dispositivos de comunicação que podem ser acionados sem o uso das mãos (hands-free).
3. Demanda da area da Saúde
Há várias áreas na esfera pública onde os wearables podem ser úteis, no entanto é no setor de saúde, e mais especificamente na área de cuidados com idosos, onde reside o maior potencial de uso. Com a expectativa de vida crescendo em todo o mundo os custos com saúde vêm aumentando consideravelmente e esse é um problema particularmente grave nos países da Europa Ociental, onde existe uma grande proporção de pessoas com mais de 65 anos. Os Wearables têm potencial para revolucionar os custos da área de saúde, permitindo que o monitoramento e os cuidados de saúde possam ser feitos de casa em vez de unidades de saúde.

Em 2012, o mercado mundial de wearables médicos atingiu a marca de US$2 bilhões e a expectativa é de que chegue a US$5,8 bilhões em 2019. Mas uma penetração mais expressiva depende da boa vontade das instituições de saúde em divulgá-los, assim como das seguradoras em financiá-los.

Principais barreiras
Apesar de todas as estatísticas e números citados, uma pesquisa recente, realizada pela Harris Interactive com 2500 pessoas nos EUA, mostra que apenas 3% dos usuários de Internet norte-americanos possuem hoje qualquer wearable ou dispositivo inteligente. A pesquisa mostra ainda que 36% acreditam que um dia poderão utilizar um desses dispositivos, mas 19% disseram que nunca consideraram comprar um wearable. Quase três quartos dos entrevistados disseram ter pelo menos uma preocupação em relação a esse tipo de aparelho, sendo preço, privacidade e real utilidade as questões mais levantadas.

“Como uma empresa de segurança, nossa prioridade nos próximos anos é focar na total transparência e padronização sobre quais dados estão sendo coletados por esses dispositivos, como estão sendo usados, e como os usuários poderão manter o controle sobre sua privacidade. Assim como trabalhamos hoje com soluções que geram proteção à privacidade de nossos clientes em dispositivos não-vestíveis, precisamos pensar em soluções para todos os tipos de dispositivos conectados que possam surgir no futuro, de forma que o controle de privacidade se torne algo independente de dispositivo ou de nível de conexão”, explica Mariano Sumrell, diretor de Marketing da AVG Brasil.

“Está muito claro para nós que os wearables trarão uma mudança inevitável muito importante para nossas vidas no futuro, e têm, sem dúvida, o potencial de fornecer benefícios para inúmeros setores. Mas uma ampla aceitação dependerá da demanda real pelos serviços oferecidos, e se realmente queremos ver essa tecnologia se desenvolver, a indústria precisa dissipar as preocupações que ainda existem em torno de seu uso e trabalhar as várias barreiras para adoção. Somente assim os consumidores e empresas realmente irão realmente abraçar o fenômeno da tecnologia weareble”, finaliza Sumrell.

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Consumidor sente-se inseguro para realizar transações via mobile, revela pesquisa da AVG

A AVG Technologies, fabricante de softwares de segurança para computadores e dispositivos móveis, anuncia hoje os resultados do segundo anuário ‘Global Trust Report’. O relatório, realizado em associação com a MEF, comunidade global para conteúdo e comércio mobile, analisa informações de mais de 10 mil usuários de mídias móveis de 13 países e busca examinar os maiores problemas da indústria como privacidade, transparência e segurança para identificar seu impacto no que diz respeito a conteúdos, comércio e comportamento do consumidor ao redor do planeta.

O estudo revela que a confiança, ou a falta dela, é a principal barreira para a ampliação do comércio mobile. 30% dos usuários de dispositivos móveis ouvidos afirmaram que a falta de confiança é o maior obstáculo para que eles realizem compras e utilizem serviços a partir de seus smartphones ou outros aparelhos. Apesar do dado alarmante, apenas 9% disseram já ter vivido tais experiências negativas.
Além disso, o problema da desconfiança do consumidor está crescendo. Se nesse ano 40% disseram que a confiança é uma das possíveis barreiras contra as compras mobile, em 2013 esse número era de 35% e em 2011 era de 27%. Se pensarmos adiante, no ano de 2015 essa falta de confiança poderá impedir um em cada dois usuários de comprar usando o smartphone.

O relatório ainda identificou que:

CONFIANÇA

– Os usuários com mais de 35 anos (43%) são os mais desconfiados. Esse dado pode refletir uma maior compreensão dos potenciais riscos entre os consumidores mais velhos.
– A desconfiança não é apenas uma barreira para a compra. 37% dos entrevistados afirmaram que foi ela quem os impediu de utilizar aplicativos instalados em seus smartphones. Esse problema é menor em mercados mais maduros como Reino Unido e Estados Unidos, e mais expressivo em mercados em desenvolvimento. México e China (49%) lideram a lista, seguidos por Arábia Saudita (48%) e Brasil (46%).

PRIVACIDADE

– 65% sentem-se descontentes ao compartilhar informações pessoais com um aplicativo, os mercados mais maduros são os mais reticentes: Reino Unido (79%) e EUA (76%). No Brasil o descontentamento chega a 71%.
– 16% das pessoas pesquisadas consideram a necessidade de compartilhar informações uma barreira para compras mobile. No Brasil, esse índice chega a 24%, o mais alto entre todos os países pesquisados.
– A maior parte dos usuários não toma qualquer tipo de atitude para se proteger.
– Para a maior parte deles (48%) o meio mais fácil para obter informações sobre aplicativos é via resenhas nos app stores.

TRANSPARÊNCIA

– 42% acham fundamental saber que um aplicativo está coletando e compartilhando suas informações. No ano anterior esse número era de 49%. No Brasil 60% consideram extremamente importante ter essa informação com clareza.

SEGURANÇA

– 65% dos usuários sabem pouco ou nada sobre ameaças e malware em dispositivos mobile.
– 74% afirmaram que o medo dos malwares faze com que sejam mais cautelosos ao baixar um aplicativo, ou vai torná-los mais cautelosos agora que eles entenderam do que se trata.
– Mulheres (80%), acima de 35 (81%) e os com gastos mais altos (79%) são as mais preocupadas.

“Estamos presenciando o surgimento de uma geração conectada, que cresceu on-line e tem baixas expectativas em relação à privacidade de dados. Essa realidade contrasta com a realidade dos usuários com mais de 35 anos, que, na pesquisa, pareceram estar muito mais preocupados com a nova tecnologia e suas implicações,” explica Mariano Sumrell, diretor de marketing da AVG Brasil.

“Podemos descrever o mundo conectado de hoje como ‘A Internet das coisas’, pois os dispositivos estão cada vez mais inteligentes. Os indivíduos precisam não apenas gerir dispositivos, mas manter o controle de suas informações pessoais. Definir as normas para esses novos aparelhos e seus usos é um desafio para toda a sociedade. As conclusões deste relatório alertam a indústria de mobile sobre a necessidade de ajudar os consumidores a manter o mundo mais conectado, simples, seguro e privado – e ser transparente sobre isso”.

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